- 31/05/2025
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TecnologiaTranscrição
00:00Olá pessoal, boa noite, tudo bem com vocês? Sexta-feira já chegou e também hoje dia 30 de
00:16maio de 2025, já chegando pertinho do encerramento do mês de maio, junho já já tá aí. Começando
00:25agora mais uma edição do Olhar Digital News. Participem da nossa transmissão com comentários
00:33nas redes sociais, aquele like na nossa transmissão e também, é claro, chamem mais pessoas para
00:39participarem aqui da nossa transmissão, combinado? Bom, e amanhã nós teremos mais um capítulo para
00:47a história, perdão, para a história do turismo espacial, atividade que está apenas começando.
00:54Vamos agora aos detalhes.
01:00Depois de levar Katy Perry ao espaço, a Blue Origin se prepara para colocar mais turistas em órbita.
01:07O grupo de seis pessoas vai decolar neste sábado, às dez e meia da manhã, pelo horário de Brasília,
01:13diretamente da base de lançamento 1, no Texas, nos Estados Unidos. Vamos conhecer os tripulantes da vez.
01:19Amy Medina Jorge é professora do ensino médio e fundamental e liderou mais de 60 experimentos
01:26espaciais, muitos desenvolvidos por alunos. A doutora Gretchen Green é radiologista especializada
01:33em imagem feminina, com mais de 20 anos de experiência clínica. Jaime Aleman é advogado,
01:39empresário e ex-embaixador do Panamá, nos Estados Unidos. Jesse Williams é empreendedor e aventureiro
01:47canadense. Mark Rocket trabalha no setor de tecnologia da Nova Zelândia. Ele é CEO da
01:53Kia Aerospace, uma companhia que está desenvolvendo uma aeronave de imagens aéreas movida a energia
01:59solar que opera na estratosfera. Por fim, Paul Jerrys. Ele é incorporador imobiliário e filho
02:06de um engenheiro da NASA. Por isso, o interesse pelo espaço começou logo cedo. Até o momento,
02:12a Blue Origin transportou 58 pessoas e mais de 175 cargas científicas acima da linha de
02:18Kármán, a fronteira espacial reconhecida internacionalmente.
02:29E vamos ver ainda na edição desta sexta-feira. Elon Musk divulga planos ambiciosos para a SpaceX.
02:38diz que a Starship pode ir a Marte ano que vem e que uma cidade pode ser construída no planeta
02:46vermelho. Teremos hoje uma entrevista para entender esses desafios dessa missão. E a ciência acaba de
02:54encontrar um uso para os microplásticos, que são vistos como ameaça ao meio ambiente e também à nossa
03:01saúde. Os brasileiros estão de olho em uma vaga de trabalho nas Big Techs. É o que mostra um levantamento,
03:10indicando que são milhões de pesquisas no Google em busca de oportunidades. Inovação na veterinária.
03:20Um colete inteligente ajuda cães cegos a andarem com mais segurança. E na coluna Olhar Espacial de hoje,
03:28Marcelo Zurita conta uma história de amor na astronomia. Um casal de cientistas fez história na busca por
03:37asteroides. Fique com a gente. O Olhar Digital News de hoje já está começando e tem muito mais.
03:45A exploração espacial é fundamental para o desenvolvimento científico, para a proteção do nosso planeta e até para
04:03entendermos melhor o nosso passado. Mas existem algumas questões éticas importantes em debate, como nós vamos ver
04:12no caso a seguir.
04:17Já que ainda não encontramos vida fora da Terra, por que não levar formas de vida para outros mundos, em nome da ciência?
04:26Essa é a ideia ousada de um artigo publicado na revista Space Policy, enviar micro-organismos daqui para
04:34Encelado, uma das luas geladas de Saturno. O objetivo seria estudar como eles se comportam em um ambiente com água e
04:42condições favoráveis, mas ainda estéreo, caso se confirme que não há vida nativa por lá. Isso porque Encelado e Europa,
04:50luas de Júpiter, são considerados os locais mais promissores do sistema solar neste aspecto. Ambos têm oceanos
04:57profundos, sob camadas de gelo. No caso de Encelado, já se sabe que há atividade química e elementos
05:03essenciais à vida nas águas subterrâneas. Se, e somente se, for confirmada a ausência de vida,
05:11cientistas sugerem introduzir micro-organismos nesses oceanos. A ideia é observar o desenvolvimento deles em um
05:19cenário semelhante ao da Terra primitiva. Isso pode ajudar a entender a origem da vida no nosso planeta e,
05:25ainda, a imaginar como seria colonizar outros planetas ou luas com recursos limitados. A discussão sobre como
05:33e se devemos interferir nesses ambientes é essencial e difícil. Explorar o espaço pode ensinar muito sobre a vida,
05:42mas exige responsabilidade.
05:44E a gente ainda vai falar bastante sobre a questão ética da exploração espacial hoje aqui no programa. Daqui a pouquinho
05:59você vai ver os planos de Elon Musk para colonizar Marte. Mas, por enquanto, vamos continuar aqui na Terra mesmo,
06:07mais precisamente no Canadá. O Arthur Igreja, que é especialista em tecnologia e inovação, fala com a gente
06:15direto ao vivo de Vancouver, onde foi realizado o Web Summit. Vamos lá receber Arthur Igreja aqui ao vivo
06:24nos nossos estúdios. Olá, Arthur Igreja. Muito boa noite. Bem-vindo ao Olhar Digital News.
06:31Olá, Marisa. Boa noite. Obrigado pelo convite.
06:36Obrigada a você, Arthur. Hoje, sim, já estamos aqui ao vivo para falar sobre esse evento,
06:41o Web Summit, que aconteceu durante a semana. E eu queria lembrar que você, essa semana,
06:46falou com a gente, mais precisamente na quarta-feira, que um dos temas que estava bastante presente
06:52era que era um mercado mais maduro, digamos assim, um pensamento mais maduro
06:56com relação à inteligência artificial. O que você pode dizer sobre as outras novidades aí
07:02do dia de ontem aí no Web Summit em Vancouver, Arthur?
07:08Olha, é muito intrigante, é muito interessante ver esse amadurecimento, né? Porque ontem eles usaram
07:15uma metáfora que eu achei super interessante, que é o seguinte. A tecnologia, conforme ela vai sendo
07:21desenvolvida, é algo muito parecido com a corrida espacial, né? Então, o objetivo,
07:26o objetivo maior, por exemplo, na década de 60, era ter a supremacia para chegar na Lua,
07:31mas justamente essa busca por um alvo distante trouxe um sem fim de descobertas ao longo do caminho.
07:38Então, é mais ou menos isso que está acontecendo com a inteligência artificial.
07:41Algumas dificuldades maiores do que se previa e outras descobertas no caminho.
07:47Então, um dos campos que foi muito debatido aqui é justamente o uso bom dos dados,
07:52os chamados de dados sintéticos. Aliás, tem muita gente querendo rever esse nome.
07:57Então, é por isso que está tendo avanço nos carros e caminhões autônomos.
08:01O que eu quero dizer com isso? Ao invés de usar aquela estratégia de ficar tentando
08:05coletar dados com câmeras de todas as cidades, mundo afora, para tentar ensinar para os carros
08:11como se comportar, hoje, com a IA generativa, é possível basicamente simular qualquer situação
08:16de trânsito. Então, o carro não precisa passar por aquela situação para adquirir aquele conhecimento.
08:23Então, é muita coisa avançando rápido nesse campo.
08:27No outro lado, muita gente falando sobre ad computing. O que é isso?
08:31É a capacidade de você conseguir processar determinadas questões críticas de ir localmente.
08:37Porque hoje, tudo isso está sendo processado, ou em grande parte, nos data centers,
08:43mas aí nós estamos falando de acesso remoto, acesso por nuvem.
08:47Em muitos casos, você não pode fazer isso. Você não pode depender de conexão.
08:52Também, em relação à IA, me chamou muito a atenção ontem uma sessão a respeito de chips fotônicos.
09:00Então, o que é isso? Na verdade, nós temos as GPUs, as placas lá, como o da NVIDIA,
09:06mas um dos aspectos que restringe a IA é justamente a conexão entre esses chips,
09:12entre essas placas, entre essas GPUs. E aí, tem uma startup que criou esses chips fotônicos.
09:19Então, por que são fotônicos? Porque eles usam fótons para fazer a transmissão da informação
09:24ao invés dos elétrons. E com isso, eles conseguem uma banda, uma largura de banda
09:29incrivelmente mais alta. E aí, esse somatório de GPUs são ainda mais poderosos.
09:35Então, o que me chama a atenção, o que é o tema em comum entre todas essas pequenas novidades?
09:41Que são coisas que não eram debatidas há dois, três anos atrás.
09:45Então, é esse refinamento da inteligência artificial e, por outro lado, desafios não previstos,
09:51como os LLMs funcionando incrivelmente bem para algumas coisas e falhando miseravelmente em outras.
09:59Então, a questão é, será que os LLMs serão suficientes? Como melhorar tudo isso?
