Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 31/05/2025
No EM Entrevista, apresentado por Bernardo Estilac e Bruno Nogueira, recebe a deputada estadual Bella Gonçalves.

A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) afirma que a instalação de pedágios no Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte vai prejudicar a população mais pobre do entorno da capital. Autora de uma representação no Tribunal de Contas (TCE), junto com a oposição ao governador Romeu Zema (Novo), a parlamentar conseguiu suspender o edital de concessão da MG-010, MG-424 e LMG-800. Para ela, o custo de manutenção das rodovias não justifica a privatização.

“É melhor o estado assumir esses investimentos sem onerar a população. A gente já paga impostos que devem ser aplicados nas estradas, não justifica ter que pagar para ir de casa ao trabalho, visitar parentes ou acessar serviços de saúde”, disse.

A parlamentar ainda comentou a aprovação da adesão ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), e criticou a lista de imóveis que o governo Zema pretende transferir para a União. Leia os principais momentos da entrevista com Bella Gonçalves e assista a íntegra no Portal Uai.

Acesse o site:

uai.com.br
em.com.br

SE INSCREVA EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE!

Siga o Portal UAI nas redes sociais:
instagram.com/estadodeminas
twitter.com/portalUai
twitter.com/em_com

#BellaGonçalves #PSOL #EMEntrevista

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, começa agora mais uma edição do EM Entrevista, o programa do jornal Estado de Minas,
00:05em que a gente recebe sempre figuras importantes aqui do nosso estado
00:08para comentar sobre notícias de política, de economia e da situação aqui de Minas Gerais.
00:13Meu nome é Bernardo Schilach, sou repórter da editoria de política do jornal.
00:17Estou aqui com o Bruno Nogueira, meu colega de editoria. Tudo bem, Bruno?
00:20Tudo jóia, Bernardo. Sempre um prazer.
00:21E hoje a gente vai entrevistar a deputada estadual Bela Gonçalves, do PSOL,
00:25e a gente vai falar um pouco sobre os projetos principais que estão hoje circulando na Assembleia,
00:29e são alvos ali de atuação da deputada, principalmente a questão de estradas,
00:35principalmente também a questão do Propag. Tudo bem, deputada? Seja bem-vindo ao nosso programa.
00:39E aí, Bruno, Bernardo. Queria saudar aí também todos que acompanham aqui o canal Uai
00:44e também o Estado de Minas. Sempre bom estar com vocês.
00:48Bom, para a gente começar a nossa conversa, vamos falar sobre a questão dos pedágios
00:51aqui na região metropolitana de Belo Horizonte, que tem sido o alvo da sua atuação mais recente.
00:55A gente teve, nessa semana, uma decisão do Tribunal de Justiça que negou uma ação do Governo do Estado
01:02que queria a retomada do edital de licitação, do edital de privatização dessas estradas no Vetor Norte.
01:10A senhora é também uma das autoras de ação no Tribunal de Contas do Estado
01:13para poder pedir a suspensão desse processo.
01:16Queria que a senhora falasse um pouco para a gente em que pé está esse andamento,
01:20como é que está a situação da instalação das praças de pedágio na região metropolitana da capital.
01:25Olha, decisão muito acertada do Tribunal de Justiça de falar sobre a legitimidade do Tribunal de Contas
01:33de fiscalizar contratos e contas do Estado.
01:36Parece óbvio, mas o governador estava muito irritado com o fato de ser fiscalizado
01:41por um órgão que tem a competência de fiscalizá-lo.
01:45Olha, nós estamos, desde o início do ano, na luta contra a instalação de pedágios na região metropolitana
01:51e essa proposta de concessão do Vetor Norte, que vai impactar muito quem mora em Vespasiano,
01:57em Lagoa Santa, em Pedro Leopoldo, em Confins, enfim, nas cidades do Vetor Norte.
02:03A gente sabe que esse Vetor Norte, ele hoje é muito integrado.
02:09Tem pessoas que moram em Vespasiano, mas trabalham em Pedro Leopoldo,
02:13acessam serviço de saúde em Belo Horizonte, está aí o Hospital Resoleta Neves.
02:17Então, as pessoas transitam várias vezes por dia de uma cidade a outra do Vetor Norte.
02:24A proposta do Zemba de construir o pedágio mais caro do Brasil de partida,
02:29porque nós fizemos cálculos e percebemos que logo de início ele é o mais caro por quilômetro rodado,
02:35ele também é o mais prejudicial.
02:38Porque quem circula entre essas cidades é majoritariamente a população que recebe até três salários mínimos.
02:45São os mais pobres, aquelas pessoas que vivem na região metropolitana e que muitas vezes estão ali
02:51porque é uma condição de periferia dessas cidades.
02:55Então, elas é que iriam pagar essa concessão que no final das contas ia dar lucros bilionários
03:02para uma empresa privada fazer apenas 27 quilômetros de estrada.
03:06Olha, o governador teria toda a condição de fazer 27 quilômetros de estrada sem entregar por 30 anos
03:14o Vetor Norte para pedágios e concessões.
03:17Além disso, a gente está discutindo que colocar pedágio na região metropolitana,
03:22ele fere o princípio da própria região metropolitana,
03:25que é de integração das cidades, dos serviços, das pessoas.
03:28Por isso, eu sou autora de uma PEC, um projeto de emenda à Constituição,
03:32que está lá na Assembleia, que proíbe os pedágios na região metropolitana.
03:36A gente sabe que tem essa proposta do pedágio do Vetor Norte,
03:39mas também está em discussão a instalação de um pedágio que pode chegar ali em Nova Lima,
03:45também do governo do estado que quer ir até Ouro Preto.
03:48Tem uma proposta em discussão que é o do Rodoanel, que também preverá pedágios.
03:53E o que a gente quer com essa PEC é impedir que a nossa região
03:58vire uma região impossível de circular sem ter que desembolsar uma fortuna
04:02para poder acessar os diferentes serviços, direitos,
04:06para chegar do trabalho em casa, para visitar um parente.
04:09Então, essa é a nossa luta.
04:11Deputado, antes da gente falar um pouco mais sobre a PEC,
04:13eu queria perguntar se a senhora acredita que com essas decisões judiciais,
04:17esse projeto do Vetor Norte está enterrado?
04:19Olha, ele está bem prejudicado, sim, porque o governo precisava, nesse momento,
04:26dar um passo atrás e voltar a fazer o que ele não fez,
04:29que é um diálogo com os municípios e com a população do Vetor Norte.
04:33Ele lançou esse edital sem conversar com ninguém,
04:37fazendo uma consulta pública de fachada, tiveram só duas audiências,
04:42com a diferença de 12 horas entre elas, sem mobilização prévia.
04:45Uma delas, inclusive, foi dentro da cidade administrativa para fingir que consultou a população.
04:51Não consultou.
04:52E é por isso que os moradores do Vetor Norte começaram a se mobilizar
04:56para dizer que não aceitavam pedágio,
04:58que pedágio ali ia dificultar demais a vida das pessoas.
05:02A gente tem uma pesquisa que a gente apresentou na representação
05:05de que quem circula no Vetor Norte,
05:0970% das pessoas recebem menos de três salários mínimos.
05:13Então, iam ser os mais pobres, que já têm uma vida cara,
05:17morando na região metropolitana,
05:19que iam pagar todo o valor de uma concessão bilionária,
05:23que ia dar lucro durante 30 anos para uma empresa privada.
05:26E também tem outra coisa no edital que eu queria destacar.
05:29O edital fala que não precisa ter experiência anterior
05:33com manutenção, instalação e concessão de rodovias
05:39à empresa que iria assumir o Vetor Norte.
05:42Isso tem cara de favorecimento, porque se pode ser qualquer empresa,
05:46pode ser uma empresa que venha de um processo de direcionamento.
