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  • 31/05/2025
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Transcrição
00:00Rússia faz exigências para encerrar guerra com a Ucrânia e países podem negociar cessar fogo na Turquia na próxima semana.
00:08Elon Musk anuncia a saída do governo dos Estados Unidos.
00:11Bilionário responsável por cortes no orçamento deixa cargo após quatro meses na Casa Branca.
00:17Israel e Síria se reaproximam e negociam acordos de segurança.
00:22Conversas podem evitar conflitos na região de fronteira entre os países.
00:26Você vai ver também embaixador palestino na ONU, Riyad Mansur, chora em discurso no Conselho de Segurança.
00:33Meu nome é Fabrício Naitz, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:40O JP Internacional está no ar.
00:49Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vindo.
00:52O JP Internacional já está no ar e a gente vai conferir aqui no nosso espaço pela próxima meia hora
00:57o que foi destaque nessa última semana, o que vai ser destaque nos próximos dias.
01:02Tudo o que acontece ao redor do mundo você acompanha aqui.
01:05E a gente começa o programa dessa semana falando sobre a guerra no leste europeu.
01:09Mesmo com ameaças de sanções, a pressão de Donald Trump e os apelos de Volodymyr Zelensky,
01:15a Rússia ainda não acertou as datas para iniciar as negociações de um cessar-fogo na região.
01:20Oficialmente, o presidente Vladimir Putin afirmou ter concordado em assinar um memorando junto à Ucrânia
01:27para definir os parâmetros para a trégua, pelo menos os primeiros parâmetros.
01:31O Kremlin diz que está rascunhando o texto, mas Kiev afirma que Moscou está atrasando de propósito
01:38enquanto as tropas russas continuam avançando no fronte leste.
01:42Segundo a agência Reuters, porém, o governo russo possui algumas condições inegociáveis para um cessar-fogo.
01:48Vamos conferir quais que são, aqui na nossa arte, começando com a primeira, mais importante.
01:53É o compromisso escrito, assinado por líderes do Ocidente, sobre o não avanço da OTAN em direção a leste.
02:00Vamos voltar aqui um pouquinho no tempo.
02:02Durante a Guerra Fria, existiam dois blocos militares importantes.
02:05A OTAN, representando o Ocidente, liderada pelos Estados Unidos,
02:09e o Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética.
02:12Mas com o final da Guerra Fria, o Pacto de Varsóvia acabou,
02:17e aí foi feito um grande acordo de cavalheiros, garantindo que a OTAN não iria avançar em direção a leste.
02:23Ou seja, não tentaria filiar países que pertenciam ou pertenceram ao Pacto de Varsóvia,
02:29e isso iria garantir a influência russa nesse grande tabuleiro geopolítico.
02:34Só que, na realidade, esse acordo verbal nunca se cumpriu.
02:37Países como a Albânia, a República Tcheca, aqueles países bálticos, Estônia, Lituânia e Letônia,
02:42entraram no bloco nos últimos anos.
02:44Além da proposta que foi feita para a Ucrânia, que foi um dos motivos para iniciar a guerra lá em 2022.
02:51Essa medida também pode afetar a vida da Geórgia e da Moldávia,
02:55dois países que faziam parte do Pacto de Varsóvia e que sonhavam, ou sonham ainda, com a entrada na OTAN.
03:02O segundo ponto é que a Rússia exige a neutralidade da Ucrânia,
03:05um país que não seguiria um alinhamento automático com o Ocidente, com a União Europeia,
03:11ou com a própria Rússia, e também, principalmente, sem integrar blocos militares.
03:17Moscou também pede o fim de parte das sanções ocidentais.
03:20Esse é o terceiro item da nossa lista.
03:22Principalmente aquelas que atingem as empresas locais.
03:26E o Kremlin já consultou as companhias para saber quais são as prioridades.
03:30Além disso, a Rússia também quer resolver a questão dos ativos soberanos congelados na Europa.
03:35Tanto para conseguir liberar esse dinheiro, mais de 300 bilhões de dólares,
03:40quanto para usar uma parte dele na reconstrução da Ucrânia.
03:44Porém, só nas áreas que já são controladas pela Rússia.
03:48O último ponto da nossa lista é a proteção para russos étnicos na Ucrânia.
03:52No começo do século, mais de 8 milhões de russos étnicos viviam no país,
03:57o que representava 20% da população local.
04:00Agora, onde vive a maioria dessas pessoas?
04:03Justamente nas regiões do Dombáss e da Crimeia.