10:04Então, foram temas muito quentes por aqui nesses últimos dias.
10:08Pois é, assuntos diferentes, interessantes mesmo. É a evolução muito rápida dessa questão
10:13das inteligências artificiais. Não, Arthur? Agora, outro tema que você também selecionou para a gente
10:19é a questão da desinformação. Como que essa discussão vem sendo abordada
10:24pelas lideranças da tecnologia, Arthur?
10:28Olha, esse tema também foi muito representado em vários painéis,
10:32porque tem tudo a ver com inteligência artificial, né?
10:36Só vê o que acontece com essa última ferramenta que o Google lançou, o Vio 3.
10:41Os vídeos são incríveis e agora com áudio, né?
10:44Então, nós tivemos muitos virais aí nos últimos dias de vídeos feitos em português,
10:49inclusive vídeos engraçados, né? Com os personagens ali criados por Iá
10:54se rebelando contra a Iá, mas os debates não eram muito nessa direção, né?
11:01Então, isso é meio inevitável, né? A Iá, nós já sabíamos que ela ia chegar nesse ponto.
11:07É praticamente impossível discernir o que foi criado por Iá, o que foi filmado,
11:11o que foi fotografado e tudo mais.
11:13Então, a discussão estava muito no sentido de que talvez não tenha solução para isso, sabe?
11:18Por mais que você possa usar determinadas inteligências artificiais para detectar conteúdo falso,
11:25o debate foi muito na direção de dois aspectos que me parecem fundamentais.
11:29O primeiro é o seguinte, sistema de incentivo dos algoritmos, né?
11:33Então, alguns especialistas reforçando que o que o algoritmo está tentando buscar na rede social
11:40é engajamento. Nunca foi a busca pela verdade, a busca pelo factual,
11:45a busca por atestar se algo aconteceu ou não.
11:49Então, é engajamento. E se esse engajamento é real ou não, o povo faz diferença.
11:54Quer dizer, não tem diferença nisso.
11:56Traduzindo, as redes sociais são feitas para prender a atenção das pessoas,
12:00manter o tempo de tela e exibir anúncios.
12:03Então, não existe compromisso nenhum.
12:06Então, fake news, talvez elas ajudem esse engajamento.
12:09E do outro lado, uma discussão bastante pesada, justamente sobre essa formação das bolhas
12:14através da tecnologia, em que um especialista foi muito categórico,
12:19dizendo o seguinte, olha, as pessoas...
12:22Eu nem me importo mais com isso, porque o que ele falou foi,
12:26nós chegamos num estágio, e que a tecnologia tem um papel nisso tudo,
12:30em que as pessoas, elas escolheram os role plays, né?
12:34O que ele quer dizer com isso? Personagens, personagens, narrativas, grupinhos.
12:38E ele estava até satirizando ao ponto do, sabe, aquele personagem A,
12:44personagem A, da tendência A ou B, politicamente, né?
12:50Só para exemplificar uma das segmentações que nós temos.
12:54Então, na verdade, essa pessoa, ela só consome conteúdo
12:57que é aderente ao grupo que ela participa.
13:01Então, o argumento é que, no final das contas, muitos veículos, muitas pessoas,
13:08e até mesmo os que debatem como reduzir esses danos,
13:11eles estão simplesmente enxugando gelo.
13:14Talvez seja um assunto sem uma solução ou mais do que isso.
13:19Simplesmente as pessoas não querem resolver isso.
13:21Mas isso direciona para algo bastante perigoso, aliás, não é, Arthur?
13:25Porque, afinal de contas, você acaba tendo opiniões, digamos, polarizadas,
13:30e você quer ignorar o outro lado.
13:33Quer dizer, não existe mais o debate, não existe mais o outro ponto de vista,
13:36não existe mais uma conciliação de ideias, né?
13:40Realmente leva para um caminho tanto quanto perigoso isso, não é?
13:44Sem dúvida, sem dúvida. Concordo plenamente.
13:47Agora, Arthur, para fechar, a gente tem observado, então,
13:50nos eventos ao redor do mundo,
13:53que os eventos de tecnologia quase sempre estão se transformando mais
13:57em um grande salão do automóvel.
13:59Nesse segmento, veículos, como que foi o comportamento aí
14:03no Web Summit Vancouver?
14:06Olha, é muito rico, porque até aqui no Canadá
14:09tem uma das principais startups do mundo,
14:11justamente de caminhões autônomos,
14:13que foi naquela linha que eu mencionei,
14:15de uma estratégia muito inovadora,
14:18são dissidentes de uma iniciativa que o Google tinha anos atrás,
14:23quando o Able ainda fazia parte do Google,
14:25justamente nessa linha de simulação,
14:28aquilo que a NVIDIA chama de multiverso,
14:31que é a criação desses universos digitalizados,
14:36mas que ajudam justamente nas respostas no mundo real.
14:41Então, muitos avanços me chamam a atenção
14:43quando nós vemos esse crescimento,
14:46e hoje sai uma notícia dizendo que o mercado potencial
14:50é de mais de um trilhão de dólares nesse mercado de mobilidade.
14:54Para dar o número, nos Estados Unidos,
14:56são quase 4 milhões de motoristas de aplicativo.
14:59Então, quer dizer, existe um problema real,
15:02existe um problema a ser endereçado da mobilidade.
15:05E muito se debateu o impacto que isso tem nas cidades,
15:09com o avanço de startups, como o caso da Weymour,
15:12como agora a Tesla, começando a receber mais licenças
15:16para operar com seus robotaxis, com carros autônomos.
15:21Então, mostrando o impacto que determinadas cidades
15:24têm uma área útil tomada por estacionamentos,
15:27que é uma coisa colossal.
15:29Além disso, a questão do emprego de capital.
15:32Você tem muitas pessoas que acabam empregando
15:36uma parte muito grande do seu orçamento familiar
15:38para usar o carro, algo que elas precisam.
15:41Então, se elas tivessem uma alternativa,
15:43como um carro autônomo, prestador de serviço,
15:46elas provavelmente tomariam decisões diferentes
15:49em relação a ter a posse do carro ou não.
15:51Então, o resumo dessa história toda
15:53é o que alguns falaram,
15:55é que nós estamos tendo um novo momento nesse assunto,
15:59que, lembrando, há 10 anos atrás,
16:02a indústria de tecnologia prometia
16:04que seria algo que seria resolvido muito rapidamente.
16:07Essas empresas não têm outro termo
16:10que não seja que quebraram a cara,
16:11perceberam que a dificuldade seria muito maior.
16:14Mas agora, sim, a tecnologia vai chegando
16:17num patamar em que, em determinadas cidades,
16:20em determinadas situações,
16:21de fato, esses carros se tornam,
16:24os carros autônomos, muito mais confiáveis.
16:27E assim como, no começo da nossa conversa,
16:29que eu falei que a Corrida à Lua
16:31trouxe uma série de tecnologias
16:32que beneficiaram a todos,
16:34nesse caso também é verdade.
16:37Porque mesmo que nós não tenhamos
16:38carro autônomo para todo mundo,
16:40os carros estão ficando incrivelmente mais seguros,
16:43em grande parte,
16:44justamente pela tecnologia desenvolvida
16:46para os carros autônomos.
16:47muito bom, está aí mais um evento
16:51com o Arthur Igreja,
16:53que é especialista em tecnologia e inovação.
16:55Arthur, mais uma vez,
16:57muitíssimo obrigada por participar aqui com a gente,
16:59trazendo tantas novidades do Web Summit Vancouver.
17:02Muito obrigada e até uma próxima,
17:04até um próximo encontro.
17:07Obrigado, Marisa.
17:08Sempre um prazer de trazer as informações
17:10de primeira mão aqui para o Olhar Digital.
17:11Até o próximo.
17:12Até. Boa noite, Arthur.
17:14É isso aí, pessoal.
17:16Vocês sempre recebendo informações.
17:19Opa, cadê o meu mouse aqui
17:20para fechar a minha tela?
17:21Sumiu.
17:22Pronto, aqui está.
17:23Vamos lá, então,
17:24continuando com o nosso boletim.
17:27Espera um pouquinho que minha tela
17:28não quer fechar aqui.
17:29Fechou.
17:30Pronto, agora sim.
17:32Vamos lá com a participação
17:33de Arthur Igreja, olha só,
17:35trazendo as novidades
17:37do Web Summit Vancouver para a gente.
17:39Muito bacana, não é?
17:40Bom, e agora vamos falar sobre medicina.
17:45Interromper ou controlar o processo de envelhecimento
17:49é um dos grandes desafios da medicina.
17:52Mas o setor espacial também está comprando essa missão.
17:57Vamos entender os detalhes na reportagem.
18:00A necrose ocorre quando células morrem de forma inesperada,
18:08normalmente por infecção, lesão ou doença.
18:12Agora, um estudo publicado na revista Nature Oncogen
18:17pode ressignificar essa visão.
18:20Antes entendida como uma etapa final e descontrolada,
18:24essa forma de morte celular surge como possível chave
18:29para o combate às doenças do envelhecimento
18:32e ainda pode ajudar a superar obstáculos da exploração espacial.
