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Transcrição
00:00Vamos falar da tradição do São João, né?
00:03E pra tradição continuar, tem que ter gente nova também, né?
00:07Sobre isso a gente pode ficar tranquilo, porque lá em Caruaru tem uma moçada empenhada em continuar com o legado dos grandes artistas, viu?
00:14Você conhece eles agora, na reportagem de Luciana Queiroz e Dom Meneses.
00:23Modernidade e tradição alinhadas.
00:26Vitória do PIF está aí pra provar.
00:30Ela tem esse dom de transformação, produz e toca o instrumento.
00:38O talento é dela, mas Vitória bebeu de uma fonte rara, aprendeu com o seu João do PIF, um mestre.
00:45Oito anos atrás eu comecei essa jornada, hoje em dia posso dizer que eu sou uma fazedora de cultura, né?
00:52Uma trabalhadora da cultura, vivo do PIF, eu não faço PIF, toco PIF, vendo PIF, dou aula de PIF e assim a gente vai vivendo.
00:58Depois de velho, como disse o João do PIF, quem sabe eu não fico pifada também, né?
01:01Esse ano eu vi a PIF para a Alemanha, para os Estados Unidos, estava dando aula também para um americano, tudo em inglês, em inglês, ok?
01:08Bairro do Salgado é cultura.
01:09E atualmente ela é tratada pelos mestres de igual para igual.
01:14Essa é a banda de pífanos de Caruaru, fundada pelos irmãos Biano.
01:19A juventude sim, está aderindo o pífanos, porque o pífanos é um instrumento igual a qualquer outro, igual o piano, igual a sua cordeão, igual a qualquer outro instrumento.
01:27É só você querer executar aqui do trabalho que você quer e ter talento e fazer a música certa e correta dentro do instrumento que pede o tom dos pífanos.
01:38Seu João do Pífano, o professor de Vitória, se orgulha da aluna.
01:43Para mim é uma grandeza, é uma alegria ver a Vitória, ela engajada no meio, que você falou, no meio de tantos mestres que tem aqui.
01:53Teve um momento que ela ficou aperreada, mandou o pífanos, que não estava conseguindo a nota.
02:00Ela falou, acho que eu não vou conseguir não, vou deixar.
02:02Eu digo, você vai conseguir, você tem que continuar, tem que continuar.
02:05Hoje é uma mestre.
02:06E Vitória não está sozinha nessa missão de manter viva a cultura popular.
02:12Foi pensando em perpetuar o que aprendeu ainda menino, que Ibson decidiu ensinar o sobrinho a tocar sanfona.
02:22E agora os dois formam uma dupla de tocadores.
02:26Arthur, de sete anos, foi ganhando intimidade com a sanfona aqui na casa dos oito baixos, que é comandada pelo tio.
02:46O pequeno também sabe tocar pandeiro e outros instrumentos, mas entende a relevância do fole de oito baixos.
02:55É vida feliz, eu gosto dessa minha vida de músico e nunca vou deixar de ser músico e quando eu crescer eu queria ser um cantor.
03:03É aqui que Ibson ensina crianças a tocar em sanfona e instrumentos de percussão.
03:10Ele também é fruto de um projeto social.
03:12Eu entrei nesse projeto social, no PIM, na época, por curiosidade e essa curiosidade acabou virando minha profissão.
03:19E hoje vivo de música, graças a Deus, e as escolhas que eu fiz no caminho.
03:24E a gente está com essa escola linda aqui ensinando percussão e sanfona de oito baixos para crianças interessadas nos instrumentos.
03:30É de graça?
03:31É grátis.
03:32É um projeto social nosso aqui em Caruaru.
03:34Quando Ibson olha o sobrinho tocar, tem certeza que está no caminho certo.
03:40Quando eu chego, o pessoal fala dele.
03:42Então o Arthur é meu sobrinho que está tocando tudo que eu toco, o Arthur toca.
03:48Então é uma história linda que a gente está construindo juntos, de parceria mesmo, além de tio e sobrinho, como os músicos também.
03:57E assim, Vitória, Ibson e Arthur colaboram com a manutenção da cultura popular e elevam os nomes dos mestres e o nome de Caruaru.

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