- 19/06/2025
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NotíciasTranscrição
00:00Legenda Adriana Zanotto
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01:00Legenda Adriana Zanotto
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01:59Não perca, não deixe de se inscrever porque os inscritos recebem aviso todas as vezes em que a gente posta um vídeo novo ou entra ao vivo, seja nas nossas edições diárias ou num plantão especial.
02:13www.youtube.com.br
02:15www.youtube.com.br
02:17www.youtube.com.br
02:19Olá Antagonistas, muito bom dia!
02:23Hoje é dia 10 de abril de 2017, a gente está começando aqui a primeira edição da semana da TV Antagonista e é claro que eu vou trazer para vocês o que aconteceu no final de semana dessa Brasil Conference lá, promovida por duas das universidades mais famosas do mundo, Harvard e MIT.
02:50Está conhecido já na internet como o stand-up de Dilma Rousseff, mas também vou trazer aqui para vocês uma participação muito legal do procurador Deltan Dallagnol comparando a Lava Jato com tirar as maçãs podres de um cesto.
03:11E a participação do juiz Sérgio Moro. O áudio não está muito bom, a gente tentou dar uma melhorada, mas como é o Sérgio Moro a gente trouxe aqui um trechinho para vocês.
03:23Vamos falar também da enquete antagonista do final de semana, quem seria o verdadeiro anti-Lula e as notícias da semana.
03:32Essa vai ser uma semana quente em termos de depoimentos da Lava Jato. O que será que nos aguarda?
03:41A gente vai trazer também aqui uma pessoa que vai falar sobre o futuro do trabalho.
03:47É um empresário do setor de terceirizados que esteve nessa última reunião da OIT, a Organização Internacional do Trabalho.
03:55Lembrando que a Organização Internacional do Trabalho é uma coisa tripartite. Ela é formada por empresários, por governos, por organizações internacionais e ela debateu o futuro do trabalho.
04:10Ela debateu as reformas que estão sendo feitas não só no Brasil, mas em vários países.
04:16O que será que a juventude espera do trabalho? Será que as regras do trabalho são essas que a gente aprendeu?
04:25Ou será que essa juventude que está aí espera que a gente prepare para eles um mundo novo?
04:31O Fernando Calvé vai estar aqui nos estúdios da TV Antagonista e você vai poder participar dessa discussão fazendo também as suas perguntas.
04:39Então já chama todo mundo aqui para o youtube.com barra o antagonista.
04:46Já chama aqui os seus amigos para esse esquenta da TV Antagonista e você que participou da nossa enquete do final de semana, muito obrigada.
04:55Todo final de semana vai ter enquete no www.oantagonista.com.
05:00O Antilula, nós perguntamos no final de semana, quem seria o verdadeiro Antilula?
05:11João Dória, Jair Bolsonaro ou Ronaldo Caiado?
05:18O que vocês acham que foi o resultado?
05:21Quem seria o verdadeiro Antilula?
05:26Bom, vocês responderam isso.
05:28Está aqui, 59,9% de quem respondeu a essa enquete do Antagonista respondeu que o verdadeiro Antilula é João Dória.
05:4523,9% consideram que o verdadeiro Antilula é Jair Bolsonaro.
05:52E 16,2% votam em Ronaldo Caiado.
06:01Em números absolutos foram 7.929 votos dizendo que o Antilula é Dória,
06:093.165% Bolsonaro,
06:132.147% dizendo que o Antilula é Ronaldo Caiado.
06:19Não havia ali nenhum campo para as pessoas colocarem as suas explicações.
06:23Então a gente não sabe por que as pessoas votaram assim,
06:28mas essas foram as respostas de vocês, antagonistas, durante o final de semana.
06:34Fique ligado porque todo fim de semana a gente vai trazer aqui uma enquete nova do Antagonista.
06:42Você também pode, durante a semana, ir sugerindo temas.
06:46Aqui embaixo, na descrição do YouTube, tem um e-mail que a gente criou só para você mandar sugestões para o Antagonista.
06:54Pode ser sugestão de reportagem, vídeo que você fez, fotografia que você tem, documentos que você tenha,
07:02sugestões para enquete, temas que você gostaria de ver, pessoas que você gostaria que fossem entrevistadas aqui.
07:08Enfim, manda tudo no e-mail que está aqui, na descrição do YouTube,
07:14que a nossa equipe de produção já vai estar postos recebendo essas sugestões que vocês mandam.
07:21Muita gente manda sugestões no chat do YouTube, mas a gente perde esses registros assim que acaba a transmissão.
07:27Por isso que a gente criou o e-mail, para a gente poder manter esse contato com vocês com mais qualidade.
07:32Hoje é o dia de Marcelo, hoje é o dia de Marcelo Odebrecht.
07:40Na semana que vem, no dia 18, Sérgio Moro vai ouvir João Santana e sua mulher, Mônica Moura.
07:48E hoje vai ouvir Marcelo Odebrecht.
07:53O grande dia, no entanto, será o 3 de maio, quando está marcado o depoimento de Luiz Inácio Lula da Silva.
08:03Mas hoje será a primeira vez em que Marcelo Odebrecht vai depor a Sérgio Moro,
08:10depois de ter ali a sua delação feita e homologada pelo STF.
08:18Portanto, vai ser um depoimento diferente daqueles outros que ele já prestou a Sérgio Moro.
08:24É um dia da gente ficar com os olhos abertos.
08:295 bilhões e 600 milhões de reais.
08:35É muito dinheiro.
08:37Essa planilha aqui, vendo um cálculo que foi feito,
08:43que apareceu no jornal Estado de São Paulo,
08:48é um laudo da Polícia Federal.