18:37O artigo contou com colaboração de cientistas
18:41de diversas instituições renomadas,
18:44entre elas Harvard, NASA e a Agência Espacial Europeia.
18:49O objetivo é, claro, olhar para a necrose não como fim,
18:55mas como um ponto de partida para descobertas.
18:59Diferentemente da morte celular programada,
19:03organizada e benéfica para a manutenção do corpo,
19:07a necrose é caótica.
19:09Células se rompem, liberam substâncias tóxicas
19:13e inflamam tecidos ao redor.
19:16Ela é especialmente prejudicial nos rins.
19:19Para termos uma ideia,
19:21cerca de metade das pessoas com mais de 75 anos
19:26desenvolvem algum grau de doença renal
19:29e a necrose está no centro desse processo.
19:33Entender e controlar esse processo
19:36pode abrir caminho para novas terapias,
19:39segundo os autores do estudo,
19:41interrompendo ciclos de degeneração
19:45que levam a doenças como Alzheimer,
19:48insuficiência renal e problemas cardíacos.
19:52Keith Sewey, pesquisador da University College London,
19:57avalia que ninguém realmente gosta de falar sobre a morte,
20:02nem mesmo em nível celular,
20:04o que talvez explique por que
20:06a fisiologia da morte é tão pouco compreendida.
20:10De certa forma, a necrose representa justamente isso.
20:15Se células suficientes morrem,
20:18os tecidos morrem,
20:19e então nós morremos.
20:22A pergunta é,
20:23o que aconteceria se pudéssemos pausar
20:26ou interromper esse processo?
20:29A necrose também preocupa
20:31quem olha para o futuro fora da Terra.
20:34Os rins dos astronautas são particularmente afetados
20:38pela microgravidade e pela radiação em missões espaciais.
20:44Ou seja, estamos falando de um dos principais obstáculos
20:48para viagens prolongadas.
20:51O professor Damian Bailey,
20:53da Universidade de South Wales
20:55e da Agência Espacial Europeia,
20:58explica e resume bem,
21:00controlar a necrose oferece o potencial
21:03não apenas de transformar a longevidade na Terra,
21:08mas também de ampliar as fronteiras da exploração espacial.
21:12E por falar em astrobiologia,
21:21esse é o assunto de hoje
21:23do Marcelo Zurita
21:25em mais um programa
21:26Olhar Espacial.
21:28Vamos ver agora
21:29o que ele preparou para a gente.
21:35A busca por vida fora da Terra
21:38é uma das grandes aventuras
21:40da ciência moderna.
21:41Mas você sabia que mesmo antes da Era Espacial
21:44e da consolidação da astrobiologia
21:47como campo de pesquisa,
21:49já existiam brasileiros
21:50que se dedicavam a investigar
21:53e a divulgar a possibilidade de vida
21:55em outros planetas?
21:56No programa Olhar Espacial
21:57desta sexta-feira,
21:59vamos embarcar em uma viagem no tempo
22:01para descobrir os pioneiros
22:03da astrobiologia aqui no Brasil.
22:06Venha com a gente conhecer
22:07as histórias fascinantes
22:08de personagens visionários
22:10dos séculos XIX e do século XX,
22:14que mesmo sem os recursos tecnológicos
22:16de hoje em dia,
22:17ousaram explorar as fronteiras
22:19do conhecimento e se perguntar.
22:22Estamos sozinhos no universo?
22:24Para conversar sobre esse tema incrível,
22:26o programa recebe
22:27Edgar Smanioto,
22:29filósofo, antropólogo
22:30e especialista em ensino
22:32de astronomia.
22:34O programa, como você já sabe,
22:35é apresentado por Marcelo Zurita,
22:38astrônomo e colunista
22:40do Olhar Digital.
22:41A live começa logo mais,
22:43às 9 horas da noite,
22:44pelo horário de Brasília.
22:45Não perca!
22:51Super bacana, hein, pessoal?
22:53Então, olha,
22:54coloquem o alarme
22:55para não esquecer.
22:5621 horas pelo horário de Brasília,
22:59Olhar Espacial com Marcelo Zurita.
23:03E como nós falamos ontem
23:05aqui no Olhar Digital News,
23:07Elon Musk anunciou
23:08a saída do governo
23:10de Donald Trump
23:11com uma discreta postagem no X.
23:14Hoje, o republicano
23:15concedeu uma entrevista
23:17na Casa Branca,
23:18elogiou o desempenho
23:20do bilionário
23:21em flou dados do trabalho dele
23:23e deu a entender
23:25que Musk poderia voltar
23:27ao governo em algum momento.
23:29Também nesta sexta-feira,
23:31o empresário confirmou
23:32que vai continuar
23:33a ser conselheiro de Trump
23:36e demonstrou otimismo
23:38no futuro do DOD,
23:39o Departamento de Eficiência
23:41Governamental.
23:44E falando em Elon Musk,
23:46o bilionário fez anúncios
23:47ambiciosos hoje.
23:49Você teria coragem
23:50de viajar à Marte
23:52em nome da ciência?
23:53Essa possibilidade
23:55pode estar mais próxima
23:57do que se imagina.
23:58Vamos aos detalhes
23:59na reportagem.
24:04Nem mesmo as recentes
24:06explosões da Starship
24:07são capazes de abalar
24:08a confiança de Elon Musk
24:10no projeto.
24:11Em uma apresentação
24:11divulgada pela SpaceX,
24:13o bilionário revelou
24:14que pretende ver
24:15o maior foguete do mundo
24:16chegando em Marte
24:17em 2026.
24:19Segundo o empresário,
24:20esses primeiros veículos
24:21coletarão dados essenciais
24:23sobre a entrada e o pouso,
24:25servindo como precursores
24:27para futuras viagens
24:28de tripulação e carga
24:29à superfície marciana.
24:312026 é um ano
24:33crucial para isso.
24:34O planeta vermelho
24:35e a Terra se alinham
24:36adequadamente para missões
24:38interplanetárias
24:39apenas uma vez
24:40a cada 26 meses.
24:41A próxima oportunidade
24:42surge em novembro e dezembro
24:44do ano que vem.
24:45Para que isso seja possível,
24:46uma nova versão da espaçonave
24:48será lançada.
24:49A próxima atualização
24:50do veículo,
24:50conhecida como versão 3,
24:52terá 124,4 metros de altura,
24:56quase um metro e meio maior
24:57do que o modelo
24:57que a gente vê decolar
24:58hoje em dia.
25:00O objetivo
25:00é começar os testes
25:02com essa versão do foguete
25:03ainda em 2025.
25:05Com o planejamento,
25:06ele pretende ter a Starship
25:07pronta para Marte
25:09em até um ano.
25:10De acordo com o Musk,
25:11há 50% de chances
25:13de a SpaceX conseguir
25:14enviar naves
25:15ao planeta vermelho
25:16em 2026.
25:17As primeiras jornadas
25:18não levarão humanos,
25:19mas sim robôs humanoides
25:21óptimos da Tesla.
25:23Após 2026,
25:24o próximo passo
25:25consiste em enviar
25:2620 Starships
25:27para Marte.
25:29Nessa etapa,
25:29a expectativa
25:30é que já haja humanos
25:31a bordo.
25:32O cronograma prevê
25:33que elas serão enviadas
25:34entre 2028 e 2029.
25:37Já existe até um local
25:38favorito para estabelecer
25:39a primeira colônia humana
25:40em Marte.
25:41Arcádia Plantia,
25:43uma planície vulcânica
25:44no hemisfério norte
25:45do planeta vermelho.
25:46Segundo Musk,
25:47os primeiros exploradores
25:49a visitar nosso vizinho
25:50estabelecerão as bases
25:51para uma presença
25:53permanente na superfície.
25:54Os objetivos da missão
25:56incluirão o levantamento
25:57de recursos locais,
25:58a preparação da superfície
25:59de pouso
26:00e instalação
26:00da geração de energia,
26:02além da construção
26:03dos habitats.
26:04Elon Musk
26:05já consegue vislumbrar
26:06como será
26:07o dia a dia em Marte.
26:09Em Marte precisaremos
26:14de muita energia solar.
26:16Não será possível
26:17andar por aí
26:17na superfície,
26:18pelo menos por enquanto,
26:19enquanto Marte não é
26:21terraformado
26:21para ficar igual à Terra.
26:23Precisaremos andar
26:24com um traje marciano
26:25e inicialmente
26:26ficaremos em domos
26:28de vidro,
26:29mas vai funcionar.
26:30Eventualmente,
26:31poderemos fazer de Marte
26:33um planeta
26:33como a Terra.
26:34Os planos
26:39são ainda
26:39mais ousados
26:41para o futuro.
26:42Na terceira janela,
26:43entre 2030 e 2031,
26:45o objetivo é lançar
26:46100 Starships
26:47para Marte.
26:48Já em 2033,
26:50outras 500
26:51devem pousar
26:52no planeta vermelho.
