- 16/06/2025
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Categoria
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DiversãoTranscrição
00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30Gostinho, obrigada, você é um anjo.
00:32O anjo pode me dar o troco?
00:33Pô, Lindão, sobrou uma micharia.
00:34Não, uma micharia que me pertence, não é, Gostinho?
00:36Gostinho, anda. Dá logo o troco do papai antes que ele comece a ter uma crise de muquiranice.
00:42Troco, meu Deus.
00:43Não dançou, papazão?
00:45Ah, lembrei o troco. É que com o troco eu comprei uma raspadinha.
00:49Raspadinha?
00:49É, foi o seguinte, é que o jornalheiro, na hora de me dar o troco, o dinheiro caiu em cima da raspadinha.
00:54Eu achei que aquilo era um sinal.
00:55Sinal de que meu dinheiro foi gasto em besteira.
00:57Ai, Lineuzinho, o Agostinho fez o favor de trazer seu jornal, não vai ficar brigando com as micharias, né?
01:02Não é por causa da micharia, Nenê, é por causa do abuso.
01:05Se o Agostinho tivesse dito que ia cobrar pelo favor, eu teria tido a opção de aceitar ou não.
01:09Como ele não avisou, é roubo.
01:11Não é roubo, eu paguei pela raspadinha.
01:13Com o meu dinheiro, não é?
01:15Dino, eu vou fazer uma coisa então.
01:16Você fica com a raspadinha, tá bom?
01:18Eu tenho certeza que aqui tem uma fortuna.
01:20Mas você pode ficar, pra ver que eu não guardo mais.
01:22Eu não quero fortuna, Agostinho, eu quero a minha micharia.
01:25Anda, Agostinho, dá logo o dinheiro do papai.
01:30Ó, toma, Lina.
01:32Ai, pronto, Lineu.
01:33Agora ninguém vai brigar mais por causa de besteira.
01:36Não, não.
01:37O meu troco.
01:38Que troco?
01:39Ué, 50 centavos.
01:40Te dei dois reais do raspadinho é um 50.
01:42Não tô acreditando, Agostinho.
01:43Tô acreditando que você vai cobrar 50 centavos do Lineu.
01:46Ué, ele não me cobrou aquela micharia?
01:47Ah, não, chega, viu?
01:49Não dá.
01:50Ninguém merece.
01:50Tomar café da manhã é com o pai e o marido brigando por causa de 50 centavos.
01:54Quer saber?
01:55Vou tomar café na pastelaria.
01:56Vocês dois, viu?
01:57Vocês são dois galos de briga.
01:59Vivem aí, disputando terreno.
02:00Dois leões.
02:03Leão não briga por causa de 50 centavos.
02:06Quem se escamigar é galo.
02:08Fazer o seguinte, então.
02:09Eu não quero mais o troco.
02:10Não, agora eu faço questão.
02:11Não.
02:12Não, não faço questão.
02:12Pera aí.
02:13Não.
02:13Pera aí.
02:14Aqui.
02:1450 centavos.
02:15Não, 50 centavos.
02:16Essa moeda aqui, me dada com tanta alma à vontade, ainda me dará muita sorte.
02:24Ih.
02:35Ganhei!
02:36Dona Nenê!
02:37Eu ganhei!
02:37Não.
02:38Eu ganhei, tá aqui, dona Nenê.
02:40Olha aqui.
02:40Você ganhou?
02:41Eu ganhei.
02:41Nem ganhou, dona Nenê.
02:42É gastado.
02:435 mil reais.
02:45Quero ver agora, Lineu.
02:46Quem é o trouxa?
02:47Caraca, o Popozão trocou a raspadinha por uma micharia.
02:51Cala a boca, tuco.
02:52Ganhei.
02:53Agora é um dia que pego o dinheiro.
02:54Vamos pegar o dinheiro.
02:55Vamos pegar o dinheiro.
02:57Se tivesse medo, não tivesse medo.
02:58Não tira da minha mão, não.
03:00Só que olha aqui pra mim que eu vou lhe falar pro Lineu.
03:02Lineu!
03:03Eu ganhei!
03:05Eu ganhei!
03:09Tá alugando a casa, Beisola?
03:10Não, Bebel.
03:11Isso é uma pegadinha.
03:13Ih, Beisola.
03:14Deixa de ser grosso.
03:16Diz uma coisa.
03:16Quanto é que é o aluguel?
03:18Pra que você quer saber?
03:18É pra você?
03:19Não.
03:20Pra uma amiga minha.
03:21Então, diz pra sua amiga vir falar comigo que eu conto pra ela.
03:24Beisola, só mais uma coisinha.
03:26Se essa minha amiga fosse filha de uma grande amiga sua, será que você dava um descontinho pra ela?
03:30Quanto é que ela pode pagar?
03:31Um cem reais.
03:32Um cem reais quer dizer quantos cem reais, Bebel?
03:36Quer dizer quase cem reais.
