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Após intensa pressão da oposição, o presidente do Conselho de Ética, Hugo Motta (Republicanos-PB), recuou da tentativa de acelerar a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão final ficará a cargo do plenário da Câmara dos Deputados, que decidirá o futuro da parlamentar.

Assista na íntegra:https://youtube.com/live/q1ChXOYa9hA

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Transcrição
00:00Estamos repercutindo as falas, as manifestações do deputado André Fernandes,
00:05cobrando os acordos e também a defesa da Câmara dos Deputados por parte do presidente da Casa, Hugo Mota.
00:12E além dessas críticas diretas ao Hugo Mota, o deputado André Fernandes também cobrou o presidente da Câmara
00:19em relação à Constituição, no caso de Carla Zambelli.
00:23O parlamentar repudiou a decisão de Mota de caçar o mandato dela por decisão do Judiciário
00:29e afirmou que cabe ao plenário da Casa. Vamos acompanhar.
00:34Nós não estamos vendo a defesa constitucional dessa Casa.
00:40A sua declaração, deputado Hugo Mota, foi uma declaração infeliz,
00:45dizendo que uma decisão judicial se cumpre e que não teria mais o que fazer no caso da deputada Carla Zambelli.
00:51E eu deixo aqui as minhas diferenças com a Carla Zambelli e ninguém aqui está dizendo o que ela fez ou deixou de fazer.
00:58Mas é uma deputada federal de mandato.
01:02E seguindo o artigo 55 da Constituição Federal e seguindo o nosso regimento interno da Câmara dos Deputados,
01:09essa Casa é quem deveria deliberar sobre perda de mandato, sobre caçação de mandato de deputado federal em exercício.
01:17Pois é, chamar o Cristiano Beraldo, muitos fazem a seguinte leitura.
01:22Hugo Mota lavou as mãos e tratou o caso que envolve Carla Zambelli de forma indiferente, né?
01:30E ainda que todos desconfiem do desfecho para o mandato de Carla Zambelli,
01:36é preciso respeitar o que consta no regimento e na Constituição, né, Beraldo?
01:42Zé Caniato, e eu gostaria inclusive de dar uma resposta a esse nosso espectador que escreveu,
01:49dizendo que deputado criminoso tem que ir para a cadeia.
01:53E ele está corretíssimo.
01:55O lugar de quem comete crime é sim na cadeia, mas não é disso que se trata aqui.
02:01A Câmara dos Deputados possui um regimento,
02:05a Constituição Federal prevê determinadas ações que são inerentes à Câmara dos Deputados,
02:13e nós estamos falando não de usar estas prerrogativas para defender criminosos,
02:19mas sim de que a Câmara exerça na plenitude os direitos e deveres que lhes foram conferidos pela Constituição Federal.
02:32O que está acontecendo é uma omissão em que, neste caso específico,
02:37e de novo, Carla Zambelli cometeu crime, ela foi justamente condenada.
02:43Pode-se discutir se a dosimetria da pena está adequada ou não,
02:47mas isso é uma outra questão.
02:49O fato é que ela cometeu um crime, ficou comprovado, se não me engano, ela própria admitiu.
02:54E aí existe uma situação em que a Câmara dos Deputados tem que fazer valer o seu regimento
03:01para que os outros deputados se manifestem no caso.
03:05Porque se houver deputado que está cobertando o criminoso,
03:11isto também tem que ficar claro.
03:13Não quer dizer que simplesmente será submetido à avaliação dos deputados
03:19que a deputada, neste caso, vai se safar dos seus crimes.
03:23Não, não é nada disso.
03:24É o contrário disso.
03:26É a Câmara exercendo de forma plena o seu papel
03:30para que tenhamos no Brasil o equilíbrio de poderes,
03:33que é o que está tão em falta atualmente, Caniato.
03:36Pois é, é disso que se trata, Dávila, o respeito ao regimento, à Constituição.
03:43E a gente volta àquela discussão, né?
03:44Dois Brasileis e a simetria.
03:46Bom, nesse caso, seguiremos o rito.
03:49Não, nesse caso, nem precisa.
03:51Pode fazer o freestyle.
03:54Vamos no modo... Liga o modo freestyle.
03:55É isso mesmo, Caniato.
03:59É preciso seguir o regimento interno, a Constituição,
04:04submeter a questão ao plenário.
04:06É o plenário que tem o direito soberano
04:09de decidir sobre cassação de mandatos ou não.