26:53E isso, claro,
26:54de acordo com
26:55o ambicioso planejamento
26:56da SpaceX.
26:57Em um comunicado
26:57divulgado após
26:58a apresentação de Musk,
26:59a SpaceX diz
27:00que a construção
27:01de uma cidade
27:02autossuficiente
27:03exigirá o envio
27:03de milhões de toneladas
27:04de carga
27:05e mais de um milhão
27:06de pessoas.
27:07Para isso,
27:08deveriam ser realizados
27:09lançamentos diários
27:10do Mega Foguete.
27:11A empresa diz o seguinte,
27:13tecnologias essenciais
27:14são necessárias
27:15para estabelecer
27:16um lar permanente
27:16em Marte
27:17e proporcionar oportunidades
27:18para que os habitantes
27:19da Terra
27:20participem da construção
27:22de uma vida
27:23multiplanetária.
27:24A SpaceX
27:25traz algumas condições.
27:27Novas indústrias
27:28seriam necessárias
27:29em áreas como
27:29geração de energia,
27:30mineração de recursos,
27:32produção de propelentes,
27:34construção,
27:35comunicação
27:36e transporte.
27:37A Starship
27:38fez nove lançamentos
27:39até hoje,
27:40sendo o primeiro deles
27:40em 2023.
27:42Os três últimos,
27:43todos realizados
27:43neste ano,
27:44resultaram em uma
27:45destruição completa
27:46das espaçonaves.
27:48Será que a SpaceX
27:49estará pronta
27:50para uma estratégia
27:51tão ousada
27:52já no próximo ano?
27:53Apesar do otimismo,
27:54Musk reconhece
27:55a preocupação.
27:56O bilionário afirma
27:57que cada lançamento
27:58é um novo aprendizado
27:59que aproxima
28:00a companhia do objetivo.
28:01além dos desafios
28:03atuais enfrentados
28:03pelo maior foguete
28:04do mundo,
28:05a SpaceX ainda
28:05vai precisar
28:06de um sistema
28:07de abastecimento
28:07no espaço
28:08para chegar a Marte.
28:09A versão 3
28:10terá a capacidade
28:12de ser abastecida
28:13em órbita,
28:13mas nem essa versão
28:15nem o sistema
28:15foram testados ainda.
28:17Os planos,
28:18definitivamente,
28:19são ambiciosos
28:20e a pressão
28:21sobre a SpaceX
28:22será grande
28:22nos próximos anos,
28:24já que a missão
28:24Artemis 3
28:25da NASA,
28:26prevista para 2027,
28:27usará uma Starship
28:28como módulo de pouso
28:29para levar o homem
28:30à lua.
28:31Se a companhia
28:31estará pronta
28:32para tudo isso
28:33em tão pouco tempo,
28:34só o futuro dirá.
28:40Pois é,
28:41planos ambiciosos
28:44mesmo,
28:44não, pessoal?
28:45E olha,
28:46vamos repercutir
28:47agora esse assunto
28:48aqui no Olhar Digital News.
28:50Os desafios
28:51para essa empreitada
28:52rumo à Marte
28:53vão muito além
28:54da tecnologia.
28:56E essa é a nossa
28:57reflexão de agora.
28:59para isso,
29:00vamos receber
29:00Miriam Pacheco,
29:02que é chefe
29:03do Laboratório
29:04de Paleobiologia
29:05e Astrobiologia
29:07da UFSCar.
29:08Vamos lá
29:09receber a Miriam
29:10aqui nos nossos
29:12estúdios
29:12do Olhar Digital.
29:14Vamos lá,
29:14deixa eu colocar
29:15a Miriam aqui
29:15na nossa tela.
29:17Esse meu mouse,
29:17ele está querendo
29:18me dar um baile
29:19aqui hoje.
29:19Vamos lá.
29:20Olá,
29:21boa noite, Miriam.
29:22Muito bem-vinda
29:23ao Olhar Digital News.
29:24Obrigada pela presença.
29:26Boa noite, Marisa.
29:27Tudo bem?
29:28Eu que agradeço.
29:30Miriam,
29:30eu queria começar
29:31com você
29:32pelo princípio mesmo.
29:34Como que funciona
29:35essa colonização
29:36de um planeta?
29:38O Elon Musk
29:39falou em terraformação.
29:42Existem pesquisas
29:43sobre isso?
29:45Sim,
29:46existem pesquisas
29:47sobre isso.
29:48Na verdade,
29:49boa parte
29:50dessa...
29:51É uma área
29:52na astrobiologia,
29:53inclusive,
29:53e faz parte
29:55de uma ciência
29:56que ainda
29:56está engatinhando,
29:58porque nós fazemos
29:58parte de uma ciência
29:59básica.
30:01Então,
30:01pensando no que o Elon Musk
30:03falou sobre a colonização
30:04humana em Marte,
30:06a gente tem que passar
30:07por algumas etapas.
30:09E a primeira etapa,
30:10de fato,
30:11seria a terraformação.
30:13E a terraformação
30:14basicamente tem a ver
30:15com esse nome mesmo,
30:16é a gente transformar
30:17um outro mundo,
30:18que pode ser um planeta,
30:19uma lua,
30:20enfim,
30:21em algo parecido
30:22com o planeta Terra mesmo.
30:24Então,
30:25é algo que pode ser
30:26muito demandante
30:28e não é tão simples assim.
30:30Então,
30:31pensando num planeta
30:31como Marte,
30:33teria que haver
30:34uma modificação profunda,
30:35primeiro,
30:36porque Marte,
30:36ele tem uma atmosfera
30:38muito rarefeita,
30:39uma atmosfera muito fininha,
30:40muito diferente
30:41do nosso planeta,
30:43que consegue reter
30:44a própria umidade ali,
30:46reter água
30:46na forma líquida,
30:48de forma abundante
30:49na superfície.
30:50Porque nós temos
30:52um campo magnético,
30:54o que já não acontece
30:55mais ali em Marte.
30:56Então,
30:56para se estabelecer
30:57qualquer tipo
30:59de ecossistema
31:00ou vida
31:00ali em Marte,
31:01que é o objetivo
31:03da terraformação,
31:05ter que,
31:05pelo menos,
31:06se estabelecer
31:06uma atmosfera,
31:08água líquida,
31:09a superfície,
31:09então,
31:10recobrar o ciclo
31:11da água ali
31:13e também
31:14fazer algumas alterações,
31:17eu falo algumas,
31:18mas elas são
31:18bastante profundas,
31:20no sol marciano,
31:22que teria que conter vida
31:24de uma forma
31:25que mantivesse
31:26um ciclo biológico ali
31:28para que plantas
31:29e outros organismos
31:30se estruturassem.
31:31Então,
31:32algo bem complicado
31:33do ponto de vista
31:34até,
31:34por exemplo,
31:35de bactérias,
31:36de micro-organismos.
31:38Isso é um primeiro estágio
31:39que é super complexo
31:41e fazer isso
31:42sem um campo magnético,
31:44ou seja,
31:44estabelecer uma atmosfera,
31:45estabelecer vida
31:46sem um campo magnético,
31:48é como encher
31:50um balão furado,
31:51é como se a gente
31:52estivesse soprando
31:52um balão furado,
31:53porque tudo
31:54que foi estabelecido ali
31:55não vai ter a segurança
31:58do campo magnético,
31:59é o campo magnético
32:00que vai proteger
32:01a atmosfera
32:02e vai proteger
32:02tudo que tem
32:03ali no planeta
32:04contra os raios
32:06do sol
32:06que podem carregar
32:08essa atmosfera,
32:09que podem carregar
32:09água líquida e superfície.
32:11Então,
32:11é um desafio,
32:12a própria terraformação
32:13é um grande desafio
32:14e as pesquisas ainda
32:15estão engatinhando,
32:17por exemplo,
32:17com a gente tentando
32:18entender como que
32:19bactérias interagem
32:21com grão de areia
32:22aqui na Terra.
32:26E aí,
32:26para pular
32:28para uma colonização
32:29humana,
32:30pensando em estabelecimento
32:31de hábitos
32:32e postos
32:34ali,
32:35aí teria que se pensar
32:36em vários desafios
32:38que vão desde
32:40proteger os seres humanos
32:42da radiação,
32:42que é extremamente
32:44alta ali em Marte,
32:46e pode causar câncer,
32:47por exemplo,
32:49ver como que
32:50esses seres humanos,
32:52como que eles
32:52iam respirar,
32:53então como que
32:53esses postos
32:54vão ser sustentáveis
32:55a ponto de ter
32:56ar respirável,
32:58proteger os seres humanos
32:59também
33:00dessas tempestades
33:02de poeira
33:02que existem em Marte,
33:04então fazer todo
33:05um tipo
33:06de proteção
33:07para esses seres humanos
33:08e tem também
33:09a questão
33:09do desafio físico
33:10que o ser humano
33:11vai ter,
33:12então a gravidade
33:13em Marte
33:14é 38%
33:14da gravidade
33:15do nosso planeta,
33:16então isso
33:17traz consequências
33:18fisiológicas
33:19para a nossa musculatura,
33:21para os nossos ossos,
33:22então é uma série
33:24de desafios
33:25e de pesquisas
33:27que tem que estar
33:27em andamento
33:28totalmente alinhadas
33:29para que esse tipo
33:30de coisa ocorra.
