- 11/06/2025
#novelascfz
Categoria
😹
DiversãoTranscrição
00:00034, policial e elementos baleados nas ruas das Olimpas, solicitando o bravo zero com brevidade.
00:07034, bravo zero, e retorno do 3-1, para que vamos lá no local de ocorrência.
00:12Positivo.
00:16Sinto.
00:17Deixa eu me ajudar, tá bom?
00:20Deixa que eu faça isso.
00:21Solta aqui.
00:23Vai, vai, dá tempo de ir.
00:25Fica acordado, só fica acordado.
00:27Só fica comigo.
00:27Será que ele vai morrer?
00:28Eu não sei, mas já chamaram o bolanço.
00:31Deixa eu me reforço.
00:32Só tenta manter a calma, tá bom?
00:34Fica, vai, dá pra mim.
00:35Vai, dá cinza.
00:37Eu tô aqui com você, fica comigo, sargento.
00:39A gente chegou nessa viva, a gente tem que sair dessa viva juntos.
00:42Essa é uma ordem, seu recruta, sargento.
00:44Acorda.
00:45Aqui, aqui, rápido.
00:58Com licença, dona Rosa.
01:08Dona Rosa.
01:09Dona Rosa, é que as suas amigas já chegaram.
01:12Elas estão lá na sala.
01:13Quem?
01:16Suas amigas, dona Rosa, do carteado.
01:19Tem uma que disse que conhece a senhora desde o primário.
01:22Elas estão aqui.
01:23Eu tinha esquecido que elas vinham.
01:26Manda voltar outro dia, por favor.
01:29Imagina, dona Rosa, tá todo mundo esperando.
01:32Vai ser uma festa.
01:34Olha, elas estão morrendo de saudade.
01:37Mas vamos.
01:43É impressão minha?
01:45Ou essa sala continua igual à última vez que eu vim aqui?
01:51Igual.
01:51Acho que faltam alguns quadros, objetos de arte.
01:55Ih, nem o tecido da cortina ela trocou.
01:59E quando foi a última vez que você veio aqui, Maia?
02:01Ah, foi quando o Yosef morreu.
02:06Há décadas.
02:08Maia, você nem se lembra do que comeu ontem?
02:11Vai se lembrar da cortina da casa da Rosinha?
02:14Deixa de ser fuxiqueta.
02:16Mãe, não vai começar a implicar agora na Maia, né?
02:25Rosinha, querida, há quanto tempo.
02:30Mas que bom.
02:32Pela cara dela, não tá conhecendo ninguém.
02:34Também se passasse pela Judite na rua, eu também não...
02:37Não, eu não conhecia.
02:39Oi, que língua maldosa, Maia.
02:41Não é fofoca, nunca fez, não?
02:43Faça, não é fofoca.
02:44Não é que não, Maia.
02:45Mas claro que é a Maia.
02:48Sempre eu mando confusão.
02:50Estrela, boa alma.
02:55Amor de mim.
03:00Judite, a minha amiga de infância.
03:04Ai, que bom ver vocês.
03:06A Rosinha se confessa que se passasse por nós na rua não dava nem ponte.
03:11Eu te reconheci na hora.
03:13Tá igual.
03:15Só um pouquinho mais enrugadinho.
03:21É, Rebeca.
03:23Se nossos filhos tivessem se casado, a gente se falaria muito mais.
03:28Ai, o Abel era tão apaixonado por você.
03:33E Rebeca por ele.
03:35Acredita que ela até hoje guarda os poemas que ele escreveu pra ela?
03:39Só aguardo porque nunca ninguém mais escreveu algo tão lindo pra mim.
03:44Sempre achei que o Abel se tornaria um poeta famoso.
03:48Tanto talento.
03:50Muito, muito.
03:51Ele tá em casa?
03:53Não, tá lá na fábrica.
03:55Mas ele ia adorar te ver.
04:00O sargento, como é que ele tá?