04:06Duas áreas hoje dominadas e reivindicadas pela Rússia.
04:11E para falar mais sobre esse assunto, a gente recebe a professora de Relações Internacionais da ESPM,
04:16Natália Fingerman.
04:17Professora, seja muito bem-vinda ao JP Internacional.
04:21Prazer estar aqui mais uma vez, Fabêncio.
04:24Professora, Vladimir Putin está enrolando.
04:26Está demorando para chegar a um acordo, para marcar a data das negociações para um cessar fogo.
04:33Essa demora dele é proposital.
04:35E eu queria saber, você acredita que isso favorece a Rússia ou não?
04:41Sem dúvidas, a Rússia está sendo favorecida nesse processo de adiamento.
04:46A gente percebe, inclusive, que os ataques da Rússia têm se intensificado nos últimos meses,
04:53nas últimas semanas, então me parece que ela está ganhando tempo para dominar áreas que ela não detinha controle.
05:03E não sabemos como isso vai acabar.
05:07Porque a verdade é que, embora Donald Trump se coloque como um negociador entre essas duas partes,
05:15é necessário que os europeus também estejam envolvidos para, de fato, essa negociação acontecer.
05:20E me parece cada vez mais improvável o envolvimento de todos os atores necessários para que tenhamos a paz.
05:29Agora, professor, essas exigências aqui que eu mencionei, que Vladimir Putin deve apresentar para a Ucrânia
05:34e para o Ocidente, consequentemente, porque no caso da OTAN ele pede esse compromisso por escrito de líderes aqui do Ocidente,
05:40elas podem ser atingidas de fato?
05:44Ou isso aqui é uma cortina de fumaça?
05:46Seria uma forma da Rússia apresentar uma série de exigências impossíveis de serem cumpridas
05:51e justificar depois mais ataques, continuar com a invasão no território ucraniano?
05:57Qual que é a leitura que a gente pode fazer dessas exigências russas?
06:01Essas exigências russas, elas já foram apresentadas anteriormente, né?
06:07E já foram, vamos dizer, negadas por Zelensky.
06:11E até mesmo países europeus já se colocaram contrários, por exemplo,
06:16de, vamos dizer, devolver todos os recursos russos que foram aí congelados dentro da Europa.
06:23Então, eu acredito que é muito difícil a gente ter, nessa configuração atual, né?
06:29Ainda com Zelensky no poder, de ter uma mudança nessa negociação.
06:35A única vitória do último encontro que teve entre, nem foi o Putin,
06:40mas entre lideranças russas e ucranianas ali na Turquia foi a troca de prisioneiros.
06:46Foi uma troca grande e significativa, né?
06:49Foram mais de mil prisioneiros que foram trocados.
06:51No entanto, a gente não conseguiu ver outros avanços.
06:56E me parece que nada mudou de lá pra cá pra gente ver algum avanço na negociação.
07:03E aí mesmo essa troca de prisioneiros não é exatamente inédita, né?
07:06Isso já vinha acontecendo desde 2022, ou seja, não necessariamente, como você falou,
07:11representa um grande avanço entre os dois países.
07:14Agora, professor, eu queria tocar na questão de Donald Trump.
07:17Trump fez declarações relativamente fortes essa semana.
07:20Primeiro ele chegou a dizer que Putin estava louco em relação aos ataques que estavam sendo feitos na Ucrânia.
07:25Nós tivemos o maior ataque de drones russos contra o território ucraniano em toda a guerra,
07:31acontecendo nessa semana, quase 300 drones disparados.
07:35Depois Trump disse que Putin estava brincando com fogo, envolvendo também essa questão,
07:40o fato dele não sentar pra negociar com a Ucrânia.
07:43E a gente lembra que lá atrás, durante a campanha eleitoral ano passado,
07:47Trump dizia que acabaria com a guerra em um dia.
07:50Isso obviamente não aconteceu.
07:52Ele está vendo que a realidade é muito mais dura, muito mais complicada.
07:56Qual que é o papel, qual que é a influência hoje de Trump nesse meio?
08:01Ele ainda tem um poder ali ou o Putin está brincando com ele, está fazendo o que quer?
08:07Como que fica o Donald Trump nessa história?
08:09Eu fico na dúvida se o Putin está brincando com o Trump ou se o Trump está brincando com a população norte-americana.
08:18Porque o Donald Trump, em sua campanha, colocou que ele iria terminar com a guerra da Ucrânia em um dia
08:24e que ele ia colocar o cessar-fogo na região de Gaza.