33:32Pois é,
33:33quando a gente ouve
33:34o Elon Musk falando
33:35parece que é uma coisa
33:36que é simples,
33:37o ano que vem
33:37já vamos começar,
33:39agora qual é o foco
33:40científico dessas missões
33:41da Speciex, Miriam,
33:43e mais até,
33:44como conciliar ciência
33:46com ética
33:47nesse caso?
33:50Então,
33:51eles têm um plano
33:52bastante ambicioso
33:53que é um entusiasmo
33:55pela exploração,
33:57só que o nosso
33:58entusiasmo
33:59pela exploração
34:00ele tem que levar
34:01em conta
34:01a responsabilidade
34:03científica,
34:04então assim,
34:05quando a gente
34:06está falando
34:07em terraformar,
34:09mesmo antes
34:10de colonizar
34:11por humanos
34:13no planeta,
34:13em terraformar
34:14o planeta
34:14ou até em fazer
34:15uma missão
34:16tripulada a Marte,
34:18isso deve ser
34:19bem pensado.
34:20Pelo que vocês
34:21apresentaram muito bem
34:22até na reportagem,
34:23eles têm um cronograma
34:24que começa a partir
34:24do ano que vem
34:25e parece que
34:26o auge do sucesso
34:28pelo que eles
34:29estão colocando
34:30como meta
34:31ocorre em 2050
34:33já,
34:33uma cidade
34:34autossustentável
34:35ali em Marte.
34:37De acordo com eles,
34:39as primeiras missões
34:40elas vão ser missões,
34:41principalmente as tripuladas,
34:43elas vão ser missões
34:44de reconhecimento
34:45para exploração
34:45de recursos
34:46que possam ser
34:47utilizados,
34:48estabelecimento
34:49de fontes
34:50de energia
34:50que possam ser
34:51utilizadas,
34:52mas tudo ali
34:54tem um papel humano
34:55na exploração
34:56do planeta
34:57muito grande
34:58e ali o ser humano,
35:00a humanidade,
35:01se a gente pensar
35:01estaremos sendo
35:03representados
35:04por esse evento,
35:05a humanidade
35:06ela não deixa
35:07de ser uma força geológica,
35:09então como ela é
35:09uma força geológica
35:10aqui no nosso planeta
35:11que altera ciclos,
35:14que altera atmosfera,
35:16que altera oceanos,
35:17enfim,
35:18vai ser a mesma coisa
35:19ali em Marte.
35:20Ok,
35:21fazemos isso
35:21no nosso planeta
35:22enquanto humanidade,
35:24mas fazer isso
35:26agora em Marte,
35:28sendo que isso,
35:30sem que isso
35:30seja precedido
35:31minimamente
35:32de um estudo
35:33profundo
35:34a respeito
35:35da geologia,
35:38da parte
35:39do campo magnético,
35:41da atmosfera marciana,
35:43eu acho isso
35:44um pouco temerário,
35:45na verdade,
35:45bastante temerário,
35:47porque a gente
35:47vai deixar
35:48passar
35:49uma série
35:50de informações
35:51que tem a ver
35:52principalmente
35:53com o patrimônio
35:54da origem da vida.
35:56Marte
35:56é,
35:57a gente pode considerar
35:59enquanto uma,
36:00hoje é a cápsula
36:01do tempo
36:02mais promissora
36:03que a gente tem
36:04para estudar
36:05a origem da vida.
36:06É como se,
36:07fazendo um paralelo,
36:09Marte e Terra
36:10na origem
36:11do sistema solar,
36:13há mais ou menos
36:14entre 3,5
36:15e 4 bilhões
36:16de anos,
36:16existiam condições
36:17muito parecidas.
36:19Então,
36:19enquanto a Terra
36:20já tinha estabelecido
36:22água em superfície,
36:24o campo magnético
36:25funcionando,
36:26a atmosfera
36:27mais denhaça
36:28e tal,
36:29Marte também
36:30tinha isso.
36:31Marte tinha condições
36:31muito parecidas
36:32com a Terra,
36:33enquanto a Terra
36:33estava tendo
36:34estabelecimento
36:35da vida aqui,
36:35a origem da vida
36:36acontecendo aqui.
36:37Isso pode ter
36:39acontecido
36:40lá em Marte,
36:41só que como Marte
36:42perdeu seu campo
36:43magnético
36:43mais cedo
36:44que a Terra,
36:45ele pode ter
36:46preservado algo
36:47que aqui
36:48a gente não tem
36:49mais preservado
36:50diante de todas
36:50as alterações
36:51que aconteceram
36:52em bilhões de anos
36:53no nosso planeta,
36:54com essa atmosfera
36:55rica e sempre
36:56em transformação
36:57que a gente tem.
36:58A gente pode ter
36:59um registro
37:00muito importante
37:01sobre a origem
37:02da vida
37:03ali em Marte
37:04que se perdeu
37:04aqui no nosso planeta.
37:06Registros muito
37:07importantes
37:07sobre a nossa origem.
37:09E se a gente
37:10já começa
37:11uma missão
37:12exploratória
37:13e de conquista
37:14explorando os recursos
37:16geológicos
37:17e transformando
37:18o planeta
37:19dessa forma,
37:20a gente pode
37:21apagar
37:22essa informação
37:23e a nossa
37:24enciclopédia
37:25galáxia
37:25que tomando
37:26emprestado
37:27o termo
37:27do Isaac Asimov,
37:29ela pode
37:29se perder.
37:31Ou seja,
37:32o passado
37:33da Terra
37:33pode ajudar
37:34a entender
37:35Marte
37:35e Marte
37:36também pode
37:36ajudar
37:36a entender
37:37o futuro
37:37da Terra,
37:38é isso?
37:39Exatamente.
37:40Marte
37:40também pode
37:41ajudar,
37:41além de a gente
37:42fazer uma série
37:43de pesquisas
37:44aqui em Terra,
37:45olhando para
37:46como era a Terra
37:46no passado,
37:47para entender
37:47como Marte
37:48pode ter
37:49preservado
37:50alguma coisa
37:50e a gente
37:51então poder
37:51procurar
37:52as nossas
37:53origens ali,
37:53a gente
37:55pode olhar
37:55para Marte
37:57sem o campo
37:57magnético
37:58quase,
37:59com a atmosfera
38:00rarefeita
38:00e pensar
38:01no futuro
38:01da Terra,
38:02é como se
38:03a gente
38:03estivesse vendo
38:04o nosso futuro
38:04fossilizado,
38:05suspenso ali
38:06e tivesse
38:07uma oportunidade
38:08de entender
38:08melhor tanto
38:09o nosso próprio
38:10passado quanto
38:10o nosso próprio
38:11futuro,
38:12comparando com
38:12o nosso planeta
38:13e explorar
38:14isso de uma
38:14forma massiva
38:15vai apagar
38:16essa história,
38:18pelo menos
38:19por enquanto.
38:19Agora Miriam,
38:22a SpaceX
38:22como todos
38:23nós sabemos
38:24é uma
38:24empresa
38:25privada
38:26e que recebe
38:27um grande
38:28apoio da NASA.
38:29Qual é o papel
38:30dos cientistas
38:31nessas discussões
38:32desses planos,
38:34desses projetos
38:35da SpaceX
38:36sendo ela
38:36essa empresa
38:37privada?
38:40Bom,
38:41isso daí
38:41é a visão
38:42que eu tenho
38:42que o cientista
38:43ele deve
38:44agir com
38:45responsabilidade
38:46e honestidade
38:47o máximo possível,
38:48então a gente
38:49não deve
38:50barrar
38:50a tecnologia
38:51de forma
38:51alguma
38:52nem os avanços
38:52científicos
38:53inclusive
38:54toda essa
38:55empreitada
38:56que é
38:57promovida
38:57pelo SpaceX
38:58está causando
38:59uma série
38:59de avanços
39:01tecnológicos
39:01de fato.
