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Mais de 6 mil pessoas estiveram na segunda-feira (9) na casa de evento Matrix Hall, em Cariacica, a convite do prefeito da cidade, Euclério Sampaio (MDB), para “abraçar” o projeto do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), que deseja disputar o governo do Espírito Santo no ano que vem.

Fotos: Leone Iglesias/AT e Agência Estado/Agência Brasil
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Transcrição
00:00Mais de 6 mil pessoas, uma demonstração de apoio ao vice-governador Ricardo Ferraço,
00:10em evento promovido pelo prefeito de Cariacica, Clário Sampaio.
00:14Eduardo Maia, como é que você traduz, você vê esse evento em Cariacica?
00:19Luciano, Tomás, primeiramente falar que é impressionante que haja um evento dessa magnitude em junho de 2025.
00:27A gente está há mais de um ano das eleições do ano que vem, que acontece em outubro de 26,
00:32e grupos já se movimentam nesse sentido de candidatura mesmo.
00:37Foi um evento muito grande, cheio de lideranças, presidente da Assembleia, Marcelo Santos,
00:42deputados federais, Gilson Daniel, Messias Donato, próprio prefeito Euclério,
00:45que demonstrou uma força muito grande em colocar 6 mil pessoas nessa casa de shows tradicional de Cariacica,
00:52e demonstra que o Ricardo é o primeiro candidato, ou pré-candidato, seja como for,
00:58a se movimentar de forma muito intensa.
01:02Digamos assim, o Ricardo tem visitado muitos municípios pelo interior do Espírito Santo nos últimos dias.
01:08Nos últimos 5, 6 dias foram 12, 13 municípios, por exemplo.
01:12E esse evento é uma coroação desse movimento que o Ricardo tem feito.
01:16Ele, a coluna plenária, chegou a dizer algumas vezes que essa quantidade de pessoas ali
01:22era uma resposta do governo Renato Casagrande, que as pessoas avaliavam bem o governo,
01:29e que para ele as pessoas deveriam continuar com esse projeto.
01:33E a continuidade do projeto de Renato Casagrande, a gente sabe que hoje é Ricardo Ferraz.
01:37Então foi um evento muito grande, que vários aliados se mostraram a favor da candidatura de Ricardo,
01:43e houve também vários recados.
01:45Eu claro, por exemplo, ao final do evento, disse que quem não estava ainda naquele palanque,
01:51que poderia integrá-lo a qualquer momento,
01:54que há espaço para que mais lideranças políticas do Espírito Santo
01:57cheguem a esse movimento de Ricardo ao governo do Estado.
02:00Tomás, esse evento me parece que ele traz uma consolidação que Ricardo buscava.
02:05O mercado político sempre se mostrava assim,
02:08tem que colocar a candidatura na mesa, tem que saber quem vai, quem não vai,
02:12mas essa demonstração de força me parece importantíssima para estruturar essa candidatura.
02:17Exatamente.
02:18Dentro do projeto político do vice-governador Ricardo Ferraz,
02:21esse foi um evento importante que demonstrou força,
02:24demonstrou capacidade de angariar a densidade eleitoral e de aglutinar apoios.
02:29Vale dizer que numa eleição majoritária como essa,
02:32numa eleição importante para um governo de Estado como o Estado do Espírito Santo,
02:36é até necessário que você aglutine forças em vários setores,
02:40ou seja, um número grande de prefeitos, um número grande de vereadores, deputados,
02:45que o processo político esteja ao seu lado nesse caminhar.
02:52E, Ricardo, numa segunda-feira, a gente pode assinalar que, efetivamente,
02:59foi uma demonstração de força considerável e que coloca o Ricardo Ferraço
03:02nesse caminho de pré-candidatura.
03:05Agora, vale dizer que isso tudo é muito distante do processo eleitoral em si.
03:10Estamos em junho de 2025 e, se a gente for reportar um ano para frente,
03:17se a gente for se transportar para um ano adiante,
03:20nós estaremos efetivamente próximos das convenções partidárias.
03:24Ou seja, lá nas convenções partidárias, nós provavelmente estaremos comentando
03:28que muita água ainda vai se passar por debaixo dessa ponte.