08:51Segundo o laudo da PF,
08:54a Odebrecht elevou 5 bilhões e 600 milhões de reais da Petrobras.
09:01Segundo o Estadão, o raio-x da PF
09:05pegou licitações da área de engenharia da companhia
09:09entre 2003 e 2014.
09:14Em valores atuais, o prejuízo direto a Petrobras,
09:18somente nos contratos da diretoria de engenharia com a empresa Odebrecht,
09:22foi 5 bilhões, 684 milhões, 34 mil, 410 reais e 52 centavos.
09:36Eles calcularam o prejuízo até nos centavos,
09:38essa perícia da Polícia Federal.
09:41A vistoria buscou verificar vestígios de cartelização
09:46nos certames vencidos pelo Clube VIP das empreiteiras.
09:50Essa tabela da Polícia Federal,
09:53para você que gosta de documentos,
09:55você pode conferir aqui no site do Antagonista,
09:58a gente colocou o documento lá.
10:00E agora a parte que vocês estavam esperando.
10:04Stand-up internacional.
10:08Dilma Rousseff falou nessa Brasil Conference de Harvard e do MIT,
10:13promovida por duas das melhores universidades do país.
10:16Só que Dilma Rousseff está acostumada a falar nesses eventos internacionais
10:22para uma plateia muito dócil,
10:25para uma plateia que já é a plateia de convertidos.
10:30Existe muita gente que está acostumada a pregar para convertidos,
10:35ou seja, a falar para a plateia que já concorda com o que aquela pessoa vai dizer.
10:40E essas pessoas se imaginam grandes especialistas no tema,
10:45porque elas falam para quem já concorda com elas,
10:47então pouco importa o que elas digam.
10:50Dilma Rousseff tem feito essa caminhada internacional dela
10:54já para plateias que são plateias petistas,
10:57que acham que realmente houve um golpe.
11:00Então ela é super bem tratada, o que quer que ela diga.
11:03Eu vou trazer aqui um discurso que a Dilma Rousseff fez
11:09em que ela vai, gente, do império a Bolsonaro em menos de dois minutos.
11:18Ela faz essa jogadinha que o Lula está fazendo para 2018,
11:22isso eu venho aleatando vocês,
11:23que a única chance de Lula é Bolsonaro,
11:25a única chance de Bolsonaro é Lula.
11:27Então os dois estão fazendo essa jogada de um bater no outro.
11:31Já estão começando agora,
11:34porque se eles se tornam os grandes rivais,
11:36é bom para os dois, eles gostam dessa polarização.
11:39E a Dilma Rousseff está ajudando nisso
11:41em todos os discursos que faz fora do país.
11:46Mas agora, começar no império e chegar no Bolsonaro,
11:50é demais, né?
11:52Principalmente porque eu não entendi o que ela quis dizer nessa parte,
11:56mas talvez seja uma deficiência minha e vocês podem me ajudar.
11:59Vamos ouvir.
12:01O que eu acredito para o Brasil?
12:04Eu acredito que no Brasil nós temos um encontro marcado com a democracia em 2018.
12:11Esse encontro marcado com a democracia em 2018 é inexorável.
12:17Qual é a possibilidade?
12:20A possibilidade é ele ser transferido.
12:22A possibilidade é haver modificações do jogo
12:26quando ele está sendo jogado, das regras do jogo.
12:28Isso não é nada democrático.
12:31Fazer toda a nossa discussão
12:34sem considerar que a democracia,
12:39ela é fundamental para que nós nos reencontremos,
12:42ela é fundamental para que a gente construa uma nova legitimidade
12:46e que essa legitimidade que nós vamos construir e que está baseada em 2018,
12:54ela só pode, ela só pode levar a um caminho.
12:59É o único jeito de nós recuperarmos as condições de crescer, desenvolver e sair da crise.
13:04Esta é a única condição.
13:07Não há, o Brasil é chegado a um pacto por cima.
13:11Nós fizemos um pacto por cima do primeiro, do segundo império para a república.
13:17Nós fizemos um pacto por cima na transição da democracia, da ditadura para a democracia.
13:23Os pactos por cima, eles esgotaram, diálogo por cima está esgotado, esgotado.
13:31Por quê?
13:32Olha um exemplo.
13:34No meu impeachment, houve um deputado que votou a favor de um torturador da ditadura militar e da tortura.
13:45Por que que isso ocorreu?
13:47Porque no pacto que nós fizemos de transição da ditadura para a democracia,
13:54nós, nós anistiamos o torturador.
14:01Bom, a gente começou no império, chegou no Bolsonaro.
14:09Eu não entendi bem aí a parte da democracia,
14:12mas vocês viram que aquela história do se ganhar ou se perder voltou?
14:19Só que aí teve a parte das perguntas.
14:22E a parte das perguntas que é a que está circulando pela internet
14:27com o apelido, o stand-up de Dilma.
14:31Por quê?
14:32O que que Dilma chama de democracia?
14:35Não prendeu o Lula.
14:36E ela falou isso lá.
14:38Só que não era uma plateia dócil, uma plateia petista, uma plateia que idolatra o Lula.
14:45E a plateia não recebeu isso bem.
14:49Vejam a cena vocês mesmos.
14:50Me preocupa que prendam o Lula.
14:55Me preocupam que tirem o Lula da parada.
14:58E sabe por quê?
14:59Todo mundo aqui pode rir.
15:01Sabe por quê?
15:02Vou avistar por que que é.
15:04Porque, infelizmente, para as oposições, ele tem, nas pesquisas, 38%.
15:12Com tudo que fizeram com ele.
15:14Não acho que o Lula tem de ganhar ou perder.
15:18Eu acho que ele tem de concorrer.