39:03O que deve
39:03ser pensado
39:04e aí os cientistas
39:05têm que tomar
39:05o seu lugar
39:06e o seu papel
39:07é o cronograma
39:08desses acontecimentos
39:09e o quanto
39:11que a gente
39:11vai lidando
39:12com essas informações
39:13e o que é
39:13preciso preservar
39:14antes que
39:15intervenções
39:16muito profundas
39:17sejam
39:18realizadas
39:18senão a gente
39:19pode acabar
39:20incorrendo
39:21numa escala
39:22muito maior
39:23agora porque
39:23a humanidade
39:24em termos de tecnologia
39:25está ficando
39:26cada vez mais
39:26poderosa
39:27e isso
39:28sempre fez parte
39:29da nossa história
39:30a gente querer ir
39:30mais e mais além
39:31a gente talvez
39:33possa incorrer
39:34no que aconteceu
39:35de uma forma
39:36muito mais
39:36catastrófica
39:37o que aconteceu
39:38na década de 80
39:39com a Challenger
39:40quando o ônibus
39:42espacial ali
39:43explodiu
39:43e quando
39:44Richard Feynman
39:45que um grande
39:46cientista
39:47que a gente
39:47teve no século
39:4820
39:49ele foi chamado
39:51a investigar
39:52e a exercer
39:53a sua responsabilidade
39:54científica
39:55ele não faltou
39:56com honestidade
39:57quando ele disse
39:59que
40:00para que uma tecnologia
40:02ela seja
40:03bem sucedida
40:04a realidade
40:04ela deve
40:05preceder
40:06as relações
40:07públicas
40:08porque a natureza
40:09ela não pode
40:10ser enganada
40:10e no nosso caso
40:12agora
40:13a natureza
40:13ela não pode
40:14ser enganada
40:15de forma alguma
40:15e ela corre
40:16o risco
40:17de ser apagada
40:18dentro da nossa história
40:20tá certo
40:22bom
40:23tá aí
40:24Miriam Pacheco
40:25muitíssimo
40:25obrigada
40:26pela sua participação
40:27com essas
40:28reflexões todas
40:29a respeito
40:30dessas declarações
40:32de Elon Musk
40:32agradeço muito
40:33sua participação
40:34e espero que a gente
40:35se encontre
40:35em outros momentos
40:36muito obrigada
40:37boa noite
40:37eu que agradeço
40:39boa noite
40:40tá aí pessoal
40:41nós conversamos
40:42deixa eu só fechar
40:43aqui a tela
40:44pra gente continuar
40:45nós conversamos
40:46com Miriam Pacheco
40:47que é chefe
40:48do laboratório
40:48de paleobiologia
40:49e astrobiologia
40:50da UFSCar
40:51interessante
40:52essa discussão
40:54sobre essas
40:55declarações
40:56de Elon Musk
40:57pois é
40:58enquanto nós
40:59não vamos
41:00a Marte
41:01estudamos o planeta
41:02vermelho
41:03à distância
41:04e pesquisadores
41:06conquistaram
41:06um feito
41:07importante
41:08vamos conhecer
41:09pela primeira vez
41:15cientistas
41:16conseguiram
41:17observar
41:18diretamente
41:19um processo
41:20que ajuda
41:20a explicar
41:21porque Marte
41:23perdeu
41:23a maior parte
41:24da atmosfera
41:25os resultados
41:26do estudo
41:27liderado
41:28pela Universidade
41:30do Colorado
41:30foram publicados
41:32na revista
41:33Science Edvance
41:35a equipe
41:36analisou dados
41:37coletados
41:38durante nove anos
41:39pela sonda
41:40Maven
41:41da NASA
41:42que orbita
41:43Marte
41:43desde 2014
41:45eles procuravam
41:47por sinais
41:48claros
41:48da pulverização
41:49atmosférica
41:50um fenômeno
41:52que até então
41:53era apenas
41:54teórico
41:55ele acontece
41:56quando partículas
41:58carregadas
41:58do vento solar
42:00como íons
42:01são aceleradas
42:02em direção
42:03a Marte
42:04como o planeta
42:05não possui
42:06um campo
42:07magnético
42:07forte
42:08como o da Terra
42:09já há bilhões
42:11de anos
42:12essas partículas
42:13atingem
42:14diretamente
42:15os gases
42:15atmosféricos
42:17fazendo com que
42:18os átomos
42:19e moléculas
42:20sejam lançados
42:21para o espaço
42:22é como se o Sol
42:24bombardeasse
42:25Marte
42:26com energia
42:27arrancando
42:28pedaços
42:29da atmosfera
42:30com o tempo
42:31ela foi ficando
42:32cada vez mais fraca
42:33detectar
42:35esse fenômeno
42:36não é fácil
42:37é preciso
42:38observar
42:39ao mesmo tempo
42:40o campo elétrico
42:41do vento solar
42:43a presença
42:44de íons
42:45e os átomos
42:46sendo lançados
42:47a MENV
42:48é a única
42:49espaçonave
42:50com os instrumentos
42:51certos
42:52e a órbita
42:53adequada
42:53para fazer
42:54essas medições
42:56esses dados
42:57foram reforçados
42:58por observações
43:00feitas durante
43:01uma tempestade
43:02solar
43:02em 2016
43:04quando o efeito
43:06da pulverização
43:07se intensificou
43:09os cientistas
43:10concluíram
43:11que o processo
43:12é mais ativo
43:13do que se imaginava
43:14e pode ter sido
43:16um dos principais
43:17motivos
43:18para Marte
43:19ter se tornado
43:20um planeta
43:21seco
43:21frio
43:22e com
43:23atmosfera
43:23rarefeita
43:24os microplásticos
43:32são pequenas
43:33partículas
43:34invisíveis
43:35aos nossos olhos
43:37mas
43:37perigosas
43:38além de levar
43:40milhares
43:40ou até
43:41milhões de anos
43:42para se decompor
43:44elas estão
43:45espalhadas
43:46por todo o planeta
43:47inclusive
43:48na própria
43:49água potável
43:50diante do desafio
43:52os cientistas
43:53encontraram
43:53uma saída
43:54criativa
43:55para esses
43:56vilões
43:57vamos conhecer
43:58os efeitos
44:03negativos
44:04dos microplásticos
44:06tem sido
44:06cada vez mais
44:07estudados
44:08esses
44:08pequenos
44:09materiais
44:10já foram
44:10identificados
44:11em praticamente
44:12todos os
44:12órgãos humanos
44:13podendo gerar
44:15graves problemas
44:16de saúde
44:16a maior dificuldade
44:18é combater
44:18a proliferação
44:20deles
44:20os microplásticos
44:21tem menos
44:22de 5 milímetros
44:23e se espalham
44:24facilmente
44:25pela natureza
44:26em rios
44:26oceanos
44:27e até no solo
44:28mas agora surge
44:29uma nova visão
44:31um novo trabalho
44:32encontra um caminho
44:33criativo
44:34diante desse desafio
44:36uma das preocupações
44:37com os microplásticos
44:38é a possibilidade
44:39de que eles possam
44:40acumular bactérias
44:41prejudiciais
44:42ao meio ambiente
44:43facilitando a
44:44contaminação
44:45de humanos
44:45mas essa capacidade
44:47de captura
44:47de germes
44:48abre outra
44:49possibilidade
44:50durante o monitoramento
44:51das estações
44:52de tratamento
44:53de água
44:53as autoridades
44:55coletam
44:55periodicamente
44:56amostras
44:56para calcular
44:57a quantidade
44:58de bactérias
44:59nocivas
44:59no esgoto
45:00bruto
45:00o problema
45:01é que este trabalho
45:02não é feito
45:0324 horas por dia
45:04no entanto
45:05um novo estudo
45:06publicado na revista
45:07Water Research
45:08defende que as
45:09pequenas partículas
45:10de plástico
45:11podem ser uma solução
45:12para essa questão
45:13os pesquisadores
45:14querem usá-las
45:15para atrair
45:16micro-organismos
45:17perigosos
45:18facilitando
45:19a identificação
45:20deles
45:20a ideia
45:21é instalar
45:22espécies
45:23de gaiolas
45:23de microplásticos
45:25em rios
45:25próximos a estações
45:26de tratamento
45:27de águas
45:28residuais
45:28um experimento
45:30mostrou
45:30que uma grande
45:31quantidade
45:31de micróbios
45:32nocivos
45:33foi identificada
45:34em apenas
45:3524 horas
45:36usando o método
45:37essa técnica
45:38pode ser útil
45:39para melhorar
45:39o monitoramento
45:40do esgoto
45:41e da água
45:42que chega
45:42às casas
45:43da população
45:44em outras palavras
45:45os microplásticos
45:47podem ganhar
45:48uma importância
45:48para a saúde pública
45:50apesar de serem
45:51grandes vilões
45:52na maior parte
45:53do tempo
45:54e ontem
46:00nós falamos
46:01sobre as demissões
46:03nas big techs
46:04em 2025
46:05apesar disso
46:07essas empresas
46:08sempre atraíram
46:09o foco
46:10do mercado
46:11de trabalho
46:12e no Brasil
46:13não é diferente
