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00:00Começa agora 98 Talks, conectando a 98 a Rede Mais Record, da capital para as regiões sul, norte e zona da Mata Mineira.
00:12Boa noite para você, ligado mais uma vez no 98 Talks, que hoje vai falar sobre a reação do vice-governador de Minas, Matheus Simões,
00:20a atitude da oposição na Assembleia, que é contrária ao referendo popular que pode autorizar a privatização ou federalização da Semig e da Copasa.
00:33E ainda hoje conversaremos sobre tudo aquilo que acontece no Brasil e que interfere na sua vida,
00:39acompanhando também o que acontece no Oriente Médio com o recrudescimento da troca de bombardeios entre Israel e o Irã.
00:50Tudo isso a partir de agora em todos os canais da Rede 98, Rádio 98 FM, 98,3, 103,3, a 98 News,
01:00Rede Mais, afiliada Record no interior de Minas, sul de Minas, zona da Mata e norte Mineiro,
01:06e a Vox FM, 97.1, Timóteo, no Vale do Aço.
01:10Ao todo, mais de 400 municípios estão ligados conosco em mais uma edição do 98 Talks.
01:16As nossas redes sociais, arroba Rede 98 Oficial e arroba 98 News Oficial.
01:22Entre no nosso site, rede98.com.br e lá você vai ter acesso a todas as nossas transmissões pelo YouTube.
01:29Estamos também na Claro TV, 198 e 698 e na TV aberta digital, 29.1 Belo Horizonte.
01:38Comigo, Luiz Fernando Rocha. Boa noite, Luiz.
01:41Boa noite, Paulo. Boa noite, Figueroa.
01:43Os amigos que nos acompanham aí, quem chegou agora pela 98 FM e também pela Rede Mais, bem-vindos.
01:51Gustavo Figueroa, como está a Vossa Excelência?
01:54Boa noite, Paulo. Boa noite, Luiz. Estamos aí numa sexta-feira fria em Belo Horizonte.
01:59O Luiz disse que não está sentindo frio. Eu acho que é pela experiência que ele teve mais de 10 anos em Varginha, né, Luiz?
02:06Mas eu estou com frio, apesar de ser uma pessoa criada na cidade mais fria do sul de Minas, que é Carmo da Cachoeira.
02:12Não, amigo, mas eu estou aqui dentro dos nossos estúdios faz tempo suficiente para eu estar com calor.
02:18Então, prepare-se que a hora que sair lá fora, você vai sentir o frio, viu, Luiz?
02:22Essa relação do frio em Carmo da Cachoeira é tão intensa assim, Gustavo?
02:26É reconhecida mundialmente como a Suíça mineira, né, Paulo?
02:30Então, inclusive, em julho, dia 16 de julho, dia de Nossa Senhora do Carmo,
02:35chega a ser quase uma neve na cidade por conta da festa que ocorre na nossa querida Carmo da Cachoeira.
02:41A cidade mais fria do sul de Minas já está de sacanagem, né?
02:44A gente tem Maria da Fé lá, Delfim Moreira, um pouco mais.
02:48E Maria da Fé geou essa madrugada, muito, por sinal.
02:51Ô, Luiz, isso é...
02:52Muita pretensão, senhor.
02:53Não, essas são as pretensões de todos os cachoeirenses que escolhem Carmo da Cachoeira
02:58como a melhor cidade do sul de Minas.
02:59Não, a melhor eu não vou colocar em xeque, mas a mais fria você pesou a mão.
03:03Até porque a melhor também é um conceito bastante delicado para a gente discutir uma hora dessa.
03:07Mas os deputados estaduais da oposição ao governador Romeu Zema conseguiram adiar a votação da proposta de emenda à Constituição que elimina a obrigatoriedade de um referendo popular para privatizar ou federalizar as estatais mineiras, por exemplo, a CEMIG e a COPASA.
03:27A PEC 24 e 23 propõem revogar dois incisos do artigo 14 da Constituição do Estado.
03:36E aí, Luiz, é um entrave, um entrave que nós sabíamos aconteceria muito também pela pressão das corporações.
03:43As corporações estavam preparadas para essa pressão e os deputados sofrendo a oposição, que é muito ligada aos movimentos das corporações, sofrendo pressões para essa tomada de decisão de colocar uma barreira para a aprovação do fim do referendo.
03:59Eu acho que a oposição, na verdade, é muito ligada à manutenção do controle sobre essas empresas e tem muito por trás disso que vai além dos interesses só do Estado.
04:08Tem os interesses de grupos também que historicamente ocupam essas instituições, ou partes dessas instituições e seus respectivos sindicatos, com, como eu disse, interesses que vão além dos interesses econômicos do Estado.
04:23Então, é normal que se faça isso por esse histórico.
04:27Desde a época do Itamar Franco já se discutia essa possibilidade e já havia esse movimento de impedir que a discussão fosse à frente.
04:36O problema não é não acontecer, o problema é a discussão não avançar.
04:40Eu acho que se não se debater o assunto com clareza, transparência e honestidade, nós nunca vamos saber o que é a vontade do povo do Estado.
04:48Então, tem que se debater, tem que se colocar para referendo, tem que se dar visibilidade a essa pauta para que as pessoas, a população de Minas Gerais, que de fato são os donos desses ativos,
04:59possa escolher se eles vão ou não estar em condições de serem alienados.
05:04Eu vou te provocar, o referendo, ele não é um impedimento, por exemplo, a uma questão fundamental, como a que a gente vai enfrentar agora, por exemplo,
05:12não tendo a aprovação da federalização ou da privatização desses ativos, nós teremos menos ofertas para fazer para o governo federal,
05:21dos 20% de abatimento do principal da dívida, que é condição fundamental para continuar o Propag.
05:26Como eu disse, de fato, acho que não existe muito essa discussão no centro, esse interesse no centro da discussão,
05:35Paulo. A discussão é política, ela não é quase político-ideológica, ela não é uma discussão prática.
05:41Se fosse uma discussão prática, mas gente, a gente precisa disso para viver.
05:45E ninguém está muito preocupado com isso.
05:46Eu acho, inclusive, Luiz, que a população, eu sou um pouco contra esse referendo, entendo os motivos históricos que foi a criação dele,
05:56e a gente vai conversar um pouquinho sobre isso, mas eu sou um pouco contra, até mesmo que a nossa população,
06:01no nosso estado, a sua maioria, não tem condições, do ponto de vista financeiro e técnico,
06:06de avaliar se tem ou não que vender, se tem ou não que fazer a federalização.
06:11Então, eu acho que esse é um primeiro ponto, até porque, em inúmeros outros estados, até a própria União,
06:17tem algumas travas legislativas, mas não como referendo para a venda de ativos,
06:22que é, obviamente, do povo, mas ali estão os representantes que foram eleitos para fazer também toda essa gestão desses ativos,
06:28inclusive as suas respectivas alienações.
06:30Agora, quanto ao referendo, é muito importante a gente também deixar claro o motivo pelo qual ele foi parar lá na Constituição Mineira.
06:38E isso ocorreu, que no governo anterior, foi uma ideia do governador Itamar Franco,
06:45que no governo anterior havia realizado uma alienação de cotas da CEMIG de 20% com cláusulas de golden share.
06:55Ou seja, o que isso significa do ponto de vista jurídico-societário?
06:58Você estaria vendendo 20% da companhia e dando a esses compradores, desse 20%,
07:06todo o direito de gestão e de administração como fosse majoritários.