03:31imagina um ano antes desse processo que é tão delicado dentro do contexto eleitoral.
03:37E não é normal, né, assim, você ter uma manifestação com tanta antecedência.
03:41Eu não me recordo, assim, é claro que cada eleição, cada período pré-eleitoral
03:45tem a sua dinâmica, mas realmente me parece com bastante antecedência, né?
03:49É, de fato, não é normal. Os atores políticos que a gente conversa diariamente
03:53dizem que nunca viram uma eleição emendada na outra.
03:57A gente terminou o outubro de 2024, houve o segundo turno,
04:02até que eles tomassem posse em janeiro de 2025.
04:04E em janeiro já estavam discutindo quem seria o sucessor,
04:08quem disputaria a Assembleia, quem disputaria a Câmara.
04:10Então, é um movimento impressionante.
04:12Eu acho que é o que mais chama a atenção, Luciano e Tomás,
04:15é essa antecipação, fazer um movimento tão intenso e tão grande,
04:20tão longe do quadro eleitoral.
04:23Mas o que o Tomás falou também chama a atenção no seguinte aspecto,
04:28é aglutinar forças.
04:30Eu acho que é a principal diferença entre os movimentos de Ricardo Ferraço
04:35e dos outros atores políticos que buscam se viabilizar.
04:38Arnaldinho Burgo, prefeito de Vila Velha,
04:40e Lourenos Pasolini, prefeito de Vitória, por exemplo.
04:42São dois atores muito importantes, sobretudo na Grande Vitória,
04:45que começam agora, mês passado, mas agora mais ainda,
04:50a circular também o interior do Estado.
04:51Mas são duas candidaturas que não têm cabos eleitorais tão fortes assim,
04:59como o Ricardo tem, por exemplo, presidente de uma Assembleia,
05:02deputados federais, mais de um deputado federal,
05:05lideranças de mais peso, eu digo, secretariado, estadual.
05:10Então, eles ainda estão tentando construir isso.
05:12Então, para mim, é a principal diferença, nesse momento,
05:14cabe ressaltar, entre esses movimentos,
05:17que o Ricardo consegue aglutinar muita força, já logo de cara,
05:22enquanto Arnaldinho e Lourenos Pasolini ainda vão precisar remar um pouquinho mais,
05:27caso continuem com esse planejamento de disputar o governo.
05:30Tomás, você vê nesse evento, para nós concluirmos a visão,
05:35a nossa impressão a respeito desse evento,
05:37você vê nisso um sinal de sucesso.
05:40Na própria política, o Eduardo vem falando sempre aqui,
05:43que o governador Renato Casagrande busca construir um leque de aliança
05:47grande o suficiente para impulsionar a candidatura que ele apoia,
05:50mas, ao mesmo tempo, de certa forma, sufocar as candidaturas concorrentes?
05:55Sem dúvida nenhuma, Luciano, o sucesso desse evento
05:58e o sucesso desse apoio que Ricardo Ferraço tem
06:01se deve muito ao trabalho do governador Renato Casagrande,
06:04ou seja, estamos falando de um mandatário que está chegando
06:08na reta final do seu governo, com capilaridade política,
06:12com o eleitor enxergando ele de forma positiva.
06:16Renato Casagrande, nas pesquisas, sempre sai muito bem posicionado,
06:20inclusive, quando perguntado o eleitor nas pesquisas.
06:24No momento da pergunta espontânea,
06:27muitas vezes Renato Casagrande lidera as pesquisas ainda,
06:30então é um ator político que chega ao final do seu legado de governo
06:36muito bem posicionado e a sua articulação política
06:40está muito bem construída também.
06:42Isso é fato, não é uma questão partidária ou não.
06:46Ele conseguiu construir um leque de alianças muito forte.
06:49Leque esse de alianças tão forte que mesmo aqueles
06:52que pretendem disputar a eleição e que desejam colocar o seu nome à disposição,
06:57permanecem ainda sob a sua aliança,
07:03dialogando internamente para ver quais são os melhores caminhos.