05:50E o Tribunal de Contas levou isso em consideração
05:53na decisão de suspender o edital.
05:55Deputada, lembrando um pouco todo esse processo,
05:57a gente está falando de 12 praças de pedágio ao longo do Vetor Norte,
06:01preços baixos, mas são praças muito próximas uma da outra,
06:06que levam a uma discussão muito grande de vários vereadores da região.
06:09O governo chegou a anunciar que faria algumas mudanças,
06:12apoiaria alguns descontos e isenções, principalmente em quem vai e volta
06:18no mesmo praça, no mesmo sentido.
06:20Como que a senhora avaliou essas mudanças?
06:22Não resolveriam o problema?
06:24Na verdade, o governo não apresentou nenhuma mudança.
06:27Ele falou de boca que ia propor mudanças,
06:30falou em linhas muito gerais o que seriam essas mudanças,
06:33mas a gente não chegou a ver quais as regras que ele ia propor
06:36para aquele edital de concessão e de pedágios.
06:40A gente espera que, se o governo tiver uma nova proposta,
06:44que ele faça audiências públicas em cada um dos municípios
06:47com antecipação e que a população aprove ou não essas medidas.
06:53Eu sou contra pedágio em região metropolitana.
06:56Eu acho que não se justifica.
06:57O custo de uma manutenção de uma via que é urbana,
07:01porque é uma via urbana, ele não é um custo tão alto
07:04que justifique a aplicação de pedágios extraordinários.
07:08Uma coisa é fazer um pedágio em uma rodovia que vai percorrer quilômetros.
07:12Isso se justifica.
07:14Agora, numa via de ampla circulação de pessoas,
07:17onde todo o serviço público está próximo,
07:21como é o caso da região metropolitana,
07:23é melhor que o próprio Estado assuma esses investimentos
07:26sem ter que onerar a população.
07:28A gente já paga impostos.
07:30Impostos que têm que ser aplicados nas estradas.
07:32Não justifica as pessoas terem que pagar
07:34para chegar de casa para o trabalho,
07:37para visitar parentes ou para acessar o serviço de saúde.
07:40Agora, fora da região metropolitana,
07:42esse tema das concessões de estradas
07:44também movimentou bastante a Assembleia nos últimos anos.
07:47A gente teve muitas reclamações,
07:49inclusive de deputados da base governista,
07:51em relação às concessões no Triângulo Mineiro,
07:53no Sul de Minas, no Campo das Vertentes.
07:56Que motivaram, enfim, a criação de uma agência reguladora das concessões,
08:02enviada pelo próprio governador Romeu Zema à Assembleia,
08:04que foi tratada pela oposição como um mal necessário.
08:07A Artemig foi votada em segundo turno recentemente.
08:11Queria que a senhora avaliasse a necessidade da criação da Artemig
08:14e se a gente vai ter concessões melhores a partir de agora
08:19com a existência dessa agência.
08:20Olha, o Zema está fazendo um saudão do Estado de Minas Gerais.
08:25A gente vai falar disso daqui a pouco,
08:26quando eu entrar no tema do Propag.
08:28Mas ele fez anteriormente um saudão das rodovias.
08:32As concessões aumentaram em 460%.
08:36E a gente não viu uma melhoria das estradas como contrapartida.
08:40Por isso que o pessoal está muito bravo com essa situação.
08:44Foi colocado pedágio no Triângulo Mineiro
08:46e a estrada continua ruim,
08:48mal sinalizada, sem mudanças estruturais feitas.
08:52A mesma coisa no sul de Minas.
08:54Isso levou ao Ministério Público Federal e Estadual
08:57a abrir um processo contra o governo do Estado.
09:00Porque perceberam que teve favorecimento
09:03no edital de concessão dos pedágios do Triângulo,
09:07envolvendo o ex-secretário do Zema,
09:09que chama Fernando Marcato,
09:10que está sendo investigado por corrupção
09:13nesse caso de pedágio,
09:14e também por estar cobrando da população taxas altíssimas,
09:19sendo que a única obra que foi feita pela concessionária
09:21é a instalação da cabine de pedágio.
09:24No máximo, nem a cabina direito está sendo feita nessas rodovias.
09:28Então, a criação de uma agência reguladora,
09:30ela pode ajudar, sim, na fiscalização.
09:33Mas eu não acho que ela é milagrosa.
09:35Eu acho que se a gente não fiscalizar
09:37a forma como a Artemig vai ser implementada,
09:39ela vira mais um cabide de emprego
09:41do que uma agência que, de fato, vai fiscalizar
09:44e regular esses contratos de concessão.
09:46Essa foi uma preocupação dos deputados,
09:48inclusive da oposição,
09:50durante a tramitação da Artemig.
09:52A senhora avalia que foi um projeto que chegou muito cru,
09:54ou até propositalmente cru,
09:56ali na Assembleia,
09:57sem determinação sobre a autonomia dessa agência,
10:02quem seriam os nomes escolhidos para poder comandar?
10:06Teve essa preocupação,
10:07e eu aprovei emendas para que o nome escolhido para a Artemig
10:11seja obrigatoriamente sabatinado à Assembleia
10:14e se submeta à fiscalização periódica pela Assembleia Fiscaliza.
10:19A partir da minha emenda,
10:20o governo do Estado e a Artemig são obrigados
10:23a mandarem os relatórios anuais,
10:25inclusive, de lucro dessas empresas
10:28em cada uma das concessões
10:31e também dos investimentos feitos,
10:33para que a gente ajude a acompanhar
10:35esse processo de instalação da Artemig.
10:38Porque, caso contrário, vai ser mais uma medida
10:41para dizer que fez algo.
10:42Vamos lembrar um pouco aqui de Belo Horizonte.
10:45Falavam que o problema do transporte
10:47e da máfia do transporte
10:48era acabar com a BH Trans.
10:50Acabaram com a BH Trans
10:51e as empresas de transporte
10:52estão só ganhando mais,
10:54milhões e milhões a cada ano.
10:56Então, assim,
10:57a Artemig me parece um caso semelhante.
10:59Se a gente não atacar a raiz do problema,
11:01que são esses contratos de 30 anos de concessão,
11:05a gente não vai, de fato, avançar.
11:07Deputada, a senhora citou a possibilidade
11:09de sabatinar a escolha
11:10para diretor-geral da Artemig.
11:12Hoje, o governador nomeou
11:14o subsecretário de obras,
11:16Breno Longobuco,
11:17para ser o diretor-geral.
11:19Não sei se a senhora conhece,
11:19mas eu queria perguntar
11:20qual é a sua avaliação desse nome?
11:23Não conheço, Breno.
11:24Não conheço mesmo,
11:25mas a gente terá a oportunidade
11:26de fazer uma sabatina,
11:28pesquisar o currículo dele
11:30e decidir se ele é uma pessoa
11:32que tem competência
11:33para estar ou não à frente da Artemig.
11:35E acho que mais do que o nome,
11:37eu acho que a função dele
11:38vai ser acompanhada de perto por nós,
11:42porque ele tem a obrigação
11:43de apresentar relatórios semestrais
11:45para a Assembleia Legislativa.
11:47Isso vai ser superimportante
11:48para a gente ampliar o controle popular
11:50e legislativo sobre as concessões.
11:53Deputado, eu queria voltar agora
11:54um pouco na questão da PEC
11:56que a senhora propôs,
11:57que pode proibir a instalação de pedágios
11:59em regiões metropolitanas.
12:01Hoje, qual é o clima entre os deputados
12:04quando se fala em concessão de rodovias?
12:06Porque muito se fala
12:07que o grande problema de Minas Gerais
12:08é a infraestrutura.
12:10Hoje, como que a senhora avalia esse clima?