04:13E outra coisa, esse tipo de decisão,
04:17como foi tomada,
04:18felizmente o presidente da Câmara acabou
04:21voltando atrás e aceitando a história
04:26de submeter o nome de Carla Zambelli ao plenário,
04:30mostra que, se for assim,
04:32pressão vai surgir com mais frequência
04:35quando mostra que o comandante da casa,
04:38o líder da casa, hesita.
04:41Amanhã vai começar a chegar.
04:42Já chegou o recado,
04:44como é que deve ser o projeto da anistia
04:46feito a seis mãos pelo Congresso Nacional,
04:49pelo Executivo,
04:50que seja aceito por todo mundo.
04:53Já violou ali uma prerrogativa exclusiva
04:55do Poder Legislativo.
04:57Aí chega pedido de cassação.
04:59Bom, daqui a pouco, o que vai acontecer
05:01é que o Parlamento simplesmente
05:03abriria mão das suas prerrogativas.
05:06Afinal de contas, como bem disse
05:08o deputado André Fernandes,
05:09os deputados estão lá para representar o povo.
05:13Eles não estão ali para ser papagaia de pirato,
05:15lá ficar aplaudindo, aceitando o que vem de cima.
05:18Não, eles têm lá para participar.
05:20Dar a sua voz, dar o seu voto.
05:23É assim que se faz com que o Legislativo
05:26cumpra o seu papel constitucional.
05:28Então, eu entendo que este recuo é saudável,
05:32mas o teste de fogo desta legislatura
05:38vai acontecer agora, Canhanto.
05:40Se o Congresso Nacional vai honrar a promessa
05:45com os eleitores, os deputados e senadores
05:47de não aumentar a carga tributária dos brasileiros
05:51ou se vão se curvar a pressão do Executivo
05:56para aumentar mais uma vez a carga tributária,
06:00como deseja o ministro Fernando Haddad.
06:02Esta será uma votação crucial
06:07para testar a liderança de Hugo Mota na Câmara
06:12e para testar o compromisso e a promessa
06:15da maioria dos parlamentares com o eleitorado brasileiro
06:19que essa legislatura não aumentaria mais a carga tributária.
06:24Se os nossos representantes não derem um claro
06:28basta, nós não aguentamos mais pagar imposto no Brasil
06:33e o governo tem que fazer a lição de casa dele
06:35que é cortar gasto público,
06:38aí nós vamos correr um sério risco
06:41de ver o parlamento cada vez mais
06:44se tornar um poder insignificante.
06:47Pois é, mas após esse episódio no plenário
06:51com a oposição fazendo esses apontamentos
06:53de maneira intensa e muito dura
06:56contra o presidente Hugo Mota,
06:59ele acabou recuando,
07:01depois concedeu entrevista aos jornalistas
07:04e disse que sim,
07:05essa questão passaria pelo plenário da Câmara dos Deputados.
07:09Aquela coisa, não, não é bem assim, não, naturalmente.
07:13Respeitaremos o regimento,
07:15isso passará pelo plenário da Câmara.
07:17Parece que deu certo, não é, Mota?
07:19Vamos ver, vamos ver o que vai acontecer
07:23se a Câmara não der a perda do mandato de Carla Isabelle.
07:29O que vocês acham que vai acontecer?
07:32Vamos esperar para ver.
07:33Eu acho que essa situação
07:35tem três níveis de gravidade
07:39que a gente pode separar aqui facilmente.
07:42O primeiro é uma questão de sobrevivência do próprio Congresso.
07:45se outros poderes fazem as leis
07:51e tem a última palavra
07:53sobre que leis valem,
07:55que leis não valem,
07:56que leis podem ou não podem ser feitas.
07:59Inclusive, sobre a necessidade de fazer lei,
08:01o Congresso, aparentemente,
08:02não tem mais no Brasil
08:03a prerrogativa de não legislar sobre alguma coisa.
08:07Ele pode ser obrigado a legislar sobre alguma coisa.
08:10como a gente vê parlamentares
08:14perdendo seus mandatos,
08:16sendo caçados, sendo presos.
08:18O que aconteceu com o artigo 53 da Constituição?
08:22O que aconteceu com o artigo 55 da Constituição?
08:25Sumiram.
08:26Desapareceram em pleno ar.
08:28Então, a primeira é a sobrevivência.
