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  • 11/06/2025
Depois de dois dias de negociações comerciais entre China e Estados Unidos, o presidente Donald Trump sinalizou que há um acordo fechado entre os dois países. O correspondente internacional Luca Bassani traz detalhes sobre o assunto. A bancada do Linha de Frente, coordenada por Thiago Uberreich, com comentários de Rodolfo Mariz, Cinthya Nunes, Sérgio Zagarino e Rafael Paiva, debateu o tema.

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Transcrição
00:00Linha de frente da Jovem Pan, agora o destaque internacional.
00:02Depois de dois dias de negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos,
00:07o presidente Donald Trump sinalizou que há um acordo fechado entre os dois países.
00:13A gente chama nosso correspondente internacional, Luca Bassani,
00:16nosso microfone Jovem Pan, que o governo americano já adiantou
00:19sobre essa negociação com a China.
00:21Será que pode ser um acordo histórico à vista, meu caro Luca Bassani?
00:26Bem-vindo, boa tarde para você.
00:28Boa tarde a você também, querido Thiago, a todos que nos acompanham.
00:31É uma situação que todo mundo tem acompanhado de forma bastante detalhada
00:35porque tem impactos diretos na economia global.
00:39Nós sabemos que desde o começo do mandato de Donald Trump,
00:42essa nova guerra tarifária fez com que muitas pessoas se preocupassem
00:46com a desaceleração do crescimento global, principalmente tendo as duas maiores potências
00:53combatendo neste campo.
00:54De acordo com aquilo que foi revelado pelo próprio presidente Donald Trump,
00:59este acordo entre China e Estados Unidos está fechado.
01:02Isso tudo após dois dias de extensas conversas que aconteceram em Londres,
01:07no Reino Unido, para discutir os melhores termos.
01:09A gente tem que lembrar que no ápice dessa guerra comercial,
01:13as tarifas sobre os produtos chineses chegando nos Estados Unidos
01:17ultrapassavam os 140% e os produtos americanos chegando na China na faixa dos 125%.
01:25Aquilo que o presidente republicano adiantou é que agora os Estados Unidos
01:30cobrarão 55% dos produtos chineses e os chineses apenas 10% dos produtos americanos.
01:37E como que esses 55% estão divididos?
01:4110% as tarifas recíprocas que foram aplicadas em quase todos os países do mundo.
01:4720% são aquelas tarifas punitivas que Trump aplicou sobre o México, o Canadá e a China
01:54de forma individual.
01:55E os outros 25% já eram tarifas costumeiramente cobradas sobre os produtos chineses
02:00em outras administrações e que continuam até agora.
02:04Portanto, 55% e os chineses cobrando só as tarifas recíprocas de 10% dos americanos.
02:11Outro ponto importante mencionado por Trump é esse acordo de terras raras,
02:15ímãs e outros metais valiosos que são fundamentais no setor de tecnologia
02:20e que tem a China como um dos principais exportadores.
02:24Até pouco tempo, a China estava impedindo com que empresas norte-americanas
02:28comprassem esses minerais do seu país e agora este comércio foi reestabelecido,
02:34o que dá um alívio para gigantes de tecnologia dentro dos Estados Unidos
02:37que precisam ter acesso a essa matéria-prima para continuar produzindo carros,
02:43baterias, computadores, telefones celulares, eletrodomésticos
02:46e tantos outros importantes produtos neste setor da tecnologia.
02:52A gente vai ficar de olho para ver se aquilo que foi anunciado por Trump
02:55de fato se concretiza nos contratos e nas tarifas de importação e exportação
03:00de cada um dos países.
03:02Perfeito, Luca. Segura um pouquinho aí, a gente já volta a se falar
03:05para você trazer o destaque sobre o clima de ebulição nos Estados Unidos,
03:09principalmente em Los Angeles, com os protestos.
03:12Vou girar os nossos comentaristas, começo com a Cintia aqui,
03:15sobre essa negociação entre os Estados Unidos e a China.
03:18A questão é, a gente tem também não só uma guerra comercial,
03:21mas também, muitas vezes, a guerra da retórica.
03:24Isso a gente vê com a guerra na Ucrânia, a guerra no Oriente Médio.
03:27Será que é possível confiar num assunto como esse,
03:31que um acordo desse pode estar sendo fechado?
03:33São as duas grandes potências do planeta?
03:36Não, o que são as duas grandes potências é inegável.
03:40Mas o Trump tem mostrado aí uma estratégia do...
03:43Morde a sopra, então, primeiro joga a tarifa lá em cima,
03:48aí faz aquele terror, depois, olha, a gente negociou,
03:51depois, olha, parece que não foi bem assim essa negociação.
03:54Qualquer semelhança com o que tem acontecido aqui
03:57na questão dos pacotes econômicos é mera coincidência.
04:02Mas, de fato, eu acho que é prematuro a gente chegar a alguma conclusão.
04:07Parece inegável, apesar de tantas decisões,
04:11aparentemente desloucadas do presidente americano,
04:14que ele é um negociador quando se trata da questão econômica.
04:19Então, ele vai, de fato, levar o governo chinês
04:21até praticamente a loucura para conseguir fechar um acordo
04:25que ele entenda que seja válido para os Estados Unidos.
04:30Eu não tenho dúvida disso.
04:31Mas nós não sabemos até quando,
04:33porque uma coisa seria mexer com o Brasil,
04:35mexer com países emergentes.
04:37Outra coisa é mexer com a China,
04:39que também tem, inclusive, à mão muita matéria-prima
04:42que a indústria norte-americana precisa e é imprescindível.
