00:00E hoje ela mora aqui com você, né, e com o Léo, como é que foi todo esse processo dessa mudança, ela aceitou, eu sei que ela adora o titio, né, mas como é que foi pra você também fazer essa união, porque eu sei que é uma criança, né, que é exposta realmente a muita coisa, mas como é que foi todo o processo, como é que vocês lidaram?
00:17Foi muito natural, assim, a Cecília conheceu o Léo, ela tinha um ano e pouco ainda, então eu não jamais ia apresentar ela pro Léo como, oi, esse daqui é o namorado da mamãe, não, assim, foi uma coisa bem natural de os dois se conhecerem e os dois se darem bem, e eu sempre quis o melhor pra todos os lados, assim, então a Cecília e ele se conectaram muito naturalmente, de brincar, de ela querer estar perto, de querer estar junto, assim como eu também com as crianças,
00:46e eu acho que é assim que tem que acontecer, deixar as coisas fluírem, não tem como forçar nada, até porque era uma coisa muito nova pra mim também, eu nem sabia direito como que ia ser isso tudo, essa loucura, mas deu certo, deu mais que certo, porque eles dois são apaixonados um pelo outro, as crianças também, então, é, eu acho que tudo veio nas linhas tortas que se endireitou e era pra ter sido mesmo desse jeito.
01:10É, e falando em Léo, como deu tudo certo, ele hoje, muita gente acredita, né, a boa fase dele a você, então, o caminho levou a isso, e, mas, como é ter a rotina de um namorado, né, de ter um parceiro como jogador de futebol, como é que você encaixa no seu dia, como é que é sentir a ausência, né, quando viaja?
01:32É, tem muito disso, a gente é muito caseiro, a gente, nós somos muito de ficar em casa, então, o que a gente gosta de fazer é, a gente tá em casa, a gente tem a família aqui, tem uns amigos, faz um churrasco, faz um almoço, um jantar legal, chama os meninos pra ficar aqui jogando cartas, que a gente gosta de jogar cartas,
01:51quando ele viaja, é, claro, eu sinto muita falta, justamente porque a gente fica tanto em casa que parece que falta alguma coisa, é, e eu também me tornei uma pessoa muito caseira depois que eu tive minha filha, eu sinto um peso terrível de sair de casa e ficar sem ela, maternidade, né, você me entende, eu acho que todo mundo pensa igual, é, mas a nossa rotina, na maioria das vezes, é, ele vai treinar, eu fico em casa, é, a gente se diverte juntos, a gente sai, assim,
02:21pra jantar, a gente sai, assim, pra ir no cinema, é uma coisa que a gente não quer nunca perder, deixar de fazer, porque a gente precisa se conectar também, a nossa casa também tá sempre cheia, tem funcionário, tem as crianças, tem as pessoas que, enfim, trabalham com ele, que vem aqui, faz foto, faz publicidade, comigo também, a Priscila, minha irmã, então, a gente não pode perder essa coisa de casal, é, é, é, é uma coisa que faz muito parte da nossa rotina também.
02:46A gente, como torcedor, quando assiste a um jogo, claro, tá torcendo pro time como um todo, você, quando é torcedora do Ceará, mas quão diferente é acompanhar um jogo como torcedora do time, claro, mas torcedora de um jogador específico, não tem mais atenção, você, às vezes, não olha pra bola, olha pra onde tá o leão.
03:01Eu, é que, assim, essa lente que eu tô é de grau, só que eu não tinha lente de grau, e eu sou um pouco cega, então, às vezes, eu pego o meu celular e eu dou o zoom, no máximo do zoom, no Leonardo, porque eu quero ver o Leonardo, e aí eu fico tentando seguir a bola, assim, igual uma velha, sabe, eu seguindo a bola pra enxergar, assim, o que que tá acontecendo, quando eu vejo, eu só gravo o Leonardo, e aqui tá comemorando um gol, tipo, caraca, o que que tá acontecendo?
03:29Não, mas pelo menos o leão tá no chão, tá tudo bem, tipo, mas eu fico com o coração na mão demais, eu vejo o povo derrubando ele, ou ele caindo, ou sei lá, eu fico desesperada, desesperada, mas eu, sei lá, assim, é uma sensação diferente, é diferente de tudo, porque você assistiu um time que, ah, legal, o time e tal, mas não tem aquela pessoa que você se preocupa, eu vejo meu celular só tem vídeo do Leonardo, parece aquela doida, fó, absurda, mas é isso.
03:56Ah, eu me preocupo, eu me preocupo, eu me preocupo, ele, como eu falei, né, ele é, mas eu vejo muito, porque eu olho a internet o tempo todo, então é impossível não esbarrar em alguma coisa, tanto é que as pessoas mandam no meu direct, tipo assim, as pessoas falam para mim diretamente, tipo assim, xinga mesmo.
04:20Eu vejo seu direct, aham, eu vejo tudo, infelizmente eu vejo tudo, eu devia até ver menos, mas as pessoas mandam para mim, então não tem como eu não me preocupar, eu fico, putz, tal, só que eu não levo para ele, né, não levo para ele, ele sempre no pós-jogo, ele tem um aplicativo aí, alguma coisa, que ele vê todas as vezes que ele tocou na bola, ele olha todos os toques dele na bola, ele se autocritica, ele se auto-elogia, ele sabe exatamente o que ele fez de bom e o que ele fez de ruim,
04:49então eu não vou trazer a opinião do Joãozinho de tal, que está xingando ele, fala assim, olha, ele está te xingando por isso, não, ele sabe o que ele pode melhorar, ele sabe o que, né, então ele tem a comissão técnica do time inteiro, que vai ajudar ele a isso, não sou eu que vou chegar e vou falar alguma coisa, sabe, o meu papel é dar suporte, apoiar, mostrar que eu estou junto e que eu estou torcendo por ele, como eu sempre faço também.
05:13Mas ele pergunta para você, o que você achou hoje?
05:16Ah, pergunta, pergunta, pergunta, e aí amor, o que você achou? Qual o lance que você achou legal e não sei o que? Eu falo, nossa, fiquei louca nesse lance, achei que o moço ia te derrubar, ou achei que você ia fazer um gol ali, a gente sempre conversa.
