- 07/06/2025
Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, concedeu entrevista ao Jornal da Manhã e comentou sobre os próximos passos do PSDB e do Podemos para a união, a queda do protagonismo dos tucanos e a desaprovação do governo Lula.
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NotíciasTranscrição
00:00O PSDB aprovou a união do partido ao Podemos.
00:04Na semana que vem, inclusive, dirigentes das duas siglas devem se reunir
00:07para alinhar os próximos passos da incorporação.
00:11E para entender como essa unificação vai se posicionar daqui para frente,
00:15nós conversamos com o presidente nacional do PSDB, o Marconi Perillo,
00:19a que eu agradeço demais. Aqui a presença no Jornal da Manhã. Muito bom dia.
00:24Bom dia, David. Bom dia, Patrícia.
00:26Bom dia, todos os telespectadores, internautas. Prazer em falar com vocês.
00:31Bom, em relação a essa união, de que forma que vai ser daqui para frente?
00:35Porque o PSDB realmente tem perdido cada vez mais o protagonismo
00:40em relação ao cenário político nacional, né?
00:45É verdade. E por isso mesmo é que nós procuramos realizar esse movimento,
00:50conversando com muitos partidos, com os quais temos mais afinidades.
00:54e nos últimos meses intensificamos conversas com o Podemos,
01:01que tem hoje mais ou menos o mesmo tamanho nosso na Câmara, no Senado.
01:06E na última quinta-feira agora fizemos uma convenção nacional
01:10que por quase unanimidade, por 99% dos votos,
01:15nós recebemos a autorização para prosseguirmos as negociações com o Podemos
01:21e também para finalizarmos a possível fusão com o Podemos,
01:27mas também recebemos a autorização para trabalharmos com outros partidos,
01:31possibilidades de incorporação ou até mesmo novas federações.
01:36Isso tudo ancorado na possibilidade de um novo estatuto que vai nos dar mais flexibilidade
01:44e principalmente ancorados em um novo programa que vai considerar todas as questões mais relevantes
01:52e todos os principais desafios pelos quais enfrenta o nosso país.
01:56Marconi, Perilo, bom dia para você.
02:02Como é que você vê dentro desse cenário político a fusão de vocês
02:06e também a perda de popularidade do presidente Lula?
02:09As últimas pesquisas mostram 57% de desaprovação nesse contexto político.
02:14Como é que você vê toda essa situação?
02:15O PSDB é o único partido brasileiro que se manteve coerente ao longo do tempo,
02:25desde a sua fundação, ou seja, há 37 anos atrás,
02:30nós sempre mantivemos a nossa linha, a nossa postura, a nossa coerência
02:34em relação aos conceitos e ao nosso programa.
02:38Nunca participamos e nunca apoiamos o governo petista, o governo do Lula, nem da Dilma.
02:44O PSDB sempre esteve fora, o PSDB protagonizou inúmeros embates com o PT ao longo do tempo.
02:52Foram mais de 25 anos de disputas entre o PSDB e o PT.
02:56Vencemos duas, perdemos outras, mas nos mantivemos sempre altivos
03:00com as nossas convicções na defesa do liberalismo econômico,
03:05na defesa de políticas sociais que pudessem colaborar com a redução das grandes discrepâncias sociais
03:12e também não participamos do governo de extrema-direita do Bolsonaro.
03:17Nós não participamos nem de um nem de outro.
03:19Você veja que ao longo do tempo o próprio PL, que hoje é radicalmente oposição ao Lula,
03:26participou do governo Lula como candidatura a vice-presidente da República.
03:30Nós nos mantivemos na nossa posição.
03:32Talvez por isso a gente também tenha perdido espaços,
03:35porque nunca fomos pendulares, nunca ficamos à mercê de governos.
03:41Agora, desde o início da minha gestão na presidência,
03:44eu tenho defendido que o PSDB se mantenha na oposição.
03:49Nós tivemos perdas, por exemplo, da governadora de Pernambuco,
03:53que saiu do partido por discordar da nossa posição contra o governo petista.