03:39Se a mãe da sua amiga for a dona Nenê e o quase cem reais for o que eu estou pensando,
03:44a minha resposta é não.
03:46A minha casa não é pro seu bico.
03:48Com licença.
03:50Primeira coisa que eu vou fazer quando pegar o dinheiro é comprar pra mim um cavalo de raça mesmo.
03:55Chama ele de Rex.
03:56Rex é nome de cachorro, Agostinho.
03:58Alineu, o dia que você ganhar na raspadinha, você compra o seu cavalo, aí você põe nele o nome que você quiser.
04:05O meu eu vou batizar de Rex.
04:07Por falar em batizado, o Popozão, eu tava pensando em te chamar pra ser o padrinho do meu filho.
04:12Eu acho ótimo.
04:13E o que você acha de comprar o carrinho de bebê dele?
04:16Eu acho péssimo.
04:17E você, Agostinho, o que você acha de ser padrinho do meu filho?
04:23Peraí.
04:24Peraí, você não tinha me convidado?
04:25Não, eu disse que eu tava pensando em te chamar.
04:27Pois é, Alineu, aí ele pensou melhor e resolveu me chamar.
04:30Olha, eu vou te falar, eu acho ótimo.
04:31Acho ótimo.
04:32Vamos fazer um cheque aqui pra você poder comprar o carrinho aí do nosso sobrinho.
04:36Pô, Agostinho, fala um negócio desse, cara.
04:38Agora deixa eu te falar uma coisa, eu queria só que você pusesse um nome nele de Agostinho Sobrinho.
04:43Eu tenho que falar com a Vivi, cara.
04:45Mas dá o cheque aí que eu vou falar com ela agora.
04:47Fala, Agostinho Sobrinho.
04:48Vem, vem.
04:51Você viu isso?
04:52O topo me trocou pelo Agostinho.
04:55Bem feito.
04:56O que mandou você ser mucirana?
04:58Boa, dona Nenê, dona Nenê.
05:00Vou fazer um cheque aqui pra senhora comprar um fogão.
05:02Imagina, Agostinho não precisa.
05:04Oi.
05:05Meu amor, eu tenho uma novidade maravilhosa.
05:07Eu também tenho uma novidade, mas a minha é boa e é ruim.
05:10O Beisola tá alugando a casa aqui do lado.
05:13Ué, por que isso é ruim?
05:14Por causa do meu salário e o do Tinho, né?
05:16A gente não vai ter dinheiro pra alugar essa casa.
05:18Ah, vai ter sim, Bebel.
05:19Tem sim.
05:21Agostinho, conta pra ela.
05:22Depois, outra hora eu conto.
05:24Ô, Bebel, a raspadinha do Agostinho está premiada.
05:28Jura?
05:29Tinho sem esconder isso de mim.
05:31Não, eu ia só fazer uma surpresa, mas seu pai estragou, né?
05:34Cinco mil reais!
05:36Tinho!
05:38A gente vai poder alugar a casa aqui do lado, amor!
05:41Pra quê?
05:42A gente já mora aqui.
05:44É, ué, Bebel, pra que vocês vão pagar aluguel se vocês moram aqui de graça?
05:47Pra eles terem a casa deles, nenê.
05:50Claro, mãe, pra gente melhorar de vida, mudar.
05:53Poxa, Tinho.
05:54Eu tô até emocionada.
05:56Eu também.
05:57Tô chorando quase.
05:58Parabéns, Agostinho.
06:00O seu cavalo Rex acaba de ir pro Breche.
06:04Tuco, você convidou seu pai pra ser padrinho do nosso filho?
06:06Então, eu pensei em convidar.
06:08Pensou e não convidou?
06:09É que aí eu pensei melhor e achei melhor convidar outra pessoa.
06:12Que outra pessoa, Tuco?
06:14Olha, eu vou dizer, você tem que ouvir ser de mente aberta, sem preconceitos.
06:19Tu ficou nervosa, Tuco.
06:22A pessoa que eu chamei pra ser padrinho do nosso filho, assim, é uma pessoa legal.
06:27Tem seus problemas, mas quem não tem, não é verdade?
06:30Tuco.
06:31Padrinho, é uma pessoa que a gente confia.
06:35É uma pessoa que, caso aconteça alguma coisa com a gente, nosso filho vai ficar com ela.
06:38Você confia nessa pessoa?
06:41Eu posso responder depois?
06:43Tuco, faz o seguinte.
06:44Esquece que você convidou essa pessoa e chama seu pai.
06:47Mas é que eu não posso mais desfazer o convite.
06:49Ele já até deu um cheque aí.
06:51Tuco, você vendeu nosso filho?
06:52Claro que não.
06:57Agostinho, Tuco.
06:58Ai, meu Deus do céu, Agostinho, dá um cheque.
07:00Você convida ele pra ser padrinho.
07:02Mas o padrinho não dava o presente?
07:05Senhor, eu vou sair pra comprar umas coisinhas pra casa nova, tá?
07:11Eles não dão as coisas de graça nas lojas, né, Tia?