04:04Tá bom.
04:07Eu já falei com a mulher dele.
04:09Ela deve tá chegando aí.
04:12Espera, é o...
04:14Outro cara que tomou um tiro.
04:18Como é que ele tá?
04:21Tá certo.
04:24Obrigado.
04:25Soltado, Marlon.
04:29Dessa vez eu achei que eu ia morrer assim.
04:33Obrigada por ter percebido meu sinal.
04:35Obrigada por ter me seguido até em casa.
04:38Isso faz parte do meu trabalho.
04:41O importante é que a senhora tá bem.
04:42E o seu parceiro?
04:44Ficou tudo bem com ele?
04:47Ainda cedo, pode dizer.
04:49Felizmente.
04:49É, Adão.
04:52Eu me sinto culpada por ele.
04:53Não.
04:54Não, a senhora não é culpada.
04:57Assim como muitas mulheres no Brasil,
04:59a senhora é vítima.
05:02Sua vez má?
05:03Sim, senhora.
05:04Eu posso te fazer uma pergunta?
05:07O senhor me dá um minuto?
05:11Pode falar.
05:11Você sabe se meu marido morreu?
05:15Ele vai passar por uma cirurgia.
05:17Mas, tá fora de perigo.
05:21O jurandia vai pagar pelo que ele fez.
05:24Na cadeia.
05:25Queria acreditar nisso.
05:29Eu acho que ele pode voltar pra fazer o que ele queria fazer.
05:33Me matar.
05:33Não, obrigada.
05:43Meu açúcar tá alto.
05:45Aliás, vocês sabem que a minha família é toda diabética, né?
05:48Ah, eu também tive que cortar muita coisa.
05:51Essa osteoporose é envelhecer, gente.
05:55É cortar.
05:56É parar de beber, parar de comer, parar de fazer.
06:02Depois tem chá disso, chá daquilo.
06:05Ai, não.
06:05E você ainda tá no chá?
06:07Eu, minha filha, com a minha artrose, vivo no anti-inflamatório.
06:11Ai, mas muito anti-inflamatório faz mal à saúde.
06:16Fazer o quê?
06:17Gente, todo mundo aqui já fez catarata?
06:21Eu já vi, ó.
06:23Eu não sei vocês, mas pra mim, o pior é incontinência.
06:30Incontinência?
06:30É.
06:31Do que você tá falando?
06:33Maia, por favor, não me irrita.
06:35O quê?
06:35Vai me dizer que você nunca riu, ou tossiu e...
06:39Do que a gente tá rindo mesmo, hein?
06:55Nós quatro de novo juntas.
06:59A última vez foi no peixe lá em casa.
07:02Não, não.
07:03Foi na minha casa.
07:05Foi?
07:05Foi na minha casa.
07:06Entendeu?
07:06Não, foi na minha casa.
07:10Você até levou aquela amiga que fez um bolo de cenoura.
07:13Hum, eu?
07:15Não, você comeu bolo de cenoura, não pensa?
07:18E pode.
07:19E o pior é que o bolo tava assolado.
07:23Você comeu?
07:26Eu acho que vocês tão confundindo tudo, sabe?
07:30Pensa.
07:30Foi na minha casa.
07:32Ah, não.
07:32Olha, você pode apresentar suas amigas?
07:34Ah, essa daqui é a Filipa, minha nora, esposa do Abel.
07:41Então, o Abel não casou com a sua filha e casou com ela.
07:47Pois fiquem sabendo que Filipa é uma ótima atriz.
07:52Passou pelos palcos de todo o Brasil.
07:54Não, mas eu nunca te vi na televisão.
07:57Nem eu.
07:58Não, peraí, gente.
07:59Ela trabalhou naquela novela que tinha aquele ator e com aquela atriz e naquela emissora
08:07chamava...
08:08Como é que é?
08:09Tupi, tupi.
08:10Tupi, tupi.