15:20Se perder, é da regra do jogo.
15:22Ninguém se desmoraliza por perder uma eleição.
15:25Só quem tem um padrão de cabeça extremamente autoritário,
15:30começa a falar em impeachment até antes da eleição.
15:35Eu estou me referindo a coisas que aconteceram.
15:38E vocês sabem quais são.
15:39Mas, é, vocês sabem quais são.
15:42Não se fala.
15:43Isso é um absurdo.
15:45Uma das precondições da democracia é respeitar o resultado.
15:49Não dá para querer melar a regra do jogo depois que ele ocorreu.
15:53O que eu acho que é gravíssimo é você, você no Brasil, por conta disso.
15:59Por causa que isso é uma possibilidade concreta.
16:03Desculpem-me aqui as pessoas que riram.
16:05Mas, é uma possibilidade concreta, meus caros.
16:09Deixa ele concorrer para ver se ele não ganha.
16:11Então, é, é isso que todo mundo sabe.
16:16Aqui não tem ninguém que não saiba disso.
16:19Então, o que que acontece?
16:20Acontece o seguinte, acontece o seguinte.
16:23Vamos inventar todos os possíveis cenários alternativos e tirá-lo da parada.
16:29É essa a questão.
16:31Eu acho o seguinte, acho o seguinte.
16:34Perder, perder, todas as pessoas que concorrem têm de saber fazer.
16:40Ninguém, ninguém, só autoritário que não sabe perder.
16:44Bom, então, a gente tem aí a plateia.
16:53Essa plateia dessa Brasil Conference não ouviu só Dilma Rousseff.
16:58Essa foi uma conferência gigantesca com todos os tipos de pensamento.
17:05Plural, para vocês terem uma ideia, teve uma mesa que foi sensacional, porque na mesma mesa tinha o Olavo de Carvalho e o Eduardo Suplicy.
17:17Então, assim, não era uma plateia que estava lá para concordar com tudo o que as pessoas dissessem.
17:23Mas, agora, vamos adiante, porque essa vocês vão gostar de ver, que é um outro pedaço da Brasil Conference.
17:31Teve Sérgio Moro e teve Deltan Dallagnol.
17:36Mas, o que eu gostei é que é o seguinte.
17:40O Deltan, vocês sabem que costuma fazer o mesmo discurso em todos os lugares que ele vai, que é o tal do Media Training lá do MPF.
17:48Mas, nessa palestra, foi diferente e foi divertido, foi um negócio super legal.
17:57Ele explicou a Lava Jato, utilizando como alegoria uma maçã.
18:04E a plateia riu, mas não riu do jeito que riu da Dilma.
18:09Riu porque achou legal.
18:11E eu tenho certeza de que você vai querer compartilhar esse vídeo com seus amigos.
18:15Vamos ver.
18:18Pessoal estava passando pela Rava Law School, vi uma cesta de maçãs.
18:25E isso seria um furto de uma maçã se não fosse para fins acadêmicos.
18:32Agora, quando ele estava na palestra do Puntzão, eu preciso esclarecer que eu pedi uma autorização para pegá-la.
18:36O que a Lava Jato faz é retirar maçãs podres de um cesto.
18:44Agora, não adianta retirar maçãs podres de um cesto se você não mudar as condições do ambiente que fazem aquelas maçãs apodrecerem.
18:52Não adianta você retirar maçãs podres de um cesto se você não mudar as condições do ambiente que fazem aquelas maçãs apodrecerem.
19:01Quando nós olhamos todos os diferentes tipos de corrupção que existiam na Lava Jato,
19:06fracos em contratos com empreiteiras, venda de leis ou de votos em leis,
19:11ou ainda venda de proteção das outras investigações feitas por CPIs,
19:17ou ainda fracos em contratos com interesse de software,
19:20ou ainda fracos em contratos de mão de obra terceirizada,
19:22Então, se você olha tudo isso, você vê uma base comum.
19:25Dois problemas centrais.
19:27Uma engrenagem no sistema político que incentiva a corrupção,
19:30e um sistema de justiça falho que produz impunidade em 97% dos casos,
19:36e que a Lava Jato é apenas um ponto fora da curva de impunidade.
19:39Nada mudou para que nos outros 97% dos casos a regra se torne a responsabilização.
19:45Se nós teremos um país melhor, nós precisamos de um grupo a mudar o sistema
19:48e as condições que fazem as maçãs apodrecerem de luz, de tratura, de pressão, de unidade,
19:52nós precisamos de evoluir para uma reforma política e uma reforma do sistema de justiça criminal.
20:02Bom, além do Deltan Dallagnol, quem também falou na Brasil Conference foi o Sérgio Moro.
20:10Como vocês viram, esses vídeos não estão todos, assim, à disposição na internet.
20:16O primeiro vídeo da Dilma que a gente usou, a gente usou do site Poder 360,
20:20que é do jornalista Fernando Rodrigues, meu amigo, beijo, Fernando.
20:26Esse outro a gente achou um pedacinho que a galera que estava lá cortou e pôs na internet,
20:32mas o do Moro não está com esta qualidade toda.
20:37Então a gente colocou um trechinho menor
20:41que o Rodrigo Freitas, aqui da nossa produção, ajeitou o som,
20:48mas em que o Moro fala do nosso congresso.
20:51E eu quero que vocês prestem muita atenção no seguinte.
20:54A gente tende a pegar algumas figuras e querer que eles sejam super-heróis.
21:00Mas o Moro fala uma coisa muito importante aqui.
21:03As pessoas querem ter orgulho de quem as representa.
21:09Então não é a gente eleger um herói e querer que aquela pessoa seja destruidora,
21:14lacradora, que guerreie contra todos os outros.