07:06Na minha visão, acho que Ricardo deu essa declaração ontem também,
07:10todos esses atores irão estar juntos na reta final dessa eleição.
07:15O único ponto que eu chamo a atenção
07:17é que nós estamos muito longe do processo eleitoral.
07:21Então, a gente não pode dar isso como uma definição final.
07:26Essa não é a fotografia da chegada.
07:29Essa é a fotografia do pré-aquecimento,
07:31não é nem a largada da corrida,
07:33já que o nosso governador, o prefeito de Vila Velha,
07:36também são feitos as grandes maratonas.
07:38No cenário nacional, nós gostaríamos de comentar
07:42que nós tivemos pesquisas políticas,
07:44pesquisas de avaliação recentes,
07:48e nós temos agora o fenômeno nem-nem.
07:50Nós tínhamos o fenômeno nem-nem,
07:52você sabe, era aquela história do jovem que nem estuda nem trabalha.
07:56E agora, na política, nós chegamos ao nem-nem,
07:58que é o voto nenhum nem-outro.
08:00Pela primeira vez,
08:02tanto o presidente Lula quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro
08:05alcançaram a marca de 65% de nenhum nome,
08:10nem o outro nas próximas eleições.
08:12Tomás, nos ajuda a entender essas pesquisas e esses números.
08:16Pois é, Luciano.
08:17A gente estava falando agora do nosso cenário capixaba,
08:19do Espírito Santo,
08:21e o Eduardo trouxe a perspectiva de que alguns atores
08:25estavam falando que é a primeira vez que eles enxergam
08:27uma eleição colada na outra.
08:29Essa é uma dinâmica muito pessoal do Estado do Espírito Santo
08:32por conta do fim do legado,
08:35enquanto governador, de Renato Casagrande.
08:38Então, a gente tem que separar o que é uma eleição de outra.
08:42No aspecto nacional, a gente está dizendo que essa eleição,
08:46e a gente está experimentando por pesquisas,
08:49um olhar também distante do processo eleitoral,
08:52um pouco mais afastado da polarização.
08:54Ou seja, a população se afastando das disputas de direita e de esquerda,
08:59das pautas de costume,
09:01e se preocupando com um bom governante.
09:04Essa pesquisa, eu trouxe algumas anotações para a gente falar aqui,
09:08você trouxe um aspecto importante em que o eleitor se manifestou
09:12na pesquisa Quest,
09:13que foi de 29 de maio a 1º de junho,
09:1965% do eleitor disse que não quer nem Lula nem Bolsonaro como candidatos.
09:24Então, o eleitor, de maneira absolutamente majoritária,
09:28disse, Eduardo, que não quer nenhum nem outro como candidatos.
09:32Isso não quer dizer que ele está dizendo que não vota em um ou outro.
09:35Ele está dizendo assim, seria melhor que o meu candidato abrisse mão
09:39da sua posição enquanto candidato para um outro nome
09:43que tenha condições de fazer melhor gestão.
09:45O governo Lula, nas duas pesquisas recentes,
09:49IPESP e Quest, tem desaprovação acima dos 50%.
09:5354% de desaprovação na pesquisa IPESP,
09:58e na pesquisa Quest, 57% de desaprovação.
10:01Outro contexto que eu trago, muito importante da pesquisa Quest,
10:06e que ficou clara nela, Eduardo,
10:08é que o eleitor colou em Lula o escândalo do INSS.
10:14Isso é grave para o projeto político do PT,
10:17e ficou claro para a população que isso prejudicou a população
10:21por meio do governo do PT.
10:23Outro ponto que, na mesma pesquisa, fica muito claro,
10:27é que todos esses ajustes relacionados a aumento de impostos e de taxas
10:32também tem sido algo que o eleitor tem entendido muito ruim
10:37em relação ao governo.
10:39O eleitor também, nas duas pesquisas,
10:42aponta que não enxerga para adiante um governo Lula melhor do que está.
10:47Ou ele permanece ruim, ou ele vai piorar.