08:29A segunda é a capacidade de resistir à tentação
08:33de fazer acertos com o governo.
08:36Toma aqui o Ministério,
08:38me dá aqui o seu apoio.
08:39Por exemplo, vou dar um exemplo aqui
08:42que, para mim, é um dos mais assintosos,
08:45que foi a votação da reforma tributária.
08:47Um projeto com impacto sobre as futuras gerações.
08:51Nós vamos sofrer com o que foi decidido
08:53nesse projeto pelas próximas décadas.
08:55Foi votado de madrugada,
08:57com uma rapidez que nós nunca vimos
09:00ser usada para tratar assuntos importantes,
09:03como, por exemplo, a reforma do justiça criminal no Brasil.
09:07A gente tem nesse país o reino da impunidade,
09:09e qualquer decisão sobre isso tem que ser analisada
09:13com muita calma, com muito cuidado,
09:16deixa para o ano que vem, deixa para o próximo século.
09:19Agora, a reforma tributária foi num instante.
09:22Então, o segundo ponto é a capacidade de resistir
09:24à tentação de fazer acertos com o governo.
09:27E o terceiro, o mais básico de tudo,
09:31a capacidade de representar com fidelidade
09:34o que o brasileiro comum quer.
09:37O brasileiro comum não quer legalização das drogas.
09:41O brasileiro comum não quer 40 gramas, 20 gramas, 50 gramas.
09:45Os pais e famílias desse país querem nenhuma droga legal,
09:51porque eles sabem que droga é caminho para problemas psiquiátricos,
09:56para dependência, para pobreza, para o crime.
09:59As pessoas de bem desse país querem ver bandidos atrás da cadeia.
10:03Não é possível a gente viver num país
10:06onde um sujeito mata uma pessoa.
10:08É condenado a seis anos, em muitos casos,
10:12menos do que o humorista foi condenado por uma piada.
10:17Condenado a seis anos, ele cumpre um ano no regime fechado
10:20e depois passa para o regime semiaberto.
10:25Como é possível a gente viver num país assim,
10:28onde o sujeito mata alguém
10:29e ele leva cinco, dez, quinze anos para ser condenado,
10:34porque o processo demora.
10:36Enquanto esse processo está andando na justiça,
10:38ele mata dois, mata três, mata quatro.
10:41E a gente vê pessoas sendo presas no Brasil
10:44pela quadragésima vez, pela centésima vez.
10:48Essa é a rotina das nossas polícias.
10:50Nada disso é prioridade no Congresso Nacional.
10:53Mas a reforma tributária,
10:55para atender um desejo de cobrar mais impostos,
10:58de criar mais burocracia,
11:00ela foi aprovada da noite para o dia.
11:01Então, Congresso Nacional, primeiro sobreviver,
11:04depois resistir à tentação de fazer negócio com o governo,
11:08e terceiro, representar minimamente os seus eleitores.
11:12Eu acho que não é pedir muito, né?
11:13Pois é, e tem essas questões que envolvem esses antagonismos,
11:19viu, Cristiano Beraldo?
11:20Vocês falaram disso em vários momentos.
11:23Durante o programa, você trouxe a expressão dos dois Brasis,
11:26o Dávila e o Mota falaram dessa assimetria,
11:29muita agilidade, rapidez,
11:31é preciso respeitar o arcabouço,
11:34e nos outros casos, não.
11:35Vamos ver, é preciso ter paciência,
11:37não vamos atropelar todo o processo, enfim.
11:43E eu pude acompanhar algumas manifestações
11:45que tratam de maneiras distintas
11:48que a Câmara encara problemas que envolvem deputados, né?
11:53É preciso lembrar de um episódio envolvendo o Glauber Braga.
11:57A Câmara dos Deputados ofereceu um tempo muito generoso
12:01para que ele elaborasse a sua defesa,
12:04talvez, no caso de Zambelli, um pouco mais ágil, né?
12:07Um pouco mais célebre, é preciso tirar isso da frente, né?
12:11Pois é, Caniato, 60 dias de prazo
12:15porque Glauber Braga, que está na iminência de ser caçado,
12:20estava com fominha, resolveu parar de comer em protesto.
12:24E aí vai o presidente da Câmara,
12:25dá 60 dias de prazo, dia por 60 dias,
12:29uma decisão que a Câmara, os deputados,
12:31já estão prontos para tomar.
12:32É injustificável.
