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  • 31/05/2025
Em meio a um cenário complexo envolvendo segurança pública, assistência social e o uso de drogas, a atuação em relação aos moradores de rua no Centro de Curitiba tem enfrentado entraves legais e estruturais. Em conversa com o XV Cast, do portal XV Curitiba, o vereador Guilherme Kilter (Novo) afirmou que, apesar da existência de uma rede de acolhimento ampla mantida pelo poder público, decisões judiciais e a atuação do tráfico de drogas tornam o problema difícil de ser combatido de forma efetiva.

Segundo o parlamentar, Curitiba oferece suporte a pessoas em situação de rua por meio de hotéis sociais, abrigos, restaurantes populares e programas como a Mesa Solidária. No entanto, mesmo com essas opções disponíveis, muitos continuam nas ruas, especialmente no centro da cidade. A principal razão, segundo ele, seria o acesso facilitado à esmola e ao tráfico de entorpecentes.

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Transcrição
00:00Mas o Alexandre de Moraes, acionado pelo PSOL, fez uma liminar monocrática ali,
00:05que ele decidiu que não pode internar involuntariamente morador de rua.
00:08Pessoa, seja viciada em drogas, ela pode estar largada na rua sem consciência,
00:14você não pode internar.
00:15E aí, claro, tem Ministério Público e Defensoria Pública que fiscaliza essa norma.
00:18Então, a gente não tem como só tirar a pessoa da rua.
00:21A jurisdição não permite.
00:23Mas você é preso, né?
00:24Exatamente. Então é um negócio muito mais complexo.
00:27E aí, claro, você tem o tráfico de drogas, que quer manter aquelas pessoas na rua.
00:31Curitiba é uma cidade que dá toda assistência.
00:33Se as pessoas quisessem internar, se tratar, tem hotel social que ela pode passar tempo,
00:37tem restaurante popular que ela pode ter comida, mesa solidária,
00:40se ela não tiver nenhum real para pagar lá no restaurante popular, tem comida.
00:43Assim, qual que é o problema do centro?
00:45Lá o morador de rua tem acesso à esmola.
00:48Então, o pessoal, o Curitibano é muito solidário, ainda mais no frio e tal, dá esmola.
00:52Então, ele tem acesso ao Bolsa Família,
00:54que é quando ele, na maior parte das vezes, usa para comprar droga.
00:57Por quê? Porque ele já tem comida e abrigo na prefeitura.
01:00Então, ele come no restaurante popular, na mesa solidária,
01:03dorme no hotel social, dorme no abrigo,
01:06e aí ele usa o dinheiro que sobra da esmola para comprar droga.
01:09E aí, no centro fica o restaurante popular, a mesa solidária,
01:13a esmola e o traficante de droga.
01:14Então, ele fica no centro.
01:15É por isso que fica lá.
01:16Então, a gente tem conversado com a prefeitura para, claro,
01:19tirar os restaurantes populares, tirar a mesa solidária do centro.
01:23Tem a questão das igrejas e das ONGs que fazem a distribuição de alimento lá,
01:26que concentra mais.
01:28A gente tem trabalhado em conscientização para que faça dentro do equipamento da faça,
01:32que é muito melhor, a gente consegue controlar mais.
01:34E aí tem a questão de segurança.
01:35E aí, nessa gestão do Eduardo, a gente tem que tirar o chapéu,
01:38porque a Operação Centro Seguro veio para arrebentar.
01:40Uma força junto com o governo do estado,
01:43colocando polícia civil, polícia militar,
01:45todo tipo de polícia no centro.
01:46E aí, a abordagem.
01:47Não adianta.
01:48Eu tenho que convencer esse cara.
01:49Eu tenho que incomodar ele a ponto de convencer ele a se internar.
01:52Então, você não pode internar.
01:54E assim, por que não prende o traficante?
01:56Cara, eu fui lá na frente do centro do Pobre da Faça,
01:58todo mundo sabe o que é o traficante.
02:00O cara já foi preso 15 vezes.
02:02Vai na audiência de custódio e solta.
02:03Então, o problema, eu diria que é judiciário.
02:05Não é um problema de segurança,
02:06não é a legislação municipal.
02:09Não tem como a gente fazer quase nada.
02:11É muito limitado o que a gente pode fazer.
02:13Porque o assunto é de segurança pública,
02:15de política sobre drogas.
02:17Então, isso está na esfera federal.
02:18Não consigo...
02:19Mesmo que a gente aprove aqui uma internação humanitária compulsória,
02:23o STF barra.
02:25Então, assim, como um vereador, o papel é limitado.
02:27A gente pode articular com a prefeitura,
02:29sugerir ideias, propostas.
02:31É isso que a gente tem feito.
02:32Mas, claro que daí,
02:33depende da prefeitura catar e a gente tirar.
02:35Mas o diálogo tem sido muito bom.
02:37Inclusive, semana que vem,
02:37eu tenho uma reunião com o Paulo Martins,
02:39que está à frente dessa questão dos moradores de rua.
02:42Ele tem uma história pessoal até,
02:43com o cunhado dele e tal,
02:45nessa situação.
02:45E tem feito um trabalho muito bom.
02:47A gente vai levar algumas propostas,
02:48algumas ideias para ele.
02:50Não dá para falar aqui agora ainda o que é,
02:51mas a gente está com algumas ideias muito boas.
02:54Se der certo, implementar.
02:56E acho que no segundo semestre
02:57a gente pode ter resultados bons.
02:58Não dá para falar aqui.
03:01Se der certo,
03:03não dá para falar aqui.
03:04Se der certo,
03:06não dá para falar aqui.

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