03:57Nós respeitamos a posição dela, mas nós nos mantivemos onde a gente sempre esteve.
04:02Não dá para concordar com essa política perdulária em relação à questão fiscal.
04:07Nós estamos alertando a tempo, a tempos que se o governo não tivesse uma postura mais rigorosa
04:14em relação à gastança, em relação ao gasto público, nós iríamos ter problemas.
04:19E não deu outra.
04:20A inflação ameaçando voltar, juros altíssimos, os mais altos do mundo.
04:25Quer dizer, a gente chegou no governo Temer a patamares bastante razoáveis nos juros.
04:31Com isso, também, desvalorização do real.
04:35Essas coisas todas se dão porque houve um afrouxamento na questão fiscal,
04:40no ajuste fiscal, ou seja, deixar de fazer o ajuste adequado.
04:44Tinha que ter feito no começo do governo Lula para que ele agora pudesse colher
04:47os frutos de uma gestão fiscal adequada, de uma gestão fiscal séria.
04:53Mas optaram pela gastança.
04:55São 39 ministérios, uma máquina muito pesada, gastos exorbitantes com emendas,
05:03que não tenha uma homogeneidade em relação ao planejamento nacional.
05:09Falta ao Brasil um planejamento, um plano de metas, e a gente vem falando disso.
05:13Nós também criticamos veementemente a questão da política externa do governo Lula.
05:19A gente, eu acho, e nós do PSDB consideramos errática,
05:23principalmente essa postura em relação à ditadura na Venezuela,
05:26ditadura em Cuba,
05:28essa invasão da Rússia na Ucrânia,
05:31que o Lula não cansa de apoiar,
05:35ou de, pelo menos, fazer vistas grossas.
05:38Esse apoio ao Hamas, enfim, nós temos críticas muito contundentes.
05:43Agora, por exemplo, em relação a esse escândalo do INSS,
05:46nós, de novo, reiteramos que
05:48essas coisas não poderiam ter acontecido se houvesse maior rigor,
05:54maior fiscalização, maior transparência por parte do governo.
05:57Enfim, são muitos equívocos que nós temos combatido,
06:01e vamos continuar combatendo.
06:02Essa popularidade do Lula,
06:04essa queda na popularidade do presidente Lula,
06:07ela tem tudo a ver, mas tudo a ver mesmo,
06:10com a questão fiscal.
06:12Nenhum presidente ganha eleição,
06:14ou faz sucessor,
06:15ou se dá bem se a economia não for bem.
06:19Você pode fazer uma análise histórica,
06:21desde o império,
06:22todos os governos que foram bem na economia,
06:25se deram bem.
06:26E quando vão mal, também se dão mal.
06:28Quem sofreu impeachment no Brasil nos últimos tempos,
06:30sofreu, por uma série de razões,
06:32mas, sobretudo, por conta da economia.
06:34Então, a nossa posição continua a mesma,
06:38e eu acho, se o presidente Lula não tomar providências,
06:41não der um cavalo de pau na economia,
06:43e no próprio governo,
06:44no sentido de oferecer mais entregas,
06:47mais eficiência à população,
06:49essa popularidade dele vai continuar caindo,
06:52na minha opinião.
06:53Bom, eu incluí na nossa conversa os nossos analistas,
06:56começando pela Cássio Miranda.
06:58Presidente, bom dia.
06:59A questão nacional da fusão, me parece,
07:03já está bem costurada.
07:05Mas o Brasil é um país que tem dimensões continentais,
07:08e nós sabemos que os interesses locais
07:11também influenciam muito nesse jogo partidário.
07:15Diante disso, já há critérios nessa fusão
07:19para serem levados em consideração
07:21na determinação de quem fará a gestão
07:24dos diretórios estaduais,
07:25quais ficarão com o Podemos,
07:29quais ficarão com o PSDB?
07:33Acácio, essa é uma boa questão que você coloca.