07:10E por conta disso que ocorreu, inclusive na época tiveram inúmeras ações,
07:15inclusive uma ação popular movida por um advogado de grande renome aqui no estado de Minas Gerais,
07:20que quando mudou a gestão para o Itamar Franco, ele conseguiu fazer um acordo sobre essas ações,
07:27desistir dessa alienação e a partir disso ele teve essa ideia que foi colocar o referendo
07:33para tentar não ouvir a população, mas sim para gerar mais uma barreira
07:38para que aquilo que ocorreu no governo anterior não acontecesse novamente.
07:43Então eu acho que isso é muito importante, sabe Paulo, a gente deixar claro também.
07:46É bom lembrar que foi por esse motivo criado então no sentido de, naquela oportunidade, uma proteção,
07:53mas eu volto a repetir, nós temos espaços de tempo diferentes.
07:59Com certeza.
07:59Você não pode analisar hoje atitudes que seriam tomadas hoje com a luz do que aconteceu no passado,
08:06respeitando o que aconteceu no passado, respeitando a forma como foi sugerida e implantada
08:12a necessidade do referendo popular, mas vivemos hoje uma outra quadra.
08:16E por isso que eu sou contra, inclusive, o referendo, entendeu Paulo?
08:18O que eu acho mais complexo, gente, é simplesmente você querer sufocar o debate, é isso.
08:26Seja por meio de referendo, seja o debate aberto na própria Assembleia,
08:31mas impedir que esse assunto seja discutido.
08:34Na minha, isso que é um programa de opinião, né?
08:38Sim, várias opiniões.
08:39Na minha forma de avaliar, é uma maneira de se protelar a tomada de decisão.
08:45Eu entendo que o governo do Estado está propondo que não haja, que seja mudada a lei para que
08:51não tenha necessidade de referendo.
08:53E eu entendo que a oposição está fazendo o trabalho de tentar, seja com qualquer argumento
08:59que for, adiar a decisão sobre a federalização ou não dos dois, especificamente desses dois ativos.
09:05Veja como é fácil.
09:07Agora eu vou botar um pouquinho de lei mesmo nessa discussão, porque essa discussão é boa.
09:11Até porque nós temos que ampliar essa discussão para toda a população em Minas Gerais.
09:15Nós não podemos deixar isso restrito a um debate fechado, como disse o Luiz.
09:18Então, vou colocar mais uma pimenta, não vou tapar.
09:21Você não acha que é fácil convencer alguém dizendo assim, olha, a Semig é uma companhia do Estado.
09:28A Copaz é uma companhia do Estado.
09:31Privatizada ou federalizada, você poderá deixar de ter energia ou água na sua casa.
09:37É um discurso populista e fácil de fazer.
09:40E mentiroso, né, Paulo?
09:41E mentiroso, e mentiroso.
09:43Quer dizer, é fácil você chegar e convencer as pessoas.
09:45Então, num referendo popular, o discurso populista vai ganhar mais força.
09:50Eu entendo, inclusive, Luiz, que o referendo é muito importante para temas que realmente a gente precisa ouvir a nossa sociedade.
09:59Do ponto de vista de impacto social daquilo que está sendo discutido.
10:04Do ponto de vista de venda de ativos ou federalização desses ativos societários,
10:09Eu entendo que, se for levado a referendo, corre um grande e um sério risco disso ser colocado do ponto de vista ideológico
10:18e não do ponto de vista prático.
10:20Do ponto de vista que realmente o Estado precisa para que sejam realizadas essas vendas, esses ativos.
10:26Eu entendo, né, você está aí.
10:28Eu entendo a sua opinião, que é realmente de ampliar o debate.
10:33Mas eu acho que esse assunto não é um tema para ser ampliado da forma que realmente a sociedade mineira tem que participar por meio de referendo.
10:42Eu acho que há...
10:43Não sei, eu entendo que você está fazendo uma curadoria aí do que a população deve ser consultada ou não.
10:48Não cabe, não.
10:49Não, não é ser consultado.
10:50É porque, da forma que está sendo, se não tiver o referendo, a população pode participar de outras formas.
10:56Não por meio do referendo.
10:58O referendo é um dos instrumentos.
10:59Você está falando de um instrumento específico.
11:01Isso, exatamente.
11:02Tudo bem, mas você vai fazer o quê? Enquete na internet?
11:04O que eu acho é que nós não temos...
11:06Audiências públicas que estão sendo realizadas na Assembleia.
11:07E nós não temos o hábito como cidadãos, nós, primeira pessoa do plural,
11:13nós não temos o hábito como cidadãos de participar da discussão na Assembleia.
11:17Isso é um hábito que nós não temos, nem nas Assembleias, nas Câmaras.
11:21Porque as audiências públicas são instrumentos.
11:22Exatamente.
11:23Nas Câmaras municipais, nas Assembleias, no Senado, no Congresso Nacional.
11:27Eu só não quero deixar confundir a minha forma de enxergar,
11:31porque eu entendo, nós já falamos sobre isso aqui inúmeras vezes,
11:34que o Estado, inclusive, não tem capacidade de manter a gestão sobre esse tipo de empresa.
11:40Acho que isso não pode.
11:42Nós estamos caminhando aí para o ano que vem, nós já falamos sobre isso aqui,
11:45inclusive essa semana, para a gente ter o direito de contar com...
11:52Novas alternativas, né?
11:54De compra de energia, a gente participar do mercado livre de energia,
11:58do cidadão comum poder comprar energia onde ele quiser,
12:01e não ficar só dependente da CEMIG.
12:03E a CEMIG precisa se preparar para essa nova era também,
12:06com exemplos de gestão que vão além do que o governo pode oferecer.
12:10Ainda porque o governo, não estou entrando nesse juízo de valor,
12:12já passaram vários governos, o governo continua, governo como entidade,
12:17continua incompetente para gerenciar esse tipo de empresa,
12:20e não estou falando deste governo, do governo passado ou do outro,
12:24estou falando do governo de uma forma geral.
12:26As estruturas de governo.
12:28Por quê?
12:28Porque é uma empresa gigante, monumental, grande o suficiente,
12:35para o governo não ter capacidade de fiscalizar e de cobrar resultados
12:38como deveriam ser, que a iniciativa privada certamente faria.
12:41Então, a minha opinião aqui, ela não está ligada especificamente
12:46à questão ideológica de não se pode privatizar.
12:48Eu estou falando, eu vejo, por exemplo, como a deputada Beatriz Serqueira
12:52hoje colocou, a população sabe que a privatização é uma maneira de entregar,
12:56ela usou uma expressão, quando você é privativo,
12:58você está privatizando um patrimônio que foi construído com dinheiro público.
13:01O fato de ter sido construído com dinheiro público,
13:03não quer dizer que ele tem que permanecer sob a responsabilidade pública
13:07para o resto da vida.
13:08É até irresponsável pensar desse jeito,
13:10porque se o governo entende que não tem condições de gerenciar,
13:14ele passa para quem tenha, justamente para que a empresa não se enfraqueça.
13:18Fato é que é difícil, a prestação de serviço dessas empresas
13:21sempre é alvo de críticas da população,
13:25e não é porque o governo A ou B é competente ou incompetente,
13:28é porque não está no escopo de gestão do governo.
13:30O governo tinha que se preocupar com educação, saúde e segurança.
13:33Especificamente, que são inclusive os três itens que mais preocupam a população.
13:38E tem um detalhe também, Luiz.
13:41Eu colocaria até mais dois itens aí.
13:43Eu acho que mobilidade deve ser sim infraestrutura.
13:46Deve ser uma população do governo.
13:47Isso é um governo de Estado, eu acho.
13:48E uma outra questão, segurança alimentar,
13:51que a gente tem que pensar muito seriamente,
13:52que tem que ser política de Estado.