12:12Eu acho que é difícil falar, sim,
12:14de deputados que sejam a favor dos pedágios.
12:17Está todo mundo, na verdade,
12:19sendo pressionado pela população
12:21que é contra os pedágios.
12:23A gente entende que o investimento
12:25dos nossos impostos
12:26deveriam ser suficientes
12:28para arcar com as rodovias.
12:30O problema é que elas vão sendo deixadas
12:32em estado de abandono
12:33para depois serem privatizadas
12:34com as concessões.
12:36Eu acho que o tema
12:38da proibição de pedágios
12:40em região metropolitana
12:41ele é ainda mais específico
12:43do que a discussão dos pedágios em geral.
12:45Por essa questão que eu falei, né?
12:47O Estatuto das Cidades prevê
12:49que as metrópoles,
12:50as regiões metropolitanas,
12:52são regiões que devem promover
12:54a integração de serviços e pessoas.
12:56Se a gente gera qualquer medida
12:58que fragmenta, dificulta essa integração,
13:01a gente está indo contra um princípio
13:03do Estatuto da Cidade.
13:04Então, eu acho que a nossa PEC tem vida,
13:06pode ainda vigorar e ir para frente,
13:09até porque vão haver outros projetos
13:11de pedágio, como eu já disse,
13:13que vão ser debatidos
13:14pelo governo do Estado
13:17para serem instalados.
13:18E a população, em quase todos os casos,
13:21vai cobrar e vai pressionar.
13:22Então, a PEC, por enquanto, está parada,
13:24mas eu acredito que a mobilização popular
13:26ainda vai fazer essa PEC andar
13:28e ser aprovada.
13:29A senhora acredita que,
13:30se essa PEC começar a tramitar,
13:31assim como outros projetos de lei
13:33que hoje já estão na Assembleia,
13:34mas parados também,
13:36vai haver algum tipo de constrangimento
13:38entre a base do governador
13:39em votar contra um projeto
13:41que limita ou até proíbe
13:43a instalação de pedágio?
13:44Com certeza.
13:46Hoje, os deputados da base
13:47não querem debater pedágio.
13:49Eles estão dando graças a Deus,
13:51inclusive, que a Justiça
13:52e o Tribunal de Contas
13:53paralisaram esse edital de concessão,
13:56porque eles também foram pegos de surpresa.
13:58Os deputados e deputadas
14:00do Vetor Norte,
14:01da região metropolitana,
14:03não sabiam que ia ser lançado
14:05esse edital de pedágios,
14:06assim como os prefeitos não sabiam.
14:08E a população está cobrando deles
14:10uma posição.
14:12E aí, eles ficam
14:13numa situação difícil com o governo,
14:15porque são base do governo,
14:16mas também devem respeito
14:18à sua base que os elegeu,
14:20que é a população.
14:21Em especial, a população de Vespasiano
14:23está muito brava.
14:25E olha, ela é quem vai sustentar
14:27essa proposta dos pedágios
14:30caso ele avance.
14:31A gente fez um estudo
14:32que mostrou
14:34que a maior parte
14:36da arrecadação prevista
14:38pelos pedágios
14:39vai acontecer
14:40entre os quilômetros
14:42de BH e Vespasiano.
14:44Então, ela é a cidade
14:45mais penalizada pelos pedágios.
14:48A senhora falou sobre
14:49o Tribunal de Contas,
14:51não só nessa questão
14:53dos pedágios,
14:54mas em outras atividades
14:55do governo do Estado
14:56na Assembleia,
14:57envolvendo a privatização
14:58ou a terceirização,
15:00a gente pode lembrar aqui
15:01do Hospital Amélia Lins,
15:02outras unidades de saúde também,
15:05serviços de educação
15:07e a transferência
15:08da gestão das escolas estaduais.
15:10Em todos esses casos,
15:11o bloco de oposição
15:13acionou o Tribunal de Contas
15:14do Estado
15:14para poder averiguar
15:15esses projetos
15:16do governo estadual
15:17e na maioria deles
15:19teve resultado,
15:21teve sucesso
15:21com a ação
15:22do Tribunal de Contas
15:23pedindo a suspensão
15:24do andamento
15:25desses processos.
15:26Eu queria que a senhora
15:27falasse um pouco
15:27sobre a estratégia
15:28do bloco de oposição
15:29e se alinhar ali
15:30com o TCE
15:30para poder tentar
15:32conseguir vitórias
15:34que acabam não acontecendo
15:35dentro do Parlamento.
15:36Olha,
15:37todos os órgãos
15:38devem fiscalizar
15:39o Executivo.
15:41É função da Assembleia,
15:42do Tribunal de Contas,
15:43deveria ser a função
15:44do Ministério Público,
15:46mas o Zema
15:47está acostumado
15:48a não ser fiscalizado.
15:50Então,
15:50quando um órgão
15:51se coloca
15:51numa postura
15:52de tecnicamente
15:53questionar
15:54as suas decisões,
15:56ele costuma dizer
15:57que isso é
15:57uma decisão política,
15:59como se ele
16:00fizesse sempre
16:01tudo tecnicamente certo,
16:03como se tivesse
16:03tudo bem
16:04fechar um hospital
16:05e sobrecarregar o outro,
16:07como fez no caso
16:08do Hospital
16:08Maria Amélia Lins,
16:10que foi fechado,
16:11sobrecarregando
16:12o João XXIII.
16:12Só que não.
16:14Agora a gente tem
16:15órgãos de fiscalização
16:16que não estão
16:17debaixo das asas
16:18do Zema
16:18e que estão
16:19fazendo fiscalização
16:20de verdade.
16:21Então,
16:21eu acho que
16:22não existe
16:22um alinhamento
16:23político
16:24do bloco
16:25com o Tribunal
16:26de Contas,
16:26mas existe hoje
16:27uma oxigenação
16:28do Tribunal
16:29de Contas
16:29para fazer
16:30o seu trabalho,
16:31que é fiscalizar
16:31as decisões,
16:33atos administrativos
16:34e as contas
16:34do Estado.
16:35Deputada,
16:36um pouco antes
16:37da gente avançar
16:38em outros temas,
16:39eu queria te perguntar
16:40no sentido que a senhora
16:42falou sobre regiões
16:42metropolitanas,
16:43a senhora citou
16:44que esse tipo
16:45de projeto
16:46é quase como
16:46se fosse pedágios
16:48em vias urbanas.
16:50Esse foi um tema
16:51muito debatido,
16:52principalmente na eleição
16:52de São Paulo,
16:53se era possível
16:55resolver a situação
16:56do trânsito
16:56com pedágios
16:57dentro da cidade.
16:58A senhora teme
16:59que isso possa acontecer
17:00em Belo Horizonte também?
17:02Pois é,
17:02o governador
17:03está querendo fazer
17:03um negócio
17:04que se chama Free Flow.
17:05Qual que é a ideia
17:06do Free Flow?
17:07Você passa,
17:08o negócio tira foto
17:09da sua placa
17:10e você recebe
17:11depois em casa
17:12uma correspondência
17:13com uma cobrança
17:14sem saber
17:15que você está
17:16sendo cobrado.
17:17Se você não pagar,
17:18você ainda por cima
17:19leva multa.
17:20Isso é uma indústria
17:21de multas gigantesca,
17:22gente.
17:23O método Free Flow
17:24tem que ser debatido.
17:26E debatido também
17:27porque essa ideia
17:28de fragmentar
17:29a cidade
17:30por pedágios
17:31ou a região metropolitana
17:33por pedágios
17:33pode sim prosperar.
17:35A gente sabe
17:36que a sanha
17:37de privatização
17:37e de lucro
17:38ela é, assim,
17:40ela é enfreável, né?
17:42Se eles puderem
17:42eles vendiam
17:43até o céu.
17:44Só que isso
17:44atenta contra
17:45as nossas cidades.