10:51Por fim, para a gente poder debater aqui,
10:54eu quero trazer um cenário de segundo turno, Luciano,
10:57que pela primeira vez,
10:59não sei se eu estou me adiantando a dinâmica aqui da nossa conversa,
11:02mas pela primeira vez,
11:04a gente tem alguns candidatos que se posicionam
11:07para além do espectro Lula-Bolsonaro.
11:10Então foram feitos cenários na pesquisa Quest, por exemplo,
11:13relacionados ao segundo turno,
11:15ou seja, são disputas diretas,
11:17que a gente pode fazer uma primeira avaliação de peso,
11:20mais uma vez, uma fotografia de momento.
11:22Cenário 1, Lula e Bolsonaro empatados 41% os dois.
11:26Cenário 2, Lula 41, Tarciso 40, empate técnico.
11:30Cenário 3, Lula 43, Michelle 39.
11:33Michelle e Bolsonaro, a ex-primeira-dama,
11:37posicionada como um terceiro cenário competitivo no momento de hoje.
11:42Ratinho Júnior, governador do Paraná com 38%,
11:45Lula com 40%, empate técnico também.
11:48Cenário 5, Lula 40, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul,
11:52com 36%, também é considerado empate técnico dentro da margem de erro.
11:57Quem está fora da margem de erro?
11:59Eduardo Bolsonaro.
12:0034%, Lula 44%, uma amplitude de 10 pontos percentuais.
12:07Lula 42, Zema 33, governador de Minas Gerais.
12:10Ou seja, esperava-se Zema melhor posicionado numa disputa aí.
12:15Caiado também.
12:16Caiado já vinha performando mal nessas disputas de segundo turno com o Lula,
12:21mas mesmo assim também uma amplitude de 10 pontos percentuais.
12:25A gente percebe, Luciano, Eduardo, fica para avaliação de vocês,
12:29que efetivamente Lula e Bolsonaro hoje têm opções para além da disputa polarizada
12:37de PT e o bolsonarismo.
12:38A gente percebe um certo cansaço do eleitor em relação ao que dominou a política nos últimos anos.
12:47Não estamos dizendo aqui que a polarização acabou,
12:49porque a polarização me parece aquele jacaré que você chuta, chuta,
12:54e o bicho está lá ainda para morder seu calcanhar.
12:56Mas me parece uma mudança de cenário.
12:59Isso, na sua avaliação, Eduardo, abre caminho para a tão esperada candidatura de centro?
13:04É, possivelmente. A gente vê aí que quando Lula enfrenta alguém fora que seja Bolsonaro,
13:12o melhor posicionado ali é Tarcísio, que fica aí mais empatado com ele.
13:17Então, Tarcísio, ele possivelmente pode disputar contra Lula e ser essa outra alternativa direita.
13:22Só que chama a atenção, Tomás, que embora Lula esteja com o nome tão desaprovado assim,
13:27não se vê uma alternativa para o PT.
13:29Não se vê um outro nome que possa competir.
13:33Eu acredito que a esquerda deve estar muito preocupada com essa rejeição ao nome do Lula
13:38e se vendo um pouco sem saída.
13:40Porque enquanto a direita tem Tarcísio, tem Michele, tem Caiado, por exemplo,
13:46a esquerda só tem Lula.
13:49O Haddad vive um momento muito complicado.
13:52Desde o começo do governo, a gente pode relembrar a taxa das blusinhas que aconteceu,
13:56o escândalo do INSS, que embora não tenha tido origem no governo Lula,
14:02caiu no colo do presidente Lula.
14:04Agora o recém-anúncio sobre o IOF.
14:07Então, o Haddad também está mais desgastado do que nunca.
14:10Então, tem um pouco essa preocupação aí para a esquerda.
14:13Agora, uma via de centro, eu acho que há a perspectiva disso acontecer,
14:19mas ainda não vejo um nome muito claro para isso.
14:22Não considero que Tarcísio seja um candidato ao centro.
14:26Não considero que Zema, embora mal colocado, mas enfim, Zema, Caiado,
14:31Michele e Bolsonaro, muito menos, sejam candidatos ao centro.
14:34Acho que são representantes mais de direita.
14:36Alguns ali até a gente pode colocar um pouco como extrema-direita.