13:55Sim, tudo bem.
13:56Eu entendo o seguinte, eu acho que segurança pública...
13:59Eu acho que mobilidade é município.
14:01Eu tenho a mesma história, opinião.
14:02Não é a sua opinião, é avaliação até de observação.
14:08Mobilidade é muito município.
14:10Cada município tem a sua...
14:11Desculpe ter te cortado.
14:12Não, tranquilo isso.
14:13Eu achei importante pontuar.
14:14E segurança alimentar é uma política de Estado que tem que ser nacional.
14:18O Brasil tem que ter uma política nacional de segurança alimentar,
14:22concordo com você.
14:22Não, eu entendo o seguinte, assim, a atribuição, inclusive, do poder público,
14:27até na minha tese de mestrado, discutindo a própria parceria público-privada no poder judiciário.
14:33A gente chegou até numa análise, Paulo, de uma discussão que só a função do magistrado
14:37seria em tese pública.
14:39Porque toda aquela estrutura que está por trás da função do juiz,
14:42que é meramente administrativa, ela poderia ser delegada, cobrando indicadores.
14:48Eu entendo que, do ponto de vista de pesquisa, eu fui muito mais ousado no contexto jurídico.
14:54Mas parando para imaginar que a função pública essencial seria a função em si do juiz
14:59e atrás dele são funções meramente administrativas,
15:02e que, inclusive, poderiam contar com o apoio de uma parceria público-privada
15:06para auxiliar, seja na construção, na gestão de fóruns,
15:10seria extremamente importante.
15:11Mas fui surpreendido no mês seguinte da defesa da dissertação
15:15com uma medida provisória da então presidente Dilma Rousseff
15:20falando que estava proibido parcerias público-privadas no judiciário.
15:23Que é uma pena, porque você está, mais uma vez, esquecendo
15:27de que o Estado deveria só fazer gestão de atividades fins.
15:30E uma questão para se discutir, Luiz, além da questão estratégica,
15:36é uma questão de investimento.
15:37Por exemplo, na energia, nós temos a questão, o gargalho é a distribuição.
15:41E a distribuição, cada vez mais, requer tecnologia.
15:45Tecnologia requer investimento.
15:47E o governo não tem.
15:48Capacidade de investimento.
15:49Ele não tem dinheiro para fazê-lo.
15:51Então, eu devo discordar fundamentalmente da deputada Beatriz Serqueira
15:56por uma questão fundamental.
15:57Ela foi pública, foi construída com dinheiro público, não.
16:00Deputada, por favor, corrija esse vício com dinheiro do contribuinte,
16:03com dinheiro do cidadão.
16:05Foi construída com dinheiro do cidadão, a Semig, a Copasa,
16:08mas se ela começar a dar prejuízo, ou se ela deixar de ser bem administrada,
16:13é o dinheiro do cidadão sendo jogado no ralo.
16:15Com certeza.
16:16Então, quer dizer, só para a gente ter uma ideia um pouco mais ampla disso.
16:18E, ô Paulo, tem uma discussão também contraditória da oposição
16:21quando eles não estão querendo aprovar esse projeto aqui na Assembleia.
16:25Porque se você vai federalizar essas estatais, você vai estar entregando esses ativos mineiros
16:31para a União.
16:32E quem é que gerencia a União hoje?
16:34É a turma ligada a quem está fazendo a oposição aqui.
16:38Só que tem um pequeno detalhe nessa discussão.
16:41Você vai entregar o ativo, mas vai tirar da União todo o poder de gestão,
16:46que é o movimento das corporations.
16:47E aí você não permitiria, inclusive, e aí vamos rasgar o couro,
16:52você não permitiria, inclusive, a indicação de cargos,
16:56que é o que mais acontece hoje.
16:57Os tais bilhetinhos dos deputados para colocar a gente pendurada na Semig,
17:01na Copasa e em outros tantos lugares.
17:03Mas vamos lá.
17:03O vice-governador Matheus Simões disse que o fim da consulta popular
17:07para a privatização das companhias de energia, Semig e saneamento à Copasa
17:11não é uma medida antidemocrática, uma vez que os deputados da Assembleia
17:15são eleitos para opinarem por temas complexos.
17:19Então, vamos ouvir o que disse o vice-governador do Estado.
17:22Você fazer consulta popular sobre venda de um ativo é um erro.
17:26Você vai sempre prejudicar o andamento da discussão.
17:29A população, muitas vezes, não tem acesso à informação de forma completa,
17:32acaba sendo manipulada pelos grupos políticos.
17:35E aí eu não estou dizendo que a população não tenha condição de opinar.
17:38Ela tem.
17:38A gente pode substituir o parlamento por consulta popular.
17:41Os deputados que estão dizendo que seria inconstitucional,
17:45ilegal retirar o referendo, deviam se perguntar se eles deviam propor.
17:48Então, o fim do parlamento, podemos começar a fazer quiz no Twitter, no Instagram,
17:54sobre o que as pessoas acham sobre cada tema e tomar decisão a partir disso.
17:58Eu não estou desvalorizando a democracia direta.
18:01Eu estou dizendo que, numa sociedade complexa, legislativa como a nossa,
18:05acreditar que você possa delegar para a população a tomar decisões
18:09com a velocidade que elas precisam ser tomadas.
18:11E com a complexidade dos temas, é desconfiado o papel do Legislativo.
18:17Se é o próprio Legislativo que está dizendo isso,
18:18bom, acho que é uma boa reflexão terapêutica.
18:22É quase um momento de análise.
18:24Eles perguntando sobre eles mesmos se eles deveriam existir.
18:27Eu acho que eles deveriam existir.
18:29Por isso que eu gostaria que eles decidissem sobre isso.
18:31Acho que o vice-governador usou de uma hipérbole
18:35para aquela história de você dar um quadro maior do que o quadro é de verdade
18:41para você causar incômodo e provocar uma reflexão.
18:45Mas acho que pesou um pouquinho a mão nessa comparação.
18:49É lógico que não chega neste ponto a discussão.
18:52É muito mais uma questão de retórica e força de linguagem, talvez,
18:55do que de uma opinião que não tem jeito.
19:01Não dá, né?
19:02As pessoas não querem discutir isso, então acaba o comparamento.
19:05Não dá, não dá.
19:05Realmente não dá.
19:06É uma comparação despropositiva.
19:08E tem um detalhe, né, Paulo e Luiz?
19:09Se você está num projeto tão importante
19:13que está sendo discutido dentro da Assembleia,
19:15não sei se o discurso correto também seria esse,
19:17da fala do vice-governador.
19:19É uma pressão desmedida.
19:21É, é isso aí.
19:22Cara, na verdade, é exatamente isso que eu tinha falado.
19:24Eu entendo que a oposição não está preocupada exatamente
19:28com a questão econômica do Estado.
19:30está preocupada em fazer política.
19:32Nós estamos na véspera de um ano eleitoral,
19:34tem que fazer o governo sangrar,
19:36é assim que a oposição enxerga,
19:38então vai bater onde puder bater,
19:40vai impedir o que puder impedir de andar,
19:42porque se acontece essa vitória também,
19:44é ruim para eles.
19:45Essa questão foi muito abraçada pelo vice-governador,
19:49professor Matheus,
19:50e que é pré-candidato.
19:51Então a oposição está fazendo o que entende ser o papel dela.
19:55politicamente está ok,
19:57mas na prática é o que eu sinto falta,
20:00de informações claras para a população.