17:47As cidades
17:47precisam ser espaços
17:49onde transitar
17:50não seja um custo
17:51para as pessoas.
17:53A gente está avançando
17:54em vários municípios
17:55na discussão
17:55de ônibus gratuito,
17:56tarifa zero.
17:58BH está agora
17:59nesse debate
17:59sobre a possibilidade
18:01de ter o busão 0800
18:02tão sonhado.
18:03A mobilidade urbana
18:05enquanto um direito.
18:06Essas propostas
18:07de fazerem tudo
18:08virar uma cobrança,
18:10virar pedágio,
18:11virar mais um empecilho
18:12para a circulação
18:13das pessoas
18:14é muito grave.
18:15A gente vai tendo
18:16cada vez mais
18:16uma cidade
18:17que é feita
18:17para os ricos
18:18e apenas.
18:20A senhora acha
18:20que falta um pouco
18:21de criatividade
18:22para resolver os problemas
18:23de infraestrutura?
18:24Porque sempre se fala
18:25que a solução
18:26são as concessões.
18:27Não.
18:27A solução
18:28é transporte público.
18:30Se a gente tem
18:31uma solução
18:31que melhora
18:32o trânsito
18:33é você ampliar
18:34metrô,
18:35é você ampliar
18:36as linhas
18:36de VLT,
18:38é você garantir
18:39que tenha ônibus
18:40de qualidade
18:41passando na hora
18:42adequada.
18:43Porque as pessoas
18:44hoje andam
18:45de moto,
18:46de carro,
18:47porque elas encontram
18:48um transporte público
18:49decadente.
18:49Um transporte público
18:51decadente.
18:52É diferente
18:52de outros países
18:53do mundo
18:54onde você consegue
18:55chegar às vezes
18:56mais rápido
18:56de transporte coletivo
18:58em casa
18:58do que se você for
19:00pegar um carro individual.
19:01Essa coisa
19:02de facilitar
19:03tarifa zero,
19:04medidas de mobilidade
19:05coletiva,
19:06ela também é uma necessidade
19:08para a gente enfrentar
19:09as mudanças climáticas.
19:11As nossas cidades
19:12estão virando
19:12caldeirões
19:13de quentura.
19:14Belo Horizonte
19:15aumentou 4 graus Celsius
19:16e a gente só fica
19:18colocando alternativas
19:19de botar mais carro
19:20nas ruas.
19:21Então, assim,
19:22está faltando criatividade,
19:23está faltando vontade política
19:25e está faltando
19:26a priorização
19:27do transporte coletivo.
19:28O metrô de Belo Horizonte,
19:30desculpa,
19:30ainda é um escárnio.
19:31Foi feita a concessão
19:32do metrô de Belo Horizonte
19:34para a metrô BH,
19:35uma empresa privada,
19:36que ganhou
19:363 bilhões de reais
19:38para ampliar
19:39o metrô
19:40até o Barreiro.
19:41Agora,
19:42os caras estão querendo
19:42fazer uma coisa
19:44que chama
19:44linha singela.
19:45Ao invés de fazer
19:46duas linhas do metrô,
19:48eles querem fazer
19:49com que seja
19:49uma única linha.
19:51É como se a gente
19:51estivesse num prédio
19:52de muitos andares
19:53que tivesse
19:54apenas um elevador.
19:56Vai demorar muito mais
19:57para a população circular.
19:58E muita gente
19:59nem sabe
20:00que o governo do Estado
20:01está querendo autorizar
20:02esse absurdo.
20:03O dinheiro público
20:05que deveria ser investido
20:06para fazer uma ampliação
20:07adequada do metrô do Barreiro
20:09vai ser embolsado
20:10pela metrô BH
20:11e tem pouca gente
20:12fiscalizando isso.
20:13Mas eu estou de olho.
20:15Deputada,
20:15vamos para um tema
20:16bastante quente
20:17também na Assembleia.
20:18A gente grava
20:19essa entrevista
20:19na quinta-feira,
20:20dia 29 de maio.
20:21algumas horas atrás
20:23a Assembleia
20:23aprovou
20:24em segundo turno
20:26a autorização
20:27para o Estado
20:27aderir
20:28ao Propag.
20:29Aquele primeiro projeto,
20:30mas um projeto
20:31muito importante
20:32que,
20:33além de autorizar
20:34a entrada do Propag,
20:35autoriza também
20:36a saída do regime
20:37de recuperação fiscal.
20:38A próxima discussão
20:39dentro desse tema
20:40deve ser a questão
20:41dos imóveis.
20:42E nessa semana
20:43também o governo
20:43enviou à Assembleia
20:45uma lista
20:45com mais de 300 imóveis
20:47que podem ser envolvidos
20:48nessa negociação.
20:49como é que foi
20:50para o bloco de oposição
20:51e também para a senhora
20:52receber essa lista?
20:53Vocês receberam
20:54com algum tipo
20:54de surpresa?
20:56Olha,
20:57o dia de hoje
20:58foi histórico
20:59porque,
21:00nos últimos seis anos,
21:01nós da oposição,
21:03junto com os servidores públicos,
21:05vínhamos resistindo
21:06ao regime
21:07de recuperação fiscal,
21:09que era a proposta
21:09do Temer e do Bolsonaro
21:11para o pagamento
21:12da dívida do Estado
21:13com a União,
21:14em que a gente ia ter
21:15que sacrificar o Estado,
21:17privatizar tudo,
21:18estatais e imóveis
21:19para pagar
21:20só os juros da dívida.
21:22Ao final do regime
21:23de recuperação fiscal,
21:24a gente estaria devendo
21:25mais do que a gente deve hoje.
21:27E o Propag,
21:28por outro lado,
21:29ele permite
21:30que o Estado
21:31pague a dívida
21:32ao final de 30 anos
21:33e com uma economia
21:35que vai gerar ali
21:36perto de 300 bilhões
21:38de reais para o Estado.
21:39Essa é uma articulação
21:40importantíssima
21:41feita pelo presidente
21:43Tadeu,
21:44presidente da Assembleia,
21:46pelo presidente do Senado
21:47anteriormente,
21:48que era o Rodrigo Pacheco,
21:49pelo presidente Lula
21:50junto com o Fernando Haddad.
21:52Gente,
21:53o Lula vai zerar
21:54as taxas de juros
21:56do pagamento
21:57da dívida do Estado
21:58com a União.
21:59Lula foi uma mãe
22:00para Minas Gerais.
22:01Agora,
22:02tem a discussão
22:03sobre o abatimento
22:04da dívida.
22:05Para a gente zerar
22:06os juros,
22:07é preciso pagar
22:0820%
22:09da dívida total
22:10agora,
22:11que representa
22:1232 bilhões de reais.
22:14a gente acredita
22:16que com a federalização
22:18de uma empresa
22:18como a Codemig,
22:19que tem minério,
22:21neóbio,
22:21a gente paga
22:22grande parte
22:23dessa dívida.
22:24Só que o Estado
22:25está colocando
22:25um tanto de proposta
22:26maluca
22:27que mais parece
22:28um boicote
22:29ao Propag.
22:30O governador
22:30já falou mal
22:31do Propag,
22:32falou mal
22:32dos vetos do Lula,
22:34falou mal
22:35do Haddad,
22:36parece que ele está
22:36insatisfeito
22:37com esse programa
22:38de pagamento
22:39da dívida
22:40com o desenvolvimento
22:41do Estado,
22:41porque,
22:41afinal de contas,
22:42o que ele quer
22:42privatizar tudo.
22:44E esse projeto
22:45de federalização
22:46de imóveis,
22:47ele é muito complicado.
22:48Por quê?