08:11Ah, não, não, não.
08:12Na tupi, não.
08:13Porque quando a emissora fechou, não devia ter nem 10 anos.
08:15Mas a arte da interpretação, ela não se restringe só à televisão e ao cinema.
08:21Ela começou no teatro, mas ela pode estar em todos os lugares.
08:24É.
08:25A arte não é só espetáculo, não.
08:26Ela pode estar aqui na vida, numa maneira de viver.
08:30Querem ver?
08:31Danilo, Denise, venham comigo.
08:33Venho, venho.
08:34Preciso de vocês.
08:35Desculpa, mas eu vou ter que levar a Sofia para as pautas daqui a pouco.
08:37Não, mas daqui a pouco não é agora.
08:38Venham, venham, venham.
08:39Olha só, pegue só uma panela, uma colher de pauta, tá bom?
08:42Vamos para a panela?
08:42Olha só, gente.
08:48Mas que surpresa é essa?
08:50Já, já, vocês vão ver, olha só.
08:52O jogo de cena é assim.
08:53Danilo, você marca o ritmo, você pode acelerar ou desacelerar.
08:56No teatro, o jogo de cena, ele marca, assim, a nossa relação com a história, com os personagens.
09:01E o jogo de cena de hoje é assim.
09:02Eu vou começar uma história com uma, duas palavras no máximo.
09:05E eu vou apontar a pessoa que vai continuar a história.
09:08Combinado?
09:09Mas o quê?
09:09Falar o quê?
09:10O que vier à cabeça.
09:11Ah, tá.
09:12Vamos?
09:12Posso brincar?
09:13Claro, meu amor.
09:15Ninguém vai ficar de fora.
09:16Vou começar, hein?
09:18Numa noite de verão, sair de biquíni pra comprar batatas.
09:24E dançar.
09:25Um funk.
09:26Do papito.
09:28Do papito.
09:29Um fantasia.
09:31Um fantasia.
09:32Pra ganhar o prêmio.
09:34E de melhor.
09:35Batata dançante.
09:36Batata aqui e dançar.
09:40Nossa, mas que menino criativo.
09:45Você trabalha aqui?
09:46Sim, eu sou motorista.
09:48Exclusivo?
09:50Maia, você está querendo roubar o meu funcionário?
09:54Você não muda nunca.
09:55Adorei.
09:56Ah, adorei.
09:56A gente pode fazer de novo?
09:59Claro.
09:59A gente pode fazer quando quiser, com quem quiser, a hora que quiser.
10:03A beleza da arte é essa.
10:04É poder transformar o ordinário em divino.
10:07Ai, eu estou me sentindo tão...
10:10Viva!
10:11É assim que a gente se sente.
10:13Viva!
10:14Minha roda, essa briga de décadas.
10:20Obrigada, filha.
10:21Ah, viu só, Rosa?
10:23Como qualquer dia pode ser transformado quando a arte toca nosso coração.
10:27Agora entendi.
10:32Por que que o meu filho se encantou tanto com você?
10:36Por que, Filipe, você é sempre assim?
10:39Tão legal.
10:39Não, doutor.
10:47Ele já estava rendido, já.
10:50Mas...
10:52Ele resolveu atirar.
10:56Primeiro acertou no sargento.
10:58E aí, quando ele foi mirar pra mim, eu...
11:02Atirei primeiro.
11:02É a primeira vez que eu...
11:09Atirei alguém.
11:13Dizem que na hora da adrenalina a gente não vê nada, mas...
11:17Eu vi tudo.
11:20A bala saindo da árvore.
11:23O sangue escorrendo.
11:26Corpo no chão.
11:27Você ajudou dentro da legalidade.
11:29Você salvou a vida da vítima do seu colega.
11:31Logo, logo, você já se acostumou com isso.
11:35Eu dou respeito, doutor.
11:38Eu nunca vou me acostumar com isso.
