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  • 15/06/2025
Nickollas e Silvia Grecco exaltam relação com o Palmeiras e revelam ‘segredo’ de Neymar

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Transcrição
00:00Nícolas, vamos conversar aqui. É o nome dos meus filhos, né? Marjorie Nícolas. Você acha esses nomes bonitos?
00:08Eu acho, é. E você, quando você tiver filhos, você já pensou no nome, se for menina, se for menino? Se for menina.
00:18Jade. Nossa, filha, é um nome lindo, Jade. Eu gosto. E se for menino?
00:24Quando se fala em Palmeiras, não termo a falar de vocês, a trajetória de vocês, o que você significa no próprio Silvio do Verdão.
00:32Antes de tudo, eu queria saber o que significa o Palmeiras pra vocês.
00:54Pra mim, Palmeiras, ele significa muito porque, primeiro, é uma memória afetiva, porque eu sou palmeirense desde criança.
01:12Então, me traz a memória afetiva do meu pai, de tudo que eu vivi desde a minha infância.
01:18Tem Palmeiras hoje, Ní?
01:20Tá.
01:21Quanto?
01:22Vaz, né?
01:23Uau!
01:25Palmeiras pra mim é vida mesmo, né?
01:26É história, é amor, é uma coisa diferenciada no meu coração.
01:38E, Nícolas, o que o Palmeiras é pra você?
01:40É muito amor?
01:42Você ama muito ser palmeirense?
01:45Acho que ele ama pouco, né?
01:47Ele ama muito ser palmeirense.
01:48Lembro primeiro, como se fosse hoje, que foi Palmeiras e São Caetano no Pacaembu.
02:16Foi um jogo que terminou empate.
02:18Tentei até colocar o fone de ouvido pro Nícolas no jogo, né?
02:21Porque eu não sabia qual seria a sensação dele, até por conta da torcida, ou com o autismo, daquele barulho, qual seria a reação.
02:27Ele tirou o fone e pulou o jogo inteiro com a torcida e saiu de lá gritando porco.
02:32Então, de lá eu saí feliz, porque a princípio eu achava até que o Nícolas fosse torcer pelo Santos, porque quando ele era pequenininho, a figura de futebol dele era o Neymar.
02:41Tudo era o Neymar, né?
02:42E tem uma história, acho que se eu puder contar, do Neymar, porque o Nícolas, como ele gostava muito, eu levei ele na Vila Belmiro, né?
02:48Pra ele conhecer o Neymar.
02:50Quando o Neymar pegou ele no colo, mostrou aquele cabelo que ele tinha arrepiado e tal, eu falei,
02:53Neymar, conta pro Nícolas, quando você era criança, que time você torcia?
02:57E ele respondeu assim, ô tia, você sempre com mim complica.
03:00Falei, não, eu tenho um vídeo que eu já mostrei pra ele, né?
03:03É verdade que você torcia pro Palmeiras, né?
03:05É, Nícolas, eu jogo no Santos, torço pro Santos, mas quando eu era pequena, eu falei, tá vendo, Nícolas, até o Neymar é palmeirense.
03:11E aí foi uma forma também de convencer, né?
03:13E aí eu levei ele pro jogo, ele saiu de lá gritando porco, aí eu tive a certeza que eu teria companhia pro meu resto da vida nos meus jogos do Palmeiras.
03:23O meu grande amigo Nícolas foi convidado pra entrar com os jogadores.
03:44Aí a mãe dele, a Sílvia, estava explicando pra um dos jogadores que o Nícolas é autista e que ele poderia ficar assustado com o som dos fogos,
03:54mas não entendeu muito bem.
03:56Nesse momento apareceu outro jogador que disse pra Sílvia, deixa ele comigo.
04:01E durante toda a execução do hino nacional, esse jogador não colocou a mão no peito,
04:07ele usou os braços pra abraçar e cuidar do Nícolas.
04:10Nome do jogador? Neymar.
04:20Seis anos. Seis anos, assim, que aliás foi o que mais me chamou atenção.
04:26Porque quando o jornalista Marco Aurélio Souza nos viu, era um clássico, né?
04:31Um derby Palmeiras e Corinthians.
04:33Foi aquele famoso gol da piscadinha do Davidson, então os olhares eram todos pro campo.
04:39Mas o jornalista conseguiu olhar pra arquibancada e ver que o tempo todo eu estava ali no ouvido do Nícolas falando alguma coisa.
04:46E no intervalo ele me perguntou e eu falei pra ele que eu estava assim, narrando pra ele e tal.
04:51E ali me chamou muito a atenção, a repercussão.
04:54Porque eu falei, puxa vida, como a pessoa com deficiência é invisível, né?
04:58Tantos anos, nunca, ninguém, mas ninguém me perguntou se eu estava ali falando o que no ouvido do meu filho.