46:14vamos aos detalhes
46:16na reportagem
46:17entrar para o time
46:22de uma grande
46:23empresa
46:24de tecnologia
46:25é o objetivo
46:26de muitos
46:27profissionais
46:28polêmicas
46:29políticas
46:30recentes
46:31e ondas
46:32de demissões
46:33a parte
46:34as companhias
46:35mais valiosas
46:36do mundo
46:37estão nesse setor
46:39no topo
46:40da lista
46:40de desejos
46:41estão as chamadas
46:43big five
46:44Amazon
46:44Apple
46:45Google
46:46Meta
46:47e Microsoft
46:48gigantes
46:49que ditam
46:50tendências globais
46:51em inovação
46:52produtos e serviços
46:54e o ranking
46:55que você vê agora
46:57mediu justamente isso
46:59de acordo
47:00com o levantamento
47:01da Data Camp
47:02plataforma especializada
47:04em cursos
47:05de dados
47:06e inteligência artificial
47:08mais de um milhão
47:09e meio
47:10de buscas
47:11por vagas
47:12nessas companhias
47:13foram registradas
47:14no último ano
47:15no Brasil
47:16o estudo
47:17analisou
47:18as pesquisas
47:19feitas
47:19no Google
47:20entre maio
47:21de 2024
47:22e abril
47:23de 2025
47:25e revelou
47:26um panorama
47:27das empresas
47:28mais procuradas
47:29por brasileiros
47:30interessados
47:32em trabalhar
47:32na área
47:33de tecnologia
47:34são contabilizados
47:36termos
47:37como
47:37trabalhar
47:38na Amazon
47:39Microsoft
47:40Vagas
47:41Google
47:42Home Office
47:43e Apple
47:44Emprego
47:45no caso
47:45da meta
47:46foram incluídas
47:47as pesquisas
47:48envolvendo
47:49as principais
47:50plataformas
47:50da marca
47:51WhatsApp
47:52Instagram
47:53e Facebook
47:54o período
47:55analisado
47:56foi de maio
47:57de 2024
47:58a abril
47:59de 2025
48:00as buscas
48:01abrangem
48:02diversas modalidades
48:04de emprego
48:05como trabalho
48:06remoto
48:06vagas
48:07para estágio
48:08jovem aprendiz
48:10home office
48:11e oportunidades
48:12para pessoas
48:13com deficiência
48:14entre os destaques
48:16estão o aumento
48:17de 80%
48:19nas buscas
48:19por Microsoft
48:20jovem aprendiz
48:22e de 53%
48:24em estágio
48:25Google
48:25apenas entre
48:27fevereiro
48:28e abril
48:28de 2025
48:29esse interesse
48:31crescente
48:32não se limita
48:33a perspectivas
48:34salariais
48:35as big tech
48:36são vistas
48:37como ambientes
48:38de aprendizado
48:39contínuo
48:40desenvolvimento
48:41internacional
48:42e cultura
48:43de inovação
48:45elementos
48:46cada vez
48:46mais valorizados
48:48por profissionais
48:49em diferentes
48:50estágios
48:51de carreira
48:52e vejam só
48:58essa notícia
48:59o bem estar
49:00dos nossos
49:01pets
49:02virou o foco
49:03de uma equipe
49:04de estudantes
49:04dos Estados Unidos
49:06e o resultado
49:07já ajuda
49:08um cãozinho
49:09com deficiência
49:11visual
49:11vamos conhecer
49:13agora
49:13essa história
49:14pesquisadores
49:19da Universidade
49:20Rice
49:21nos Estados Unidos
49:22desenvolveram
49:24um colete
49:24com feedback
49:25tátil
49:26para auxiliar
49:27cães cegos
49:28assim locomoverem
49:30com mais segurança
49:31e independência
49:32o protótipo
49:33criado
49:34para um cão
49:35chamado
49:35cunde
49:36combina
49:37um colete
49:38leve
49:38com câmeras
49:39que detectam
49:40obstáculos
49:41e enviam
49:42sinais
49:43vibratórios
49:44ao corpo
49:44do cãozinho
49:45o sistema
49:46foi idealizado
49:48após cunde
49:48perder a visão
49:50por causa
49:50de glaucoma
49:52os tutores
49:53buscaram
49:53ajuda
49:54no
49:54Washington
49:55Engineering
49:56Design
49:56Kitchen
49:57centro de inovação
49:59da Universidade
50:00atendidos
50:01por quatro
50:02estudantes
50:03o projeto
50:04evoluiu
50:05a partir
50:06de um modelo
50:06anterior
50:07as vibrações
50:09emitidas
50:09pelos pequenos
50:10motores
50:11no colete
50:12aumentam
50:13conforme
50:13o PET
50:14se aproxima
50:15de um obstáculo
50:16o equipamento
50:17tem alcance
50:18de até
50:19oito metros
50:20e uma autonomia
50:21de duas horas
50:22de uso
50:22contínuo
50:23o grande desafio
50:25segundo os estudantes
50:27foi integrar
50:28os componentes
50:29eletrônicos
50:30em um colete
50:31confortável
50:32leve
50:33respirável
50:34e resistente
50:35ao calor
50:36e à chuva
50:37o projeto
50:38batizado
50:39de amigos
50:39da Cunde
50:40está em fase
50:42de testes
50:43mas a equipe
50:44espera expandi-lo
50:45para ajudar
50:46mais cães cegos
50:48no futuro
50:48que fofura
50:55não?
50:56tadinho
50:56uma boa ajuda
50:57não é?
50:58e chegou a hora
50:59da coluna
51:00olhar espacial
51:02de hoje
51:03e Marcelo
51:04Zureta
51:04fala sobre
51:05uma história
51:06de amor
51:06na ciência
51:07que terminou
51:08em grandes
51:09descobertas
51:10astronômicas
51:12vamos lá
51:12olá
51:22olá pessoal
51:22saudações
51:23astronômicas
51:24uma história
51:25de amor
51:26que nasceu
51:26no início
51:27dos anos
51:2750
51:27e atravessou
51:28o meio
51:29século
51:29Carolyn
51:30e Eugene
51:30Schumacher
51:31se apaixonaram
51:32um pelo outro
51:33e ambos
51:34pela ciência
51:34junto
51:35eles criaram
51:36três filhos
51:36fundaram
51:37a astrogeologia
51:38e mudaram
51:39para sempre
51:39a nossa maneira
51:40de enxergar
51:40os pequenos corpos
51:41e os grandes
51:42impactos
51:43do sistema
51:43solar
51:44em 2025
51:45estamos celebrando
51:46os 10 anos
51:47do Asteroide Day
51:48homenageando
51:49pessoas que tiveram
51:50importantes contribuições
51:51no estudo
51:52dos asteroides
51:52cometas
51:53e seu histórico
51:54de impactos
51:55e para começar
51:56nada melhor do que
51:57lembrar desse casal
51:58que mudou a ciência
52:00e deixou a sua marca
52:01em nosso planeta
52:02na lua
52:02e até mesmo
52:03em Júpiter
52:04tudo começou
52:05com Eudine Schumacher
52:06um geólogo
52:06de mente inquieta
52:07e coração
52:08apaixonado
52:09pelo céu
52:09ele nasceu
52:10em Los Angeles
52:10em 1928
52:12e foi o primeiro
52:13a provar
52:13que uma certa
52:14cratera
52:14no Arizona
52:15não se tratava
52:16de um vulcão
52:17e sim
52:17de uma cicatriz
52:18de um impacto
52:19violento
52:19ocorrido no passado
52:20seu trabalho
52:21na cratera
52:22de Beringer
52:22mudou completamente
52:23a forma
52:24como entendemos
52:25essas formações
52:25circulares
52:26que pontuam
52:27tanto a superfície
52:28da terra
52:28quanto da lua
52:29e de outros mundos
52:30até então
52:31muitos cientistas
52:32acreditavam
52:33que essas crateras
52:34eram resultados
52:34de processos vulcânicos
52:35e que a era
52:36dos grandes impactos
52:37já havia terminado
52:39em nosso sistema solar
52:40Eudine Schumacher
52:41mostrou não apenas
52:42que as crateras
52:43podem ser criadas
52:44por asteroides
52:45mas também
52:45que esses impactos
52:47continuam a ocorrer
52:47por todo o sistema solar
52:49inclusive aqui na terra
52:51esse espírito pioneiro
52:52fez de Eudine
52:53um dos fundadores
52:54da astrogeologia
52:55o campo que estuda
52:56a geologia
52:57de corpos celestes
52:58seu sonho
52:59era ir até a lua
53:00estudar as crateras
53:02e coletar
53:02as suas amostras
53:03pessoalmente
53:04com seu próprio
53:05martelinho
53:06chegou a ser selecionado
53:07por um programa
53:08da NASA
53:08mas por questões
53:09médicas
53:10não pôde se tornar
53:11astronauta
53:12ainda assim
53:13treinou os astronautas
53:14da missão Apolo
53:15para que eles fossem
53:16seus braços
53:17na lua
53:17e pudessem
53:18distinguir
53:19quais seriam
53:19as melhores
53:20amostras
53:21a serem coletadas
53:22por lá
53:22esse universo
53:23de crateras
53:24rochas espaciais
53:25e paixões científicas
53:26acabou despertando
53:27o interesse
53:28de sua esposa
53:29Carolyn e Eudine
53:30casaram-se em 1951
53:32e trouxeram ao mundo
53:33três filhos