08:29E me parece que nas duas frentes que ele prometeu, vamos dizer, promover a paz,
08:34a gente tem visto um processo de aumento desses conflitos,
08:40inclusive desrespeitando normas internacionais de maneira cada vez mais drásticas.
08:46Então, não sei quem está brincando com quem, né?
08:49Se o próprio Trump não esteja brincando com a sua população.
08:52Sabemos que Putin e Trump têm uma relação próxima.
08:57No último contato entre eles, eles ficaram mais de duas horas no telefone.
09:02Então, me gera uma certa dúvida sobre quais pontos eles abordaram
09:08e por que esses pontos que ficaram tanto tempo conversando, né?
09:12Não podem ser concretizados no cenário internacional.
09:15Bom, o professor de Relações Internacionais da SPM, Natália Fingerman,
09:18já volta para conversar com a gente, mas sobre outro assunto que a gente vai ver a partir de agora.
09:24Depois de quatro meses, Elon Musk anunciou que está deixando o governo dos Estados Unidos.
09:29O bilionário, que esteve ao lado de Donald Trump em toda a campanha eleitoral,
09:33atuava como assessor especial responsável por cortes nos gastos federais.
09:38A reportagem é de Grieco Holtz.
09:41A saída ocorre pouco depois de seu primeiro grande atrito com o presidente Donald Trump,
09:47relacionado ao novo projeto de lei orçamentária aprovado pela Câmara.
09:52Em publicação na sua rede social X, Musk escreveu
09:55A medida que meu tempo programado como funcionário especial do governo chega a seu fim,
10:00gostaria de agradecer ao presidente Donald Trump a oportunidade de reduzir os gastos supérfluos.
10:07Musk era chefe do DOJ, o Departamento de Eficiência Governamental,
10:11criado por Trump para implementar uma ampla redução na máquina pública.
10:15Segundo o bilionário, embora o órgão tenha demitido dezenas de milhares de servidores
10:20e fechado departamentos inteiros, sua missão ainda está longe de ser concluída.
10:26O rompimento ficou evidente após críticas públicas de Musk ao projeto de orçamento,
10:31que, segundo ele, aumentaria o déficit e minaria os esforços do DOJ.
10:36Em entrevista a CBS News, exibida parcialmente na noite de terça-feira, Musk foi direto.
10:42Fiquei decepcionado ao ver esse projeto de lei de gastos imensos, francamente,
10:47que aumenta o déficit orçamentário.
10:50Sobre a lei grande e bonita, como Trump tem chamado o texto aprovado, Musk ironizou.
10:56Acho que um projeto de lei pode ser grande ou pode ser bonito,
10:59mas não sei se pode ser as duas coisas ao mesmo tempo.
11:02O projeto orçamentário ainda será votado no Senado.
11:05Ele prevê cortes em programas de seguridade social e ampliação das isenções fiscais de 2017,
11:12medida que críticos afirmam que prejudicará os mais pobres e disparará a dívida nacional.
11:18Analistas independentes estimam que o déficit pode aumentar em até 4 trilhões de dólares na próxima década.
11:25Em entrevista ao Washington Post, Musk revelou frustração com a burocracia de Washington.
11:30Achei que havia problemas, mas é uma batalha muito mais difícil do que imaginei.
11:35A situação da burocracia federal é muito pior do que eu pensava.
11:39Segundo ele, várias reformas do DOJ resultaram na demissão em massa de servidores públicos,
11:44muitos sem aviso prévio.
11:47Apesar da tensão, a Casa Branca tentou minimizar o atrito.
11:51Sem citar diretamente Musk, o assessor presidencial Stephen Miller afirmou que o projeto aprovado
11:56não é um orçamento anual e que os cortes propostos pelo DOJ exigiriam um projeto de lei separado
12:02para entrar em vigor.
12:04Musk, que foi peça-chave na reeleição de Trump em 2024 ao enjeitar milhões de dólares na campanha,
12:10já havia sinalizado em abril que pretendia se afastar do governo para retomar o foco em suas empresas
12:16como Tesla, SpaceX e Starlink.
12:19Bom, vamos dar uma olhadinha aqui um pouquinho nos números envolvendo o DOJ até então,
12:25quatro meses de governo, qual que é o saldo envolvendo o Departamento de Eficiência Governamental
12:31lá dos Estados Unidos.
12:3226 mil contratos e subsídios foram revisados pelo DOJ,
12:36isso em informações colocadas no próprio site do departamento.