21:18O que a gente quer é ter orgulho do nosso país,
21:22das nossas instituições e das pessoas que nos representam.
21:27Seres humanos cometem erros, mas nós temos de fazer uma limpeza
21:31para que a gente um dia tenha orgulho das nossas instituições.
21:35Achei legal o Moro falar isso.
21:37Principalmente ele, que é o cara tido como herói,
21:42sendo que ele só cumpre o dever dele.
21:44Vamos ver.
21:46Há bons homens e mulheres no Congresso Brasileiro.
21:51O que é importante é que prevaleça as boas práticas e os bons recursos.
21:59Esse projeto, embora ele tenha sido rejeitado e se honra o dia pela Câmara,
22:06ainda há condições de retomá-lo.
22:10E ele tem que manter a esperança de que, no final,
22:13isso vai ser melhor tratado, a meu ver, dentro do Congresso.
22:18Não, que também, isso que eu também já falei publicamente,
22:21não sejam os dez mandamentos, não seja algo que vai mudar o país.
22:26Eu não acredito nisso.
22:28As instituições se constroem no dia a dia.
22:30Existem salvadores da pátria, nem pessoas e nem atos específicos.
22:38Agora, mudanças são importantes para que nós possamos sair desse quadro de corrupção sistêmica,
22:44e, especialmente, gerar um círculo virtuoso em relação a essas alterações.
22:51Nesse aspecto, a aprovação dos projetos,
22:53se não integral, mas em uma boa parte,
22:56ela seria um passo relevante do Congresso Nacional.
23:01Porque as pessoas têm esperanças na instituição brasileira.
23:04Têm esperanças no Congresso, no final, para os nossos representantes eleitos.
23:08Bom, então está aí a participação do Moro e do Deltan nessa Brasil Conference,
23:18que foi uma conferência enorme, que está aí na internet,
23:22teve patrocínio de diversas empresas brasileiras,
23:27até os meninos que estão me falando aqui,
23:28até Empiricus patrocinou essa Brasil Conference.
23:31Mas, enfim, vamos em frente, nós vamos falar agora
23:34sobre um tema que interessa a todo mundo,
23:36o futuro do trabalho.
23:39Teve uma reunião na OIT com diversos países falando sobre o futuro do trabalho.
23:46Eu sei que vocês gostam aqui de debater essa história aí dos sindicatos,
23:51CLT, as discussões que o pessoal está tendo,
23:57e eu soube aí, por meio das minhas fontes,
24:00que essas discussões que nós temos aqui no Brasil,
24:04não batem muito com o que está rolando no exterior.
24:08O que está rolando no exterior bate mais com o que vocês estão propondo de discussão.
24:13E por isso que eu trouxe aqui uma pessoa
24:15que foi até a última reunião da OIT,
24:19para vocês poderem fazer as suas perguntas.
24:22Já está aqui nos nossos estúdios,
24:24o Fernando Calvé.
24:25O Fernando Calvé frequenta essas reuniões da OIT.
24:28Ele já teve assento lá,
24:30continua frequentando como empresário,
24:32trazendo essas novidades aqui para o Brasil.
24:34Ele é empresário no setor de serviços terceirizados e temporários,
24:38vice-presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Temporários
24:41e Terceirização no Estado de São Paulo
24:44e diretor da Federação Nacional das Empresas de Serviços Temporários
24:48e Terceirizados.
24:50Fernando, tudo bom?
24:51Tudo bem.
24:51Fernando, conta primeiro para mim
24:54que história é essa dessas reuniões aí da OIT
24:58que os empresários vão para discutir o futuro do trabalho.
25:03Vocês discutem lá o quê?
25:04Se vai ter CLT, se não vai ter CLT
25:08ou isso não se discute mais no resto do mundo?
25:12Muito bem.
25:13Discute-se.
25:15Mas discute-se pouco.
25:16Hoje o mundo está colocando foco realmente nas novas versões das relações do trabalho.
25:27O que será o mundo do trabalho daqui para frente?
25:31Com essa velocidade, com como as coisas acontecem.
25:35E a gente teve situações assim surpreendentes e ao mesmo tempo muito interessantes.
25:42A conclusão mais importante desse fórum é que o maior patrimônio econômico hoje, mundial, é a juventude.
25:53Então, as empresas de sucesso e os empresários de sucesso, eles terão melhor êxito se começarem a investir nesse patrimônio.
26:03Olhar para o jovem, quais são seus anseios, quais são suas potencialidades, o que é que se pode esperar disso.
26:11E o país que não estiver olhando para essa tendência está se afastando da modernidade e do trabalho do futuro.
26:20Então, como você me perguntou no começo, ainda se discute alguma coisa de lei, mas cada vez menos.
26:26Porque hoje o mais importante é respeitar essas tendências e tentar, sobretudo, atender a essas tendências.
26:32Coisa que o Brasil está muito longe, está muito defasado.
26:38Mas, por exemplo, você está falando em jovem.
26:40Uma coisa que eu vejo, por exemplo, é a molecada, que eu já vi como gestora, contratando.
26:47Eles não querem esse papo, por exemplo, de sindicato.
26:53Eles não gostam do tipo de sindicalismo que a gente tem no Brasil.
26:56Não querem, eles não querem nem ir conhecer onde é o sindicato.
27:03Tem a maior birra.
27:04Você manda o cara ir lá tirar, por exemplo, da minha área um DRT, um registro.
27:10Eles não querem nem ver, não querem nem saber.
27:13Na área de animação, por exemplo.
27:15Você não contrata um menino com carteira assinada de jeito nenhum.
27:19Você só contrata com carteira assinada quando a pessoa tem necessidades básicas
27:25que ela precisa suprir para a família dela naquele momento.