12:35No caso de Carla Zambelli,
12:37a primeira iniciativa era
12:38não vamos nem submeter ao plenário.
12:41A mesa vai decidir e acabou.
12:43E ela está liquidada aqui com a sua relação
12:45com a Câmara dos Deputados.
12:48Agora, com a pressão feita,
12:51houve uma mudança de postura.
12:53Mas por que da pressão nesse caso?
12:56Por que a pressão foi necessária nesse caso?
12:58E no caso do Glauber Braga,
13:01está lá falando que não ia comer.
13:03E aí, pronto, ganha 60 dias de sobrevida.
13:06Não faz sentido, até porque 60 dias de sobrevida
13:09para um deputado que está aí na iminência de ser caçado,
13:14são mais dois meses de salário,
13:16mais dois meses de benesse,
13:19que não vão retornar para a população brasileira
13:22que paga essa conta.
13:24O outro deputado, que eu sei lá
13:26quem vai assumir o lugar de Glauber Braga,
13:29mas no mínimo espera-se que ele tenha, então,
13:32condição de exercer o mandato
13:34pelo tempo que for possível fazê-lo
13:36até o final do mandato em fevereiro
13:40ou final de janeiro de 2027.
13:43Perdeu agora dois meses de mandato
13:44por causa de uma greve de fome.
13:45Então, a gente vê essas diferenças
13:48que são bastante preocupantes, Caneto,
13:51até porque, se nós voltarmos ao caso de Deltan Dallagnol,
13:56que foi caçado de uma maneira completamente absurda,
14:01não por um crime cometido,
14:03mas em razão da possibilidade
14:06de que ele poderia vir a ser condenado,
14:11e é sempre tudo numa condicionante futura,
14:14e, mesmo assim, ele foi caçado.
14:16E aí, para piorar,
14:18a pessoa, o deputado, o candidato,
14:21não venceu a eleição,
14:22mas assumiu a cadeira de Deltan Dallagnol,
14:25sequer teve a votação mínima
14:28exigida pela legislação.
14:30A Câmara não falou nada,
14:33porque quem assumiu o lugar de Deltan Dallagnol
14:35é simpático ao governo,
14:37e amigo da casa, já foi deputado,
14:39tem vários amigos ali,
14:40deixa ele, deixa ele,
14:42deixa o nosso amigo aqui no nosso clubinho.
14:45Então, a gente vê que há uma variação na atitude
14:51conforme o caso que está em tela,
14:55e é esse tipo de atitude
14:57que destrói a credibilidade da Câmara dos Deputados,
15:02e pior do que isso,
15:04inviabiliza que o Brasil conquiste o equilíbrio entre os poderes.
15:09Nós vivemos uma democracia manca,
15:14e esta democracia,
15:16seguindo do jeito que está,
15:18ela vai cair e quebrar a sua cara no chão.
15:21Pois é, você falou da possível cassação,
15:23eu fiquei curioso, falei,
15:24vamos ver quem vai pegar,
15:26quem está na suplência de Glauber Braga,
15:28sabe quem pegaria a cadeira?
15:31Heloísa Helena,
15:32agora está na rede do Rio de Janeiro,
15:34ela foi candidata, inclusive,
15:35à presidência da República.
15:37É isso.
15:39Olha, de volta a Câmara dos Deputados,
15:42Heloísa Helena,
15:42que sempre vestiu uma roupa branca,
15:44eu me lembro dela em uma CPI, salvo engano,
15:47ela conseguiu muito protagonismo
15:48em uma das CPIs que foram realizadas
15:51enquanto ela era parlamentar.
15:53Agora, Dávila,
15:53tem manifestação da nossa audiência,
15:56justamente em relação a essa situação.
15:59O Mauro Caetano escreveu o seguinte,
16:02para que regimento interno da Câmara,
16:04se é a justiça quem decide.
16:07Olha só qual é a percepção da população
16:09sobre as regras que valem hoje em dia.
16:13E é mais ou menos,
16:15é uma ideia que está diretamente ligada
16:18à manifestação de Hugo Mota
16:20no primeiro momento.
16:22Praticamente lavou as mãos,
16:23disse, bom, já foi uma decisão da justiça,
16:25a gente não tem muito o que fazer.
16:28Eu acho que essa é a leitura
16:29de grande parte da população,
16:30não é, Dávila?
16:31Obrigado, Mauro Caetano, pela mensagem.