07:17E quanto você quer?
07:20Não, assina só.
07:25Ibel, tem limite, tá?
07:28Eu sei.
07:29O céu é o limite.
07:41O que foi, dona Nenê?
07:47Vocês vão fazer muita falta aqui nessa casa.
07:49Por isso que eu falo, né, dona Nenê?
07:51O dinheiro não traz felicidade.
07:52A senhora sabe que eu já sinto saudade dessa omelete que a senhora faz pra mim.
07:59Ô, Agostinho.
08:02Eu podia ir na casa de vocês fazer omelete.
08:06Dona Nenê pode, mas não é a mesma coisa, né?
08:11Eu gosto de morar aqui.
08:12Eu também gosto muito, mas muito que vocês morem aqui, Agostinho.
08:18Mas eu entendo, Bebel, eu entendo.
08:20Todo mundo quer ter a sua própria casa, morar sozinho.
08:24Eu também pensava assim, né, quando eu casei, mas nós ficamos morando aqui.
08:29Fui acostumando, né?
08:30Fui acostumando, acostumando.
08:31Eu acostumei.
08:36Não, Agostinho, não chora.
08:38Não chora, senão eu vou chorar também.
08:42Ai, meu Deus do céu.
08:45Dona Nenê, muitas vezes a Bebel nós tentamos sair daqui e nunca deu certo.
08:49Então, é muito provável que dessa vez também, se Deus quiser, aconteça alguma coisa,
08:53a gente também não consiga sair.
08:55Ai, Agostinho.
08:56Ai, Agostinho.
08:57Agostinho, meu santo expedito, vai ajudar a gente a superar isso.
09:02Ai, meu Deus.
09:03Ai.
09:05Ai, meu Deus.
09:06Ai, tem que conseguir, meu Deus.
09:08Meu Deus do céu.
09:09Eu estava só tentando fechar o registro, mas o cano não aguentou.
09:13Ai, meu Deus.
09:14Agora não tem mais jeito.
09:15Essa casa é velha.
09:16A gente nunca fez uma obra de verdade.
09:18Vamos ter que colocar todo o encanamento numa reforma completa.
09:23Eu só não sei onde é que eu vou arranjar o dinheiro pra isso.
09:26Ai, meu Deus.
09:27Bom, Nenê, obrigado, santo expedito.
09:32Você me agradece, Agostinho.
09:33Não é, santo expedito a ele.
09:34O que eu pedi?
09:35O que ele pediu?
09:35E pensa comigo, agora eu vou ter que emprestar o dinheiro pra vocês fazerem a reforma do banheiro.
09:39Não posso mais alugar a casa do Bençola.
09:42Não foi bem isso que eu quis dizer, Agostinho.
09:44Mas foi isso que santo expedito entendeu, dona Nenê.
09:46Maravilha, maravilha.
09:47Ai, meu Deus.
09:48Meu Deus do céu.
09:50Eita, doutor Lineu, o encanamento tá todo entupido.
10:02Assim que nem um infarto.
10:03Só vai ter que trocar.
10:04Trocar o quê?
10:05Tudo.
10:06Vai ter que trocar até o sabonete.
10:07Como é que vai custar isso, Marreta?
10:11Ah, isso aí é importante, doutor Lineu.
10:13Isso aí é importante.
10:14Olha, eu fui aqui e pelas minhas contas, tá tudinho aqui o total.
10:1931 de 12?
10:23Que data é essa, Marreta?
10:24Não é data não, senhor Nenê.
10:26Isso aí é 3.112 reais.
10:29É o custo da obra.
10:31Isso quer dizer, só o material, né?
10:32Ainda tá faltando a minha mão de obra ainda aí.
10:36Ô, Marreta.
10:39Digamos que, ao invés dessa obra babilônica,
10:42se a gente fizesse algo assim de objetividade mais simples, compreende?
10:50Sei, o senhor tá querendo dizer um gatilho.
10:52O termo é um pouco forte, mas eu acho que é adequado ao assunto.
10:56Certo.
10:57O senhor dispõe de quanto, Paulo?
10:58Olha, ô, Marreta, vamos dizer 800 reais em duas vezes.
11:03200 agora e o restante em 30 dias exatos.
11:07Senhor Nenê, com esse dinheiro aí não dá pra gente fazer um gatilho, não.
11:11Dá pra gente fazer um serviço porco.
11:14Dona Nenê, não me conformo com a senhora e o Linneu passando por essa situação.
11:18Eu posso pagar essa obra do banheiro.
11:19Não, Agostinho, não é certo isso.
11:21Não é certo?
11:22Até se é um despedido, acho que isso aí é certo, Dona Nenê.
11:24Não, Agostinho, esse dinheiro é pra você alugar a casa, pra você ir pra Bebel.
11:28Vocês merecem.
11:28Não, Nenê, não, realmente nós merecemos.
11:30Mas veja bem, eu moro aqui, a existência do Linneu há tanto tempo.