04:47Então, aí vai ser um cabo de guerra
04:49e só o tempo dirá para que lado que ele vai pender.
04:53E, Maris, a discussão é a seguinte.
04:55Da forma como estava essa guerra tarifária,
04:58não tinha como ser algo sustentável para os países.
05:02Você concorda com isso?
05:03Aí vem essa negociação e que talvez possa ser uma luz no fim do túnel
05:08desse duelo entre as potências.
05:10Pois é, Tiago, exatamente isso.
05:13Essa queda de braço, na minha concepção, durou pouco tempo,
05:16mas tempo suficiente para chineses e americanos perderem os cabelos.
05:21Até nós aqui no Brasil, em vez de Rodolfo Maris,
05:24careca de tanta preocupação,
05:25porque isso ia nos afetar literalmente.
05:28Eu lembro que eu conversei com alguns amigos do Vale do Aço.
05:32Eles estavam bem preocupados e lembraram também aqui
05:35de um Donald Trump de 2019,
05:37quando ele fez algo semelhante.
05:39Ele também elevou a taxa do aço e do ferro a 25%.
05:43Mas ele conseguiu retroagir nessa proposta,
05:46porque, de fato, começou a impactar ali o comércio dos americanos.
05:50E essa queda de braço com a China parece que chegou ao fim,
05:54porque, de um lado, a China concordou com algumas coisas,
05:58e os Estados Unidos também concordou com algumas coisas,
06:01tentando colocar uma taxa de até 55%.
06:04O que o Donald Trump fez?
06:06Ele foi muito inteligente.
06:07Quem conhece o Donald Trump sabe que ele é um grande negociador
06:10e, quando ele se assenta à mesa da negociação,
06:12dificilmente ele perde.
06:14Ele colocou os juros a 145%, veja bem,
06:17para conseguir exatamente o que ele queria agora,
06:19que é chegar numa taxa de 55% e não mais de 15,25%,
06:24como era o esperado, mas sim de 55%.
06:27Ou seja, latino, bravano, aos trancos e barrancos,
06:32ele conseguiu o que queria.
06:34Concorda, Rafael?
06:35Concordo 100%.
06:36O Trump realmente é conhecido pela sua capacidade de negociação.
06:42E vamos combinar, né?
06:43Nós estamos agora num mundo saindo de um multilateralismo
06:47e entrando, de fato, num bilateralismo,
06:50onde nós temos duas grandes potências antagônicas,
06:53até certo ponto, Estados Unidos e China.
06:55E, com certeza, se ele pudesse passar por cima da China,
06:59ele passaria.
07:00E se a China também pudesse passar por cima dos Estados Unidos,
07:02também passaria.
07:04Então, é aquele jogo de negociação.
07:06Joga a tarefa lá em cima, depois diminui,
07:09vai conquistando espaço.
07:10É uma técnica de negociação bastante famosa.
07:14Ele, inclusive, fala disso.
07:15Tem um livro onde ele fala exatamente sobre essa técnica de negociação.
07:19e nós aqui, no Terceiro Mundo,
07:23acompanhando essas questões apreensivas,
07:25porque elas atingem a nossa economia,
07:29atingem o nosso dia a dia.
07:32Então, a gente espera que as coisas realmente saiam bem
07:35e que o mundo continue a andar de forma tranquila.
07:38Pois é, Zagarino,
07:40para a gente fechar essa primeira parte da discussão internacional,
07:43quando começou essa nova rodada de guerra comercial
07:47entre Estados Unidos e China,
07:48muita gente aqui no Brasil disse que o Brasil poderia ser até favorecido
07:52porque a China ia buscar outros mercados.
07:56Mas será que, com essa negociação agora,
07:58o Brasil volta a ficar, entre aspas, em segundo plano?
08:01Sim, o Brasil ficará em segundo plano,
08:04que é a posição, infelizmente, que nós ocupamos.
08:07Mas, neste caso específico,
08:09nós temos que enaltecer que Donald Trump é um gênio.
08:13É um gênio da negociação.
08:15Donald Trump...
08:17O Rodolfo, o Rodolfo, ele elogiou hoje.
08:20O Rodolfo, você elogiou o Trump.
08:22E eu faço isso publicamente porque
08:24o que Donald Trump fez durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos
08:27foi eu vou resgatar a indústria norte-americana
08:31Para isso, vou comprar esta guerra fiscal.
08:34Dito e feito, ele foi eleito para isso.
08:37Nos primeiros dias de seu mandato,
08:39que iniciaram-se no dia 20 de janeiro,
08:41ele tomou a atitude de já anunciar a reciprocidade,
08:46depois o aumento excessivo, a guerra fiscal,
08:49tudo isso dentro da sua arte de negociação
08:52para fazer com que ele chegasse e equalizasse a conta
08:55num aumento percentual de impostos de produtos oriundos da China,
09:00mesmo que gerasse um impacto nos outros países.
09:03Ele sabia que nesse cabo de guerra
09:06os Estados Unidos iam vencer
09:07porque os Estados Unidos ainda assim é a maior economia do mundo
09:11e agradou não só seus eleitores
09:13como também fortaleceu sua indústria interna.
09:16Vejam, se isso não é uma jogada genial,
09:19talvez do maior presidente dos Estados Unidos da história,
09:22eu não sei mais o que dizer.
09:23Donald Trump está de parabéns
09:25e hoje também elogiado pelo nosso amigo Rodolfo Maris.

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