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  • 18/06/2025
“É um milagre a gente estar aqui.” A frase foi dita com a voz embargada e lágrimas nos olhos pelo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), ao relatar os momentos de terror vividos durante sua estada em Israel. Em meio à escalada do conflito com o Hamas, o prefeito e outros membros da comitiva brasileira passaram dias em alerta, sob risco de ataques, se abrigando em bunkers a cada nova sirene.


Imagens: TV Alterosa

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Transcrição
00:00O prefeito da capital, Álvaro Damião, e o secretário de segurança, Márcio Lobato,
00:05chegaram no aeroporto internacional de Belo Horizonte,
00:08acompanhado da vice-prefeita de Divinópolis, Janete Aparecida.
00:13Damião foi recebido com um abraço apertado, da filha Geovana.
00:18Em seguida, ele foi conversar com um grupo de manifestantes da área da educação
00:22e prometeu reunir com a categoria.
00:25E só depois de dialogar com os manifestantes, Álvaro Damião deu uma coletiva de imprensa.
00:50Na ocasião, ele falou dos momentos difíceis que passou em Israel.
00:55Primeiro, eu queria agradecer a Deus por me permitir estar aqui, nesse momento.
01:02As pessoas que foram solidárias, que oraram, que rezaram,
01:09que pediram por todos nós que estávamos lá, não só eu, como a vice-prefeita de Divinópolis, a Janete,
01:16ao Márcio Lobato, nosso secretário de segurança,
01:19e a todos os brasileiros que estão lá.
01:22Agradecer aos governos do Brasil, ao governo de Israel, da Jordânia, da Arábia Saudita,
01:33aos integrantes da comitiva que sempre ficaram lado a lado.
01:37Lá a gente sempre esteve lado a lado e confortando aqueles que viviam um momento maior de estresse.
01:44E esses dias foram todos assim para a gente.
01:49Agradecer ao embaixador de Israel aqui no Brasil, que foi fundamental para que a gente saísse de Israel com segurança.
01:58Aos senadores Carlos Viana e Rodrigo Pacheco.
02:02Agradecer a ministra Gleisi Hoffmann, que foi importantíssima no nosso retorno ao Brasil.
02:09E temos que lembrar o nome dessas pessoas.
02:14Sem deixar de lembrar o nome do deputado federal Mercinho Lucena,
02:21filho do prefeito de João Pessoa, na Paraíba,
02:25que nos ofereceu uma carona no avião que ele fretou para trazer o pai dele,
02:33que estava lá junto conosco.
02:35Então, Mercinho, eternos agradecimentos a você.
02:38Segundo o prefeito, o primeiro dia foi o mais tenso.
02:42A gente tinha uma visita, inclusive, a Jerusalém, marcada para sexta-feira.
02:47E chegou na quinta-feira à tarde, é que pediram para a gente baixar o aplicativo
02:53e para a gente poder reconhecer, fazer um reconhecimento do bunker,
02:58que a gente já havia conhecido logo quando a gente chegou.
03:01Para esse negócio realmente vai acontecer.
03:05E aí à noite veio a sirene, que é assustador para quem está ali perto,
03:10e pede imediatamente para ir para o bunker.
03:12Ali eu confesso para vocês que eu não sabia mais se a gente voltaria vivo para o Brasil.
03:17Ali é esperar, contar com a sorte de você não ser atingido.
03:22Damião conta que todos tiveram medo de novos ataques no trajeto até Jordânia.
03:28Somos 18 brasileiros que estávamos lá.
03:31Dos 18, 12 acertaram a vinda para o Brasil via Jordânia, por terra.
03:41Um último, na última hora, pensou em vir, mas no outro dia resolveu não vir.
03:47Com medo.
03:48E qual que era o medo?
03:50O medo é que pudéssemos ser atacados durante a ida para Jordânia.
03:57A gente estava com medo do carro ser atacado?
04:00O carro era blindado?
04:01Não, nenhum problema com o carro.
04:03A gente estava com medo de a gente ser referência e da gente ser atacado,
04:08do nosso carro ser atacado porque a gente é autoridade no nosso país?
04:12Não, não era essa a preocupação.
04:15A nossa preocupação é porque estavam jogando o míssel à torta e à direita.
04:19E você não sabe se um deles vai te atingir.
04:22O que nos deixou um pouco mais tranquilo e que nos fez tomar a decisão de passar via Jordânia