27:29Ele supriu aquilo, ele não quer mais, porque ele não quer mais ver aquela gente.
27:35E olha, com toda razão.
27:38E é bom que seja assim.
27:39Infelizmente, a gente ainda carrega uma legislação fascista.
27:47Nosso modelo é um modelo copiado da Itália de 1930, alguma coisa,
27:51implementado aqui pelo Getúlio Vargas, outro ditador.
27:55Essa é a nossa CLT.
27:57E uma CLT que se propõe a ser dona do trabalho.
28:00Tem o sindicato como dono do trabalho.
28:02E tem uma pergunta interessante a fazer.
28:04Discutia-se aí há alguns anos.
28:06Quem, afinal, é o dono do trabalho?
28:08Então, nas décadas lá de 1940, 1950, achava-se que o dono do trabalho era o empregado.
28:15Porque, afinal, se não tivesse trabalhador, não teria trabalho.
28:18Tempos depois, a mesma discussão volta à tona e se conclui que o dono do trabalho é o empregador.
28:27Porque, afinal, se ele não contrata, não tem trabalho.
28:30E hoje, a pergunta se responde da seguinte forma.
28:33O dono do emprego é o cliente.
28:36Então, se o trabalhador e empresário não atender a essas tendências e ficar preso a leis retrógradas,
28:46obsoletas, não vai haver emprego nenhum.
28:50Então, o dono do emprego hoje não são os sindicatos, muito menos os empresários e muito menos os empregados.
28:56Então, é aquilo que a necessidade se revela.
28:59E a gente vê que existem, existe todo um mercado especializado em burlar leis trabalhistas e tributárias.
29:09Vamos ver.
29:10Existe, existe. Tem escritório grande especializado.
29:16Eu acho assim, não é só porque no Brasil as pessoas são mesmo coniventes.
29:21Eu acho que no Brasil as pessoas são coniventes com jeitinho.
29:24Porque, senão, não elegia tanto corrupto.
29:27Senão, o corrupto parava ali no nível gerencial.
29:30Ele não virava presidente, não virava diretor de nada.
29:32Mas também porque, assim, a gente tem uma lei que foi feita para um mundo que não existe mais.
29:39Perfeito.
29:40Ele não existe mais.
29:41Então, assim, a lei feita em 1940 era para um mundo que você tinha que ligar para uma telefonista e pedir uma linha
29:48para ligar para uma pessoa.
29:50Aí você ligava, a pessoa não estava, acabou.
29:51Hoje você manda um WhatsApp.
29:53Então, assim, uma lei para um mundo aplicada em outro nunca vai dar certo.
29:58Não.
29:58Aí vai, o que se faz hoje?
30:02Tudo é gambiarra.
30:03E com esses sindicalistas no meio, que você não escolhe quem é o sindicalista que negocia as suas coisas.
30:09Então, nós estamos vivendo uma maluquice.
30:12E aí o cara fala que a CLT protege o trabalhador?
30:16É verdade.
30:17É muito pelo contrário.
30:19Aliás, não só defende nem protege, como atrapalha.
30:23Porque a CLT, tal como existe hoje, ela bloqueia a vontade própria do trabalhador.
30:31Se, de repente, um estudante tem um tempo ocioso que ele pode se dedicar ao trabalho.
30:36Mas se ele não atende lá essas regras todas da CLT, não é como trabalhar legalmente.
30:43E aí o empresário, com medo da punição, acaba não contratando.
30:47Então, o que se discute, por exemplo, nesse fórum, é que países onde as leis são muito severas, muito enrijecidas,
30:58o número de fraudes é muito grande, porque não tem como atender.
31:01E países onde há menos burocracia, onde há mais flexibilização, flexibilidade, há mais espaço de negociação,
31:09você tem menos fraudes e você consegue atender às expectativas do trabalhador, de uma forma mais leve, de uma forma mais fácil.
31:18Então, essa é uma tendência que o mundo, e o Brasil, precisa se modernizar e precisa começar a rever para você ver.
31:27Nós temos essa consolidação das leis de trabalho de 1940 e pouquíssimo se atualizou.
31:33E outro dado interessante que leva a gente a pensar nisso.
31:36Hoje, por exemplo, você tem no mundo cerca de 10 a 15 mil novos cargos, atividades por ano.
31:44Um jovem que entra na faculdade hoje...
31:45Por ano?
31:46Ano.
31:47Um jovem que entra na faculdade hoje, para se formar daqui a 5 anos, idealizando um determinado cargo, ou trabalho, ou carreira,
31:56provavelmente, dali 5 anos, aquele cargo já não exista mais.
31:59Então, e a gente está aqui com uma realização de 1940, atrapalhando.
32:06O emprego acaba saindo do país, né?
32:09E hoje, com a globalização, isso é muito fácil.
32:11Ó, aqui tem a Lissandra Privates dizendo que, hoje em dia, muitos profissionais preferem trabalhar em casa e na rua,
32:19e não ir para um escritório.
32:21A Cristina Silva falando que muitas pessoas gostariam de fazer um pequeno negócio e não conseguem porque a carga tributária acaba ficando insuportável.
32:35Eles lembram que algumas profissões estão ficando extintas.
32:39Eu já tive entrevistados que falaram para mim, olha, tudo que eu aprendi na faculdade, mestrado, doutorado, hoje é curanderismo,
32:45porque o que eu faço hoje não tem a ver com o que eu aprendi.
32:48E eu também, o que eu faço hoje não é o que eu aprendi.
32:50É verdade.
32:52É a Lissandra, né?
32:53É.
32:53Então, você tem razão, Lissandra.
32:56Aliás, é o que se discute lá.