11:41E eu nem quero.
11:44Pra mim, o único que pode dar e tirar a vida...
11:47É Deus.
11:50Você ainda estava no sangue no couro, soldado?
11:54Me olhe pra casa.
11:57Sem ser.
12:01Onde será que a Rebeca se meteu?
12:05Minha filha já devia estar aqui.
12:08Você não precisa fazer sala pra mim, não, Rosa.
12:11Imagina, querida.
12:12Garanto pra você que eu não tenho nada melhor pra fazer.
12:15É, a gente precisa se servir mais vezes.
12:18É.
12:18E foi tudo muito animado.
12:21Graças à sua nora.
12:22Filipe é realmente surpreendente.
12:27Boa noite, menina.
12:29Já vou indo.
12:30Tá bom?
12:31Tchau, tchau.
12:31Tchau.
12:32Você viu o Danilo?
12:33Tá na cozinha do Filipe.
12:35Ah.
12:36Olhem só quem encontrei lá fora.
12:38É, na verdade.
12:42Fui eu que te reconheci primeiro.
12:44Não, é.
12:44Eu não te reconheci porque eu nunca te esqueci.
12:50Ali.
12:51Sempre poeta.
12:53Ah.
12:54Meu Abel Menestrel.
12:56Ai, Abel Menestrel.
13:00Há quantos anos eu não ouvi esse apelido.
13:03Não.
13:04Tempo bom aquele, né?
13:06Eles aprontavam.
13:09Como era mesmo o nome daquele poema que vocês viviam declamando?
13:14E eles vão lá se lembrar disso.
13:17Mamãe?
13:19Se se morre de amor?
13:22Se se morre de amor.
13:25Não.
13:26Não se morre quando é fascinação do suplente.
13:33É um ruidoso sarau entre os festejos.
13:37Se se morre de amor.
13:40Se se morre de amor.
13:44É seu Abel?
13:47É do grande Gonçalo Dias.
13:50Sarau é?
13:52Ninguém me chama?
13:53É do grande Gonçalo Dias.
13:54É do grande Gonçalo Dias.
13:56Esse é um poema que a gente costumava recitar há décadas.
14:19É, quando vocês eram namorados. Fora os poemas que você escreveu para ela, que ela guarda até hoje.
14:28Mas não me perguntem em que caixa eles estão.
14:31Não vou lembrar que a minha memória não anda muito boa.
14:36Ai, querida, aqui ninguém tá com a memória boa, não.
14:39O aço dos meus olhos e o véu da minha palavra contornaram o meu silêncio, mas deixaram fundas suas marcas.
15:02Se hoje eu sou deserto, é que eu não sabia que as flores com o tempo perdem a força e a ventania vem mais forte.
15:24Hoje só acredito no pulsar das minhas veias.
15:33E aquela luz que havia em cada ponto de partida, há muito me deixou, há muito me deixou.
15:48Ai, coração amado, desvalharei meus olhos, nesse escuro véu.
16:06Eu não acredito mais no fogo e gelo.
16:18Eu não tive que chegar, sentou para chuva?
16:29Aqui.
16:31Eu tava todo sujo, aí eu achei melhor.
16:33Eu chamei a cama e o dedé pra jantar.
16:36Que já é macarrão com o monte, que esse dedé vai adorar, né?
16:39Eu vou terminar aqui, eu já vou lá.
16:42Tá.
16:43Tá.
16:43Mas por que você tá lavando a roupa essa hora?
16:47Desde que eu faço isso?
16:48Não, não.
16:50Não precisa, não.
16:51Quem é isso que eu não posso ver, Marlon?
16:53Eu sou uma farda no mundo da manhã e eu não queria te dar esse trabalho todo.
16:59Hoje eu passei o dia todo pensando em seu pai.
17:04Mas a senhora tá triste?
17:07Eu lembro dessa boa.
17:09De como ele enche essa casa de música.