14:40Eu acho que ainda falta um nome de fato que possa representar o centro.
14:44Agora, Eduardo, você vê o governador de São Paulo, Tarcísio,
14:53como é que a gente fala de São Paulo?
14:54Uma colégio eleitoral do país, potência econômica,
14:58e que nas últimas eleições, o próprio Jair Bolsonaro,
15:02o Bolsonaro ligado ao Rio de Janeiro, mais Lula, São Paulo.
15:05Você vê o que levaria o governador Tarcísio, que seria um nome natural,
15:12a abdicar de uma governança em São Paulo, que é uma potência,
15:16para uma aventura, para uma disputa da eleição presidencial?
15:19Olha, é isso que você falou.
15:21Para além de tudo que você disse, no ranking do CLP, por exemplo,
15:24do Centro de Liderança Pública, São Paulo é o estado mais competitivo da federação.
15:29É uma potência, é um país em si, talvez muito maior,
15:32eu não tenho os dados aqui para a gente poder fazer uma comparação,
15:35mas efetivamente muito maior a economia, maior a população,
15:39muito maior do que muitos países, dezenas de países ao redor do globo.
15:46E eu acho que o Tarcísio, efetivamente, dentro da trajetória profissional e política dele,
15:52como um cara que gosta de executar, como um ator político,
15:56que está se desenrolando cada vez melhor no cenário político,
16:00eu tenho assistido a alguns discursos do Tarcísio,
16:02parece que ele tem melhorado o dia a dia, a retórica dele.
16:06É verdade, eu tenho visto um discurso dele recente,
16:09que se aproximou muito de uma busca de certa convergência.
16:13Perfeito.
16:13Então, o Tarcísio, ele abandona uma eleição para governador,
16:18Eduardo, que é uma eleição muito garantida para ele,
16:24eu acho que seria difícil,
16:25ele pode se reeleger governador de São Paulo
16:29e efetivamente cuidar da sua sucessão e adiante se candidatar a senador.
16:34Tem uma trajetória política dentro da esteira política
16:38muito consolidada e com muitos louros.
16:42Esse é um ponto.
16:43Agora, eu queria destacar o que o Eduardo acabou de falar brilhantemente.
16:46Ele trouxe uma perspectiva interessantíssima.
16:50o quanto a esquerda e o quanto o Partido dos Trabalhadores não tem alternativas.
16:56Quem seria um personagem que poderia ter capacidade
17:02de enfrentar e de se posicionar nesse processo
17:05e que a gente não vê nas pesquisas por uma questão objetiva?
17:08João Campos, prefeito de Recife.
17:14Prefeito de Recife, João Campos, é um jovem muito bem articulado
17:19e que tem o pé no chão em relação a tudo que a população sente nos dias de hoje.
17:24Esse, desculpa, Tomás, esse seria um nome ao centro.
17:28Mesmo sendo se posicionado ao centro-esquerdo,
17:30já é um nome que a gente consegue ver mais centralizado.
17:34Tenta convergir com os dois lados.
17:36Mas, com a questão da idade, ele não poderia nem disputar, nem que ele quisesse.
17:39É isso que eu estou falando.
17:40Quando o Eduardo trouxe essa perspectiva de que a esquerda não tem alternativa,
17:45e aí, eu vou ser um provocador aqui,
17:47eu acho que a esquerda não tem alternativa
17:49porque ela ficou atrasada no seu olhar
17:52do que as pessoas estavam sentindo.
17:54Eu acho que a esquerda se descolou
17:56das bases sociais efetivamente que deram origem.
18:00Por exemplo, ao partido mais orgânico que tem no país,
18:02que é o Partido dos Trabalhadores,
18:04eu acho que as lideranças partidárias se descolaram,
18:07elas perderam a essência que, por exemplo,
18:10o jovem prefeito de Recife não perdeu.
18:14Ele pode até ter um DNA político por causa do pai dele,
18:17mas efetivamente está no sangue daquele rapaz
18:20um olhar do que é a necessidade de comunicação,
18:24de construção de narrativa dos dias de hoje,
18:26do que a população precisa de verdade.