53:34Christy
53:35Linda
53:35e Patrick
53:36mas foi somente
53:37em 1980
53:39aos 51 anos
53:40e depois
53:41de seus filhos
53:42cresceram
53:42e se mudaram
53:43de casa
53:43que Carolyn Schumacher
53:44iniciou sua carreira
53:45na astronomia
53:46provando que nunca é tarde
53:48para seguir uma vocação
53:49e ela já começou
53:50bem por cima
53:51trabalhando em um dos maiores
53:52telescópios da época
53:54no observatório
53:55do Monte Palomar
53:56seu trabalho
53:57era analisar
53:57as fotos feitas
53:58no observatório
53:59para identificar
54:00os pequenos objetos
54:01se movendo
54:02à distância
54:03com uma habilidade
54:04visual extraordinária
54:05que lhe permitia
54:06distinguir facilmente
54:07as diferenças
54:08entre duas fotos
54:09idênticas
54:09ela se tornou
54:10a maior descobridora
54:12de cometas e asteroides
54:13do século XX
54:14e uma das maiores
54:15da história
54:16foram 32 cometas
54:17e mais de 500 asteroides
54:19encontrados
54:20um verdadeiro exército
54:21de pequenos corpos
54:22que até então
54:22passavam
54:23desapercebidos
54:24por nossos telescópios
54:25em 1993
54:27Eudine conseguiu um cargo
54:29no observatório Palomar
54:30e foi trabalhar
54:31ao lado de sua esposa
54:32juntos
54:32Carolyn e Eudine
54:33formaram uma dupla harmoniosa
54:35ele
54:36o teórico
54:36apaixonado por crateras
54:38ela
54:38a observadora incansável
54:40das placas fotográficas
54:41do observatório Palomar
54:43um casal
54:43que compartilhava
54:44o amor pelo universo
54:45e pelas rochas
54:46que cruzam suas vastidões
54:47um elo
54:48que unia ciência
54:49e sentimento
54:50como se cada nova descoberta
54:52fosse também
54:53uma declaração
54:54de amor
54:54foi justamente
54:55desse trabalho
54:56em conjunto
54:56que surgiu
54:57em 1993
54:58a descoberta
55:00mais marcante
55:00da carreira dos dois
55:01o cometa
55:02Shoemaker-Levy 9
55:03junto com o astrônomo
55:04David Levy
55:05eles encontraram
55:06um cometa fragmentado
55:07em pedaços
55:08aprisionado
55:09pela gravidade
55:10de Júpiter
55:10o que parecia
55:11uma descoberta curiosa
55:12logo se revelou
55:13um espetáculo cósmico
55:14sem precedentes
55:15em julho do ano seguinte
55:17os fragmentos
55:18do Shoemaker-Levy 9
55:19colidiram
55:20com o gigante gasoso
55:21em uma sequência
55:22de explosões
55:23que puderam ser
55:23observadas
55:24da Terra
55:25foi a primeira vez
55:26que testemunhamos
55:26em tempo real
55:27um impacto interplanetário
55:29de grande escala
55:30as manchas escuras
55:31do tamanho da Terra
55:32na atmosfera de Júpiter
55:33nos lembraram
55:34de forma visual
55:35e visceral
55:36que impactos cósmicos
55:38não são eventos raros
55:39do passado
55:40eles continuam acontecendo
55:41e se aconteceram
55:43em Júpiter
55:43poderiam acontecer aqui
55:44o impacto do Shoemaker-Levy 9
55:46em Júpiter
55:47foi acompanhado
55:48com fascínio
55:48e perplexidade
55:49tanto da Terra
55:50quanto do espaço
55:51e foi a partir
55:52daquele evento
55:53que a NASA percebeu
55:55que o trabalho realizado
55:56pelo casal Shoemaker
55:57era essencial
55:58para o futuro
55:59da humanidade
56:00e passou a investir
56:01pesadamente
56:02nos programas
56:03de busca
56:03por objetos
56:04próximos à Terra
56:05o legado
56:06dos Shoemaker
56:06não parou por aí
56:07eles ajudaram
56:08a popularizar a ideia
56:09de que o sistema solar
56:10é um lugar dinâmico
56:11em constante transformação
56:13e às vezes
56:14até um pouco perigoso
56:15mostraram que asteroides
56:16e cometas
56:17não são apenas restos
56:18da formação
56:19do sistema solar
56:20mas atores ativos
56:21na história dos planetas
56:22e que entender
56:23esses corpos
56:24é essencial
56:25não só para conhecer
56:26o passado da Terra
56:27mas também para
56:28proteger o seu futuro
56:29foram homenageados
56:30de diversas formas
56:31com prêmios
56:32nomes de asteroides
56:33e crateras
56:34e principalmente
56:35com o reconhecimento
56:36duradouro
56:37da comunidade científica
56:38mas talvez
56:39a homenagem
56:39mais marcante
56:40tenha vindo
56:41do próprio céu
56:42quando Eugene faleceu
56:43em 1997
56:45durante um acidente
56:46automobilístico
56:47na Austrália
56:48parte de suas cinzas
56:49foi levada
56:50pela sonda lunar
56:51prospecto
56:51que se chocou
56:52com a lua
56:53na cratera
56:54Shoemaker
56:54ele
56:55que não pôde ir
56:56à lua em vida
56:57acabou repousando
56:58por toda a eternidade
56:59no lugar
56:59que tanto sonhou
57:00visitar
57:01tornou-se o único
57:02ser humano
57:03até hoje
57:03a ser sepultado
57:05fora da Terra
57:05e ele chegou
57:06à lua
57:07da forma como
57:07mais gostaria
57:08com um impacto
57:10Carolyn seguiu
57:11sua jornada
57:11por mais duas décadas
57:12até nos deixar
57:13em 2021
57:14aos 92 anos
57:16foi homenageada
57:17por colegas
57:18instituições
57:18e astrônomos
57:19de todas as partes
57:20do mundo
57:20afinal
57:21ela não apenas
57:22descobriu cometas
57:23ela inspirou
57:24constelações inteiras
57:25de cientistas
57:26especialmente mulheres
57:27a buscarem
57:28o seu lugar
57:29sob as estrelas
57:30agora
57:31com o asteroide
57:31Day se aproximando
57:32é o momento ideal
57:33para lembrar
57:34de Eugene
57:35e Carolyn Shoemaker
57:36não apenas
57:36como cientistas
57:37brilhantes
57:38mas como o casal
57:39mais impactante
57:40do sistema solar
57:41juntos
57:42eles não só
57:43revelaram os perigos
57:44vindos do espaço
57:45como também
57:45nos ensinaram
57:46a enxergar a beleza
57:47nas cicatrizes cósmicas
57:49e a paixão
57:50na poeira estelar
57:51um casal
57:51que deixou seu nome
57:52marcado
57:53em nossos corações
57:54e nas estrelas
57:55bons céus a todos
57:57e até a próxima
57:59que jeito bacana
58:02de encerrar a semana
58:03com o nosso
58:04olhar digital news
58:05com essa história
58:06sensacional
58:07muito bacana
58:09não pessoal
58:10casal
58:10Schumacher
58:11muito legal
58:13obrigada
58:14Marcelo Zurita
58:15por essas informações
58:16hoje
58:16vamos encerrar a semana
58:18em clima de amor
58:20o casal
58:21Schumacher
58:22muito legal
58:23viu
58:23parabéns
58:24Marcelo Zurita
58:24adorei
58:25tenho certeza
58:25que as pessoas
58:26também
58:26curtiram muito
58:27conhecer essa história
58:29que legal
58:29não pessoal
58:30bacana né
58:31você saber
58:32de histórias
58:32assim
58:33tão positivas
58:34em plena
58:34sexta-feira
58:35muito legal
58:36vamos rapidamente
58:37para o nosso
58:37boa noite
58:38aqui no youtube
58:38o Denei Soares
58:39Galvão
58:40o Ioda
58:41o aparecido
58:42Alves
58:42também
58:43Adalto
58:43Rezende
58:44já vi que o
58:44Marcelo Zurita
58:45está por aqui
58:46batendo um papo
58:46com o pessoal
58:47e já já
58:48tem um olhar
58:49espacial
58:49com ele
58:50às 21 horas
58:51pelo horário
58:52de Brasília
58:52Ricardo Negrão
58:54Renato
58:54Barô
58:55Felipe Ribeiro
58:56Marcelo Zurita
58:57e o José
58:58Soares
58:58também
58:59boa noite
58:59Marisa
59:00pessoal
59:01vamos lá
59:0220 horas
59:0329 minutos
59:04pelo horário
59:04de Brasília
59:05o olhar
59:06digital news
59:07de hoje
59:08fica por aqui
59:09voltamos ao vivo
59:11na segunda-feira
59:12às sete e meia da noite
59:13pelo horário
59:14de Brasília
59:14fiquem aí
59:1621 horas
59:17tem olhar
59:17espacial
59:18com Marcelo
59:19Zurita
59:19tenham todos
59:21um excelente
59:22final de semana
59:23olhar digital
59:25o futuro
59:26passa primeiro
59:27aqui
59:28grande beijo
59:29a todos
59:30obrigada
59:30por mais uma semana
59:32nos encontramos
59:32segunda
59:33beijão
59:34tchau
59:35tchau
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