17:11Agora, parece que só tem um silêncio, né?
17:18Eu vi a senhora Iadar vendo o vídeo dele cantando Fagner quando eu passei pela cozinha.
17:24Noturno.
17:25É.
17:25Era uma das preferidas de seu pai.
17:29Sabe que engraçado?
17:31Quando eu era criança eu odiava essa música, lembra?
17:35Mas já parece que ela foi feita pra mim.
17:39É porque o meu menino virou homem.
17:48Meu Deus, Marlon.
17:49Que sangue é esse?
17:50Mãe, não é meu.
17:56Isso tudo eu só sei que se meia ficou cheia de ciúme na mona, avó.
18:00Gente, mas será que essa mulher não sabia que o seu Abel é casado ou não, meu filho?
18:03Eu sou fofa tão bem.
18:05Certo, gente.
18:06Tá quente.
18:08Reunião das senhorinhas, amigas de Dona Rosa, né?
18:11Na mansão.
18:12Ai, a filha de uma delas, uma tal de Rebeca, foi namorada de seu Abel.
18:17O Abel, a Stephanie, a Filipa ficou se mordendo de ciúme.
18:21Tu sabe?
18:21Eu adoro um crimão, né?
18:23Pode limpar uma coisa aí.
18:26Não, mas assim, no geral, foi muito bom pra Dona Rosa, sabe?
18:29Ela ficou bem feliz.
18:31Juntar as amigas, sabe?
18:32Ai a Filipa foi e fez um jogo de teatro com elas, viu?
18:35Até o chato, mal-humorado de Danilo participou.
18:38Nossa, que legal.
18:40Eu estudei sobre isso na minha aula de enfermagem de geriatria essa semana.
18:43É porque essa atividade faz muito bem, assim, pra autoestima, ativa a memória.
18:48Meninas, pensando bem, qualquer dia eu vou convidar Dona Rosa pra ir num forró, mas já pensou ela lá.
18:53Ah, não.
18:54Ah, não, não, não, não.
18:56É uma mãe, não.
18:57É uma mãe.
19:00Rebeca, a mulher inesquecível.
19:02No caso, você foi inesquecível, né?
19:04Quantos anos sem se ver mesmo?
19:06Sei lá, décadas.
19:08Ah, décadas que ela ficou guardando seus poemas.
19:11Sei lá, mania, né?
19:12Tem gente que guarda tudo.
19:14Ah, deixa de ser sonso, Abel.
19:16Son?
19:16É, sonso.
19:17Eu tenho certeza que você adorou saber que tem uma fã.
19:20Fã não, né?
19:21Musa inspiradora, que é eu, que sou sua mulher, nunca ganhei um poema.
19:24Como não?
19:26Vários poemas contigo, vários.
19:29Como assim?
19:30Eu nunca li.
19:32Tá bom, é que...
19:34Isso é embaraçoso.
19:37Como é que...
19:38Como é que eu vou mostrar meus poeminhas medíocres pra você, que já leu Drummond, que já leu Rambô, que já leu Fernando Pessoa, Cora Coralina.
19:50Pensa.
19:51Boaz.
19:52O quê?
19:54Aqui agora.
19:55O que é isso aqui?
19:56Aqui, ó.
19:57Aqui, agora.
19:58Aqui, vamos lá.
19:59Agora.
20:01Busca agora.
20:02Bom, peraí.
20:12Não, não, pera um pouquinho.
20:14Devagar.
20:16Aproveite.
20:18Não ria, por favor.
20:20Todo meu viver foi ensaio.
20:42Todo meu amor foi anúncio.
20:44Não encontro com ela, a ribalta acendeu.
20:49Sagrei meu destino e apresento para a atriz o Arlequim.
20:54Apaixonado, sim, pelo amor.
20:59Enfim.
21:02E aí?
21:03Não, não, não, não, não.
21:33Meu Deus, nossa, desculpa.