12:39Não se sabe exatamente quantos desses contratos foram anulados,
12:44quanto que dinheiro se economizou com isso tudo,
12:48mas eles apontam 26 mil revisões de contratos e subsídios.
12:52260 mil funcionários públicos que foram demitidos,
12:57forçados a se demitir, a pedir demissão,
12:59ou então aposentados de forma compulsória,
13:02convidados praticamente a se aposentar.
13:05Isso aqui de um universo de aproximadamente 2 milhões e meio de funcionários públicos
13:11lá nos Estados Unidos.
13:12Ou seja, 10% do funcionalismo público federal americano
13:16deixou de existir nesses quatro meses por conta dessa atuação do DOJ.
13:22Inclusive, alguns deles precisaram depois ser recontratados
13:25porque o governo percebeu que pesou demais a mão,
13:28tirou gente de área importante para trabalhar
13:31e aí no dia seguinte não tinha ninguém no escritório
13:33e a vida precisava continuar.
13:35Os trabalhos precisavam seguir acontecendo.
13:38Alguns deles acabaram sendo recontratados,
13:40outros o processo foi judicializado.
13:43E segundo o DOJ, 175 bilhões de economias estimadas.
13:48Aqui a gente tem uma questão para destacar.
13:50O DOJ fala que economizou 175 bilhões de dólares lá nos Estados Unidos,
13:55o que seria o equivalente aproximadamente a mil dólares por contribuinte americano,
14:00por pagador de imposto americano.
14:02Acontece que, primeiro, os americanos não perceberam
14:06uma redução na cobrança de impostos no país.
14:08Ou seja, isso não mexeu na cobrança de impostos lá até hoje.
14:13Segundo, a promessa era de até 2 trilhões de dólares.
14:17Ficou bem longe disso.
14:18Terceiro, e aí talvez o mais importante,
14:21quando você entra no site do DOJ e você vai ver os comprovantes,
14:25o que tem ali o recibo de contratos que foram anulados,
14:28de economias que aconteceram de fato,
14:30o número é bem menor.
14:32Não passa dos 60 bilhões.
14:34Ou seja, o que é comprovado mesmo é que o governo só conseguiu economizar
14:37até o momento 60 bilhões e não 175,
14:42como o departamento diz que economizou.
14:45Aí é uma questão de divergências de documentação
14:49que precisa ser resolvida.
14:50A gente volta a falar com a professora Natália Fingerman da ESPM.
14:54Professora, o Elon Musk havia prometido passar a motosserra,
14:59a mesma motosserra do Milley,
15:01ele havia prometido passar nas contas públicas dos Estados Unidos.
15:04Mas, no fim das contas, ele passou no máximo, no máximo,
15:07um serrote, uma faca de cozinha.
15:09Por que ele não conseguiu avançar tanto assim
15:12nesses cortes de gastos públicos por lá?
15:16Me parece que existia a sensação de que o Estado norte-americano
15:20era muito inchado, mas, na realidade, quando ele entra
15:25e começa a tomar as medidas de corte,
15:28ele percebe que não é possível fazer os cortes que tinha planejado.
15:34Você mesmo colocou, apresentou a questão de muitos funcionários
15:38que foram recontratados, porque áreas inteiras deixaram de acontecer,
15:43uma vez que não tinha mais ninguém naquele departamento.
15:46Então, essa iniciativa do DOD, ela foi muito dramática
15:50para o Estado norte-americano, em termos de credibilidade.
15:55Eu acho que ele perdeu muita credibilidade,
15:57de uma maneira muito rápida,
15:59mas não foi efetiva em termos financeiros.
16:02Se a gente pensar que a dívida pública norte-americana
16:05está na casa dos 30 trilhões,
16:0730 e poucos trilhões de dólares,
16:09não significa nada,
16:11seja 175 bilhões,
16:13seja muito menos 60 bilhões,
16:15é um número irrisório.
16:18Se ele chegasse a 2 trilhões,
16:20talvez começaria a ter um impacto.
16:24E acho que um outro ponto que é importante colocar
16:26é um dos fatores que levou o Elon Musk a sair do seu cargo agora
16:33foi a questão não somente legal,
16:37mas também a discordância que ele teve
16:39em relação ao orçamento que o Donald Trump propôs.
16:43E esse orçamento que foi aprovado de forma muito apertada
16:46no Congresso norte-americano
16:48deve aumentar ainda mais essa dívida pública.
16:52Portanto, o resultado do DOJ se perde completamente,
16:58se é que teve algum.
17:00Pois é.