11:33Eu, mas a Bebel, o Linneu puxa um homem sacrificado, um trabalhador.
11:36Eu não acho justo.
11:37Agora que está entrando água aí no navio, eu pulo lá fora.
11:39Dona Nenê, eu sou um homem, eu não sou um rato.
11:42Ô, ô, ô, Marreta, olha aqui.
11:43Marreta, 850, não se fala mais disso.
11:46Doutor Linneu, eu vou dizer uma coisa ao senhor, olha.
11:49Eu trabalho assim de encanador, é pagar dinheiro, não sabe?
11:53Assim não é por amor a arte de trocar canos.
11:55Entendesse?
11:56Qualquer coisa o senhor chama outro encanador aí.
11:58Ô, Linneuzinho, pelo amor de Deus, Linneu, como é que a gente vai ficar sem água?
12:01Eu tenho uma montanha de louça aí pra lavar.
12:03Não se preocupe, Linneu, eu vou pegar água lá na cisterna.
12:07Dona Nenê, você espera só um instantinho, mas...
12:09Dona Nenê, põe a mão na consciência, o Linneu não tem mais idade pra ficar pegando água em cisterna, dona Nenê.
12:13E você tá chamando o Linneu de velho, é?
12:18Tá!
12:19Linneu!
12:20O quê?
12:21Ai, Linneu, pelo amor de Deus!
12:22Linneu, o que aconteceu?
12:23Ah, da Nenê, foi só um escorregão.
12:25Ai, Linneuzinho, você não tá mais na idade de ficar carregando o balde d'água da cisterna.
12:31Você tá me chamando de velho, Linneu?
12:32Tá.
12:33Ai, Linneuzinho, olha...
12:35Ai, deixa eu te ajudar.
12:36Linneu, olha, o Agostinho...
12:39O Agostinho, ele ofereceu dinheiro pra raspadinha.
12:41Não, não, Linneu!
12:42Linneu, nem falei ainda.
12:43Se você quiser, pode falar, mas a resposta é não.
12:45Ai, Linneu, para com isso, deixa de ser orgulhoso, Linneu.
12:49Linneu, a gente tem que ser realista.
12:51A gente vai ficar sem água até quando?
12:53Vai ficar carregando o balde d'água, Linneu?
12:56Linneu, você tem que acertar o dinheiro pro Agostinho.
12:59É assim que se fala, Dona Nenê.
13:01Vamos aqui que eu vou te dar o chefe.
13:02Vamos aqui.
13:04Ai, Linneuzinho, não fica com essa cara.
13:07Ai, Linneu, a gente devia agradecer por ter o Agostinho.
13:10Isso eu não vou fazer nunca, Linneu.
13:12Aqui, ó, você pode começar a obra, tá legal?
13:17Certo, doutor Agostinho.
13:18Não se preocupe não, o senhor vai ficar satisfeito.
13:20Então vamos lá, vamos lá, vamos com o bá, vai tudo de primeira, tá?
13:23Não tem que comprar material assim.
13:25Pronto, Linneuzinho.
13:26O que é que eu fiz pra merecer isso?
13:28Ficar devendo dinheiro ao Agostinho?
13:31Ai, a culpa foi minha, né, Linneuzinho?
13:34Ai, eu não devia ter feito aquele pedido pro Santo Expedito.
13:36Você pediu pro encanamento entupir?
13:39Não, eu não pedi.
13:40Mas foi isso que o Santo entendeu.
13:41É besteira, Linneu, a casa é velha, mas cedo ou mais tarde ia acontecer isso.
13:45Não, não, não, Linneuzinho, foi o Santo Expedito.
13:47E desde quando o Santo Expedito entende de encanamento, Linneu?
13:50Gente, eu acho que nós vamos gastar aí todo o dinheiro da raspadinha aí na obra do bem,
13:54mas tudo bem, né, dinheiro é pra essas coisas.
13:56Olha, Agostinho, eu espero que a Bebel concorde com você.
13:58Como sua esposa, ela devia ter sido consultada antes de você gastar o dinheiro do prêmio.
14:03Não, tem certeza que ela vai entender.
14:04A Bebel é uma mulher madura, serena, né, que tá...
14:07Senhor, olha o que eu comprei pra nossa casa nova.
14:10Ah, meu Deus.
14:10Uma geladeira!
14:12Ah, é uma geladeira!
14:14E eu vou botar aonde?
14:14No caminhão.
14:15Esta família é muito unida
14:28E também muito orçada
14:33Brigam por qualquer razão
14:38Mas acabam pedindo perdão
14:42Pirraça pai, pirraça mãe, pirraça filha
14:45Eu também sou da família, também quero pirraçar
14:47Catucar pai, catucar mãe, catucar filha
14:49Eu também sou da família, também quero catucar
14:52Catucar pai, mãe
14:54Filha, eu também sou da família, também quero catucar
14:57Bebel, a melhor coisa que a gente fez foi botar a sua geladeira no quarto, né, meu amor?
15:10Ficou ótimo?