18:29Quando você vê ele fazendo uma brincadeira,
18:31um meme, é conectado com o que as pessoas querem ouvir,
18:35desde os mais jovens aos mais velhos,
18:38você vê a sua mãe se encantando com aquele rapaz jovem
18:42que tem a capacidade de falar o que o povo quer ouvir,
18:45entendeu?
18:46Então, eu acho que o João Campos, de maneira leve,
18:49hoje seria um nome, mas ele não tem idade.
18:51Ao mesmo tempo, a gente tem o deputado federal Nicolas,
18:55também, óbvio, vamos guardar cada um dentro da sua cesta
19:01e do seu olhar e da sua forma de comportar,
19:03mas o Nicolas também é um jovem que dialoga com a comunidade,
19:07com a população, de maneira transversal.
19:10O Nicolas consegue prender atenção até de quem é adversário dele.
19:16Mesma coisa o João Campos.
19:17Então, assim, são dois nomes que não estarão
19:20no processo eleitoral de 2026 na majoritária,
19:24mas eles são nomes importantes no processo eleitoral, né, Eduardo?
19:29Acredito que sim, mas, Tomás, eu queria saber
19:31o que você pensa sobre Guilherme Boulos, né, Luciano?
19:35Porque é uma liderança que, embora não seja do PT,
19:37é uma liderança relacionada à esquerda, né?
19:40É, Guilherme Boulos me parece preso dentro
19:43daquela bolha da esquerda.
19:47Eu não sei se você tem essa mesma impressão, Luciano, mas...
19:49E só para, então, em relação a isso, que eu vejo,
19:51para você concluir e te ajudar,
19:53me parece que as propostas e o discurso
19:56não se adequam ao que as novas gerações
19:58estão enxergando no mercado de trabalho,
20:01de perspectiva de futuro, etc.
20:02E o Boulos me parece ainda amarrado
20:04a essas mesmas questões que nortearam o PT,
20:08por exemplo, ao longo dos anos.
20:09Não, eu concordo plenamente.
20:11Para mim, tem dois aspectos importantíssimos
20:13disso que a gente está falando aqui.
20:14São dois pontos que precisam de ficar claros.
20:17Um, isso que eu acabei de falar,
20:18eu entendo claramente que o Partido dos Trabalhadores...
20:23E aí eu não vou limitar o Partido dos Trabalhadores, não.
20:25Vamos ser mais amplos.
20:27Por exemplo, por que o PSDB está morrendo hoje?
20:30Que é um partido que, vamos dizer a verdade,
20:32não é um partido de esquerda,
20:34é um partido de centro-direita no Brasil.
20:36O Partido da Social Democracia Brasileira
20:39está morrendo porque suas lideranças
20:40também se desconectaram das massas
20:43e da voz do povo, que estava no estatuto do próprio PSDB.
20:48Um dos lemas do PSDB é não deixar de escutar a voz das ruas.
20:52O PT também perdeu a sua dinâmica
20:55de escutar o que as pessoas queriam,
20:58quais são as dores que elas têm.
21:00O Boulos também me parece distante.
21:03O discurso do Boulos me parece distante.
21:05Então, esse aspecto das elites políticas e das lideranças,
21:09sejam elas de esquerda ou de centro-direita,
21:12elas se desconectaram daquela que é
21:15a grande necessidade do povo,
21:18de que é uma economia estável,
21:20qualidade de vida,
21:22conexão com o que tem de moderno
21:24e com as dificuldades que a gente tem
21:26na relação de trabalho hoje em dia.
21:28Tá, Luciano e Eduardo?
21:31Um outro ponto é que a gente viveu uma retórica
21:35muito clara e muito danosa de polarização.
21:40Então, sai o governo de esquerda do PT,
21:44sai o governo do PT,
21:46e ele fica demonizado, vamos dizer assim.
21:49Entra o governo de Jair Bolsonaro,
21:51que entra com uma caça às bruxas.
21:54Depois, Bolsonaro é derrotado,
21:57e o PT, ao invés de fazer um governo de transição,
21:59e aí, quando eu me remeto a um governo de transição,
22:02sabe qual que eu vou lembrar?