32:58Discute-se, por exemplo, o fim do emprego, não o fim do trabalho.
33:02Mas já se fala do fim do emprego na concepção atual.
33:06O home office, por exemplo, largamente utilizado nos países desenvolvidos, infelizmente no Brasil, esbarra numa série de limitações da lei.
33:17Mas o TST faz?
33:19Pois é, mas aí tá.
33:21Quando você começa a se distanciar da lei, você começa a atender a expectativa.
33:28O Tribunal Superior do Trabalho faz e o empresário não pode fazer?
33:32Não pode, porque se você coloca, você acaba incorrendo num risco trabalhista alto, porque as leis não te permitem o controle de horário.
33:46É verdade.
33:46A pessoa tem como, eventualmente, alegar a questão de hora extra.
33:52Mas por que eu quero controlar o horário do cara? Eu quero só que ele dê lá o negócio.
33:56Tá lá, tá na lei.
33:56Você tem que ir lá.
33:57Não importa. Se um faz em uma hora e o outro faz em cinco, se ele quer ir tomar café no meio do negócio que ele tá fazendo.
34:04E trabalhar no horário que ele quer, se ele tem o filho.
34:06Não importa. Ele quer ir pegar o filho na escola.
34:09Eu não tô nem aí. Pra mim, importa que entregue no dia.
34:12Exatamente. Eu tenho esse compromisso com a empresa.
34:14O meu contrato com ela é de entregar isso aqui.
34:16Então, é isso que eu vou fazer.
34:17E se eu acordar durante a noite, porque eu sou notivo, eu gosto de dormir mais cedo, acordar mais tarde.
34:21Eu tenho horário pra... O tempo da produção que eu me comprometi.
34:27Então, é isso que se discutiu.
34:28Ó, aqui tem dois falando isso, ó.
34:31Um que usa aqui um nome, Duca, não é o nome dele, ele conta que ele é home office.
34:38Ele trabalha pra uma empresa dos Estados Unidos.
34:42E ele não tem nenhuma regulamentação.
34:45Só que ele falou assim, eu também não pago imposto.
34:48Por que eu ia querer ficar legalizado?
34:51Não, mas é...
34:55Olha lá, é um problema... Mas é isso que você tá falando.
34:58Exatamente.
34:59É uma pessoa que, se não fosse uma lei tão doida, ia estar pagando imposto.
35:04Tiago Pereira, eu tenho possibilidade de fazer minhas obrigações de casa uma vez que eu mexo com redes sociais.
35:10De repente, o cara tem que ir todos os dias pro trabalho pra uma coisa que ele podia fazer em casa.
35:16E aí a gente vai mexendo com outras situações.
35:20Mobilidade urbana.
35:21É uma discussão que tem lá...
35:23Infraestrutura de transportes.
35:24Transportes.
35:25Porque você tá botando das nove da manhã e você tá atado de um mundo de gente na rua que podia estar em casa.
35:30É uma outra conclusão que se chegou a esse congresso.
35:34As pessoas cada vez mais estarão conectadas.
35:36Mas fisicamente elas estarão mais isoladas.
35:39Ou seja, elas estarão se conectando, interagindo através de toda a tecnologia que dispõe, mas não necessariamente indo ao trabalho pra poder trabalhar.
35:52Então, isso é uma tendência.
35:55O nome dele, qual é o que perguntou?
35:58Vixe, já perdi aqui.
36:00Olha aqui como ficam entrando as perguntas, tá vendo?
36:02Ok, pois então o nosso amigo que hoje trabalha pra uma empresa dos Estados Unidos...
36:08Tiago, o que trabalha pra empresa dos Estados Unidos pôs apelido porque ele não paga imposto, ele não quer dar o nome.
36:13Não tem problema.
36:14Isso é o futuro, eu acho.
36:16Que realmente, o trabalho não pode ser tributado, gente.
36:19O único lugar onde tem, não é bem uma tributação, mas tem um custo de encargos tamanho, que chega a dobrar mais do que o dobro, é o do Brasil.
36:32E isso é muito ruim, pelo seguinte, quando uma empresa, uma montadora de automóvel, ela vai construir um carro.
36:39O parafuso da porta, onde é que vai produzir esse parafuso?
36:43Aqui ou na China ou no Paraguai?
36:46É onde ele custa mais barato.
36:47E muitas vezes esse parafuso deixa de ser produzido aqui porque aqui o salário tem um custo muito maior do que os outros lugares.
36:55Agora, o que vai pro bolso do trabalhador é a menor parte, menos da metade.
37:01E o resto vai aí pra Fundo Rural, Sesc, Senac.
37:08Eu não tô discutindo aqui a boa intenção e a eficiência dessas instituições.
37:13Mas não pode ser calculada em cima do salário, tá entendendo?
37:20Porque senão, dá a impressão...
37:21Tem que ver se é isso que o trabalhador quer pra ele.
37:23É, pior, porque dá a impressão do seguinte, quanto custa você trabalhando pra mim?
37:28É 5 mil reais.
37:30Mas na verdade, o teu custo é de 2.500.
37:33Mas aí aquilo salta aos olhos de quem tá contratando e fala, ó, aqui é muito caro contratar.
37:40E outra coisa que você falou, ora, dê o direito do trabalhador, né, escolher se ele quer ter fundo de garantia, se ele quer recolher o INSS.
37:49Eu acho que deve, mas a consciência é dele.
37:52Não tem ninguém que chegar lá e falar, é obrigado.
37:55Ele tem que saber se deixar de recolher o INSS.
38:00Ele pode, por exemplo, optar por uma previdência privada.
38:03Ele não precisa necessariamente do INSS.
38:08Aqui sim, é lei.