15:10Eu já falei pra você tirar essa droga daí
15:12Ô, Bebel, tu tá me tratando assim nessa brutalidade há mais de uma semana, hein?
15:16Agostinho, essa geladeira era pra nossa casa nova
15:19Ninguém mandou você gastar o dinheiro do prêmio com essa obra do banheiro sem nem falar comigo
15:23Bebel, mas e os seus pais, Bebel?
15:26Eu também me importo com os meus pais, Tinho
15:29Você sabe disso
15:30Mas quando que a gente vai ter a chance de ter nossa casa de novo?
15:34Me diz, quando?
15:34Digo, quando eu ganhar uma raspadinha de novo
15:37Eu vou dar na sua cara, Agostinho
15:38Uma violência
15:39Não precisa isso
15:40Tudo bem, Bebel
15:41Realmente aquela é a nossa chance de ter a nossa casa
15:43Mas tem que ver meu lado, teu pai me pressionando, não tive como negar
15:47Como é que é, Tinho?
15:48Ô, papai, ele te pressionou a dar o dinheiro do prêmio pra pagar a obra?
15:52Ô, teu pai chegou junto mesmo
15:54Sabe quando os caras vão em cima do juiz?
15:55Que o juiz, a multidão chegou, pressão braba mesmo
15:58Mas como é que foi essa pressão?
16:00Hein, Agostinho, me fala
16:01Foi assim, pressão mesmo
16:03Sabe quando um homem faz pressão em cima do outro?
16:05Assim, aaaaaah
16:06Mas o que é que ele falou?
16:07Ele foi claro?
16:08Ele se insinuou?
16:09O que é que ele falou pra você se sentir assim, tão pressionado?
16:11Ele falou palavras fortes, né?
16:13Falou uns palavrões, eu não vou falar
16:15Porque eu acho que...
16:16Palavrão, papai?
16:17É, uns de época, da época dele
16:18Mas era palavrão mesmo
16:19Aí, pô, aí chegou e falou assim
16:20Agostinho, você bebeu agora tem um tempão, tá entendendo?
16:23Pô, eu sustentando tudo
16:24Me sacrificando e vocês aí nessa vida
16:27Aí ele usou uma imagem que eu não entendi
16:29Fala, agora que está entrando água no navio
16:31Eu entendi
16:32Navio, a gente mora numa casa
16:33Mas às vezes ele tem essas coisas
16:35Você vai fugir aí
16:36Porra, me xingou, cara
16:38Do que, Agostinho?
16:38Porra, você vai fugir igual um rato?
16:40Que a gente ia fugir como ratos, os dois
16:42Isso que ele quis dizer, foi
16:44Aí, bebê, você sabe?
16:45Eu entendi
16:45Eu não sou homem
16:46Não sou homem
16:49Eu estou dizendo, não sou homem
16:50Fiz uma pausa
16:50Eu não sou homem
16:51De ouvir o cara me chamar de rato e não fazer nada
16:54Claro que não
16:54Diz que eu não quero nada do seu pai
16:55Eu também não, Agostinho
16:57Eu não quero nada do papai
16:58Nada
16:59Amor, despeito
17:01Ratos
17:01Tá na hora aí
17:03Onde é que você vai, Tinho?
17:05Trabalhar, né, bebê?
17:06Alguém tem que trabalhar aqui, nessa casa
17:07Ai, minha chupa
17:21Me ajuda, meu santo, despedido
17:23Ai, Agostinho
17:24Bebeu, merece uma casa, santinho
17:26Mas, santo, presta atenção, hein
17:29Outra vez eu pedi um negócio
17:31E você fez outro, né?
17:32Ô, dona Nenê
17:33É proibido jogos de azar na minha pastelaria
17:35Não é de azar, não, Beisola
17:37É de sorte
17:37Coisa que eu não tenho
17:39Dona Nenê
17:39Eu não sabia que a senhora é dar raspatinhas
17:42Mas você é desespero de mãe, Beisola
17:44Nossa, Nenê
17:45Se eu puder ajudar
17:46Ai, pode
17:48Claro que pode
17:50Beisola
17:51Você que pode ajudar
17:52Senta aqui
17:52Você pode me ajudar
17:54Mas como, dona Nenê?
17:55Beisola
17:56Se a filha
17:58Tadinha
17:59De uma grande amiga sua
18:02Quisesse alugar uma casa sua
18:04E, tadinha
18:06Ela não tivesse muito dinheiro
18:08Você daria um desconto?
18:11Se a filha da grande amiga minha fosse a Bebel
18:13E o desconto é do tamanho que eu tô pensando
18:16A resposta é não
18:17Ô, Beisola
18:18Por que não?
18:20Ai, Beisola
18:20E a nossa amizade?
18:22Bom
18:22Pela nossa amizade
18:24Eu sou capaz de fazer qualquer coisa
18:26E a senhora?
18:28O que que tem eu?