20:02Entendo também o que o vice-governador disse,
20:04a população acabaria sendo manipulada,
20:06como é de fato sempre, inclusive no processo eleitoral.
20:09Se a gente fosse levar para esse lado,
20:11que o professor Matheus disse,
20:12então para que a gente tem eleição direta?
20:14É, verdade.
20:15Para que a gente tem?
20:16Essa população também não pode opinar,
20:17não pode opinar sobre isso.
20:18Exatamente.
20:19Então aí a gente vai ampliando essa discussão.
20:21Eu acho que não é o caso.
20:22De fato não é o caso.
20:24Acho que houve uma pesada de mão aí por isso.
20:26Você pode...
20:27Aí fala, beleza,
20:28então por que a população escolhe governador,
20:31por que a população escolhe prefeito,
20:33se a população não pode opinar?
20:34Então acho que pode,
20:35mas deveria haver,
20:36concordo que é uma utopia.
20:39É uma utopia minha,
20:41achar que a população tem que opinar
20:42sobre esse tipo de assunto.
20:44Acho que tem,
20:45porque é um interesse dela,
20:46mas ela deveria para isso
20:47passar por um processo de informação
20:49muito mais amplo
20:51do que o que a gente tem disponível.
20:52Ô Luiz, agora o Paulo,
20:53que já esteve nos corredores da Assembleia,
20:56você acha que a oposição
20:58vai conseguir segurar
21:00a aprovação dessas medidas?
21:02Eu e o Luiz,
21:02o Luiz também já cobriu a Assembleia
21:03por um bom tempo.
21:04Eu não sabia.
21:05Luiz já cobriu a Assembleia
21:06por um bom tempo.
21:07O que vocês acham então?
21:08O jogo ali é um baralho,
21:09já que nós estamos fazendo figuras
21:12para a linguagem,
21:14vamos lá.
21:15É um baralho,
21:16ele é um baralho,
21:16tem que saber como é que se embaralha
21:18aquelas cartas
21:19e na hora em que você tira
21:20uma carta ou outra
21:21para bancar o seu jogo.
21:23Acho que a oposição
21:24está enfraquecida
21:26sob o ponto de vista
21:27do debate de oposição
21:30a esse tema.
21:31Por quê?
21:32Porque a oposição,
21:33hoje ela tem um compromisso,
21:34a oposição em Minas Gerais,
21:36tem um compromisso
21:37com o governo federal.
21:39Está ligada diretamente
21:40ao governo federal.
21:41E o governo federal
21:42é um dos patronos do Propag.
21:44Então eu acho que tem aí
21:46um caminho,
21:47uma encruzilhada
21:48para a oposição superar.
21:49Acho que é muito isso.
21:50Vão esticar a corda
21:51até o limite
21:52e quando essa corda
21:52estiver no limite
21:53eles vão distensionar
21:56antes dela arrebentar.
21:58Para que lado?
21:59Não sei,
21:59vai depender do que eles vão ganhar
22:00com isso.
22:01É um jogo de ganha.
22:03Ganha, ganha.
22:04Não tem ali,
22:05eu acho difícil
22:06que se aceite
22:08simplesmente ceder
22:09e fazer o que o governo
22:11do Estado quer.
22:11eles vão esticar
22:13enquanto puderem
22:14e vai ter que ser
22:15dada a eles
22:16alguma coisa
22:17para que eles
22:18distensionem essa corda.
22:19E nesse sentido
22:20o governador,
22:21o vice-governador
22:22Matheus Simões
22:23voltou a falar
22:26para o presidente
22:26da Assembleia Legislativa
22:27de Minas Gerais,
22:28o deputado Tadeu Leite,
22:30que é necessário
22:31que se paute
22:32a discussão
22:32dos outros ativos
22:34daquele pacote
22:35apresentado
22:36para a compensação
22:37da principal
22:38da dívida do Propag.
22:39reiterando que o BNDES
22:41já avisou
22:42que só conclui
22:44a avaliação
22:45do preço
22:45das estatais
22:47quando enviadas
22:48a partir
22:49de meados
22:51de 2026.
22:52Vamos ouvir
22:53o que disse
22:53o vice-governador.
22:55Nós,
22:57em ordem
22:57cronológica,
22:59no começo da semana
22:59fizemos a reunião
23:00com a STN,
23:03Secretaria de Direção Nacional
23:03e o BNDES,
23:05sobre os prazos
23:06para avaliação
23:06dos ativos.
23:07permanece a nossa
23:08preocupação
23:09porque,
23:09mais uma vez,
23:10foi confirmado,
23:11isso agora é uma
23:12notícia definitiva,
23:14não haverá
23:15avaliação
23:15das empresas
23:16antes do
23:17meio do ano
23:18que vem.
23:19Então,
23:20nenhuma empresa
23:20terá avaliação
23:21feita pela União,
23:22formalizada pelo
23:23BNDES,
23:24antes do meio
23:24do ano que vem.
23:26Qual é o problema
23:27disso?
23:29Nós vamos ter
23:30de oferecer
23:31as empresas
23:32sem saber
23:33o valor
23:33das empresas.
23:34tanto a STN
23:37quanto nós
23:38concluímos
23:39em conjunto
23:40que isso
23:41significa
23:41que o Estado
23:42de Minas Gerais
23:42precisa oferecer
23:43mais ativos
23:45do que
23:46o mínimo
23:47de 34,5 bilhões
23:49de reais
23:50que seriam necessários
23:51porque esses ativos
23:52sofrerão cortes
23:53ao longo do tempo
23:54depois que as avaliações
23:55forem feitas.
23:56Reforço,
23:57então,
23:57na importância
23:58de que a Assembleia
23:59vote
24:00todos os projetos
24:02para que a gente
24:02tenha
24:03esse saldo
24:04de manobra,
24:05esse espaço
24:06de manobra.
24:07É uma preocupação
24:08muito grande
24:09da STN
24:09e muito grande
24:10nossa.
24:11Se a gente
24:11fizer a adesão
24:12falando em 20%
24:14de amortização
24:14e depois
24:16o valor
24:16não for suficiente
24:17é um caos
24:19para a STN
24:20e para nós
24:20porque a gente
24:20tem que reenquadrar
24:21completamente
24:22as finanças
24:23do Estado
24:23e o próprio cálculo
24:25do pagamento
24:26da dívida.
24:27Então,
24:27nós não podemos
24:28correr esse risco
24:29sob nenhuma forma.
24:30A nossa leitura
24:31é a mesma
24:31do governo federal.
24:32o Estado
24:33tem de oferecer
24:34uma margem
24:35para que ele
24:36possa recuar
24:36depois que as avaliações
24:38forem entregues
24:38no ano que vem.
24:40Outro dia,
24:41aqui no meio de
24:42Impalto,
24:43o Jornal da 98 News
24:44na hora do almoço,
24:45o economista
24:46Gustavo Andrade
24:47abordou a questão
24:47de por que não
24:48procurarmos,
24:50então,
24:50auditorias independentes
24:52que fizessem
24:53essa avaliação,
24:54que contribuíssem
24:55para esse processo
24:56de avaliação
24:57e que agilizasse
24:59a questão
24:59interna
25:01do BNDES
25:01por processos,
25:03por métodos,
25:04não conseguiria avaliar
25:04antes de meados
25:05de 2026.
25:07Existem,
25:08o Gustavo trabalha com isso,
25:09com avaliação de ativos,
25:11faz isso também.
25:12Existem empresas
25:13no Brasil
25:15e no mundo
25:15com uma capacidade
25:16enorme
25:17de poder
25:18dar esse tipo
25:19de avaliação
25:20e agilizar
25:22a condução
25:22desse processo,
25:23não é, Gustavo?