22:04O de Itamar Franco.
22:05Esse governo de Itamar Franco
22:07foi um governo de construção de uma transição
22:10para um mundo diferente.
22:11Se a gente for fazer uma análise histórica e temporal,
22:14a gente vai chegar nessa conclusão.
22:17Eu imaginei que talvez Lula pudesse fazer
22:20algo parecido com isso,
22:22e não foi o que aconteceu.
22:24O governo do Lula e o governo do PT
22:26é um governo que tenta rivalizar
22:29e permaneceu na posição de rival,
22:33amplificando a questão dos polos.
22:36E é importante entender que a população
22:38cansa de uma dinâmica repetitiva,
22:41de um processo eleitoral para outro.
22:43Estão falando de alguns anos,
22:44são anos e anos discutindo o mesmo assunto.
22:47Então, a pesquisa Quest e PESP
22:50apresentam dados claros
22:53de que a população busca um olhar diferente
22:56para o processo eleitoral de 2026.
22:58E agora, um assunto da maior relevância.
23:02Tomás, a questão é a seguinte.
23:04A questão é a seguinte.
23:06Borussia Dortmund,
23:08Fluminense pega o Borussia Dortmund.
23:10Eduardo, o Flamengo pega o Chelsea,
23:13não necessariamente na primeira rodada,
23:15mas assim.
23:16E o Botafogo de Renato Casagrande,
23:17do governador de Casagrande,
23:18pega o Paris Saint-Germain.
23:19Esses jogos são para fazer saldo de gols
23:22na competição?
23:23Pode começar, Tomás.
23:25Eu?
23:26Olha, vamos lá.
23:27Bom, o Fluminense pega na primeira rodada
23:29o Borussia Dortmund.
23:30Eu quero que o Fluminense,
23:32acho, anotem,
23:33a gente está tirando o print
23:35das conversas que a gente está fazendo.
23:36O Fluminense vai empatar com o Borussia Dortmund.
23:38Ganha do time da África do Sul
23:41e da Coreia do Sul.
23:42O Fluminense tem uma combinação importantíssima
23:45que tem que ser avaliada.
23:47Joga contra um time da África do Sul,
23:48joga contra um time da Coreia do Sul
23:50e está treinando na Carolina do Sul.
23:53Isso é prova mais do que concreta
23:54que o Fluminense vai ser campeão do Mundial
23:57e, por esse contexto,
23:59ele lidera o grupo e passa em primeiro lugar.
24:00Lembrando que Sul é para baixo, né?
24:03É para baixo, mas tudo bem.
24:07Me dei de mal.
24:09Muito bem, Eduardo.
24:10Flamengo e Chelsea, seu palpite.
24:12É o segundo rodado, né?
24:13Nem o primeiro jogo de abertura.
24:14É, a diferença é que o Flamengo
24:15é acostumado a ganhar campeonato mundial, né?
24:18O Flamengo já foi campeão mundial uma vez,
24:20então acho que chega um pouquinho mais cacifado
24:22para enfrentar o Chelsea,
24:23que é um time que a gente não sabe como vai vir.
24:25Como a gente estava falando anteriormente,
24:27teve um erro aí da assessoria,
24:29colocou o escudo do América do México
24:30ao invés do Flamengo.
24:31Então eu não sei, para ser sincero,
24:33qual a importância que o Chelsea,
24:35especificamente, está dando para a competição.
24:36E acho que isso, com o gênio Jorginho,
24:40pode ser favorável ao Flamengo.
24:43É, o Fluminense contratou Soteudo.
24:45Quem?
24:45Em comparação ao gênio Jorginho.
24:46Nunca ouvi falar.
24:48Nunca ouvi falar.
24:49Bom, e deixar claro,
24:50nós vamos demandar a assessoria
24:51do governador Renato Casagrande
24:53e o palpite dele para Botafogo
24:54e Paris Saint-Germain.
24:56Bom, esse é mais um Tribuna Política
24:57com uma extensãozinha de futebol
24:59e até o nosso próximo encontro.
25:06Obrigado.

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