21:51Não, não, não, não, não é culpa.
21:52Não, deixa eu limpar.
21:52Não, não, não, tá tudo bem.
21:54Deixa que eu, deixa que eu não faça isso.
21:58É, é, é, é difícil hoje.
22:02Vamos comer?
22:02Vamos comer, vamos comer, vamos comer.
22:06Já tô comendo há muito tempo.
22:07É isso aí, Dedé, eu fiz especialmente pra você, viu?
22:10Beijada.
22:11Vamos comer.
22:11Vamos comer.
22:18Minha unidade policial, para o MDR-103-4,
22:21que o policial não vai ganhar para a rua das barrigas.
22:25Vamos comer, acorde.
22:26Vem acordar, só fique acordado.
22:27Essa é uma audição em gruta, sargento.
22:29Acorda!
22:30Acorda!
22:31Acorda!
22:32Acorda!
22:32Meu amor, você sabe onde é que eu deixei meu celular, hein?
23:00Você já olhou debaixo do travesseiro, Jacques? Você sempre esquece lá.
23:04Droga. Você pode botar meu laptop na bolsa, por favor?
23:09Ai, que maravilha, meu Deus.
23:19Isso.
23:29Achei.
23:31Ai.
23:32Amor, você tá com tanta pressa, por quê?
23:35Ah, eu não sou irmão com a consultoria, não sou mais tarde?
23:37É, mas eu tenho outras coisas pra fazer. Você vai comigo?
23:40Eu adoraria. Mas é que eu tenho que passar no instituto primeiro.
23:44Pode deixar que mais tarde eu vou encontrar você e toda a sagrada família na fábrica.
23:48Tá.
23:50Agora, confessa pra mim.
23:52Tá sendo muito gostoso roubar dinheiro do boaz.
23:55Fala.
23:56Fala.
23:58Nossa.
24:01Até mais tarde.
24:01Espera.
24:02É que o dia dos namorados tá chegando.
24:05E eu queria dizer que eu tô pronta pra qualquer surpresa.
24:08na hora certa.
24:11Deixa eu ir.
24:13Tchau.
24:13E bom que é dinheiro vivo, hein?
24:24Tá aí, ó.
24:24Contado e conferido.
24:25Meu pato, tu tá doido?
24:26Mas, pelo visto, alugou tudo, né?
24:30Agora me diz uma coisa.
24:31Ninguém desconfia desse esquema de vocês, não?
24:33Meu amigo, o trabalho aqui é profissional.
24:35Tá?
24:35Só falta uma salinha pra ser alugada e aí depois, ó, puff, a gente desaparece antes
24:39mesmo deles desconfiarem que se os contratos é tudo falso.
24:43E aí, vocês desaparecem, mas como é que eu fico?
24:44Eu não tenho focação pra mágico, não.
24:46Magno, você pega esse dinheiro e vai pra Maricá.
24:49Parece que tá bonzão morar lá agora.
24:51Aí tu compra um barquinho, tu vira pescador, tu faz um filho e planta uma árvore.
24:54Seja feliz, amigo.
24:54Eu tô vendo essa bomba explodir na minha mão.
24:56É isso.
24:58Eita.
25:02Não é aquele teu amigo?
25:04Que eu laço amigo de pregoadesila, rapaz.
25:07Se não é aquele Jacques Bois, aquele Zé Ruela, essa família aí que não presta.
25:12Nossa, quanto rancor nesse coração.
25:14Não é rancor não, Sid, nem a raiva, tá?
25:17Eu olho pra essa fábrica e sinto raiva.
25:21Eu fico aqui perguntando, por que que pagaram o hospital da Ellen?
25:24Hein? Por que que pagaram o enterro dela?
25:26Pra mim isso é culpa do tanto que deve ter explorado essa coitada enquanto ela trabalhava aí nessa fábrica.
25:32Isso daí é gente ruim.
25:33E sequer me ajudaram, tá?