07:36Mas nós acabamos de fazer a nossa convenção,
07:41acabamos de receber autorização
07:43para prosseguirmos na discussão com o Podemos,
07:46e também com outros partidos,
07:48e há um leque de opções,
07:51dentre eles incorporação, fusão e federação.
07:55E agora o próximo passo será
07:58nos sentarmos, conversarmos com o Podemos
08:02para chegarmos às conclusões que são necessárias
08:06para que essa fusão se dê.
08:07Isso deve acontecer na próxima semana,
08:11nós vamos conversar com a presidente do Podemos,
08:13com a direção do Podemos,
08:15e vamos acertar os pontos finais.
08:17Dentre eles, governança,
08:19depois nós teremos que discutir
08:20as questões estaduais mesmo,
08:23há um certo consenso em relação a alguns estados,
08:27há licenso em relação a outros estados,
08:30e essas questões todas serão levadas em consideração,
08:33levando em conta a questão da força política
08:38de cada lado, em cada estado,
08:40da importância também de formarmos nominatas
08:44para a Câmara Federal,
08:47candidatos aos governos estaduais, ao Senado,
08:51e eventualmente também buscarmos nomes
08:53ou um nome para ser candidato a presidente da República.
08:56Eu costumo dizer que time que não entra em campo
08:59não tem torcida.
09:00Um dos problemas mais graves pelos quais o PSDB passou
09:05e que significou, inclusive, essa nossa queda
09:08foi a falta de candidatura presidencial em 22.
09:11O partido deixou de ser protagonista,
09:13deixou de apresentar ao Brasil
09:15suas opiniões, seus programas, seus projetos
09:18para a nação,
09:19e com isso nós tivemos um encurtamento,
09:21uma redução na nossa bancada de deputados,
09:24consequentemente, tempo de televisão,
09:26fundo partidário,
09:26e uma demandada que a gente conseguiu,
09:30de alguma maneira, estancar
09:31por conta desses movimentos como esse agora
09:33de busca de fusão e incorporação.
09:37Enfim,
09:38a gente vai ter que debruçar a partir de agora
09:41em relação à conclusão
09:43dessa fusão e depois vamos, por etapas,
09:47discutir as questões estaduais
09:49e depois também vamos ver essa questão de nome,
09:52número, símbolo,
09:54isso tudo também vai ser objeto de amplas conversações
09:59daqui para a frente.
10:00Agora a pergunta da nossa analista,
10:02Ana Beatriz Rich.
10:03Presidente, bom dia.
10:07O senhor, na sua fala,
10:08atribuiu a perda de protagonismo do PSDB
10:11a questões como a falta de candidatura própria em 2022,
10:16mas também ao fato de que o PSDB
10:18não deixou de lado os seus ideais,
10:21mesmo com a transição de governos
10:24e quem quer que estivesse no governo.
10:26O senhor atribui também essa perda de protagonismo
10:29a forma como o nosso sistema eleitoral
10:32é hoje no Brasil?
10:34A gente viu recentemente,
10:35estamos diante da discussão da reeleição,
10:39da mudança do tempo dos mandatos,
10:41mas o senhor entende que, por exemplo,
10:43a forma como o fundo é dividido,
10:46o fundo partidário,
10:47o tempo de televisão,
10:48isso também impactou
10:49na perda do protagonismo do PSDB?
10:52E se sim,
10:53quais seriam as mudanças
10:54que o senhor sugeriria para esse processo?
10:59Olha, isso tudo impacta mesmo.
11:01É assim,
11:03até, eu diria, de ridículo
11:04que um partido com a história nossa,
11:06com o legado nosso,
11:07possa ter sido premido
11:09a um tempo de meio minuto de televisão
11:12e também a redução drástica
11:15do fundo eleitoral,
11:17do fundo partidário.