22:49Porque não são imóveis
22:50vazios,
22:51abandonados,
22:52tipo as terras devolutas
22:54que estão arrendadas
22:55lá no norte de Minas,
22:56ou os imóveis
22:57que a Coab
22:58está leiloando
22:59à torta e à direita
23:00para os amigos
23:00empresários do Zema.
23:01Ele colocou lá
23:02o Risoleta Neves,
23:04colocou o Estadual Central,
23:06colocou todos os imóveis
23:07da UENG
23:08e da Unimontes,
23:09ele colocou patrimônio
23:11que hoje está servindo
23:12ao serviço público
23:14de Minas Gerais,
23:15a prestação
23:15do desenvolvimento
23:18do nosso Estado,
23:19da ciência,
23:20da cultura,
23:21enfim,
23:22muito absurdo
23:23esse projeto.
23:23E ele fala
23:24que se o governo federal
23:25não aceitar
23:25esses imóveis,
23:27eles podem ser vendidos
23:28com 45%
23:29de desconto.
23:30E caso ninguém
23:31queira arrematar,
23:32os imóveis
23:33podem ser colocados
23:34em fundos financeiros
23:35para ficarem parados
23:37servindo de resguardo
23:38para crédito
23:40de empréstimos
23:40que Minas Gerais
23:42vai pegar.
23:42É assim,
23:43é um escárnio,
23:44sabe?
23:45Nós esperamos
23:45fazer frente
23:47a esse projeto de lei,
23:48vamos emendá-lo
23:49com certeza,
23:50nós achamos
23:51que o que a União
23:52não aceitar
23:52deve ser devolvido
23:54para o Estado
23:55e que imóveis
23:56que hoje prestam
23:57serviços estaduais
23:58não podem ser ofertados.
24:00Tipo,
24:00a UENG,
24:01a Unimontes,
24:02não dá,
24:02não dá para estar
24:04nesse projeto.
24:05O que nós queremos
24:06ver lá
24:06é quais são
24:07os imóveis vazios
24:08que podem entrar.
24:09E Minas
24:10tem muito imóvel
24:11vazio valioso.
24:13Deputada,
24:13a senhora citou
24:14bem a questão
24:15da UENG
24:15e eu queria te perguntar
24:16porque a UENG
24:18também é alvo
24:18de um projeto
24:19de federalização,
24:20né?
24:21E o vice-governador
24:22naquela audiência pública
24:24que teve início do mês
24:24disse que não faria sentido
24:26federalizar os imóveis
24:27da UENG
24:28se não federalizasse
24:29a universidade inteira.
24:31Como é que a senhora
24:31avalia essa possibilidade,
24:32por exemplo,
24:33a UENG
24:33se tornar uma universidade federal?
24:34É mais uma casca de banana,
24:37mais uma tentativa
24:38de boicotar o Propag.
24:39O governador
24:40já abandonou o Estado,
24:42está lá em El Salvador,
24:43voltou, né?
24:44Mas estava lá
24:44em El Salvador
24:46viajando,
24:47não foi nem recebido
24:48pelo presidente,
24:49enquanto uma das votações
24:50mais importantes
24:51para o Estado
24:52estava acontecendo.
24:53Parece que a única
24:54preocupação dele agora
24:55é rivalizar
24:56com o governo federal.
24:57Eu acho,
24:58essa é a minha opinião,
24:59que colocar a UENG
25:00ali foi uma estratégia
25:02de tentar colocar
25:03a comunidade universitária
25:04em uma encruzilhada.
25:06Ou é federalizada
25:08ou é privatizada.
25:10É claro que o governo federal
25:12não tem hoje
25:13uma discussão
25:14sobre assumir
25:15uma gestão federal
25:16da UENG.
25:17Não existe a proposta
25:18da UENG virar
25:19a UFMG.
25:20Isso não existe.
25:21O que existe
25:22é o governador
25:24querendo abrir espaço
25:26para vender
25:26a UENG
25:27e seus imóveis.
25:28Vamos lembrar
25:29que a UENG
25:29é uma conquista
25:30muito recente.
25:31Ela até pouco tempo atrás
25:32era uma universidade
25:33que em alguns locais
25:34as pessoas pagavam
25:35mensalidade.
25:36E o governador
25:37desde o início
25:38atacou a UENG.
25:39Tem sucateado salários,
25:41tem atacado
25:42os professores
25:44e eu acho que
25:44a ideia dele
25:45é acabar com a UENG.
25:46Então nós vamos
25:47fazer muita luta
25:48para não deixar isso acontecer.
25:49Ano passado,
25:50inclusive,
25:50teve uma greve grande
25:51dos professores da UENG.
25:53Como é que
25:53eles têm procurado
25:55os deputados
25:56para conversar
25:56sobre esse projeto,
25:57os docentes mesmo?
25:58Sim,
25:58ontem estavam
25:59as 22 unidades
26:01da UENG
26:01lá na Assembleia Legislativa,
26:03professores,
26:04estudantes
26:04e até a reitora
26:06se posicionando
26:07contra o governo Zema
26:09nessa proposta absurda
26:10de federalização
26:11da UENG
26:12que vamos aqui compreender.
26:14Não é uma proposta
26:15de federalização,
26:16é uma proposta
26:17de privatização
26:18e venda da UENG.
26:19A versão do Estado
26:21para essas questões
26:22envolvendo,
26:23inclusive,
26:23os 300 imóveis,
26:24inclusive,
26:25o número mágico
26:26que o Matheus Simões
26:27colocou ali na Assembleia
26:28de 40 bilhões
26:29que é um pouco acima
26:30do que vai ser necessário
26:31para bater os 20%,
26:32é trabalhar com alguma margem,
26:34alguma gordura
26:35caso o governo federal
26:37negue,
26:38não aceite
26:39esses ativos.
26:42O Bloco Democracia e Luta
26:43de alguma forma
26:44trabalha com a hipótese
26:45de fazer um contato direto
26:46com o Ministério da Fazenda
26:48ou com a equipe
26:48do governo federal
26:49para garantir
26:50que o governo
26:51já sinalize
26:52o aceite
26:53de alguns ativos,
26:54evitar que essa margem,
26:55essa gordura
26:56realmente precise ser
26:57muito grande?
26:58Nós vamos tentar
26:58trabalhar
26:59para uma avaliação
26:59adequada da Codemig,
27:01que para nós
27:02é o ativo hoje
27:03mais valioso
27:04daqueles que estão
27:05sendo colocados
27:06para a federalização.
27:08Em todos os cenários,
27:09se o governo
27:10abater 20%
27:12da dívida,
27:13os juros
27:13vão ser zerados.
27:14Mas se ele abater
27:1510% da dívida,
27:17os juros
27:17vão ser reduzidos
27:18muito em relação
27:19ao regime
27:20de recuperação fiscal.
27:21Se ele não abater
27:22nada da dívida,
27:23o regime ainda
27:24é vantajoso.
27:25Então nós vamos tentar
27:26chegar na margem
27:26dos 20%,
27:27mas essa margem
27:29não pode prejudicar
27:30o patrimônio
27:31do Estado
27:32de Minas Gerais.
27:32O Estado
27:33não está à venda
27:34e a gente não pode
27:35simplesmente
27:35acabar com
27:37espaços importantes
27:38para a população,
27:40como é o Palácio
27:41das Artes,
27:42o Risoleta Neves
27:43e outros que eu citei aqui.
27:45Então eu acho
27:45que a União
27:48já está zerando
27:51os juros da dívida.
27:53A União
27:54já está
27:55topando
27:56fazer um negócio
27:57que para ela
27:58inicialmente
27:59não seria muito bom.
28:00Pegar um tanto
28:01de imóvel
28:01que para ela
28:02vai significar
28:04mais custo
28:04de manutenção
28:05do que qualquer
28:06outra coisa,
28:07o que é que vale?
28:08Vamos dar um exemplo.