17:01Aí, professora, o Elon Musk, na saída do governo,
17:03inclusive, falou que a relação com o Donald Trump se mantém,
17:07que eles continuam amigos,
17:08que ele vai continuar apoiando o Trump
17:09de uma forma ou de outra,
17:11que o trabalho do DOJ vai ficar mais forte, inclusive.
17:13Mas qual é a viabilidade, de fato, desse departamento
17:17sem a figura-chefe dele, que é justamente o Elon Musk?
17:23É difícil esse departamento ficar fortalecido
17:26sem a figura de Elon Musk.
17:28A não ser que a gente tenha um outro grande nome
17:32à frente do departamento.
17:34Sabemos que conta com parte da equipe que Musk colocou,
17:37mas ainda não foi apontado
17:40é quem será o líder do departamento
17:42ou nada desse gênero.
17:45Então, somente tendo um nome em vista
17:48que a gente pode dizer se esse departamento
17:50vai manter a sua importância dentro do governo ou não.
17:55E aí, uma última questão, professora,
17:57para a gente finalizar aqui.
17:59A Elon Musk teve muitas perdas importantes
18:01nas suas empresas no começo do ano.
18:03A Tesla teve uma queda gigantesca nas ações,
18:06perda nas vendas.
18:07A SpaceX teve uma série de problemas
18:09com os seus foguetes.
18:11Como que essa participação,
18:13essa atuação no governo Donald Trump
18:15nesses quatro meses
18:16pode acabar interferindo nos negócios de Elon Musk?
18:21Tem dúvida, né?
18:23Ele perdeu, acho que 30%, se eu não me engano,
18:26do valor de mercado da Tesla.
18:28Isso teve um impacto direto na sua própria fortuna.
18:32Mas ele teve uma vantagem muito importante
18:35com essa participação.
18:37Qual foi a vantagem?
18:38Ele conseguiu alguns contratos especiais
18:42junto com o governo norte-americano,
18:44principalmente relacionados à Starlink.
18:47Então, ele hoje tem contratos muito grandes
18:50que não tinha até recentemente
18:53junto ao governo dos Estados Unidos.
18:55Logicamente, eles já tinham parcerias,
18:57mas não era tão significativa.
18:58E um outro fator que eu acho que é importante a gente colocar
19:02é que os dados hoje, né?
19:04Da população norte-americana
19:06não está mais sob o controle
19:09do governo norte-americano.
19:11Porque ele teve acesso a dados
19:14muito relevantes,
19:17vamos dizer assim,
19:18de todos os habitantes,
19:19todos aqueles que habitam dentro dos Estados Unidos,
19:21todos os cidadãos norte-americanos.
19:23E nós não sabemos, de fato,
19:25qual é o compromisso dele
19:27em não, vamos dizer assim,
19:29burlar a privacidade dos usuários
19:32e utilizar esses dados
19:33para bem próprio das suas empresas.
19:36É, isso é uma grande preocupação.
19:37Inclusive, a oposição lá nos Estados Unidos
19:39está se movimentando em relação a isso
19:41para entender exatamente
19:43o quanto de dados foram acessados,
19:45obtidos por Elon Musk.
19:46era uma reclamação desde o começo, né?
19:48Claro, porque ele não era um funcionário oficial do governo.
19:52Isso tudo a gente ainda pode ter
19:53muitas repercussões daqui para frente.
19:55A gente conversou com a professora
19:56de Relações Internacionais da SPM,
19:59Natália Fingerman.
20:00Professora, muito obrigado pela sua participação.
20:02Volte sempre aqui com a gente, hein?
20:05Um prazer, Fabrício.
20:06Hora da gente conferir, então,
20:08o que foi destaque nessa semana
20:09no Radar Internacional.
20:16Radar Internacional chegou,
20:19captou muita notícia ao longo dessa semana,
20:22trouxe tudo aqui para a gente.
20:23O que é destaque, o que é manchete,
20:24a gente confere a partir de agora
20:27no nosso Radar Internacional.
20:29Vamos dar uma olhadinha, então,
20:30começando pela Argentina,
20:31porque anunciado em fevereiro,
20:33o governo argentino confirmou
20:35que o país está, sim, de saída da OMS,
20:38a Organização Mundial da Saúde.
20:40A medida foi ratificada
20:41durante a visita do secretário de Saúde
20:44dos Estados Unidos,
20:45Robert Kennedy Jr.,
20:47inclusive os próprios Estados Unidos,
20:48deixaram novamente a OMS
20:50nesse segundo mandato de Trump.