11:18Enquanto partidos que gravitaram
11:21ao longo do tempo
11:22em torno dos diferentes presidentes da República,
11:25dos diferentes governos,
11:27com o oportunismo explícito
11:29em relação a essa questão de cargos,
11:32de emendas,
11:34possam ter continuado com o protagonismo
11:37e mais do que isso,
11:38possam ter crescido
11:39graças a essas regras
11:41que são regras draconianas
11:43e que prejudicam partidos sólidos,
11:45partidos que têm opiniões próprias,
11:48partidos que têm programa,
11:49que têm ideias muito concretas
11:51em relação aos mais diversos temas.
11:54Fomos prejudicados, sim,
11:55somos prejudicados
11:56e independentemente
11:59de pensar apenas no PSDB,
12:01eu acho que a gente tem que pensar no país.
12:04Essa reforma política,
12:06meia tigela,
12:07mas que tem algum significado,
12:09que resultou no fim
12:12das coligações proporcionais,
12:15não deixou de ser algo positivo para o país,
12:17porque ela por si só
12:19está se transformando
12:21na chamada cláusula de desempenho,
12:23na chamada cláusula de barreira.
12:24reduzindo fortemente
12:27o número de legendas,
12:29o número de partidos.
12:30A gente tinha mais de 30 partidos até agora
12:33e a maioria desses partidos
12:35funcionando como legendas de aluguel,
12:38muitas delas sendo vendidas
12:40para candidaturas presidenciais,
12:42governamentais,
12:44nas prefeituras,
12:45quer dizer,
12:46virou balcão de negócios.
12:47isso tudo deformou muito
12:50o sistema político,
12:52partidário e a própria democracia no Brasil.
12:56Muitos dos males
12:57que a gente presencia hoje
13:01se devem a isso,
13:02a essa coisa de
13:03não se ter a fidelidade partidária,
13:05cada dois anos
13:07você pode ter janela
13:08para mudar de partido.
13:09Isso, na minha opinião,
13:11desmoronou
13:12os partidos,
13:14principalmente os partidos
13:15mais ideológicos,
13:16porque ninguém
13:17tem respeito
13:18por partido,
13:19ninguém tem respeito
13:20por disciplina,
13:21por hierarquia,
13:22por nada.
13:23É uma pena
13:24que isso tenha acontecido.
13:25Eu acho que nós
13:26deveríamos
13:26aprofundar
13:28a discussão
13:28em torno de uma reforma política
13:30que seja
13:30coerente
13:32com essas necessidades,
13:33que inclua
13:34voto distrital,
13:36voto distrital misto.
13:37Essa questão
13:38do fim da reeleição
13:39com o mandato de cinco anos
13:40é algo que precisa
13:41ser discutido.
13:43A reeleição
13:43teve seus benefícios,
13:44mas muitos malefícios também.
13:47Eu mesmo
13:47votei a favor
13:48da reeleição
13:48há quase 30 anos atrás.
13:52Ela trouxe resultados
13:53positivos
13:54em alguns aspectos,
13:55mas ela também
13:56trouxe muitos vícios
13:57e deformidades.
13:59Isso não pode ser esquecido.
14:02Nós,
14:03o PSDB,
14:03sempre fomos parlamentaristas
14:05e hoje a gente,
14:06por conta da Constituição,
14:07a gente vive
14:08um parlamentarismo
14:09disfarçado.
14:10O regime
14:11parlamentar
14:12hoje é muito
14:13forte no Brasil.
14:14Quem manda
14:14no Brasil
14:15hoje é o parlamento.
14:17O governo
14:17fica muito amarrado
14:18em torno
14:19dos desejos
14:21do parlamento.
14:21Quer dizer,
14:22há uma distorção,
14:24na minha opinião,
14:24no sistema eleitoral,
14:26partidário,
14:26político no Brasil.
14:28E quem sofre
14:29com isso,
14:29com as consequências
14:30disso,
14:31é a população,
14:31é o povo.
14:33Sem dúvida.
14:33Bom,
14:33nós conversamos
14:34com o presidente
14:35nacional do PSDB,
14:36Marconi Perillo,
14:37que agradeço demais
14:38aqui a presença
14:39no Jornal da Manhã.
14:42Eu que agradeço
14:42a vocês.
14:43Muito obrigado.
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