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  • 14/06/2025
O especialista em relações internacionais Danilo Porfírio analisa como as decisões das lideranças de Israel e Irã influenciam diretamente na escalada da guerra. A análise aborda também as pressões que cada governante enfrenta internamente, questionando qual o papel e a força das oposições políticas em um cenário de conflito aberto no Oriente Médio.

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Transcrição
00:00Professor, a gente conversava sobre lideranças, Israel tem um líder polêmico pra gente dizer o mínimo,
00:07mas do outro lado você tem Ali Khamenei, que tá lá como líder supremo do Irã desde 89.
00:13Tem muita gente falando, vários especialistas avaliando que uma das possibilidades desse ataque israelense,
00:20do início desse conflito agora mais direto com o Irã, é de Israel provocar uma troca de regime no país.
00:27Isso é viável nesse momento? Dá pra gente imaginar que algo assim pode acabar acontecendo?
00:33A gente pode analisar dentro de dois aspectos, Fabrício.
00:37Podemos analisar num aspecto pró, vamos dizer, enfraquecimento, instabilidade, colapso do regime.
00:47Nós temos que lembrar que ao longo do conflito de 1923, e aí nós temos que enfatizar,
00:58finalmente Israel trouxe o verdadeiro agente do conflito, que não era nem Hamas, nem Hezbollah, nem os outros,
01:06mas o agente que promovia os conflitos próximos, o Irã.
01:09O que observamos é que ao longo do conflito, várias lideranças iranianas já foram eliminadas principalmente
01:20da perspectiva militar, da guarda revolucionária, que estavam presentes na Síria, no Líbano.
01:30Então, também tivemos a morte misteriosa do presidente do Irã.
01:36Sim.
01:37Não é? Não é veram?
01:39E aí o que acontece agora?
01:42Nós temos um ataque direto, com morte de lideranças das Forças Armadas e do Exército,
01:50cabeça segundo na linha, terceiro na linha, além de cientistas,
01:54tanto que houve uma tremenda preocupação na proteção do Ayatollah, do líder supremo, Ali Khamenei.
02:03E, olha que interessante, é um dado que a gente tem que sempre observar quando há temor de colapso político.
02:12As redes sociais são suspensas.
02:14É um sinal de que há algo de errado.
02:17Há algo de errado.
02:18E nós temos que lembrar também que, querendo ou não querendo, desde 2009 ficou muito claro
02:25que existe uma oposição dentro do Irã.
02:31Depois do levante verde, outros levantes de menor proporção surgiram e foram reprimidos.
02:40E no momento de fraqueza agora, isso pode abrir espaço.
02:43Agora, análise segunda.
02:46É a possibilidade do contrário.
02:49De se criar um clima de unidade anti-Israel.
02:55Sim.
02:56Porque é uma ação de um país estrangeiro, tradicionalmente tratado como inimigo,
03:02que ataca, inclusive, áreas consideradas civis.
03:07Agora, quando você fala de oposição dentro do Irã, essa oposição não é pró-Israel.
03:12É uma oposição contra o atual regime, porém, uma oposição que continua sendo contra Israel, contra o Ocidente.
03:19É isso.
03:20A oposição interna.
03:21A oposição é o regime.
03:23Não há necessariamente alinhamento com as forças externas, diga-se israelenses ou americanas.
03:31E há a possibilidade disso ser visto internamente como uma medida interventiva.
03:38E isso pode ser o quê?
03:40Uma justificativa de recomposição, reorganização em prol da unidade anti-imperial israelense.
03:50Agora, a gente ouviu o Fábio falando aqui agora há pouco sobre a união do povo israelense,
03:55que o povo ainda se sente muito seguro, muito protegido.
03:58Sim.
03:58Mas a pressão contra Benjamin Netanyahu, pelo menos até quinta-feira, quando os ataques começaram,
04:03ela estava cada vez maior.
04:05O parlamento quase foi dissolvido em Israel, passou por uma votação sobre isso, poderia
04:10ter acontecido.
04:11E aí o governo cairia.
04:13Claro, poderia ser reeleito novamente, é sempre uma possibilidade.
04:16Mas foi algo que foi discutido, foi ventilado em Israel na última semana.
04:21Mas ainda assim, continua sendo um momento de bastante tensão para o governo.
04:27Falando aqui da questão política, não é, professor?
04:29Não necessariamente falando da questão internacional, mas na questão política.
04:33Para onde que vai esse governo Benjamin Netanyahu?
04:38Netanyahu vai ser lembrado como um ótimo senhor da guerra.
04:44Ele lida bem com a guerra, além de ser uma pessoa muito hábil politicamente.
04:52Ele deseja, inesoravelmente, a título de retaliação, vingança, de ver o regime colapsado.
05:01Mas internamente ele recorre, Fabrício, à boia dos conflitos.
05:07Sim.
05:07Os conflitos estão dando um sopro de vida ao governo Netanyahu.
05:13Bom, nada disso aconteceu por acaso, né?
05:15A gente lembra que nessa semana que passou, nós tivemos uma pressão internacional muito grande contra o governo Netanyahu,
05:22por conta da situação na faixa de Gaza.
05:25Sim.
05:25E parece que a manobra do Netanyahu de ir para um outro fronte da guerra,
05:31para que se esqueça o que está acontecendo em Gaza, aparentemente está funcionando, né?
05:35Porque essa conversa foi completamente escanteada.
05:37A gente lembra, crise humanitária na faixa de Gaza, dificuldade muito grande de entrada de ajuda humanitária,
05:43além de uma intensificação dos ataques israelenses por lá.
05:47E aí você teve só nessa semana dois ministros do governo sancionados.
05:52Itamar Bengvir, ministro da Segurança Nacional, e Bezalel Smotrich, ministro das Finanças.
05:57Dois ministros do partido mais ideológico do governo, mais ligados à ultradireita.
06:04Reino Unido, Noruega, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
06:08Esses foram cinco países que se manifestaram, que sancionaram esses ministros,
06:13alegando que eles estavam incitando a violência contra palestinos.
06:16E aí o que aconteceu?
06:17Eles tiveram uma proibição de entrada nesses cinco países que eu mencionei e também os bens congelados.
06:25Ou seja, isso é algo que desde o início do conflito não havia acontecido.
06:30A gente já tinha visto algumas ameaças.
06:32O Reino Unido já tinha suspendido a venda de armas para Israel anteriormente.
06:36A União Europeia estava suscitando a possibilidade de revisar o acordo de livre comércio com Israel.
06:44Mas agora a gente teve uma manifestação contra o governo de fato.
06:49E isso é terrível para o governo Netanyahu.
06:53Sim, mas eu quero fazer também uma observação.
06:57Historicamente, ações promovidas por Israel levam em pouca consideração as ações internacionais.
07:06Isso na história.
07:07A prioridade são os interesses nacionais.
07:11Ouvi aqui do comandante, questão de sobrevivência.
07:16Isso é a lógica de Israel.
07:18Questão de supremacia militar.
07:21Essa questão vinculada à ideia de sobrevivência.
07:24O grande problema está na questão política interna.
07:28E aí temos a questão do conflito como boia de salvação do governo Netanyahu.

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