20:52E veio junto de um anúncio
20:53de uma revisão das políticas
20:55de saúde pública do país,
20:56incluindo a questão das vacinas.
20:59Javier Milley tem muitas críticas
21:01envolvendo a OMS,
21:02principalmente sobre a pandemia
21:03de Covid-19.
21:05Ainda na Argentina,
21:05o julgamento sobre a responsabilidade
21:07da morte do craque
21:09Diego Armando Maradona
21:11foi anulado no país.
21:12A decisão veio após a juíza
21:14Julieta McIntosh
21:16ser acusada de violação ética
21:18depois de conceder entrevista
21:20para um documentário
21:21no tribunal em Buenos Aires
21:22e no próprio escritório dela.
21:24Agora, o processo deve começar
21:26novamente do zero.
21:28Processo que já havia começado
21:29há pouco mais de um mês.
21:30Vai ser tudo de novo,
21:32novamente,
21:33vai ser tudo do zero.
21:34Situação delicada por lá.
21:36A gente vai para o Reino Unido.
21:37Paul Doyle, de 53 anos,
21:40foi levado à corte
21:41na última sexta
21:42em Liverpool,
21:42lá na Inglaterra.
21:44Ele é acusado
21:44de atropelar,
21:45intencionalmente,
21:4679 pessoas
21:48durante o desfile
21:49do Liverpool,
21:50que comemorava
21:51o título da Premier League
21:52na última segunda-feira.
21:54Entre os feridos
21:55está uma criança
21:56de 9 anos.
21:57Todos os clubes
21:58do campeonato inglês
21:59se manifestaram
22:00sobre esse caso.
22:01A polícia de Merseyside
22:02também se manifestou
22:04um caso bem grave por lá.
22:05Vamos virar a nossa página
22:06aqui do que foi destaque
22:07essa semana.
22:08Em reunião
22:09no Conselho de Segurança
22:10da ONU,
22:11o embaixador palestino
22:12Riad Mansur
22:13não aguentou
22:15e foi às lágrimas.
22:17O diplomata
22:18falava sobre a crise humanitária
22:20na faixa de Gaza
22:21e também
22:21o número de crianças
22:23mortas na região
22:24quando começou
22:25a chorar.
22:26A gente até trouxe
22:27esse momento aqui
22:28para conferir.
22:32Os filhos
22:33estão morrendo
22:34de maldade.
22:35crianças
22:37estão morrendo
22:38de fome.
22:39As imagens
22:40de mães
22:40abraçando
22:41os corpos imóveis,
22:43acariciando
22:43seus cabelos,
22:45falando com elas,
22:47pedindo desculpas
22:48para elas.
22:56É insuportável.
22:59insuportável.
23:01Alguém poderia
23:02tolerar
23:04essa dor.
23:10Desculpe,
23:10senhor presidente.
23:13Eu tenho netos.
23:14é difícil
23:16não se comover
23:17com essas imagens
23:18do Riad Mansur,
23:18embaixador palestino
23:20na ONU.
23:20Muitas movimentações
23:21estão acontecendo
23:22envolvendo a questão
23:24da Palestina
23:25e também de Israel,
23:26inclusive com o governo
23:27da França,
23:28anunciando que,
23:29muito possivelmente,
23:30vai sim reconhecer
23:31um Estado palestino
23:33de forma oficial.
23:34A gente tinha visto
23:35essa movimentação
23:36envolvendo Espanha,
23:37envolvendo Irlanda,
23:38envolvendo Noruega.
23:39a França pode ser
23:40o próximo país europeu
23:42a reconhecer
23:43o Estado palestino.
23:44Isso aumenta
23:45um pouco a pressão
23:46contra o governo
23:46de Israel,
23:47que já falou
23:48que essa movimentação
23:49da França
23:50é uma movimentação
23:50contra todo o povo judeu.
23:52Isso vai dar
23:53muito pano para manga,
23:54muita discussão
23:55vai acontecer ainda.
23:56Vamos agora
23:57para os Estados Unidos.
23:57O governo americano
23:58suspendeu
23:59o agendamento de vistos
24:00para estudantes
24:01ao redor de todo o mundo.
24:03A Casa Branca
24:04afirmou que está
24:05revisando os protocolos
24:06que envolvem
24:07a documentação
24:08para o visto
24:08e também deve ampliar
24:10a checagem
24:10de redes sociais
24:11dos candidatos.