28:09Aquele prédio
28:10da Universidade Federal
28:12de Minas Gerais
28:12aqui no centro
28:13de Belo Horizonte
28:14está desocupado
28:15até hoje.
28:16Então assim,
28:16para que o governo federal
28:18vai pegar mais um imóvel
28:20para ficar desocupado?
28:21Não faz muito sentido
28:22essa lista dos imóveis.
28:24Eu acho que o ideal
28:25é que a gente trabalhe
28:26para uma valorização
28:27dos outros ativos
28:28em especial da Codemig.
28:29O vice-governador
28:30Matheus Simões
28:31foi bastante categórico
28:32ao dizer que sem
28:33chegar a esses 20%
28:35o Estado não vai aderir
28:37ao Propag.
28:38Isso gera algum tipo
28:38de preocupação
28:39dentro do bloco?
28:40O governo fala,
28:41fala.
28:42Ele falou que não ia aderir
28:43ao Propag
28:43se tivesse os vetos do Lula.
28:45Ele fala um tanto de coisa.
28:47Mas a verdade é
28:48que nós temos um estudo
28:49que mostra
28:50que em todos os cenários
28:51há uma economia estrondosa
28:53na adesão do Propag.
28:55Se o governo
28:55não colocar nada
28:56de amortização de juros,
28:59ainda sim
28:59ele vai ter um desconto
29:01de R$ 99 bilhões
29:03em relação ao que ele pagaria
29:05no regime de recuperação fiscal.
29:07Quem que não vai querer isso?
29:08Isso é balela do governador,
29:10é pressão
29:10para tentar passar
29:12pela Assembleia
29:12a proposta de privatização
29:14dos imóveis,
29:16da Semig,
29:17da Copasa,
29:18da Codemig,
29:19dessas empresas públicas
29:21que ele quis privatizar
29:22desde o dia
29:23que sentou
29:24na cadeira de governador.
29:26E aí vamos lembrar, gente,
29:27tem muita gente,
29:28muito empresário
29:29de olho
29:29nas nossas estatais.
29:31Eles estão pressionando muito
29:33para que a Semig
29:34seja privatizada,
29:35para que a Copasa
29:36seja privatizada.
29:37Porque, por exemplo,
29:38se a gente privatiza
29:39a Copasa,
29:41abre um mercado
29:42enorme
29:44para agentes privados
29:45que são, afinal de contas,
29:47os maiores aliados
29:48do governo Zema.
29:49Queria falar um pouquinho
29:50da Copasa,
29:51se vocês me permitem,
29:52porque o Propag
29:53tem um dispositivo
29:54muito importante.
29:56Ele não é um programa
29:56de privatizações,
29:58ele é um programa
29:59de desenvolvimento do Estado
30:00com pagamento da dívida.
30:02Ele prevê
30:03que investimentos
30:04em saneamento básico
30:05podem ser abatidos
30:08da dívida.
30:09A Copasa
30:09tem 17 bilhões de reais
30:11de previsão
30:13nos próximos anos
30:13de investimento
30:14em infraestrutura.
30:15Se ela fizer esse investimento
30:17em infraestrutura,
30:18isso vai ser abatido
30:19na dívida
30:20e ela vai conseguir
30:21reduzir a dívida
30:22com a ampliação
30:23do serviço da Copasa
30:25e ampliação
30:25dos lucros do Estado.
30:27Agora,
30:27se ela for privatizada,
30:29o Estado vai ganhar
30:30aí 3, 4,
30:32no máximo
30:325 bilhões de reais.
30:34Não vale a pena.
30:37Deputado,
30:37eu queria puxar um pouco
30:39aquela questão
30:39dos imóveis ainda,
30:40porque o Propag
30:41faz uma série
30:42de exigências
30:43em questão
30:43de documentação.
30:45O governador já disse,
30:46por exemplo,
30:46que não tem como,
30:47o vice-governador disse
30:49que não tem como
30:50ceder a cidade administrativa
30:51porque não tem
30:52alguns documentos.
30:54Essa questão
30:54também preocupa
30:55os deputados
30:56mostrar que alguns
30:57imóveis estão
30:58irregulares,
30:59por exemplo,
30:59é algo que vocês
31:00estão de olho também?
31:01Gente,
31:02está tudo irregular.
31:03Na hora que eles
31:04mandaram aquela lista
31:05de imóveis,
31:05deu para ver
31:06que, assim,
31:07algum estagiário
31:08pegou um filtro
31:09de avaliação
31:10de imóveis
31:11e mandou aquela proposta.
31:13As pastas
31:13não foram consultadas,
31:15gente.
31:15Ontem,
31:16nós recebemos
31:17o secretário
31:17de Cultura,
31:18Leônidas,
31:19e eu perguntei
31:20para ele,
31:20secretário,
31:21você está falando
31:22aqui da defesa
31:23do patrimônio?
31:24Você sabia
31:24que o Palácio das Artes
31:25ia ser entregue?
31:26Ele respondeu
31:27seco e redondo.
31:29Não.
31:30Gente,
31:30não.
31:31O governo
31:32não está articulado
31:33em torno
31:33da entrega
31:34desses imóveis.
31:35Essa foi uma decisão
31:36feita de cúpula,
31:38sem estudo
31:39e sem uma análise
31:40de documentação
31:42nem de nada.
31:43E é por isso
31:43que eu falo
31:43que não é uma proposta séria.
31:45Parece que o tempo inteiro
31:46o governo está tentando
31:47jogar a casca de banana
31:48para boicotar o Propag
31:50e gerar algum tipo
31:52de conflito
31:52com o governo federal,
31:54que é a prioridade
31:55do Zema
31:55nesse momento.
31:56querendo se colocar
31:57aí como possível
31:58presidenciável.
31:59Não é,
32:00nem vai ser.
32:01Mas ele está tentando
32:02e está utilizando
32:04uma questão séria
32:05que é a dívida
32:06do Estado de Minas Gerais
32:07com a União
32:07para brincar,
32:09para jogar
32:09com coisa
32:10que não é brincadeira.
32:12Nós estamos falando
32:12do futuro do nosso Estado
32:14para os próximos 30 anos.
32:15A postura dele
32:17desde o primeiro momento
32:18deveria ter sido
32:20conversar com o governo federal
32:22para buscar
32:23as melhores soluções
32:24para abater
32:25a dívida de Minas.
32:26não ficar atacando
32:27o governo federal
32:28o tempo todo
32:29como ele tem feito.
32:30Logo que os projetos
32:31foram protocolados
32:32na Assembleia,
32:33a gente teve acesso,
32:34o Leo também,
32:35conversamos com alguns
32:36dos deputados,
32:37o professor Clayton
32:38foi um dos que levantou
32:40essa dúvida,
32:41também alguns editores fiscais,
32:43em relação a uma ambiguidade
32:44nos textos que falam
32:46sobre federalização.
32:48Os textos trazem
32:49quase que copiado
32:50e colado
32:50um termo que fala
32:51que os itens
32:53a serem federalizados
32:54podem ser utilizados
32:56no âmbito do Propag
32:57e que isso poderia
32:58gerar uma dúvida
32:59no sentido dele ser privatizado
33:01e não usado
33:02para amortizar a dívida.
33:03Isso.
33:04A senhora falou
33:04que esses projetos
33:05vão ser muito emendados,
33:06precisam apresentar alterações.
33:08Essa é uma das alterações
33:09que o bloco
33:10pretende fazer?
33:11Com certeza.
33:12Eu acho que
33:13se esses imóveis
33:14não forem federalizados,
33:16eles precisam retornar
33:17à Assembleia Legislativa
33:19para que o povo
33:20e nós como representantes
33:22do povo
33:22possamos decidir
33:23qual o destino deles.
