Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
Com a modéstia da infância humilde em Barreiras (Bahia) e a desenvoltura única que o permitiu contribuir no cenário musical da capital brasileira, o repórter Irlam Rocha Lima celebra as bodas de ouro no jornalismo. Sob o título de Artes em festa — 50 anos de reportagem cultural, uma publicação a ser lançada nesta segunda-feira (23/6), às 19h, no Beirute (109 Sul), marca a data. O livro vem uma década depois de Minha trilha sonora, primeira incursão literária do brasiliense honorário. Com direito a ilustrações de Kleber Sales (outro integrante da equipe do Correio), o livro tem conteúdo sintetizado por Irlam: “Ele reúne artigos que eu escrevi na página de Opinião, durante vários anos, e passaram agora pela edição de Clara Arreguy, que selecionou 50 desses textos considerados por ela como mais representativos da minha trajetória”.

Créditos: Correio Braziliense

Leia mais:
https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2025/06/7168928-reporter-e-colunista-do-correio-irlam-rocha-lima-celebra-50-anos-de-jornalismo.html

=================================================
INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE: www.youtube.com/@correio.braziliense

Siga o Correio Braziliense nas redes sociais:
Instagram - https://www.instagram.com/correio.braziliense/
Twitter - https://twitter.com/correio
Facebook - https://www.facebook.com/correiobraziliense/
=================================================

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Em 1968, ao fazer o vestibular para a UNB, eu optei pelo curso de Letras.
00:20Mas depois, já fazendo matérias básicas lá, é que eu vim saber que o jornalismo era uma extensão do curso de Letras.
00:34E aí, assim que eu tomei conhecimento, imediatamente eu fui até a secretaria e transferi o curso.
00:43Mas a partir dali, o jornalismo passou a fazer parte da minha vida.
00:47E comecei a minha trajetória em 1973.
00:51Como eu já havia feito um concurso para o governo do Distrito Federal, eu fui trabalhar no Palácio do Buriti,
01:00que era o único local do complexo do GDF que tinha assessoria de imprensa.
01:08Lá, eu conheci o José Natal, que era editor de esportes do Correio Brasiliense.
01:15E ele, como ele já conhecia o meu trabalho lá do Diário de Brasília, ele me convidou para ir trabalhar lá no Correio, na editoria de esportes.
01:28Eu devo ter ficado uns três anos na editoria de esportes.
01:32Aí, o diretor de redação, na época, o Oliveira Bastos, que era uma pessoa muito engraçada e assim, e era um intelectual.
01:44Ele foi e falou, larga esse negócio de futebol aí, isso aí, para quem não sabe escrever.
01:49E aí, vem trabalhar aqui na editoria de cultura.
01:52Sendo que, na época, eu mesmo trabalhando no esporte, todos os shows, os grandes shows que vinham à Brasília, eu queria assistir.
02:04E perguntei a eles se eu poderia escrever sobre isso.
02:06E eu falei, ah, não tem ninguém que escreva sobre isso aqui no jornal.
02:09Se você quer escrever, escreva.
02:11Eu me lembro que o primeiro show que eu cobri e escrevi para o jornal foram Os Doces Bárbaros,
02:18que era um show que reunia Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Betânia.
02:25Mas depois eu viria, quase que naquele mesmo período, eu viria a fazer a cobertura de outros shows muito importantes.
02:34O de Gilberto Gil e o de Rita Lee, no ginásio do Colégio Marista.
02:38A partir dali, a coisa deslanchou.
02:42Todos os grandes shows que vieram à Brasília, todos, eu escrevia sobre antes, depois eu ia assistir e fazer a cobertura.
02:50O último que eu vi foi agora, antes de ontem, no sábado, eu vi o show do Neymato Grosso.
02:56A gente conviveu aqui no Brasil com a geração de ouro da música brasileira, que foi a época dos festivais.
03:03Foi quando surgiram todos esses artistas.
03:06Gilberto Gil, Caetano Veloso, Rita Lee, Tom Zé, Paulinho da Viola, Chico Buarque de Holanda, obviamente.
03:17Todos eles surgiram.
03:19É a geração de ouro da música brasileira, que é da década de 60.
03:23São muitos shows, assim, para me falar que eu considero os grandes shows.
03:30Eu considero, por exemplo, o grande show dos Doces Bárbaros, aqui em Brasília.
03:37Outro grande show, assim, para mim, foi no Rock in Rio, o histórico Rock in Rio de 1985.
03:44Eu vi o Neymato Grosso se apresentando, acompanhado, olha que curiosidade,
03:50por uma banda de Brasília, que não existe mais, chamada Placa Luminosa.
03:53Eu me emocionei muito no Rock in Rio com o show do Cazuza.
03:58O país estava saindo da ditadura e dando início à nova fase com a democracia.
04:09E o Cazuza abriu o show do Rock in Rio, foi um showzassa, cantando Pro Dia Nascer Feliz.
04:16Aquilo ali, para mim, foi um marco.
04:18O primeiro show da Rita Lee, aqui no ginásio do Colégio Marista,
04:23recentemente, recentemente, um outro show me chamou muita atenção.
04:30Foi o que Caetano Veloso e Maria Bethânia fizeram aqui no estádio, Mané Garrincha,
04:38para 40 mil pessoas.
04:41Foi um show belíssimo, em que eles fizeram a revisão da trajetória deles.
04:46Brasília, para mim, foi de uma importância muito grande,
04:52porque foi aqui que eu pude estruturar a minha vida,
04:58conseguir viver com dignidade, morando num bom apartamento,
05:08podendo ter acesso às coisas que eu gosto.
05:12Brasília reconhece o meu trabalho, sim.
05:14Quando eu volto aos lugares, notadamente os lugares que são voltados para a cultura,
05:23como o Clube do Choro, como o Ulisses Guimarães, ali, o Centro de Convenções,
05:28como o Enxão do Lazer, as pessoas vêm para mim, se dirigem para mim,
05:33e se está com alguém e falam assim, olha, esse aqui é o Irlanda do Correio.
05:36Isso, para mim, é uma coisa que me emociona,
05:41porque eu ser reconhecido como um repórter e um condomista do Correio
05:46é tudo o que eu gostaria de ser.
06:06Obrigado.
06:07Obrigado.

Recomendado

1:49
Filmow
04/09/2019