25:34Nem me ajudar, ajudaram.
25:36Ficou eu pensando aqui, né?
25:39Tanto que a minha vida não teria sido diferente se a Ellen estivesse viva.
25:43Essa família tá mexendo com a cabeça dele.
25:49Ainda outro dia ele sonhou com a minha menina da família.
25:52Sofia!
25:53O nome dela é Sofia.
25:55Bom, bom.
25:56Eu tenho vontade de ser mãe.
26:00Sério?
26:00Você nunca me falou nada disso?
26:04Ah.
26:06Tô falando agora, ué.
26:09Se for menino vai se chamar José.
26:11José.
26:12E se for menina vai se chamar Sofia.
26:15Ô, Anderson.
26:16Oi.
26:17Não tava ouvindo, não?
26:17Ô, o que foi?
26:20Eu, hein.
26:22Ó, mais tarde a gente se vê, tá?
26:23Você vai ter peso, rapaz.
26:27Ô, patrão, assim quebra, né?
26:34Oi, boa tarde.
26:35Boa tarde.
26:36Natasha?
26:37Sim.
26:39Tá lembrando de mim?
26:41Claro, viúvo simpático.
26:43Não, não.
26:43Preciso de uma ajuda sua.
26:45É o seguinte.
26:47Quando a minha esposa deu entrada aqui no hospital, a Ellen,
26:50ela tava grávida.
26:53Então, no prontuário não consta que ela tava grávida quando faleceu.
27:09Tá, mas...
27:10Quando ela deu entrada no hospital, ela tava grávida.
27:14Deixa eu ver.
27:18Também não.
27:21Nossa.
27:23Minha linda Patrícia.
27:29Olha, fiquei feliz de você poder vir antes da reunião oficial.
27:34Você me deixou curiosa.
27:36Eu não resisto.
27:38Enlouquecer as mulheres é a minha especialidade.
27:42O que você queria conversar sobre a voz?
27:46Nada.
27:46Nada demais.
27:47Só queria que você viesse antes porque eu quero...
27:50Eu quero te dar esse presente.
27:58Meu Deus.
28:01É lindo.
28:04Combina com você?
28:06Eu quero que você use esse colar na reunião.
28:09Na frente do meu irmão, do seu irmão, de todo mundo.
28:12Agora?
28:15Por quê?
28:16Para eu saber que você é minha.
28:20Isso é uma piada.
28:23Entendo como você quiser.
28:25Posso supor?
28:26É como é que fica.
28:27Por favor.
28:28Pela minha experiência junto às Big Four, eu acredito que quando a Boaz adotar o projeto
28:40de Turn Around, só vai registrar lucros na sua carteira.
28:44Redução de gastos implica numa rentabilidade também maior.
28:47E com isso a gente vai conseguir recolocar a empresa no mercado.
28:50A chegada da Patrícia e sua empresa de consultora empresarial ao nosso time, só mostra que
28:56trabalhar com comprometimento e responsabilidade, o resultado só pode ser positivo.
29:03Alguma pergunta?
29:05Eu tenho.
29:06Me desculpe, hein, meu prazo.
29:07Eu tive que resolver uns probleminhas no Instituto.
29:10Não tem problema nenhum, meu amor.
29:11O seu lugar está guardado ao meu lado.
29:13Qual a sua pergunta, Bela?
29:21É, diz respeito a esse, esse seu conceito das novas lideranças, né, que eu devo me sentir ameaçado?
29:41Se for menino, vai se chamar José?
29:43José.
29:43José.
29:44E se for menina, vai se chamar Sofia.
30:05Idiota.
30:05A renovação de liderança não é trocar uma pessoa, mas o espírito e um líder que
30:12se mantém informado dificilmente correm riscos.
30:15Ah, assim espera.
30:18Com licença.
30:19À vontade.
30:19Abel, fala com a Elisabeth pra chamar um motorista pra me levar pra casa.