05:05Então eu falei, é invisível mesmo.
05:07E aí eu achei que seria legal eu levantar essa bandeira,
05:11que a pessoa com deficiência pode estar ali sem um radinho cega e curtindo futebol, né?
05:21Mudar muito, mudar muito até pra entrar no estádio.
05:31Dali em diante mudou bastante.
05:33Mas mudou bastante também nesse sentido das pessoas começarem a reconhecer que tem uma pessoa com deficiência.
05:39Isso pra mim foi o maior troféu, porque a gente conseguiu levantar essa bandeira.
05:43Tanto é que num primeiro jogo, depois de tudo que aconteceu,
05:46encontrei com um pai chorando, me abraçando e estava com um filho com síndrome de Down.
05:49Ela falou, só vim aqui porque você me incentivou.
05:52Falei, valeu a pena tudo o que está acontecendo.
06:12E aí mudou bastante.
06:13Até na nossa participação junto ao Palmeiras, que o Palmeiras nos abraçou.
06:18O Felipão faz parte da nossa história, porque ele foi sensacional quando a gente foi visitar o CT.
06:25Ele fez uma roda com todos os jogadores e apresentou fisicamente quem era cada um.
06:31Fez cada um falar com o Nicolas, para o Nicolas reconhecer pela voz.
06:35Foi maravilhosa a participação do Felipão com a gente ali.
06:38E o Felipão ainda falou para o Nicolas que o Nicolas fazia aula de teclado.
06:42Ele falou, você não faz aula lá e fica estudando e depois vai se apresentar?
06:46É isso que eu faço com os jogadores.
06:48Ele fez essa analogia.
06:49Eu vou explicando, explicando, explicando, e depois eles vão lá e se apresentam num grande espetáculo.
06:54Então, pra mim, foi um marco o Felipão naquele momento.
06:57Então, dali em diante, mudou totalmente a nossa vida.
06:59Muitos avanços nós já tivemos.
07:11Já tivemos e temos que reconhecer.
07:13Mas nós temos muito ainda, na nossa luta diária, como mãe, conquistar.
07:18Conquistar direitos, conquistar respeito para os nossos filhos.
07:22Olha, no Palmeiras, no Alias, é referência, né?
07:26Tem selos de acessibilidade.
07:27Então, ali, quando não existia silvinícolas, a gente sempre foi muito bem recebido.
07:32A gente entra para um lugar para a pessoa com deficiência.
07:35Eles nos levavam até o nosso local.
07:39Na hora do intervalo, iam lá perguntar se eu queria alguma coisa com ele.
07:42Então, esse tipo de problema no Alias, eu nunca tive.
07:45Mas ainda tem muito que conquistar em todos os...
07:49O próprio Pacaembu não tinha.
07:51O Pacaembu eu tinha a maior dificuldade quando eu ia para o Pacaembu com o Nicholas.
07:55Mas no Alias era uma coisa à parte.
07:56Quando já construiu, já construiu pensando nisso.
07:59Mas nós temos muito ainda que fazer.
08:01Os estádios que foram, as arenas, tudo construídos para a Copa,
08:05eles já garantem acessibilidade.
08:07Mas a grande maioria ainda está engatinhando.
08:09Mas hoje em dia nós temos salas de autismo, né?
08:12Graças a toda a repercussão nossa,
08:14tem os autistas alve-verde, salve-negro, sou tricolor autista.
08:18E eles fazem uma cultura de paz para não ter briga no estádio entre as torcidas.
08:22Então, olha quanta coisa foi conquistada com o nosso reconhecimento.
08:27Graças a Greco!
08:31Começa!
08:32Um, dois, três!
08:36Maravêns pra você!
08:40Queria também aqui frisar também.
08:41O gol foi privilegiado por o Nicholas, né?
08:43É um menininho que supera a grande dificuldade, né?
08:45Olha essa criança aí, esse anjo abençoado por Deus.
08:48Quem não vê, mas sente.
08:50O Nicholas, segura pra você que Deus te abençoe.
08:52Continue superando essa dificuldade.
08:53Não dá pra descartar o momento que nos viram naquele jogo tão importante, né?
08:58O 1x0 contra o Corinthians.
09:00E bem naquele momento, eles...
09:02Então, esse é um jogo que realmente marcou a nossa vida.
09:05Acho que é o jogo que fez a diferencial.
09:08Mas pro Nicholas, eu acho que o jogo mais importante, o gol mais importante foi qual, Nicholas?
09:14O da Libertadores?
09:15É.
09:16Gol de quem que foi o mais importante pra você na sua vida?
09:18Do Davidson.
09:19Do Davidson.
09:20Mas tem um motivo, né?
09:21Porque o Davidson fez aquele gol porque ele foi aonde?
09:25Fazer o que lá em casa?