04:27é que não estavam atacando durante o dia.
04:30E a distância até o país vizinho era de uma hora e meia.
04:33Então a gente acreditava.
04:36Ali foi acreditar em Deus.
04:38Depois que Israel nos deu o conforto de nos levar até a fronteira,
04:45inclusive num carro conseguido pelo governo de Israel,
04:49a gente foi mais tranquilo.
04:51A tensão era sair de Israel.
04:52Depois que a gente saiu de Israel, a gente viajou todas essas horas para chegar aqui,
04:59mas sem o medo de ser acordado de novo pelo tal alarme que eu acho que nunca mais vai sair da minha cabeça.
05:05Álvaro falou da importância da visita em Israel, que segundo ele teve três dias de aprendizado.
05:12É bom deixar bem claro que Israel tem um conflito na faixa de Gaza e isso já é de muito tempo.
05:18Nós não fomos para a faixa de Gaza.
05:21Nós fomos para um evento em Tel Aviv.
05:24Nós estávamos ali para alguns eventos em Tel Aviv para falar sobre segurança pública,
05:29sobre segurança em municípios, estratégias que são usadas.
05:35Uma delas, por exemplo, em uma das cidades que a gente visitou, em Cafá Saba,
05:39são poucos os policiais nas ruas, porque o sistema de segurança deles através de câmeras é muito reconhecido.
05:46Esse é um dos exemplos de várias as coisas que a gente podia aprender e algumas delas a gente já até aprendeu,
05:52porque nós tivemos três dias de aprendizado lá.
05:56O que está acontecendo hoje não é confronto.
06:01Não é o confronto que a gente sabia, que a gente já tinha visto pela televisão.
06:05O que está acontecendo hoje é o princípio de uma terceira guerra mundial.
06:09Não confundam com o que vinha acontecendo em Israel nos últimos meses ou nos últimos anos.
06:15Não tem nada a ver com o que vinha acontecendo em Israel nos últimos meses ou nos últimos anos.
06:22Hoje é o início de uma terceira guerra mundial.
06:24E as pessoas acham que a gente ia para um país que estava entrando em guerra,
06:28que alguém saiu do Brasil aqui sabendo que ia entrar em guerra.
06:31Ninguém, absolutamente ninguém sabia.
06:33O prefeito reforçou que a viagem foi a convite do governo de Israel.
06:37A gente não foi lá por causa de guerra e nem para participar da guerra.
06:42A gente foi lá por causa de um evento internacional que acontece em vários prefeitos.
06:46Lá tinha prefeito de Belo Horizonte, tinha prefeito de Divinópolis, tinha prefeito de Uberlândia,
06:50tinha prefeito de João Pessoa, tinha prefeito de Goiânia, tinha Porto Alegre.
06:56Lá tinha do Paraguai, do Uruguai, da Argentina, da Guatemala, do Panamá, da Colômbia.
07:02São todas essas pessoas que foram convidadas para ir lá.
07:06Então não é o arrependimento de ter ido.
07:09Obviamente, se eu soubesse, se alguém tivesse me avisado, eu não teria ido.
07:12Mas ninguém sabia que ia ter uma terceira guerra mundial
07:15ou que estaria começando uma terceira guerra mundial uma semana depois.
07:18Eu não entro na discussão política de Israel com a Palestina.
07:23Eu não fui lá para isso.
07:24Eu fui lá para poder observar principalmente as câmeras que eles têm,
07:28que eu posso trazer para Belo Horizonte,
07:29que eu tenho certeza que o povo de Belo Horizonte quer mais segurança,
07:33andar mais tranquilo na rua.
07:35É o que o povo de Belo Horizonte quer.
07:36E onde a gente tiver de ir para poder buscar essas informações
07:39e para trazer esses modelos para a nossa capital, eu iria ou irei.
07:44Durante a coletiva, Damião se manifestou quando foi questionado sobre o Itamaraty.
07:50Do Itamaraty eu não tenho nada para falar do Itamaraty,
07:54porque eu nunca recebi uma ligação do Itamaraty.
07:55Eu recebi ligação da Gleis Hoffman,
07:58eu recebi ligação no meu celular do Rodrigo Pacheco,
08:02eu recebi ligação no meu celular do Carlos Viana.
08:04Eu tenho que agradecer essas pessoas.
08:06Sobre o Itamaraty, dou um conselho para eles.
08:08Resolva rapidamente o problema das pessoas que estão lá.
08:11Obrigado.
08:12Obrigado.
08:13Obrigado.
08:14Obrigado.

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