30:28Mãe, eu já tinha lhe falado.
30:31Quem vai levar pra casa sou eu, Bárcio.
30:33É só o tempo de deixar esse computador na minha sala.
30:36Vamos?
30:37Tá, mãe.
30:37Mãe, eu já tinha lhe falado.
30:39Ah, Tânia, se você quiser eu posso te atualizar com o que foi dito no início da reunião.
30:48Pra quê?
30:50Isso é tudo teatro mesmo.
30:52Tão falso quanto esse teu colar aí no pescoço.
30:55Quem disse que é falso?
30:56Ah, meu amor.
30:57Você fica pra almoçar comigo e depois a gente pode sair pra comprar o seu presentinho do dia
31:03antes da reunião.
31:03Não, eu perdi a sua.
31:09Tânia e os seus humores.
31:11A sua apresentação foi inretocável.
31:15Perfeita como essa sua esmeralda.
31:27Filho, você entendeu porque é que eu vim hoje à fábrica, me entendeu?
31:32Porque a fábrica é sua e você sempre adorou trabalhar, é isso?
31:36Por causa do seu irmão.
31:38Jacques tem que ver que eu estou aqui na fábrica.
31:42Mãe, independente do motivo, eu tô feliz é que a dona Rosa Boaz está aqui na fábrica dela, é isso?
31:49E feliz também com essa energia nova sua.
31:52Vamos pra casa, vamos lá.
31:57Jacques, eu quero saber o que que tá rolando entre você e a minha irmã.
32:04O que é isso?
32:04Que falta de respeito é essa?
32:06Entre você e a minha irmã, vá lá.
32:09Isso aí, cara.
32:11Jamais faria uma coisa dessa.
32:13É a mesma coisa que pensar em você pegando a Tânia.
32:16É um absurdo, não?
32:18Jacques!
32:22Ricardo, com licença.
32:26É...
32:27Eu quero tirar uma dúvida com você sobre a implementação da consultoria no marketing.
32:34Pode ser?
32:35Claro, Brenda.
32:36Fazer isso na sua sala, eu acho que o Ricardo tá precisando esfriar a cabeça.
32:40Fazer isso na sua sala, eu acho que o Ricardo tá precisando esfriar a cabeça.
32:50Você me tem coisa demais, você não parece capaz de cuidar do que possui.
33:00E me propôs que eu te deixasse em paz.
33:11Me dissipar, eu não fui...
33:13Eu não fui...
33:15Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não...
33:22Bom, não me esperou para o jantar, não.
33:26Bom, por quê?
33:29Por que você deu aquela joia para a Patrícia?
33:31É joia que joia.
33:33Que joia.
33:38O que é isso?
33:39Quanto custou?
33:40Eu tô vendo que você tá nervosa.
33:43O que que andaram te falando?
33:43Eu sei reconhecer uma esmeralda de nunchi.
33:51Fala.
34:00É do que seria a presidência da fábrica.
34:03Eu assumo o seu cargo e eu prometo para você que é segredo que a guarda, mas eu quero isso.
34:09A vontade que eu tenho é de todo mundo e voltei.
34:12Meu tio disse que o meu pai precisa de uma casa para sair da prisão.
34:16Ele pode ficar aqui, que nem eu.
34:20Eu tô aprendendo muito na rua, mas tem uma lição que eu aprendi em casa e que eu nunca vou esquecer.
34:26Não a darás.
34:28Deixa a Sofia saber da verdade e faça isso agora.
34:42Deixa a Sofia saber da verdade e faça isso agora.
35:12Deixa a Sofia saber da verdade e faça isso agora.
Recomendado
50:31
|
A Seguir
36:37
32:03
38:37
39:35
40:28
27:13
37:24
35:05
33:09
52:57
31:06
37:04
36:44
53:18
38:30
36:35
37:16
41:06
30:01
36:37
37:10
46:23
28:44
21:00