38:10Mas o ideal é, ora, eu vou fazer a minha poupança, eu vou fazer a minha reserva,
38:14eu vou contratar uma previdência privada, um plano de saúde do meu ganho, né,
38:18e não precisar de contribuir aqui.
38:20Até porque você sabe, olha aí, quem contribuiu esses 35 anos, o que tem a receber?
38:27Será que esse dinheiro, eu, por exemplo, que sou aposentado, se eu tivesse guardado esse dinheiro
38:31e investido em outro tipo de aplicação, eu teria mais do que eu tô ganhando hoje?
38:35Seguramente seria mais, né?
38:36Porque o que a gente viu é que, em geral, toda crise que existe tem que buscar recurso
38:44e muitas vezes recai em cima desse tipo de economia, né?
38:48Então, o futuro é esse.
38:51O trabalho, ele é remunerado, ele tem um preço fixo pelo trabalho.
38:56Tudo que incide em cima disso é custo que a rigor deve estar descolado do custo do trabalho.
39:03Do contrário, é o trabalhador que se é prejudicado.
39:06Fernando, pra gente terminar, nessas discussões internacionais,
39:11que países estão no mesmo PEM que o Brasil está hoje
39:15e que países são diferentes.
39:18A gente já sabe que Estados Unidos, Europa, esses outros países são muito diferentes da gente
39:24porque estão em outro nível de desenvolvimento.
39:27Mas quem que já deu um passo que nós não demos ainda?
39:32Assim, parece uma regra, vou arriscar dizer aqui o seguinte,
39:37países do terceiro mundo parece que pensam iguais.
39:40Ninguém deu passo ainda pra remediar isso, exceto o Brasil agora com essa proposta
39:52de modernização da reforma trabalhista que está sendo feita aí.
39:58Que começou com a legalização da terceirização, que puxa a vida, finalmente,
40:03o Brasil está agora com uma lei comparável às práticas do mundo moderno,
40:10do primeiro mundo.
40:13E com essa reforma toda que o presidente, de uma certa forma, está envolvido,
40:21é a esperança que a gente tem de dar largos passos no sentido da modernidade.
40:25Mas você acha que os caras têm coragem de fazer isso?
40:28Eu vejo os políticos todos com muito medo de sindicalismo.
40:33A primeira reforma que eu acho que tinha que fazer era fim do imposto sindical obrigatório
40:38e fim do sindicato ser o único no município.
40:44Tudo isso está na pauta.
40:45Eu acho que isso tinha que ser a primeira coisa.
40:47Está na pauta.
40:48Esses dois itens estão na pauta.
40:51Dentre muitos outros.
40:52Eu acho assim, o Brasil está perdendo medo de discutir as relações do trabalho.
40:57Isso é o grande passo.
40:59Essa terceirização, ainda que tenha sido a fórceps, tenha sido aquela barulheira toda,
41:06mas a gente mostra que, graças a Deus, os políticos, os técnicos, os especialistas, os empresários,
41:16estão perdendo medo de discutir as coisas do trabalho.
41:19Porque esse modelo cansou.
41:21Esse modelo faliu.
41:22Esse modelo não dá mais para se defender a CLT tal como ela existe hoje.
41:30Então, eu acho que, com um velho ditado, quem é do interior sabe bem, onde passa um boi, passa uma boiada.
41:37Eu tenho a impressão que já rompemos a primeira fase importante no sentido de ir para o caminho do bem.
41:46E eu acho que daqui para frente vai ser mais rápido, mais fácil.
41:50Óbvio.
41:51Ainda vão ouvir.
41:52Muito lamúria.
41:53Porque imagina você mexer no bolso do sindicalista.
41:57Você tirar o dinheiro, que é lá a fonte de renda de toda a família dele, dos amigos, aquele negócio todo.
42:05Na hora que você mexer nisso, obviamente vai ter gente cheia.
42:09Mas eu acho que nós temos espaço para isso, sim.
42:13Estamos perdendo esse medo.
42:15E tem que se remodelar, tem que se recriar.
42:17Imagina se você perguntar para o trabalhador, você concorda em descontar do seu salário todo ano, um dia de salário,
42:24ou seja lá, contribuição confederativa e outras tantas que tem.
42:28Óbvio que ninguém ia concordar, porque não se sente representado.
42:32Não sente que aquele dinheiro vem em detrimento dele.
42:34Quais foram as grandes conquistas que as centrais sindicais laborais fizeram ao longo desses últimos anos
42:38com essa dinheirama toda que, se não me engano, beira 6 bilhões anuais.
42:44E o que ele ganhou com isso?
42:46Qual é o trabalhador mais feliz em razão dessas coisas desse sindicato?
42:50O trabalhador feliz é aquele que estudou, que lutou, brigou, conseguiu emprego, trabalhou, mereceu, foi promovido.
42:58E o trabalhador necessitado ainda está, por exemplo, o trabalhador que precisaria de uma representação,
43:06ainda conta só com o que foi feito em 1940.
43:09Os sindicatos não fizeram nada por eles.
43:11E nem querem.
43:12Não querem, querem que ele continue subjugado ali.
43:15Quem faz por esse trabalhador é Ministério Público, é Ministério do Trabalho, não é sindicato.
43:22Então o dinheiro não está indo para quem precisa.
43:23E tem uma proposta aí, também, que vai ser tão importante quanto essas outras duas, dentre muitas outras,
43:30que é a prevalência do acordado sobre o desidado.
43:34Mas aí o acordado não pode ser por esses caras aí, que eu não quero esses caras desse sindicato fazendo acordo para mim.
43:40É, ainda não...
43:42Aí tem que ser a primeira reforma sindicata.