16:34Mauro Caetano está correto
16:36na sua percepção,
16:37que é o seguinte,
16:38hoje parece que quem governa o Brasil
16:40é o judiciário,
16:42tá certo?
16:43É o judiciário que diz que tem que caçar,
16:44que tem que prender,
16:45é o judiciário que diz
16:47que lei da anistia pode ser aprovada,
16:50é o judiciário que agora
16:51está neste momento
16:52declarando inconstitucional
16:54o marco civil da internet
16:56no seu artigo 19
16:58e diz que tudo isso pode ser revisto
17:00se o congresso votar a matéria,
17:02mas se o congresso não quiser votar,
17:03porque o congresso já votou
17:04o marco civil da internet,
17:05aprovou e vetou o PL da censura,
17:08mas agora está obrigando o congresso
17:10a se manifestar
17:11numa lei
17:12para desfazer uma decisão judicial,
17:15ou seja,
17:15então a percepção
17:16da maioria dos brasileiros hoje
17:19é correta,
17:20que quem legisla,
17:22quem determina,
17:24quem vai ter mandato ou não,
17:25quem determina tudo,
17:26hoje é o supremo,
17:28é o judiciário,
17:29e isso é evidentemente,
17:31fere a independência dos poderes,
17:34ué,
17:34e é o que o nosso público
17:37está de olho,
17:38falando assim,
17:38ué,
17:38mas não tem regimento interno,
17:40não tem regra pessoal,
17:41não existe o que está escrito
17:42na Constituição
17:42que é a independência dos poderes,
17:45mas cadê a independência?
17:46Cada poder agora
17:47só pode agir
17:48quando é provocado pelo outro
17:50e quando é praticamente imposto,
17:52a vontade do outro
17:53num determinado poder,
17:55aí não dá,
17:56por isso,
17:58que os poucos atos
18:00de coragem
18:01que exigirão
18:02dos deputados,
18:04como vai ser o caso
18:05agora de votar,
18:05se vai aumentar
18:06o não imposto,
18:08o Mota bem lembrou aqui
18:09que os parlamentares
18:10tem que respeitar
18:11a vontade do povo
18:12em muitas coisas,
18:13uma coisa que o povo
18:14não quer,
18:15além de querer bandido
18:16na cadeia,
18:18é não pagar mais imposto,
18:20ninguém aguenta
18:20mais pagar imposto,
18:22o Brasil tem
18:23a carga tributária
18:24mais alta
18:24entre todos os países emergentes,
18:27nós já taxamos
18:2839% do PIB,
18:30ninguém aguenta
18:31mais pagar imposto,
18:32então,
18:33quero ver
18:34se os deputados
18:36e senadores
18:37honrarão
18:38o mandato
18:38e a promessa
18:40de não
18:41deixar
18:42o governo federal
18:43aumentar novamente
18:45imposto
18:46porque não tem
18:47coragem
18:47de cortar gasto.
18:48agora rapidinho
18:50viu Davila
18:51porque o Mota
18:51levantou uma bola
18:52só queria
18:52escutar de vocês
18:54três quais são
18:55as projeções
18:55caso todos nós
18:57sejamos surpreendidos
19:00com o posicionamento
19:01contrário
19:02daquilo que todos
19:02apontam
19:03e se a Câmara
19:04decidir pela
19:04não caçação
19:06de Carla Zambelli
19:07não embrole tanto,
19:08hein?