25:23Com certeza,
25:24Paulo.
25:25Eu acho que,
25:25inclusive,
25:26no final da fala
25:27do vice-governador,
25:28ele até falou
25:29sobre uma possível
25:30gordurinha ali,
25:31para não atingir
25:32os 20%,
25:32tentar pensar
25:33em algo
25:33até um pouco
25:34acima,
25:35para que não gere
25:35um prejuízo
25:36lá na frente
25:36quando vier
25:37a avaliação
25:37do BNDES.
25:38É extremamente
25:39importante,
25:40é possível,
25:41todas as vezes
25:42que vai ocorrer
25:42uma venda
25:43de ativos,
25:44principalmente
25:44de cotas sociais
25:46ou de ações
25:46de companhias,
25:48faça aquele procedimento
25:49de M&As,
25:50de fusões e aquisições,
25:52de due diligence,
25:52onde levanta
25:53todas as possibilidades
25:54dos valores
25:56dos ativos
25:56dessas companhias
25:57e a partir de...
25:58E há,
25:59inclusive,
25:59como no mercado,
26:01inúmeras empresas
26:02de auditorias
26:03independentes
26:04que fazem
26:04esse trabalho,
26:05então,
26:06isso é totalmente
26:07possível
26:07e dá uma certa
26:09tranquilidade
26:09para o Estado
26:10de Minas Gerais
26:11aguardar
26:11essa avaliação
26:12final do BNDES.
26:14Inclusive,
26:15Paulo,
26:15não sei se o BNDES
26:17vai diretamente
26:18realizar essas avaliações,
26:19se ele vai contratar,
26:20inclusive,
26:20uma consultoria
26:21que o BNDES
26:23já faz isso
26:23para outros modelos,
26:25por exemplo,
26:26quando o BNDES
26:27desenvolve,
26:28a Caixa Econômica
26:29Federal também,
26:30desenvolve modelagens
26:31financeiras e jurídicas
26:32para concessões
26:33de parcerias
26:34público-privadas,
26:35eles contratam
26:36consultores
26:37para desenvolver
26:38essas avaliações,
26:39desenvolver esses estudos,
26:40e a gente,
26:41inclusive,
26:41já desenvolveu
26:42e está desenvolvendo
26:43para alguns estudos,
26:44por exemplo,
26:44da Caixa.
26:46Acredito eu
26:47que para essa situação
26:48pode ser também
26:49que o BNDES
26:51contrate
26:52outras consultorias
26:53para ajudar ele
26:54a fazer
26:54essas avaliações
26:56e ter essa definição
26:57do valor dos ativos.
26:59Saber só se o BNDES
27:00tem interesse em andar com isso.
27:01Essa é a questão.
27:03Exatamente.
27:03É saber quanto é
27:05de interesse do BNDES
27:06agilizar esse projeto.
27:07Agilizar isso,
27:08porque o prazo
27:09para adesão
27:10de Minas
27:11à Propag
27:11é 31 de dezembro
27:12desse ano.
27:13O BNDES
27:14disse que só conclui
27:15essa avaliação
27:15no meio do ano que vem,
27:16que já seria
27:17depois do prazo,
27:18então Minas
27:19teria que aderir antes.
27:20E a Assembleia
27:21não tem que autorizar,
27:22na verdade,
27:25ela não tem que autorizar
27:27a federalização
27:29de um ativo
27:29antes dele ser oferecido
27:30à União.
27:31Ela tem que autorizar
27:32o processo
27:33para concluir o processo.
27:34Exatamente.
27:34Eu estou olhando
27:35isso para a nossa pauta aqui
27:36porque é complicado.
27:37ela não precisa autorizar
27:39que a Semig
27:40e a Copasa
27:41sejam federalizadas
27:42antes de ser oferecido.
27:44O governo do Estado
27:44pode oferecer,
27:45mas para a União aceitar,
27:47para isso entrar
27:48naquela validação
27:49dos tais 20%
27:50do total da dívida,
27:51tem que saber o valor,
27:52tem que saber
27:53quanto as companhias valem
27:54de forma auditada.
27:56E aí,
27:56essa opção
27:57é uma boa opção,
27:58mas eu não sei
27:59se ela fica,
27:59se ela valeria
28:00como uma avaliação oficial.
28:03Ela seria uma avaliação
28:04para o governo
28:04saber o que mais
28:05precisaria dar.
28:06É, sim.
28:07Seria para auxiliar
28:08o governo estadual,
28:09Luiz.
28:10Mas quem vai definir
28:11se vai concordar
28:12ou não
28:13vai ser o seu vendeto
28:14porque ele é o credor.
28:15Ele que define isso.
28:17Agora,
28:18a Semig em si,
28:19na minha opinião,
28:20é o dos ativos
28:21mais fáceis
28:22de se apurar isso
28:23porque tem ações
28:23negociadas na Bolsa.
28:25Então,
28:25acho que ela é uma
28:26das mais valiosas,
28:27mas acho que isso
28:27não vai ser o grande problema.
28:28Eu acho que o grande desafio
28:30da avaliação desses ativos
28:31está no ponto de vista
28:32imobiliário,
28:32acredito eu.
28:33acho que tem outro tipo
28:34de ativo,
28:34sem ser as ações,
28:36Paulo.
28:36Não, muitos ativos.
28:37Tem, para você terminar,
28:39tem Palácio das Artes,
28:40tem Estadual Central,
28:42tem Risoleta Neves,
28:44uma série de imóveis ofertados.
28:46Mas, não,
28:47do ponto de vista de...
28:48Imóveis e atividades.
28:50Então, sim,
28:51os imóveis,
28:51eu acho que vai ser
28:52o grande desafio
28:53para fazer essa avaliação.
28:55Imóveis em capitais
28:56e em cidades grandes
28:57como Belo Horizonte
28:58já é mais fácil
28:59porque tem um auxílio
29:00da Prefeitura
29:01que tem toda a avaliação deles
29:02para cálculos de TBI
29:03e PTU.
29:05Agora,
29:06imóveis rurais,
29:07às vezes,
29:08e imóveis pequenos,
29:10imóveis em cidades pequenas,
29:11eu acredito que vai ter
29:12mais dificuldade,
29:13viu, Paulo?
29:13Existem fazendas também
29:15sendo ofertadas,
29:16fazendas no Triângulo Mineiro,
29:17no sul de Minas,
29:18tudo isso fazendas
29:19que pertencem ao Estado
29:20e que estão sendo ofertadas
29:21nesse caminhão de ativos
29:23que tem que se oferecer.
29:24Para quem está nos acompanhando
29:25e ainda não entende
29:26a questão central,
29:27é para que se penalize
29:31menos o governo
29:32com o serviço das dívidas,
29:34da dívida com juros cobrados,
29:36é preciso que você
29:37cumpra uma parte maior
29:39do abatimento do principal.
29:4120% é um mínimo ofertado
29:44para que você tenha
29:45uma redução dos juros pagos,
29:48que hoje são escoxantes,
29:49é IPCA mais 4%,
29:51para você chegar aí
29:52a civilizados 1%
29:54ou até 0%
29:56de acordo com os ativos ofertados.
29:58Deixa eu dar um recado
29:59antes de ir para o intervalo,
30:00se você quiser viver
30:01cercado de verde,
30:02mas com muito conforto,
30:04com exclusividade,
30:05conheça o Três Vales,
30:06é um condomínio AAA
30:07com lotes de 1.000 até 2.500 metros quadrados,
30:12o projeto urbanístico
30:13é de Gustavo Pena,
30:14o parque de 200 mil metros quadrados,
30:17com paisagismo de Luiz Carlos Orsini,
30:21o Três Vales tem
30:22cabeamento subterrâneo,
30:24heliponto, centro ecumênico
30:26e muita segurança e conforto.