43:45Ok, mas espera lá, o sindicato que não se modernizar e o sindicato que não atender os anseios do trabalhador,
43:54ele vai perder a representatividade e o poder.
43:59Aí sim, aí sim.
44:00Quer dizer, a hora que eu trabalho numa fábrica, eu vou lá para a Assembleia do...
44:03Porque tem sindicato bom.
44:05São poucos, mas tem os bons.
44:08E esses bons botam para quebrar.
44:10Agora você imagina, se eu vou lá, eu trabalho, vou lá na Assembleia,
44:14e o que está sendo discutido lá não é uma coisa boa para mim, né?
44:17Imagina assim, quem tem pai desempregado ou alguém na família desempregado, né?
44:23Você não pode diminuir o salário.
44:25E nem é esse o sonho de ninguém, nenhum trabalhador quer ver, ter que passar por isso.
44:29Mas eu, infelizmente, por conta aí de que governo, sei lá, para não levantar outro problema,
44:34o Brasil quebrou, né?
44:36Ora, se você tem uma pessoa na família, que às vezes é o seu arrimo de família,
44:41e esse homem, em razão da redução da empresa, ele perde o emprego.
44:46Se o patrão nessa hora, ó gente, a crise está aí,
44:50vocês aceitam trabalhar por um período pela metade do valor, mas todo mundo fica empregado?
44:54Deixa o trabalhador decidir.
44:56Se a comunidade lá decidir, não, nós aceitamos, mas todo mundo fica empregado,
45:00ganhamos menos, mas a gente sobrevive, está decidido.
45:04Não, a gente não vai abrir mão disso aí.
45:06Não, só escolhe aqui quem vai mandar embora, mas é a comunidade que decidiu, né?
45:13Não foi ninguém que decidiu por eles.
45:15Então, essa proposta da prevalência do acordado sobrevizado é para chegar nesse ponto.
45:20As férias, por exemplo.
45:21Eu olho, meu Deus do céu, eu tenho lá para fazer uma viagem, eu tenho um estudo,
45:24eu quero reformar minha casa, estou precisando tirar as férias,
45:28mas eu não quero tirar os 30 dias ou os 20 dias como manda,
45:31eu quero picar de uma forma ou de outra.
45:33Tem gente que gosta de tirar uma semana, uma semana, uma semana, uma semana.
45:37Tipo, eu gosto assim.
45:38Sempre foi um inferno na minha vida isso.
45:41É isso, né?
45:42É um inferno, inferno.
45:44Se isso valer, é a regra, então tá bom.
45:47É assim, está ciente da coisa, perfeito.
45:50Por que que não pode?
45:51É isso que eu nunca entendi.
45:52Por que que você não pode escolher como você quer as suas férias?
45:54É isso aí.
45:55E outras tantas coisas, tantos exemplos que a gente tem aí para dar.
45:58Tomara que dê tudo isso certo.
46:00Acho que a gente está caminhando.
46:01Graças a Deus, esse governo veio em excelente hora.
46:05Nunca tivemos, assim, tanta visão,
46:08tanta proposta na área do trabalho bem intencionada.
46:12E, sobretudo, só vai aguardando os direitos dos trabalhadores
46:16e, sobretudo, respeitando as suas vontades.
46:20Bom, Fernando, valeu, viu?
46:22Muito obrigada por ter vindo aqui na TV Antagonista.
46:26A gente conversou aqui com o Fernando Calvel.
46:28O Fernando esteve na última reunião da OIT,
46:32da Organização Internacional do Trabalho,
46:33que discutiu o futuro do trabalho.
46:36A OIT não é um órgão da ONU comum,
46:40ela é tripartite, ela tem representantes governamentais,
46:44tem representantes dos empresários
46:46e tem representantes dos empregados,
46:49isso de todo mundo, né?
46:50Dos governos, empregados e empresários.
46:52Isso.
46:53E é por isso que ela não toma decisões.
46:56Ela toma um conjunto, desde que atenda aos três partes.
47:01Então, é um órgão ali da ONU diferente dos outros que vocês veem.
47:06O Fernando esteve lá nessas discussões.
47:08Acabou de chegar, né, Fernando?
47:09Por isso que a gente trouxe ele aqui com essas discussões internacionais.
47:14Você vê aqui na TV Antagonista.
47:16Valeu, Fernando.
47:17Muito obrigada.
47:18Ui, pisei aqui.
47:20A gente vai terminando aqui essa edição das 11 da manhã da TV Antagonista.
47:26A TV Antagonista volta ao vivo às 5 horas da tarde.
47:32Lembrando que a TV Antagonista tem o patrocínio da Empíricos.
47:38Aqui, ó, gente, a fórmula dos maiores ganhadores de dinheiro do Brasil, revelada neste livro aqui, que não está disponível em nenhuma livraria, é exclusivo para vocês, da Luciana Seabra, que é analista da Empíricos.
47:53A Luciana, que super gente boa.
47:55Ela fez esse livro que se chama Conversa com Gestores de Ações Brasileiros.
48:02Leia agora esse livro que você vai entender muitas coisas se você quer entender sobre investimentos, não conhece nada.
48:09É um super livro da Luciana para você.
48:11A Empíricos, lembrando, não é banco, não é corretora, por isso pode dar conselhos de investimentos para você sem o rabo preso com ninguém.
48:20A Empíricos também não vende produtos financeiros.
48:23Analistas da Empíricos têm nos últimos 48 meses um índice de acertos que não é comparável com nenhuma outra casa de investimentos aqui no Brasil.
48:31Eu volto às 5 da tarde.
48:32Até lá.
48:33Tchau.
48:41Tchau.
49:11Tchau.
49:41Tchau.
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51:41Tchau.
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