18:29A senhora seria capaz de fazer qualquer coisa
18:31Pela nossa amizade
18:33É que, ô, ô, Beisola
18:34Se é o que eu tô pensando
18:36A resposta é não
18:38Ai, mas, dona Nenê
18:39Eu só tô querendo uma chance
18:42Chance?
18:42Que chance, Beisola?
18:43Uma chance de mostrar
18:44Os meus verdadeiros sentimentos
18:47Esta casa poderia ser sua
18:49Se nós morássemos juntos
18:51My true love
18:54E aí?
18:56Tem jogo?
18:58Tem
18:58Olha o jogo
19:01Olha só
19:01Lá
19:02É mesmo
19:03Que azuleiros são esses aqui?
19:15É, foi o senhor Agostinho que escolheu, Daniel
19:16Mas não foram esses o que eu escolhi
19:19Sim, mas essa aí é a cor predileta da Dão Bebel, né?
19:22Eu gosto que ele quis fazer uma média com ela, sabe?
19:24Coitadinho, tá tão triste
19:25Porque não alugou a casa de seu Beisola
19:27Vem cá, acabou todo o refrigerante dessa casa, né?
19:30Ah, tá na geladeira de seu Agostinho
19:33Aquela gela mais
19:34Tudo de melhor dessa casa
19:36Tá morando na geladeira do Agostinho
19:37Por que a gente não pendura logo a placa assim?
19:39Sob nova direção
19:40Limeuzinho
19:47Limeuzinho
19:47Limeuzinho, você não acha que o Agostinho ultimamente tá assim meio...
19:53Um pouco assim, vamos dizer, meio entrão?
19:56Limeuzinho
19:56O Agostinho casou com a Bebel
19:59Mudou pra essa casa e nunca mais saiu
20:02Ele é entrão há muitos anos
20:04Mas é o que eu acho, Limeuzinho
20:06Eu acho que ele agora tá demais, Limeuzinho
20:08Olha, ele bota as compras na geladeira dele
20:10E escolhe a cor dos azulejos
20:12Tudo muda na vida, Limeuzinho
20:14Até mesmo os azulejos
20:15Limeuzinho
20:16Limeuzinho, eu acho que você tem que conversar com ele
20:19Não posso fazer isso
20:20Por que não, Limeuzinho?
20:21Porque eu tô vendo TV, Limeuzinho
20:23Você sabia que quando o Leão ficaram velho
20:26Ele vira uma presa fácil pra ver isso?
20:29Ah, esses documentários são um saco
20:31O que é isso?
20:32O Bebel
20:33O que é que falta de respeito?
20:35Teu pai tá vendo televisão
20:36Pois é
20:37Se eu tivesse a minha própria casa
20:39Eu não precisava ficar aqui
20:40Vendo a TV dos outros
20:41Alô?
20:49É da casa de seu Agostinho
20:51O que que foi, mãe?
20:55Você veio brigar mais comigo, né?
21:00Vem sim, Bebel
21:00Eu vim te lembrar
21:02Que você tem que ter mais consideração com teu pai, ouviu?
21:05E olha, que se você quer culpar alguém
21:07Por não ter alugado a casa
21:08Culpa a mim, não o seu pai
21:10Mas o papai praticamente obrigou o Agostinho
21:12A dar a grana da obra, né?
21:14Que rio, Bebel
21:15Você ficou maluca?
21:17Você acha que teu pai ia fazer uma besteira dessas, Bebel?
21:19A gente só aceitou aquele dinheiro
21:21Porque o Agostinho fez questão
21:22A gente não pediu nada, não, Bebel
21:24Muito menos o seu pai
21:25Não foi isso que o Agostinho me contou
21:28Ô, Bebel
21:29Eu pensei que você conhecesse melhor o seu pai
21:31E o seu marido também
21:34O que que você tá querendo dizer com isso?
21:36Quem que faz as besteiras nessa casa, Bebel?
21:41Mas...
21:41Que isso?
21:42O que que é isso?
21:43O que é isso?
21:44Traz!
21:45O que que é isso?
21:45O que que é isso?
21:51O que que é isso, Marreta?
21:53Bebel, eu não sabia que a senhora tava aí
21:54Mas que buraco é esse, seu Marreta?
21:57O doutor Agostinho que mandou eu fazer uma porta aqui do banheiro pro quarto dele
22:00Pode virar uma suíte, né?
22:01Mas...
22:01Mas ele não falou nada pra mim disso
22:04Eu acho que tem muita coisa que o Agostinho não te fala direito, né, Bebel?
22:08Agostinho Carralha, eu já sei de tudo
22:23Bebê, seu amor, não vai ser ótimo, mas vamos ter uma suíte
22:27Beleza
22:27Eu não tô falando disso, eu tô falando do papai
22:30Eu tratei ele mal, sabe por quê?
22:32Gênio, né?
22:32Essa gênio brabo
22:33Não, não é gênio brabo não, Agostinho
22:35É porque você me falou que ele te pressionou a pagar essa obra
22:38É, sim, foi, pressionou, pediu
22:41Ô, Agostinho, vem cá, o papai te pediu mesmo esse dinheiro?