24:13O secretário de Estado
24:14Marco Rubio
24:15também confirmou
24:15que o país
24:16vai revogar
24:17os vistos
24:18para estudantes chineses
24:19que passam
24:20da marca dos 250 mil
24:22lá nos Estados Unidos.
24:24A princípio,
24:25essa revogação
24:26seria para estudantes
24:27que, segundo
24:28Marco Rubio,
24:29o secretário de Estado,
24:30estariam envolvidos
24:31com o Partido Comunista Chinês
24:33e que atuam
24:34ou estudam
24:35em áreas consideradas
24:36críticas
24:37para o governo americano.
24:38Só que ele não explicou
24:39quais são
24:40as áreas críticas
24:41então isso ainda
24:42está um pouco
24:43em aberto.
24:44E a gente também
24:44tem que ficar muito
24:45de olho
24:45naquela situação
24:46envolvendo
24:47a Universidade de Harvard
24:48que, a princípio,
24:49tem ganhado
24:50a batalha judicial
24:51envolvendo a proibição
24:52para matrícula
24:53de alunos estrangeiros
24:54mas também
24:54é um outro assunto
24:55que a gente vai ficar
24:56de olho por aqui.
24:57Agora a gente vai
24:57para a França.
24:58A partir de 1º de julho
25:00o governo francês
25:01vai ampliar
25:02a proibição
25:02contra os cigarros
25:04no país.
25:05O fumo de tabaco
25:05vai passar a ser proibido
25:06em locais públicos
25:07que possam ser
25:08frequentados
25:09por crianças.
25:10É o caso
25:11de praias,
25:12parques,
25:13jardins,
25:13pontos de ônibus
25:14e nos arredores
25:15de escolas.
25:16Quem for pego fumando
25:17nesses lugares
25:18pode receber
25:19uma multa
25:19de até 135 euros.
25:22O consumo de cigarro
25:23no país
25:23já tem diminuído
25:24bastante
25:24nos últimos anos.
25:25O cigarro
25:26é uma coisa
25:26muito tradicional
25:27até cultural
25:28na França
25:29mas as vendas
25:30realmente estão
25:30em queda
25:31já há algum tempo.
25:32Em 2024
25:33a queda no setor
25:34foi de 11,5%.
25:36Agora a gente vai conferir
25:37o que vai ser destaque
25:38na semana que vem
25:40aqui no nosso
25:41Radar Internacional.
25:42Três eleições
25:42para a gente ficar de olho.
25:44Um hat-trick
25:44de eleições por aqui.
25:46Começando pelo México
25:47no domingo
25:48pela primeira vez
25:49na história
25:49o país vai realizar
25:50eleições judiciais.
25:53Os eleitores
25:53vão poder escolher
25:54mais de 2.600
25:55juízes e desembargadores
25:57nas cortes federais
25:59estaduais
26:00e também regionais.
26:01Só que esse projeto
26:02que foi apoiado
26:03pelo Morena
26:03o partido
26:04que está lá no poder
26:05no México
26:06ainda pelo presidente
26:07Andrés Manuel López Obrador
26:09e ratificado
26:10agora pela presidente
26:11Cláudia Sheinbaum
26:12tem recebido
26:13algumas críticas
26:14incluindo a participação
26:15de candidatos
26:16com passados
26:17ligados aos cartéis
26:18ao tráfico de drogas
26:19como a ex-advogada
26:21do traficante
26:22El Chapo Guzman
26:23que diz que não está
26:24mais envolvida
26:25com nada disso.