09:26Nosso Parabéns.
09:27Era teu aniversário?
09:29Era.
09:29Ah, e ele te levou um presente?
09:31Levou.
09:32O que que ele levou de presente?
09:33Conta de novo pra eles.
09:34O que que ele te levou de presente?
09:35Uma chuteira.
09:37Uma chuteira.
09:38E você?
09:39Pediu só isso?
09:39Só ficou na chuteira?
09:41Não.
09:41Ah, você falou o que pro Deverson?
09:44Eu quero que você faça o gol do título da Libertadores.
09:47E chegou lá, o que que aconteceu?
09:49Conta quanto foi o jogo, como é que foi?
09:512x1.
09:522x1?
09:53Gol de quem?
09:54O Deverson.
09:55Tentou e fez, né?
09:57Esse é o gol que mais marcou tua vida?
10:00É.
10:00Ah, que legal, filho.
10:02Realmente, foi um gol.
10:03Golaço, né?
10:04Gol do título.
10:06Por isso a gente tá no Mundial, né?
10:08Ah.
10:09Nicolás, tá indo pra onde?
10:11A ficha me mandou pra Nova York e pra Marmo e pra Palmeiras.
10:15Opa, então vamos lá.
10:19Mas nunca eu imaginei, nunca.
10:23Ele já tinha entrado com os jogadores em 2016, 2017, duas vezes em campo.
10:29Mas, assim, pensar que ia acontecer isso na nossa vida, de ele ter carinhos que os jogadores
10:36têm por ele, de ir em casa, convidar pra casamento, aniversário do filho do Dudu, né?
10:41Jantar, ir na casa do Everton, coisas assim.
10:44Mas nunca que a gente imaginava, nunca.
10:47E eles até hoje, todos têm muito carinho por ele.
10:50E eu confesso pra vocês que o sonho é narrar o Mundial, né?
11:07O título, né?
11:08Do Mundial.
11:09Então, eu vou falar pra você que eu acho que essa é a grande expectativa e a grande vontade.
11:14E vou falar mais, não narramos o 51, porque nem eu era nascida.
11:19Mas não vai dizer que não é, porque nós temos o Mundial, sim, estamos em busca do segundo.
11:23Mas o primeiro não era nascida, então eu preciso narrar o Mundial, né?
11:26Como você falou, tantas pessoas têm vontade, mas a minha vontade é um pouco mais.
11:30É além de assistir, é poder narrar essa emoção pro meu filho.
11:35Acho que vai ser uma coisa indescritível.
11:37Não consigo nem me imaginar nessa possibilidade.
11:44Eu acho que a nossa história fala da pessoa com deficiência.
11:50Eu sempre tenho que falar isso, né?
11:52Porque eles existem, eles podem tudo.
11:54É importante que eles estejam em todo lugar.
11:56E que a torcida do Palmeiras continue fazendo o que eles fazem com o Nicolas.
11:59E não só com o Nicolas.
12:01Com todos os torcedores com deficiência.
12:03Que respeitem, que amem, que incluem eles na torcida.
12:06Porque o futebol, ele é transformador na vida das pessoas.
12:09E da pessoa com deficiência, ele transforma muito mais.
12:13Nós já levamos amiguinhos deles lá, que nunca tinha ido.
12:16E chega lá na hora, fica emocionado.
12:19Tia, que horas vai sair o gol, né?
12:21Então, é muito significativo.
12:24Principalmente pro Nicolas, que enxerga com o coração.
12:27Isso eu acho que é uma coisa muito legal.
12:29Porque a emoção pra ele, de um jogo de futebol,
12:32que ele faz na cabecinha dele, uma imagem diferente da nossa, né?
12:36Que estamos enxergando com os olhos e vendo o que tá acontecendo.
12:38E ele tá no imaginário dele, aquilo tudo que tá acontecendo.
12:42Pra ele, não importa se o jogador que tá lá em campo é branco, preto, gordo, magro, alto, baixo.
12:49O jogador é o ídolo, é a pessoa.
12:51Então não tem preconceito, não tem nada, tem amor.
12:54É isso, a minha mensagem é essa.
12:56Continue amando o seu time mesmo.
12:57Mas ame sempre olhando com as pessoas com o coração.
13:01Faz uma diferença com o nosso time.
13:05Eu não acredito.
13:07Ele vai ficar muito feliz de saber
13:09que você vai dar o nome do seu filho pro D. Davidson.
13:16Gostei.
13:18É Nicolas!
13:21É Nicolas!
13:23Dá um abraço do torcedor.
13:25Segura aqui a palizeta pra ele dar um abraço do torcedor aqui, ó.
13:31É Nicolas!
13:36É Nicolas!
13:42É Nicolas!
13:48É Nicolas!
13:52É Nicolas!
13:54É Nicolas!

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