22:44Ah, pedi, o que que é dizer isso, né?
22:46Pedir assim?
22:47Não, fez uma pressão psicológica do caramba no meu intelecto
22:49Pressão mesmo, a vez do cara não fala
22:53Mas o gesto diz mais que mil palavras
22:55Eu sei, eu conheço um gesto
22:57Mais que mil palavras
22:58Olha, você precisa ver as besteiras que o Agostinho tá fazendo
23:03A casa é sua
23:04A casa é minha, mas a obra é dele
23:07Ih, peraí
23:09Tu, papai, você é mó vergonha na minha vida, naquela loja
23:13Mas por quê? Não tinha o carrinho de bebê?
23:15Tinha, tu, porque não tinha, era dinheiro
23:17O chá que era cinco fundos
23:18Como assim? O chá que era do Agostinho?
23:20É motivo melhor pra não ter fundos?
23:25Eu me casei com você
23:27Eu não sei o que é que você ganhou comigo
23:28Não é mola, Bebel, Dona Nenê?
23:29Eu acho tudo errado
23:29Eu não entendo por que eu casei com você
23:31Se eu falar pra você, Dona Nenê, Dona Nenê
23:33Você não poderia dizer pra Bebel
23:35Que tudo que eu faço
23:36É pelo bem desta família
23:37Inclusive dá cheque sem fundo pro Tuco, né?
23:40Agostinho, você tá demitido do cargo de padrinho do meu filho
23:43Ótimo, ótimo
23:44Isso aí pra mim é uma preocupação a menos
23:46Mas isso não existe
23:48Por que não fala?
23:49Ai, eu não tô me batendo
23:52O que é isso?
23:53Gente, eu tô me batendo
23:54É nada, não é nada
23:57Pois não
23:58Nós viemos buscar a geladeira
24:00Por quê? Algum problema com a geladeira?
24:01Não, o defeito estar em cheque
24:02Tá vendo? A gente já perdeu a casa
24:05Chegou a sua hora de enfrentar as hienas
24:16Segura ela
24:18Segura ela
24:19Calma aí
24:35Bebel, eu gastei todo o dinheiro
24:38Na obra do banheiro
24:39Quando eu vi o dinheiro tinha acabado
24:41Não fala comigo
24:43Não fala comigo
24:50Agostinho
24:50Botuco, eu queria que você soubesse
24:54Que eu vi um choque
24:55Ó, você não fala, Botuco
24:56Quando eu tinha dinheiro, né?
24:58Quando eu era...
24:59Quando eu era rico
25:00Isso, acho que é assim que fala
25:02A palavra é essa, rico
25:03Todo mundo me tratava bem
25:05Não é assim que me tratava bem
25:06Agora que eu não tenho mais nada
25:08Estamos aqui tudo bem
25:10Eu não compreendo
25:11Agora eu posso compreender
25:12Porque certas pessoas
25:14Milionários
25:15Não é assim que se fala
25:16Acho que a palavra é essa
25:16Milionários
25:17Eles quando perdem tudo
25:19Eles fazem uma besteira
25:22Ô, Agostinho
25:23Você não precisa perder dinheiro
25:24Pra fazer besteira
25:25Acho que se é pra ser tratado assim
25:27Com esse...
25:29Desprezo
25:31Acho que a palavra é essa, né?
25:32A palavra é desprezo
25:33É melhor eu ir embora
25:35E vai mesmo, Agostinho
25:37É, Milionário
25:38Eu vou embora
25:39Como assim?
25:39Vou por quê?
25:40Porque eu falei com o Bençola
25:41A casa aí do lado está alugada
25:43Em nome de vocês
25:44Tá aqui o contrato
25:45Eu não acredito
25:46Nem ia, Corineu
25:47Como é que eu vou pagar isso?
25:49Você não vai pagar por um bom tempo, Agostinho
25:51Afinal, você bancou a obra aqui de casa, não é?
25:54Ué
25:55E quem é que vai pagar então, Milion?
25:57Eu?
25:58Eu vou acertar minha dívida com o Agostinho
26:00Pagando parceladamente em forma de aluguel
26:01Quando eu devolver tudo
26:03Ele assume o aluguel da casa
26:05Ai, pai, obrigada
26:07Obrigada, Paizinho
26:11E desculpa
26:12A gente foi super injusto com você
26:15Eu é que peço desculpas por atrapalhar o seu sonho, Bebel
26:18O Tuco também tem uma coisa muito importante para falar para o senhor, né?
26:24É, é que eu estava pensando em te chamar de novo para ser o padrinho do nosso filho
26:28Pensando?
26:29Não, não
26:30Já pensou, né, Tuco?
26:32E a gente ficaria muito feliz se o senhor aceitasse
26:34É claro que eu aceito
26:36Marreta, agora que o Agostinho não está mais à frente da obra
26:49Eu estabeleci novas diretrizes para o trabalho
26:52E uma delas é a obra ser mais rápida
26:55Então para isso nós temos que contratar um ajudante
26:58Ou então substituir o pedreiro
26:59Sim, mas aí, nesse caso, a gente pode dar uma agilizada, né?