33:25Vale a pena lembrar
33:26que a Constituição do Estado
33:28proíbe a privatização
33:30da Semig
33:31e da Copasa
33:32sem referendo popular.
33:34E nós vamos lutar
33:35para que isso se mantenha.
33:37Existe uma proposta
33:38do governo
33:38de passar
33:39uma emenda à Constituição
33:43para acabar
33:44com a necessidade
33:45do referendo popular.
33:46A gente chama
33:46de PEC Antipovo
33:48porque eu não quero saber
33:48a opinião do povo.
33:49o que eu quero é vender.
33:50Mas a gente
33:51não vai deixar
33:52que isso passe
33:53e não é um projeto
33:54em nada necessário
33:56nesse momento
33:57para discutir
33:58o pagamento da dívida.
33:59Então,
34:00pelo ponto de vista
34:01da oposição,
34:02pelo menos,
34:03Copasa e Semig
34:04não entram
34:04na discussão
34:05sobre o Propag.
34:06Olha,
34:07eu acho que
34:08a gente precisa fazer
34:09esse debate
34:09com muito cuidado
34:11porque existe
34:11a possibilidade
34:12de a gente federalizar
34:13os lucros futuros
34:15delas
34:15mantendo a gestão
34:16no Estado
34:17de Minas Gerais
34:18e mantendo ela
34:19enquanto uma empresa estatal.
34:20Então,
34:20eu acho que nós ainda
34:21temos que avançar
34:23no diálogo
34:24com o Ministério
34:25da Fazenda,
34:27com o Governo
34:28do Estado
34:28para pensar
34:29em soluções
34:30para que o lucro
34:31dessas empresas
34:32possa abater
34:33da dívida
34:34e não necessariamente
34:35a gente perca
34:36o controle delas
34:37e que elas deixem
34:38de ser empresas públicas
34:39que servem
34:40a prestação
34:41de um serviço público
34:42importantíssimo
34:43para o povo.
34:44Vale a pena lembrar
34:45que ninguém
34:45vive sem água
34:46e que energia elétrica
34:47é um direito.
34:49Só para fechar
34:50esse tema de Copasa
34:51e Semig,
34:52o Matheus Simões
34:53foi à Assembleia
34:54no início do mês,
34:55protocolou
34:56dez projetos
34:57em relação ao Propag
34:58e outros dois
34:59já estavam na casa,
35:00outros três.
35:01Dois deles
35:02são a privatização
35:03de Semig e Copasa
35:04que nem começaram
35:05a tramitar ainda,
35:06não foram nem lidos.
35:07A senhora acha
35:08que isso indica também
35:09que o presidente Tadeu
35:10entendeu que
35:11para a própria base
35:12começar a tramitar
35:13esse tipo de projeto
35:14seria nocivo
35:15para o lado governista
35:17da Assembleia?
35:17É, nós não queremos
35:18tomar medidas precipitadas
35:20e eu acho que o Tadeu
35:21está sendo muito cuidadoso
35:22nesse sentido.
35:24É importante
35:24que a gente tenha
35:25avaliação
35:26do que vale a Codemig
35:27antes de avançar
35:29na necessidade
35:30ou não
35:30de federalização
35:31das demais estatais.
35:33E a gente também
35:33precisa avançar
35:34no diálogo
35:35com o governo federal
35:36para a gente não dar
35:37uma carta branca
35:38para o governo
35:38privatizar essas empresas.
35:40Eu acho que a Assembleia
35:41não votou
35:42essas privatizações
35:43que são pretendidas
35:44pelo Zema
35:45desde o primeiro ano
35:47do seu governo
35:47não é à toa.
35:48É porque a Assembleia Legislativa
35:50não concorda
35:50com a privatização
35:51da CEMIG
35:52e da Copasa.
35:53Então, assim,
35:54se essas empresas
35:54forem federalizadas
35:56é importante
35:57que a gente resguarde
35:58o caráter público
35:59delas
36:00e é isso que o nosso bloco
36:01vai defender.
36:02Agora, claro,
36:03que a gente sabe
36:04da importância
36:05de tentar alcançar
36:06esses 20%
36:07do pagamento
36:08da dívida
36:09imediato.
36:10Então,
36:11algumas coisas,
36:12talvez medidas impopulares,
36:15tenham que acontecer,
36:16mas a gente quer minimizar elas
36:18e para isso
36:18é preciso ter muita cautela.
36:20Deputado,
36:20acho que a gente já
36:21caminhando para o encerramento
36:22da nossa conversa,
36:23eu queria te perguntar
36:24sobre um projeto
36:25que começou a tramitar
36:26agora na Assembleia
36:27e que está na CCJ,
36:29que é o Estatuto
36:30do Nascituro.
36:31A senhora chegou
36:32a pedir vistas
36:33desse projeto
36:33para segurar um pouco
36:34a tramitação.
36:35Qual é o problema
36:36teve hoje?
36:37Eu pedi
36:37porque, em primeiro lugar,
36:38é um projeto ilegal.
36:40A gente não pode
36:40criar uma lei estadual
36:42que fere
36:43a Constituição da República
36:44e não existe
36:45os direitos
36:47do Nascituro
36:48previstos
36:48na Constituição Federal
36:50hoje.
36:51Minas Gerais
36:51não pode ter
36:52uma legislação
36:53à parte.
36:55Isso é mais
36:55um projeto
36:57para movimentar
36:58a base ideológica
36:59bolsonarista
37:00e de extrema direita
37:01contra o aborto legal.
37:04É importante
37:04que todo mundo entenda
37:05que hoje no Brasil
37:06o aborto é previsto
37:07em pouquíssimos casos.
37:09Ele é previsto
37:10no caso de risco
37:11de vida da mãe,
37:12no caso de fetos
37:13anencefalos
37:14e ele é permitido
37:15também nos casos
37:16de estupro.
37:1860% dos estupros
37:20no Brasil
37:21acontecem
37:22com crianças,
37:24pessoas com menos
37:25de 14 anos.
37:26E essas meninas
37:27estão engravidando
37:28dos seus estupradores
37:29e hoje tem toda
37:31uma mobilização
37:31para impedir
37:32que elas
37:33que foram violadas
37:34não sejam mães
37:36e que os estupradores
37:37não sejam pais
37:38porque eles não
37:39podem ser premiados
37:40depois de estuprarem
37:41uma criança.
37:42É por isso
37:43que eu disse
37:43que esse projeto
37:44embora seja inócuo
37:46ele é agressivo
37:47do ponto de vista
37:48ideológico
37:49contra essas meninas
37:50que são estupradas.
37:52Eu intitulei ele
37:53de PEC do Estuprador
37:54pedir vistas
37:55e a gente vai
37:56fazer muito embate
37:58caso esse projeto
37:59avance
37:59na Assembleia Legislativa.
38:01O caráter dele
38:02é muito nocivo.
38:03Hoje
38:04só 4%
38:05das pessoas
38:06que são estupradas
38:07conseguem acessar
38:08o aborto legal.
38:09Há inúmeras barreiras
38:10judiciais
38:11e isso gera
38:12uma série de problemas
38:14há casos
38:14inclusive de autoextermínio
38:16dessas meninas
38:17que são estupradas.
38:18A gente precisa
38:19fazer o debate
38:20sobre a vida
38:21e a importância delas.
38:22A gente fala
38:23que criança
38:23não é mãe
38:24e estuprador
38:25não é pai
38:25e a gente não pode
38:27deixar que esse debate
38:28se perca
38:29aqui em Minas Gerais.
38:29O deputado
38:30a senhora
38:31passou pela Câmara Municipal
38:32aqui de Belo Horizonte
38:33foi vereadora
38:34e hoje o pessoal
38:35inclusive tem uma participação
38:36importante dentro
38:37da Câmara
38:38com 3 vereadoras
38:39e a gente viu
38:41esses projetos
38:42que são inconstitucionais
38:43também
38:44de pautas de costumes
38:45avançar bastante
38:46na Câmara
38:46principalmente nessa nova
38:47legislatura.