26:26Outra eleição
26:27para a gente ficar de olho
26:28também no domingo
26:29é na Polônia
26:29o novo presidente
26:30do país
26:31vai ser decidido
26:32nesse domingo
26:32no segundo turno
26:34da disputa eleitoral
26:35depois um primeiro turno
26:36apertado
26:36Rafał Traskowski
26:38da centro-direita
26:39vai enfrentar
26:40Karol Nowrock
26:41apoiado pelo partido
26:42de ultradireita
26:43lei e justiça
26:44esse resultado
26:45pode acabar
26:46influenciando o futuro
26:47da Polônia
26:48envolvendo a União Europeia
26:50e também a questão
26:50de segurança nacional
26:52talvez uma questão
26:53envolvendo a Rússia
26:54a Ucrânia
26:54isso tudo está em jogo
26:56por lá
26:56e na Coreia do Sul
26:57na terça-feira
26:58milhões de eleitores
26:59finalmente vão escolher
27:01o novo presidente
27:02do país
27:02depois de toda aquela
27:03confusão
27:04um circo
27:05envolvendo a declaração
27:06de lei marcial
27:06no final do ano passado
27:08que terminou com o impeachment
27:09de Jung Suk-yeol
27:11as pesquisas
27:12estão apontando
27:12a vitória do liberal
27:13Lee Jae-myung
27:14que pode acabar mudando
27:16a política externa
27:17do país
27:17com relações envolvendo
27:18a Coreia do Norte
27:19pode tentar reaproximar
27:21a Coreia do Sul
27:22do Norte
27:22e também com a Rússia
27:24e a China
27:24ao invés de um alinhamento
27:26tão forte com os Estados Unidos
27:27como era o caso agora
27:28esse foi o radar internacional
27:30dessa semana
27:30pela primeira vez em muito tempo
27:39as relações entre Israel
27:40e Síria
27:41podem ter um avanço
27:42significativo
27:44os governos
27:45dos dois países
27:45entraram em contato direto
27:47e chegaram até mesmo
27:48a ter reuniões
27:49para desenhar
27:50um acordo de segurança
27:51na região de fronteira
27:52quem conta isso
27:54para a gente
27:54direto de Alepo
27:55na Síria
27:56é o correspondente
27:57Luca Bassani
27:58o novo governo
28:00de transição da Síria
28:01liderado pelo presidente
28:03Ahmed Al-Shara
28:04começou a conversar
28:06com o governo
28:07israelense
28:08de forma indireta
28:10para poder
28:11encontrar um caminho
28:11a paz
28:12na região fronteiriça
28:14a história
28:15de rivalidade
28:16de animosidade
28:16entre Síria e Israel
28:18ela é antiga
28:18e pode remontar
28:20não só as primeiras guerras
28:21que aconteceram aqui
28:22desde o estabelecimento
28:23do Estado de Israel
28:24em 1948
28:25mas principalmente
28:27desde 1967
28:29quando depois
28:30nos espólios
28:31da Guerra dos Seis Dias
28:33nós tivemos Israel
28:34ocupando as montanhas
28:36de Golã
28:36as colinas de Golã
28:37um território internacionalmente
28:39reconhecido
28:39como parte da Síria
28:41desde então
28:42durante o governo
28:43de Vafez Al-Assad
28:44e de Bachar Al-Assad
28:45muitas hostilidades
28:46foram trocadas
28:47entre o Estado Judaico
28:49e o Estado Sírio
28:50mas agora
28:50com um novo governo
28:52tentando mostrar
28:53uma face mais moderna
28:54é possível
28:55que esses antigos inimigos
28:57voltem a conversar
28:58tudo acontece
29:00por conta
29:00do presidente
29:01Donald Trump
29:02ter feito uma visita
29:03em vários países
29:04do Oriente Médio
29:05e ter encontrado
29:06pessoalmente
29:07o presidente
29:08Al-Shara
29:08também incentivando
29:10com que ele
29:10e outras lideranças
29:12do mundo árabe
29:12conversem
29:13com seu principal aliado
29:14na região
29:15o Estado
29:16de Israel
29:16por enquanto
29:17nenhum dos dois lados
29:19admitiu estar conversando
29:21oficialmente
29:22com o outro
29:23mas
29:23de acordo com várias fontes
29:25ligadas a Damasco
29:26e também a Tel Aviv
29:27essa é uma possibilidade
29:28crescente
29:29para tentar
29:30resolucionar
29:31uma questão antiga
29:32e trazer maior
29:33estabilidade
29:34para os sírios
29:35que sofreram tanto
29:36com a guerra civil
29:37durante os últimos anos
29:39diretamente
29:40de Alepo
29:40na Síria
29:41Luca Bassani
29:43sempre muito bom
29:44poder contar
29:45com a participação
29:45do Luca
29:46por aqui
29:46e olha
29:46isso vai mexer
29:47muito com a geopolítica
29:49envolvendo o Irã
29:50lá no Oriente Médio
29:51viu
29:51o JP Internacional
29:53dessa semana
29:54vai ficando por aqui
29:55mas a gente segue
29:55de olho
29:56em tudo o que acontece
29:57ao redor do mundo
29:58nosso próximo encontro
29:59no sábado que vem
30:00e claro
30:01ao longo de toda a programação
30:02da Jovem Pan News
30:03muito obrigado
30:04pela sua companhia
30:05e até a próxima
30:06A opinião dos nossos comentaristas
30:10não reflete necessariamente
30:12a opinião do Grupo Jovem Pan
30:14de Comunicação
30:15Realização Jovem Pan News

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