19:11vai lá Davila
19:12eu acho que se
19:12se a Câmara
19:14manter o mandato
19:16de Carla Zambelli
19:17lógico,
19:18isso vai ser judicializado
19:19como tudo no Brasil
19:20vai ser judicializado
19:22mas aquilo que eu digo
19:23sempre temos
19:24de pensar
19:25qual é o custo
19:27de uma decisão
19:28que é na verdade
19:29uma afronta
19:30a outro poder
19:31tem muitos
19:33assuntos
19:34polêmicos
19:35nesse
19:35pipeline
19:36entre
19:37Câmara e Judiciário
19:38precisa ver
19:39se esse é um
19:41que o Supremo
19:42vai querer
19:43brigar
19:44ou afrontar
19:45a Câmara
19:45ou se vai
19:47manter
19:48o mandato
19:49e aí sim
19:50quero saber
19:51como que ela vai
19:51cumprir a pena
19:53vai ser mais um
19:53parlamentar preso
19:54e o artigo 53
19:56da Constituição
19:56este sim
19:58será um
19:59grande embrólio
20:00para ser
20:01desfeito
20:01o que
20:02eu entendo
20:04que existe
20:04hoje
20:05é uma tendência
20:06de diminuir
20:07um pouco
20:08a tensão
20:09entre os poderes
20:09porque tem
20:10muitos assuntos
20:11polêmicos
20:12na pauta
20:13nos próximos meses
20:14você Mota
20:16quer trazer
20:17sua percepção
20:17sobre essa possibilidade
20:18que é real
20:19
20:19a gente fica imaginando
20:21bom
20:21se o deputado do PL
20:23fez essa manifestação
20:24ele em dado momento
20:25e disse
20:25olha
20:25não sou favorável
20:27o que aconteceu
20:28com ela
20:28mas ele
20:29reforça
20:30a necessidade
20:30disso passar
20:31pelo plenário
20:32e aí as pessoas
20:32pensam
20:33bom
20:33se houver uma articulação
20:34de bastidor
20:35da noite
20:36para o dia
20:37e a Câmara
20:38decidir
20:39pela não
20:40cassação
20:41mantiver o mandato
20:42dela
20:42e aí
20:43de acordo
20:45de acordo com a minha
20:46interpretação
20:48do arcabouço jurídico
20:50e da Constituição
20:51e eu não sou jurista
20:52eu sempre digo isso
20:53a Câmara tem esse poder
20:55nenhum deputado
20:57pode ser cassado
20:57sem a concordância
20:59da Câmara
20:59eu não sei
21:00o que vai acontecer
21:01Cariato
21:02não tenho a mínima ideia
21:03a gente pode traçar
21:04todo tipo de cenário
21:06aqui
21:06o prognóstico
21:07não é bom
21:08o Brasil vem numa situação
21:10de conflito
21:12institucional
21:14nos últimos
21:14anos
21:15nos últimos meses
21:17onde
21:18muita gente
21:20comprou
21:21a ideia
21:22de que
21:22um poder
21:23tem a última
21:24palavra
21:25o que não
21:26corresponde
21:27de forma
21:27nenhuma
21:28a concepção
21:29de república
21:30como ela
21:31é implantada
21:32naquela
21:33que é a democracia
21:34e a república
21:35mais bem sucedida
21:36de todos os tempos
21:37inclusive
21:37serviu de modelo
21:38pra muita coisa
21:39aqui no Brasil
21:40que é os Estados Unidos
21:41da América
21:41o que existe
21:42é um sistema
21:43de freios
21:43e contrapesos
21:44ora um poder
21:45prevalece
21:46ora outro
21:47poder prevalece
21:48nenhum poder
21:50tem a última
21:51e absoluta
21:51palavra sobre os outros
21:52agora
21:53embora
21:55eu não saiba
21:56o que vai acontecer
21:57eu acho
21:58que esse momento
21:59é inevitável
22:00se não acontecer
22:01agora
22:02vai acontecer
22:03em algum momento
22:04no futuro
22:04a não ser
22:05que o Congresso
22:06decida
22:07aposentar
22:08as suas funções
22:09as suas prerrogativas
22:11a gente não sabe
22:12muito bem
22:12o que é que os parlamentares
22:13vão fazer
22:14em Brasília
22:14com certeza
22:15eles vão arranjar
22:16alguma desculpa
22:17porque ninguém
22:17vai querer abrir mão
22:18do seu mandato
22:19do seu gabinete
22:20dos seus assistentes
22:21mas vai ficar
22:22cada dia
22:23mais difícil
22:24a vida dos parlamentares
22:25porque
22:26vai chegar
22:27o momento
22:28em que talvez
22:28os próprios parlamentares
22:29tenham dificuldade
22:30de andar pelas ruas
22:31porque as pessoas
22:32não vão entender mais
22:33pra que que elas
22:35estão
22:35pagando impostos
22:37e mantendo
22:39representantes
22:40em Brasília
22:40se tudo
22:42o que o brasileiro
22:43pode
22:44ou não pode fazer
22:45no final das contas
22:46é decidido
22:48por meia dúzia
22:48de pessoas
22:49que não receberam
22:50nenhum voto
22:51a gente segue
22:52acompanhando
22:52monitorando
22:53essa situação
22:53que envolve
22:54Carla Zambelli
22:55que não
22:57não pode fazer
22:58o que o brasileiro
22:59pode fazer
23:00o que o brasileiro
23:00pode fazer

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