PT segue com o velho discurso

O Antagonista

No Papo Antagonista desta segunda-feira, Diogo Mainardi comentou a estratégia do PT para voltar ao poder. O partido se recusa a fazer alianças, finge que apoia o impeachment de Bolsonaro e faz campanha para Lula durante os protestos contra o governo. -- Cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL​  Confira mais notícias em nosso site: https://www.oantagonista.com​  Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista​ https://www.instagram.com/o_antagonista

Transcript

00:00O que você achou dessas manifestações do fim de semana?

00:06Não são manifestações, são comícios.

00:09São comícios ilegais, porque é campanha antecipada,

00:14mas é campanha do Lula.

00:16Eles estão colocando gente na rua para fazer campanha política,

00:21política partidária.

00:23Não tem nada a ver com a derrubada do Bolsonaro,

00:27porque eles não querem derrubar o Bolsonaro.

00:31E é isso aí.

00:33Não querem fazer aliança com ninguém.

00:35Eles querem tomar o poder todinho para eles

00:37e depois distribuir NACOS, como eles sempre fizeram,

00:42nesse modo de escambo que eles fizeram durante os governos deles.

00:50Entrega uma estatal, entrega uma diretoria estatal,

00:54deixa roubar à vontade.

00:55E todo o resto é o latifúndio do próprio PT.

01:02Eles estão repetindo exatamente a mesma fórmula,

01:07com o mesmo discurso.

01:09Eu citei outro dia,

01:10peguei o negócio da Cruz Reina na sexta-feira passada,

01:13que eles estão pensando em reciclar, em recauchutar,

01:17o mesmo slogan de sempre.

01:19Não é mais a esperança vencer o medo,

01:21é a esperança puta que eu pariu, nem lembro mais o que era,

01:26mas tinha a ver com esperança e medo.

01:30Então, é velho.

01:33Hoje o valor deu o gabinete da pré-campanha do Lula.

01:40Tem Paulo Okamoto, Gilberto Carvalho,

01:44Guimarães, José Guimarães, Glaze Hoffman.

01:50É uma coisa tão embolorada, tão velha, tão rançosa,

01:55que os brasileiros já chutaram, já descartaram,

01:59já mandaram para a cadeia,

02:01tiraram da cadeia,

02:02e agora querem voltar com essa nova história.

02:06É melancólico.

02:08Olha, a gente acabou de ter eleição aqui na Itália,

02:10hoje, ontem e hoje.

02:11E os partidos chamados populistas levaram um cacete danado.

02:19Ganhou gente certinha,

02:23limpinha,

02:26centro-direita, centro-esquerda,

02:30razoavelmente,

02:31com uma história razoavelmente longa,

02:33mas não também os grandes caciques dos partidos.

02:38uma renovação mais comportada.

02:46Imagina que o prefeito de Milão foi eleito,

02:50praticamente não tem rede social,

02:51mas praticamente foi eleito,

02:53sem fazer um comício.

02:56Comício não valia a pena,

02:57porque a gente está saindo do Covid.

02:59Esse clima pós-Covid,

03:03que está se espalhando pelo mundo,

03:07vai mudar muito também

03:09a expectativa das pessoas.

03:12Não sei, Brasil,

03:13Brasil é estranho,

03:14Brasil está 20 anos atrás,

03:1630 anos atrás,

03:17então é meio difícil calcular.

03:19Mas no resto do mundo,

03:22há uma mudança

03:24em relação a 2018.

03:26A leitura que se faz aqui é exatamente essa.

03:29Em 2018 foi o auge do populismo na Itália,

03:34não só no Brasil,

03:34mas na Itália.

03:36E nesta eleição,

03:38eram eleições municipais,

03:39então não dá para medir exatamente

03:43o que aconteceu em uma eleição nacional,

03:46mas nessa eleição,

03:48os partidos populistas definharam,

03:52perderam o discurso,

03:53perderam o tom,

03:54perderam o impulso,

03:57cinco estrelas foi para as picas,

03:59a Lega se deu mal.

04:01O eleitor cansa,

04:03o eleitor cansa, né?

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