30:28Tudo isso, pertinho,
30:30a poucos minutos de Belo Horizonte.
30:32Acesse aí
30:33www.trêsvales.com
30:34ou siga no Instagram
30:35arroba Três Vales,
30:37três por extenso,
30:38T-R-E-S-C.
30:41Extraordinário
30:41é viver o agora.
30:43Intervalo,
30:44a gente volta rapidinho.
30:47Daqui a pouco tem mais
30:4998 Talks.
30:52Para começar o dia bem informado,
30:54fique ligado no Central 98.1.
30:57É de segunda a sexta-feira,
30:58a partir das seis da manhã,
31:00aqui na 98.
31:02Se liga nos canais de vídeo,
31:04sintoniza o seu rádio,
31:05toma aquele cafezinho com a gente,
31:07enquanto a gente te atualiza
31:08de tudo o que aconteceu
31:09na noite anterior,
31:11na região e no mundo.
31:13Informamos a situação do trânsito
31:14em tempo real,
31:16que você pode participar com a gente.
31:18Quer fazer alguma reclamação,
31:19elogiar, contar um caso interessante?
31:21Mande mensagem para a gente
31:22no nosso chat no YouTube
31:23ou áudio ou vídeo
31:25no nosso WhatsApp.
31:26993-16-9898.
31:30Central 98.1 é de segunda a sexta.
31:32De seis às oito da manhã,
31:34aqui na 98.
31:37Olá, ouvinte da Rede 98,
31:40a Rede do Bem,
31:41estamos aqui.
31:42Simônio Zucato
31:43e eu, Cássio Scapi.
31:44Confiram a programação
31:45da Rede 98,
31:47a sua Rede do Bem.
31:47Quem você escolhe
31:54para cuidar do seu Chevrolet?
31:56Tem que ser alguém
31:57que conhece cada milímetro
31:59do seu carro,
32:00cada peça pelo nome.
32:02É, para cuidar do seu Chevrolet,
32:04ninguém melhor que a Chevrolet.
32:06Agende uma revisão
32:07na concessionária mais próxima.
32:09Serviço Chevrolet.
32:11É rápido, é fácil,
32:12é Chevrolet.
32:13Chevrolet.
32:26Feliz aniversário 98.
32:29Feliz aniversário 98.
32:30Parabéns 98.
32:32Beijo.
32:33Feliz aniversário 98.
32:35Te amo, obrigado por tudo.
32:38Parabéns, eu 98.
32:40Fala, linda.
32:41Feliz aniversário 98.
32:43Feliz aniversário 98.
32:4556.
32:47Feliz aniversário 98.
32:49Feliz aniversário 98.
32:52Parabéns 98.
32:5356 anos.
32:55Feliz aniversário.
32:56Feliz aniversário 98.
32:58Você merece.
33:00Feliz aniversário 98.
33:2998 Talks
33:36São 7 horas e 35 minutos, pena que você não possa participar dos debates que acontecem nos bastidores.
33:47Eles são muito mais ricos e às vezes até transgridem as boas normas da educação.
33:51A inteligência é o que, Paulo, que você disse no intervalo?
33:53A inteligência é uma mistura do intelecto com o emocional.
33:58Não há ser humano que seja inteligente se ele só sobrepõe a inteligência.
34:03Se ele não tiver inteligência emocional, até para poder processar a inteligência, ele sai perdendo em algumas coisas.
34:09Mas isso é parte da discussão que a gente estava tendo aqui.
34:13Mas com expertise em contabilidade, consultoria fiscal, gestão empresarial, a Previsa é muito mais do que uma prestadora de serviços,
34:20é parceira na construção de empresas sólidas, de empresas bem-sucedidas.
34:24De rotinas trabalhistas até a consultoria tributária, a Previsa entrega soluções que vão além dos números
34:30e tem o foco no sucesso da sua empresa, no futuro do seu negócio.
34:35Na Previsa tem a união da tradição, são 45 anos com a inovação que é constante
34:41para entregar soluções que podem transformar o seu empreendimento.
34:46Por isso, acesse previsa.com.br e transforme o sucesso da sua empresa.
34:54Bom, data folha de ontem, trouxe aí uma pesquisa mostrando que 28% dos eleitores brasileiros
35:01classificam o governo Lula como ótimo ou bom,
35:0440% avaliam o governo como ruim ou péssimo,
35:0931% consideram o governo Lula como regular e 1% não soube avaliar.
35:16Eu gosto sempre de fazer a soma aqui.
35:19Se você está classificando ótimo ou bom em 28% dos eleitores,
35:24você tem que somar os ruins ou péssimos com os regulares.
35:27E aí você falaria em torno de 71% de desaprovação.
35:31É narrativa.
35:32É narrativa mesmo, eu estou fazendo com a liberdade de poder fazer.
35:36Acho que é o seguinte, a neutralidade, Paulo, nesse caso é perigosa
35:40porque a neutralidade não dá voto.
35:43A gente viveu aí uma eleição de uma percepção de menos pior,
35:48mas a neutralidade não dá voto.
35:49De fato, ela não é uma garantia de voto e os candidatos, inclusive,
35:54brigam para puxar para o seu lado essa neutralidade.
35:58Então, quando ela...
35:58É o 1% que estão na mão dos dois.
36:00E ela é que define, né, Luiz?
36:02E ela é que define no fim das contas.
36:03Então, ela é, de fato, perigosa tanto para quem quiser olhar para um lado
36:07quanto para quem quiser olhar para o outro.
36:09Mas não existiu uma avaliação negativa de Lula nem no primeiro mandato,
36:14nem no segundo, nem no terceiro, do tamanho dessa avaliação agora.
36:18Teve uma recuperação, mas a história do INSS e depois a história do IOF,
36:24mesmo as pessoas não entendendo muito bem como o IOF afeta a vida delas,
36:27essas duas histórias somadas, a comunicação horrorosa do governo federal para tudo,
36:34para tudo, uma comunicação horrorosa, essas coletivas amalucadas do ministro Haddad,
36:42essas falas sem...
36:43Ontem, você não estava aqui ontem?
36:45Não, mas eu fiz uma coluna hoje pela manhã.
36:48As falas ontem...
36:49O presidente...
36:49O Lula falou uma bobagem do tipo que se a Vale fosse...
36:53Cara, e olha, nós não somos defensores da Vale no processo de Brumadinho, não.
36:58Nem no de Mariana.
36:59Eu tenho uma visão crítica, inclusive, já processada há muito tempo.
37:02Eu sempre tento separar a empresa dos seus administradores da época, enfim, isso é outra história.
37:07Mas independente disso, o presidente Lula virar público para falar que se a Vale fosse um CPF,
37:13já teria ido para o quinto de sei lá o quê.
37:15Cara, o que isso quer dizer?
37:16Da boca de um presidente da República?
37:18O que isso quer dizer?
37:19É meio...
37:20Sabe?
37:21É uma mistura de descompostura.
37:22Que é o que todo mundo que apoia o Lula hoje reclamava de Bolsonaro outro dia.
37:27Exatamente, Luiz.
37:28A mesma coisa.
37:30A mesma questão.
37:31E eu até vou convidar você, que está aí nos acompanhando, rede98.com.br.
37:36Hoje assinei uma coluna que tem como título Lula quer transformar mentiras em verdades.