27:03Ótimo, você vai trocar os azulejos pelos que a Nenê quiser
27:06Depois você fecha o buraco da parede
27:10Porque não vai haver mais suíte
27:12Certo, certo, doutor Lineu
27:14Agora eu vou dizer uma coisa para o senhor
27:15Olha, nós vamos ter que comprar mais material, né?
27:18Desde que esteja dentro de orçamento limitado, tudo bem
27:21Se eu não querendo fazer um gatilho, meu Deus, eu sei que...
27:23Quem é que está rindo aqui, hein?
27:25Calma, Lineuzinho, ele falou sem pensar, né?
27:28Mas da próxima vez você pense antes de falar
27:30Porque assim vai se lembrar que está sendo pago para fazer a obra
27:32E não para fazer piada
27:33Fui claro?
27:37Alô?
27:39É da casa de doutor Lineu
27:40Acordado a essa hora, professor?
27:55Ah, é, Lineu
27:56Se eu dormir o tempo, ó
27:57Voa
27:58Eu quero que ele passe bem devagar
28:00Você não está animado com a nova casa?
28:04Não, nem um pouco
28:05Quando eu fizer besteira lá, Lineu
28:08Quem é que vai brigar comigo?
28:09Até o tempo, pô
28:10Quem é que vai brigar com a Bebel?
28:13Você, Agostinho
28:14Isso não vai dar certo, não
28:16Vai sim, Agostinho
28:18Você está com medo
28:20Medo?
28:22Eu?
28:22Medo?
28:23Estou a morrer de medo
28:24Todo mundo sente isso quando sai de casa, Agostinho
28:26Eu sei bem como é que é
28:28No dia em que eu e a Nenê viemos para cá
28:32Eu fiquei parado ali no portão
28:34Congelado antes de entrar
28:36E o que fez você entrar?
28:38Foi
28:38Percebi que não tinha mais volta
28:40Não dependia mais de mim
28:41Era a minha vida que estava me empurrando para a frente
28:44Eu estava crescendo, querendo ou não
28:46No início assusta, mas depois a gente vê
28:49Que sabe enfrentar as novas cobranças
28:52Você acha que eu vou conseguir?
28:54Agostinho, se eu conseguir
28:55Você vai conseguir também?
28:57Olha, meu
28:58Obrigado aí por lá
28:59É bom saber
29:00Que no começo você era igual a mim
29:02É, Agostinho
29:04Também não exagera
29:06Obrigada, Beixola
29:16Olha, eu juro que a gente vai cuidar da casa como se fosse nossa
29:19Não, de jeito nenhum
29:20Cuide dela como se fosse minha mesmo
29:21Ela só está alugada
29:22Tá bom
29:23Tia
29:24Me pega no colo, vai
29:26Para mim é como se nosso casamento estivesse começando hoje
29:29Vai, vai, Tia
29:30Se eu soubesse, eu tinha feito uma festa de despedida de solteiro
29:33Força, Agostinho
29:39Tchau
29:41Ô, filha
29:43Que essa casa traga muita felicidade para eles
29:45Para eles eu não sei
29:47Mas para mim já trouxe muita felicidade
29:49Tchau, Agostinho
29:50Ai, meu Deus
29:52Obrigado, meu santo expedito
29:54O que é isso, neném?
29:55Você devia agradecer o São Lineu
29:57Fui eu que resolvi a situação
29:58Foi não, Lineuzinho
29:59Foi o santo
30:00Tá, tá, neném
30:01Então você manda o aluguel para o santo expedito pagar, tá bom?
30:03Lineuzinho, pelo amor de Deus
30:04Não fale assim que o santo ouve e castiga
30:06Nenê, já castigou entupindo o encanamento aí de casa
30:09Não, não, não, não
30:10Aquilo fui eu que fiz um pedido
30:12Aí o santo estava distraído e entendeu errado
30:14Não, mãe
30:15O encanamento entupiu porque nunca foi feita uma obra nessa casa
30:17Como se mete?
30:18Mas eu sou assim
30:19Porque quem não pode se meter, ele é meu filho
30:20Não, mas não se mete, neném
30:22É que eu não me...
30:22Eu não me...
30:23Eu não me...
30:24Eu não me...
30:25Eu não me...
30:26Eu não me...
30:27Vou pra casa
30:28Vem pra casa
30:28Vem pra casa
30:29Vem pra casa
30:30Vem pra casa
30:32Com o cubo e a razão
30:35Nós acabamos pedindo perdão
30:39Pirassapé
30:40Pirassamu
30:40Pirassapé
30:41Eu também sou da família
30:42Também quero pirassar
30:43Gabe
30:44Cadê
30:46Filha, eu também sou da família, também quero catucar
30:48Catucar pai, mãe
30:50Filha, eu também sou da família, também quero catucar
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