38:49Como que a senhora
38:50avalia o que tem acontecido
38:51agora em Belo Horizonte
38:52e também
38:53como que a senhora
38:54acompanha o trabalho
38:55da Cida
38:56da Isa
38:56e da Júlia
38:57dentro da Câmara Municipal
38:58de Belo Horizonte?
38:59Minhas vereadoras
39:00são maravilhosas
39:01elas são
39:02de fato
39:03um respiro
39:05de democracia
39:07de defesa
39:08de direitos humanos
39:09de direitos das mulheres
39:10ali dentro
39:11da Câmara Municipal
39:12e estão sendo
39:13muito perseguidas
39:14por isso
39:14a violência política
39:16contra as mulheres
39:17parlamentares
39:18ela avança
39:19na mesma medida
39:20em que os projetos
39:21inconstitucionais
39:22vão tentando
39:23ser aprovados
39:24e que essa lógica
39:25violenta
39:26que se reverbera
39:27nas redes sociais
39:28acabam gerando votos
39:30em parlamentares
39:32que não propõem
39:33coisas positivas
39:34boas
39:34constitucionais
39:35para o Brasil
39:36mas que querem surfar
39:37numa onda de violência
39:38o deputado federal
39:39mais votado
39:40do Brasil
39:42foi eleito
39:43nessa onda
39:43e eu acho que
39:45isso é um problema
39:46geral
39:47que nós temos que discutir
39:48no Brasil hoje
39:49então
39:50basicamente
39:51isso
39:51acho que
39:52Nicolas fez escola
39:54tem muita gente
39:55querendo virar
39:56discípulo dele
39:57e quem perde com isso
39:58é a população
39:59que vê um monte
40:00de dinheiro público
40:02sendo gasto
40:03com as nossas
40:03casas legislativas
40:04tomadas
40:05por debates
40:06ideológicos
40:07que não tem nada a ver
40:08com os problemas reais
40:09da pessoa
40:10que precisa
40:11de um atendimento
40:11na UPA
40:12da pessoa
40:13que precisa transitar
40:14por uma estrada
40:14sem buraco
40:15de alguém que quer
40:16diminuir
40:17os acidentes
40:18de trânsito
40:18debater
40:19como que a gente
40:20reduz as enchentes
40:21em Belo Horizonte
40:22vamos lembrar
40:23que o Nicolas
40:24derrotou
40:24o empréstimo internacional
40:25para parar
40:26com as enchentes
40:27da Vilarinho
40:28enquanto tentava
40:29aprovar um tanto
40:30de projeto
40:31inconstitucional
40:31e assim
40:32depois de fazer
40:33o que fez
40:33pintou e bordou
40:35ainda teve
40:36a votação
40:37que teve
40:37então acho que a gente
40:38tem um problema
40:38na democracia
40:39mesmo
40:39e na forma
40:40como hoje
40:42essas pessoas
40:43estão ganhando
40:44palanque
40:44em cima
40:45de coisas
40:46que são muito
40:47nocivas
40:47para a população
40:48o Bruno
40:49lembrou
40:49da questão
40:50do estatuto
40:50do Nascituro
40:51e a gente tem visto
40:52essas discussões
40:53ganharem até um pouco
40:54mais de fôlego
40:55dentro da Assembleia
40:56hoje mesmo
40:56antes da votação
40:57do Propag
40:58uma discussão
40:58sobre comunidades
40:59terapêuticas
41:00foi também palco
41:02de uma discussão
41:02vocês acompanharam tudo
41:03pois é
41:05então assim
41:05eu queria perguntar
41:06para a senhora
41:07se existe um planejamento
41:09para evitar
41:10que esse tipo
41:10de discussão
41:11acabe tomando também
41:12ou contaminando
41:13a pauta
41:14da Assembleia
41:15que tradicionalmente
41:16é mais técnica
41:17do que
41:18é a Câmara Municipal
41:20e até a gente
41:20tem visto
41:21inclusive
41:21dentro do Congresso
41:22Nacional
41:23essa pauta
41:23acabar
41:24contaminando
41:26realmente
41:26as discussões
41:27que são mais técnicas
41:28e mais importantes
41:29para a população
41:29a Assembleia
41:31é um espaço
41:31sério
41:32e que sempre
41:34prezou por debates
41:35muito razoáveis
41:37e muito democráticos
41:38a formação
41:39do bloco
41:40do Partido Liberal
41:41do PL
41:42está tentando
41:43empurrar
41:43as pautas ideológicas
41:45para tramitação
41:46e plenário
41:47eu acho
41:48que a gente
41:48tem que voltar
41:49a fazer valer
41:51os acordos
41:52sobre os projetos
41:53que merecem
41:54tramitar
41:55por exemplo
41:55eu espero
41:56de verdade
41:56de coração
41:57que o presidente
41:58Tadeu
41:59não nomeie
42:00uma comissão
42:00para analisar
42:01uma PEC
42:01inconstitucional
42:02ilegal
42:03e absurda
42:03como é a PEC
42:05do estuprador
42:05caso isso aconteça
42:07por pressões
42:08do bloco
42:09do PL
42:09claro
42:10que a gente
42:10vai ter
42:11a Assembleia Legislativa
42:12virando um espaço
42:14de debates
42:14rebaixados
42:15e que não tem a ver
42:16com os principais
42:17problemas
42:18do povo mineiro
42:19hoje a gente teve
42:20uma votação histórica
42:22nós estamos discutindo
42:24a dívida bilionária
42:25do Estado de Minas Gerais
42:26com a União
42:27o futuro do serviço
42:28público de Minas Gerais
42:29e esses debates
42:30ideológicos
42:31só atrapalham
42:32perfeito deputada
42:34a gente deixa um espacinho
42:35final aqui
42:36para a senhora
42:36fazer suas considerações
42:37finais
42:38porque já estamos chegando
42:39também aqui no limite
42:40de tempo do nosso programa
42:41pode ficar à vontade
42:42então eu vou agradecer demais
42:44pelo espaço
42:45pelo debate
42:45sempre é muito bom
42:46estar com vocês
42:47e aproveitando
42:48que hoje é sábado
42:49eu quero chamar todo mundo
42:50para amanhã
42:51uma manifestação
42:52nas ruas de Belo Horizonte
42:53contra o PL da devastação
42:56que é uma proposta
42:57no Congresso Nacional
42:58que quer destruir
42:59o licenciamento ambiental
43:01abrindo espaço
43:02para o desmatamento
43:03para mineração
43:04para outras medidas
43:05muito ruins
43:07para o meio ambiente
43:08que podem nos levar
43:09ao colapso
43:10das crises climáticas
43:12então na Praça da Liberdade
43:14domingo de manhã
43:15espero vocês
43:16Bruno, agradeço
43:17a participação sua
43:18também
43:18até a próxima
43:19muito obrigado
43:20Bernardo
43:20deputado
43:21é sempre um prazer
43:22falar com a senhora
43:23bom, o EM Entrevista
43:24dessa edição
43:25fica por aqui
43:25você continua acompanhando
43:27as principais notícias
43:28aqui da política
43:29de Belo Horizonte
43:30de Minas Gerais
43:30do Brasil e do Mundo
43:31no em.com.br
43:33aqui no canal
43:34do Youtube
43:34do Portal Uai
43:35você também acompanha
43:36a nossa cobertura
43:36audiovisual
43:37os podcasts da casa
43:39e você também pode
43:40ouvir as nossas entrevistas
43:41e os programas
43:42na sua plataforma
43:43de áudio preferida
43:44um abraço
43:45e até a próxima
43:45e aí

Recomendado