37:42É impossível a gente assistir o presidente da República, que trata Minas com descaso há muito tempo,
37:49dizendo que tem amor por Minas e fazendo o afeto virar marketing.
37:54Verdade.
37:55Quando ele vai a um palanque ontem e diz que ele criou o Acordo de Mariana, é de um absurdo tão grande?
38:02O presidente Lula...
38:04E vamos pegar dados, já que você acha que eu estou sempre sendo contrário a Luiz Inácio?
38:09Pegue dados, por favor.
38:122015, há o rompimento da barragem do Fundão.
38:142015, a presidente Dilma, co-religionária de Lula e o governador do estado de Minas Gerais,
38:23cujo nome não falo porque dá 20 anos de azar, os dois sobrevoaram Mariana.
38:29E no sobrevoo a Mariana, sequer se preocuparam com os atingidos e foram diretos para uma reunião com a diretoria da Samarco.
38:37Isso é notícia, é fato.
38:41Dessa reunião sai um acordo pífio de 20 bilhões de reais, que era insuficiente sobre o ponto de vista econômico,
38:49insuficiente sobre o ponto de vista da satisfação dos atingidos.
38:53Esse foi o acordo.
38:55De 2016, do acordo dos 20 bilhões, a 2024, particularmente a partir de 2019,
39:05houve um esforço do governo de Minas, do governo do Espírito Santo, dos Ministérios Públicos Federal,
39:11Estado de Minas, Estado do Espírito Santo, da Advocacia Geral da União, na construção de um novo acordo.
39:17Esse novo acordo foi construído por diversas mãos, por secretários de Estado de Minas e do Espírito Santo,
39:26por promotores, por procuradores-gerais da Justiça de Minas e do Espírito Santo,
39:31pelo procurador-geral da República à época.
39:33Esse acordo foi construído e Lula só botou a caneta.
39:38Dizer que ele pegou esse acordo do zero e dizer que ele é o pai desse acordo é mentira.
39:44É preciso que se deixe bem claro, é mentira.
39:46Olha, ontem Lula comete um crime eleitoral em contagem.
39:51Onde está a Justiça Eleitoral que não viu?
39:53Ele faz campanha para Rodrigo Pacheco num palanque oficial.
39:56Isso é crime eleitoral.
39:59É, Paulo.
39:59E mais, né, assim, ele, na minha opinião, o que ele deveria ter feito é pedir desculpas ao povo mineiro.
40:06Era desculpas, não era utilizar realmente tudo, a estrutura e de todo o acordo que foi feito
40:12para colocar o carimbo e o nome dele, não.
40:14Por que desculpas, Paulo?
40:15Desculpas do ponto de vista do Estado brasileiro, porque é uma vergonha.
40:20Já se passaram anos e anos dessa tragédia, desse crime ambiental que você realmente gosta de nos corrigir
40:27e que após vários anos não chegou a uma conclusão quando se compara também com outro crime ambiental
40:34que foi o de Brumadinho, que tudo se resolveu e o Estado de Minas Gerais já está colhendo os frutos
40:39da recomposição desses danos que foram ocorridos.
40:43Agora, Paulo, quando a gente olha, inclusive na fala do Luiz, essa pesquisa, eu acho que é muito importante
40:50a gente comparar com, como o Luiz disse, com os outros governos Lula e não com outros presidentes.
40:58E a gente vê que a pesquisa, Luiz, ela aponta aquilo que a gente já cansou de falar aqui no Tox.
41:02O Lula 3 é um total desgoverno comparado com o Lula 1 e com o Lula 2, comparado com outros governos do presidente Lula.
41:12Por quê? Porque o cenário econômico era outro, porque o cenário político era outro,
41:16porque todo o contexto do ponto de vista de políticas públicas, esse governo não tem política pública.
41:22Você pode, eu já falei isso aqui no Tox, a gente pode não concordar com políticas públicas de determinados governos,
41:29como eu também não concordo com nenhumas políticas públicas que foram feitas no Lula 1 e Lula 2.
41:34Mas esse governo não tem nenhuma política pública.
41:38E isso repercute no que o Paulo já cansou de falar aqui no Tox.
41:41Eles não tinham nem projeto de governo, eles não tinham nem plano de governo na época das eleições, né Paulo?
41:45Então, o resultado dessa pesquisa nada mais é com o reflexo do atual desgoverno que se tem hoje no nosso país.
41:54Alguns outros dados da pesquisa, rapidamente aqui, 74% dos brasileiros dizem que tem mais orgulho do que vergonha de serem brasileiros
42:02e 24% mais vergonha que orgulho.
42:05Essa pesquisa é boa, né Luiz?
42:07Você tem orgulho de ser brasileiro, Luiz?
42:10Então, cara, eu tenho sim.
42:11Eu tenho também.
42:12Por vários motivos que não quem nos governa, nem agora, nem no governo anterior, nem nos governos anteriores.
42:18Mas será que a pesquisa é assim?
42:20Você tem um...
42:21Qual que é o método que eu utilizo?
42:22Mas eu tenho um diagnóstico para isso, sabe?
42:25Eu tenho um diagnóstico para isso, assim, que tem mais a ver...
42:29Você conversar com as pessoas, não interessa o espectro político das pessoas, você entende qual é o diagnóstico.
42:34Eu fui buscar essa informação que também é recente, sai o índice de percepção da corrupção criado pela Transparência Internacional
42:44que leva em conta dezenas de indicadores, não é uma opinião de uma ONG, é um estudo que é feito com dezenas de indicadores
42:53e coloca o Brasil agora, em 2024, o Brasil terminou na centésima, sétima posição entre 180 países.
43:01É duro, né?
43:01Com uma nota de 34.
43:03Quando o país que está melhor colocado é a Dinamarca, com uma nota de 90.
43:08Então, nós temos um terço da capacidade de combater a corrupção que a Dinamarca tem.
43:14Ah, mas vai comparar com a Dinamarca?
43:15Não precisa, compara com a Argentina, compara com outros países próximos, Chile, que tem uma colocação muito melhor nesse índice.
43:24O Brasil, ele está sempre na companhia, quando existe esse tipo de avaliação, ele está sempre em companhias horrorosas.
43:34Dez anos atrás, o Brasil estava empatado com Bulgária, Grécia, Senegal, Suazilândia.
43:41Hoje, o Brasil está empatado com Argélia, Malauí, Níger, Turquia, países com conflitos internos enormes,
43:49com situações de desigualdade piores do que a nossa situação.
43:54Mas o principal problema é que não existe o interesse do governo, do parlamento e do judiciário de combater de verdade a corrupção.
44:03Então, o brasileiro tem vergonha?
44:06Não é do país.
44:07A gente vive num país que tem uma gastronomia maravilhosa, um povo acolhedor, reservas naturais fora do normal,
44:14belezas naturais fora do normal, uma posição privilegiada no mundo, um clima espetacular,
44:20mas nós somos governados por cretinos.
44:25Exatamente, cretinos.
44:27Historicamente.
44:28E quando eu falo cretino, não estou xingando, estou falando, é quase um diagnóstico clínico,
44:32que eu não posso dar porque eu não sou médico.
44:34A cretinice é um problema, é uma doença que o cara não consegue entender a realidade.
44:41O governante brasileiro, seja do executivo, do legislativo ou do judiciário, os que dominam os três poderes,
44:48eles não conseguem perceber o verdadeiro problema que eles criam e mantêm nesse país.
44:56Então, o brasileiro tem que ter vergonha, infelizmente.
44:58E, Luiz, aquela famosa piada, né Paulo, quando Deus foi construir o mundo, foi escolhendo os locais,
45:03perguntaram, mas lá naquele país, naquele Brasil, você tem lá uma diversidade, uma área maravilhosa, um país tropical,
45:11o que você vai deixar lá um pouquinho de dificuldade para eles?
45:14Ah, você vai ver os políticos que você vai colocar naquele lugar.
45:16Pronto, colocou mesmo.
45:18Agora, é incrível, porque nós estamos falando em corrupção.
45:20Olha aqui para o lado da gente, por favor, aqui embaixo da gente, aqui no sistema, no mapa.
45:26Olhe para a Argentina e veja os dados que a Argentina acaba de revelar.
45:301,5% de inflação ao ano, controle de custos, redução da pobreza, diminuição da máquina estatal
45:39e diminuição do índice de percepção na corrupção.
45:42Por mais maluco que você considere Milley, por mais dificuldades que você tenha para avaliar,
45:49um governo que tem foco em redução e ajuste fiscal e que diz, porque o que Milley fez,
45:56embora seja da sua maneira e do seu jeito, concorde ou não, o que Milley disse para o povo argentino é
46:02vai ser difícil, mas nós vamos ter que cortar na carne para resolver essa questão.
46:06O povo sofreu demais, para chegar nesse patamar, Paulo, a Argentina sofreu muito.
46:12O Brasil não chegou a sofrer o tanto que a Argentina sofreu.
46:16E agora, e tem muito de discussões quanto a isso, de grandes nações, que já falei aqui do livro
46:21Por que as Nações Fracassam, do vencedor do Prêmio Nobel de Economia do ano passado,
46:25que realmente, além das questões institucionais, de valores que ele coloca,
46:30ele fala também de históricos terríveis que as nações passam e, a partir disso,
46:34elas passam, entre aspas, a aprender a não enfrentar esses mesmos desafios novamente.
46:39É o caso da Argentina.
46:40Exatamente. E só para falar da média nossa.
46:42Eu falei que nós ficamos com a nota 34, vou até conferir que isso é 34 mesmo ou 39,
46:50que é a pior nota, 34 pontos na centésima sétima posição.
46:57A média dos países das Américas é 42 pontos.
47:00A média global é 43 pontos.
47:03E o Brasil ficou junto, nessa média, com países considerados não democráticos.
47:09Aí é não democráticos.
47:10E é feito um levantamento de por que o brasileiro,
47:13por que existe essa percepção ruim em relação à corrupção no Brasil.
47:18Vários destaques negativos, tá, gente?
47:20Eu vou citar alguns aqui.
47:22O silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção,
47:25o fato dele não dar declarações tão contundentes sobre isso quanto ele dá sobre acordos que ele não fez.
47:32A renegociação de acordos de leniência para beneficiar as empresas envolvidas nos processos de mensalão e petrolão.
47:39A permanência no cargo do ministro das Comunicações, Juscelino Filho,
47:43foi um motivo de percepção que o governo não combate a corrupção.
47:47E aí, falta de transparência e condições de controle social no novo PAC.
47:50Percepção de crescente ingerência na política da Petrobras.
47:54É tudo que a gente critica aqui o tempo todo.
47:57E que tem gente que vai para a rede social, Paulo,
47:59para falar que a gente está pegando no pé.
48:01Não é a questão de pegar no pé.
48:04São coisas que são colocadas, inclusive, e que afetam a percepção que se tem do Brasil fora do Brasil.
48:10Ô, Paulo, e tem um detalhe na fala do Luiz ali,
48:12quando o Brasil está no patamar de uma coisa, inclusive, que você cansou de falar aqui no Talks.
48:16Que o Brasil está no patamar de países antidemocráticos.
48:20Mas nós não vivemos uma democracia plena, né, Paulo Leite?
48:24Pelo contrário, nós vivemos um histórico de um país governado por populistas,
48:29que estão muito próximos de não serem democráticos.
48:31E, veja bem, para reiterar, inclusive, e confirmar essa teoria
48:36de que nós não nos aproximamos das nações democráticas,
48:40com o episódio Israel-Irã,
48:43dois países decretaram, condenaram os ataques de Israel.
48:49O primeiro país a condenar foi a Rússia.
48:51O segundo país a condenar foi o Brasil.
48:53Nós estamos nos aliando às autocracias, às teocracias, há muito tempo.
48:58Aí o Itamaraty está estudando a possibilidade do Brasil romper laços diplomáticos com Israel.
49:04Eu não acho que nenhum ataque é justificável.
49:08Tudo deveria ser resolvido.
49:09Tudo para mim, na minha filosofia de vida,
49:14tudo deveria ser resolvido até o limite dentro da forma diplomática.
49:19Mas aí eu não tenho conhecimento suficiente para avaliar esse limite.
49:24Mas só entrando um pouquinho, Paulo,
49:26nessa questão do limite que eu gostei muito foi da fala de uma pessoa muito criticada,
49:32que é colocada, às vezes, de esquerda,
49:34eu acredito que ele é um pouco mais centro-direita, centro-esquerda ali,
49:37que o presidente da França, Emmanuel Macron.
49:40Ele foi contundente em defender o Estado de Israel.
49:43Com qual justificativa, Luiz?
49:45Exatamente nessa sua fala na questão dos limites.
49:48Por quê?
49:48Ele falou que o Estado de Israel estava sofrendo graves ameaças
49:53do ponto de vista do desenvolvimento de pesquisas de avanços nucleares pelo Irã.
49:59E a única solução que foi identificada pelo Estado de Israel
50:03foi bombardear exatamente esses locais
50:06e as pessoas que estavam envolvidas com esse beneficiamento de urânio,
50:12de beneficiamento nuclear no Estado do Irã.
50:15Então, a fala de uma pessoa que, muitas das vezes, né, Paulo Leite,
50:20é jogada como de esquerda, mas foi contundente em defender o Estado de Israel.
50:24Por isso que a gente tem que ter uma clareza muito grande
50:27em entender que autocracias e totalitarismo
50:31pertencem à direita e à esquerda na mesma proporção.
50:36Estão dentro do mesmo conjunto, né, Paulo?
50:38A direita e a esquerda apoiam e validam autocracias e totalitarismos,
50:43ou teocracias, no mundo inteiro.
50:45Nesse caso, o Brasil valida a sua aliança ao eixo autocrata e teocrata.
50:53O Irã é talvez a maior nação teocrata do mundo
50:56e a autocracia num eixo que vai da União Soviética, Irã, China,
51:02que a gente conhece muito bem.
51:02Até isso está caindo, né, no Irã, na verdade,
51:05porque desde 2022, quando aquela jovem foi morta lá,
51:11assassinada pelo regime por não estar usando adequadamente o véu,
51:15eu não vou me lembrar o nome dela naturalmente,
51:17mas houve uma série de protestos, tem havido uma série de protestos
51:22que são reprimidos com algum rigor pelo governo, pelo regime dos Ayatollahs,
51:27mas a própria população já tem se insurgido contra o regime.
51:30E eu tenho que me insurgir contra vocês dois,
51:32porque eu tenho que terminar o programa.
51:34Sextou, Paulo Leite.
51:35Muito obrigado, Luiz Fernando, obrigado, Gustavo.
51:38Para você que nos acompanha pela rede mais afiliada da Record no interior de Minas,
51:42vem aí o Jornal da Record.
51:43Para quem está em todos os canais da Rede 98,
51:45você sabe, é a hora do 98 Esporte 2ª edição.
51:48Grande abraço, ótimo final de semana,
51:51e até segunda-feira com mais uma edição do 98 Talks.
51:54Até logo.
51:55Termina, termina aqui na Rede 98 98 Talks.