A mulher que põe o M de volta à CPMI que investiga a fraude do INSS está no estúdio nesta segunda (26), meu povo! Rosangela Moro criticou a CPI das Bets, que parece ter virado sigla para Circo Para Influenciadores, além de ter destrinchado a atual situação do governo do Brasil. A deputada federal também trouxe os principais bastidores da Câmara dos Deputados… Será que esse tanto de confusão e baixaria vai acabar sendo inspiração para o reality show “Câmera dos Disputados”.
Assista ao Pânico na íntegra: https://youtube.com/live/Ogf7NGVs5E8?feature=share
00:00A CPI sai ou não sai? Qual que é o entrave para sair essa CPI na Câmara dos Deputados?
00:09Vai sair a CPMI, duas propostas estavam correndo em paralelo e o senador presidente Davi Alcolumbre já sinalizou que vai fazer a leitura,
00:19marcou o dia 16 para fazer a leitura e com a leitura instalada a CPMI, então quero acreditar que sim.
00:27Para explicar para a turma o que é uma CPMI, o quanto é o M? Ela é mista, é o congresso, junta todo mundo e aí tem menos possibilidade de fazer um arranjo.
00:40Quando é a CPI só no Senado, que tem a maioria do governo lá que são os senadores, eles conseguem fazer um Leonardo maior.
00:47Quando é a CPMI, junta todo mundo e fica mais bagunçado e provavelmente a verdade vai sair nessa CPMI.
00:55É mais ou menos isso.
00:57Exatamente, é isso daí. Câmara e Senado junto, então é uma CPMI do congresso.
01:01Agora, depende do presidente da casa o que está faltando para efetivar?
01:06Sim, o ato, as assinaturas, qualquer colega parlamentar pode colher.
01:11Uma vez atingido o número de assinaturas, se for só da Câmara dos Deputados,
01:15uma CPI, precisa do presidente da casa determinar a leitura que é onde está o procedimento.
01:23E sendo o CPMI, que é mista, o presidente do congresso nacional, que é o senador, presidente Davi Alcolumbre.
01:30É, teve uma questão, a gente até falou aqui um pouco antes, da CPI das Betes.
01:36Mas, ao que muitos falam, e eu concordo, é que virou um circo.
01:42Ficar chamando influência, ficar chamando um monte de gente, que no final, primeiro, tinha uma lei que permitia as Betes.
01:50Segundo, que foi feita no próprio congresso.
01:53Às vezes fica com a impressão que aquilo virou um show de circo.
01:58Até o Alcolumbre se manifestou nisso.
02:00Eu queria a sua visão disso.
02:01Você acha que vai dar em alguma coisa essa CPI das Betes?
02:06Ou deveria tirar essa pauta e partir para a próxima?
02:09Nós temos que trabalhar para que sim, para que os fatos sejam esclarecidos.
02:13Qual foi a resposta do congresso, da Câmara dos Deputados, diante desse escândalo do INSS?
02:20Nós aprovamos, na semana passada, um regime de urgência, para votar o mérito nos próximos dias,
02:26de uma lei que vai impedir descontos mensais dos pensionistas e aposentados do INSS.
02:33Isso é muito importante.
02:35Aí, como resposta também, temos a CPI.
02:38A gente não... a CPMI, né?
02:42Historicamente, a gente vê que as CPIs, CPMI, elas viram ali realmente um palco para você ver ataques políticos, questões políticas.
02:50Só que nós vamos ter que trabalhar para que apareça algum resultado.
02:53E nessa, um diferencial, que eu acho que é uma grande oportunidade, é porque alguns players desses escândalos do INSS,
03:04alguns dirigentes sindicais, ficaram de fora de algumas investigações até aqui,
03:09promovidas, por exemplo, pelo TCU ou até pela Procuradoria Geral da União, Procuradoria Geral da República.
03:17Então, eu penso que é um... tem um vasto caminho ali para ser explorado, porque as pessoas precisam saber quem está fazendo o quê.
03:25É preciso, sim, que se aponte o dedo, porque não dá para admitir esse roubo das pessoas que são as mais vulneráveis, né?
03:32O teto de uma apresentadoria do INSS hoje é algo, então, uns 7 mil reais.
03:36Então, são pessoas que estão numa classe social que precisa ainda de maior proteção.
03:41Então, eu vejo positivamente que seja instaurada a CPI.
03:47E você acha, deputada, que a parte do governo, né, do governo em exercício, o partido, eles têm um receio de um possível desgaste do governo
03:59por conta dessa CPI do INSS?
04:02Ah, certamente. O governo vai querer trabalhar ali com indicação de nome, de relatorias, para evitar um desgaste.
04:08Mas esse desgaste vai ser inevitável, porque a gente está vendo uma fraude, quiçá maior até,
04:13que todo aquele histórico que a gente conhece, que é a fase da Lava Jato, do Petrolão.
04:19Sim, mas o Petrolão era o dinheiro da Petrobras, era o dinheiro deles ali.
04:24Agora é dos velhinhos.
04:25Ainda mais grave, né?
04:27É, exatamente isso.
04:29E o problema, assim, é INSS, mas o problema é muito maior, porque a gente está vendo um loteamento geral das entidades e dos órgãos públicos.
04:41Não se está trabalhando com critério técnico.
04:43A gente tem alguém no IBGE que é um maquiador, você pode confiar ou não pode confiar nos dados.
04:48A gente tem os Correios dando um prejuízo como nunca se viu na vida.
04:53Então, não tinha como esperar uma coisa diferente desse governo Lula 3.0.
04:59Eu nunca imaginei que o governo 3.0 viria diferente.
05:02Você não fez o L embaixo da mesa?
05:04Não.
05:05Eu conheço um monte que fez o L embaixo da mesa.
05:08Eu mesmo, de maneira alguma.
05:11Então, né, eu vejo com muita tristeza, mas é uma surpresa.
05:15Desculpa, surpresa não é, porque é o modus operandi.
05:18E veja que curioso, fazer um contexto assim, a gente tem a estrutura sindical que é muito forte para o Partido dos Trabalhadores.
05:31Então, isso também pode estar acontecendo com relação às estruturas sindicais daquele...
05:35A partir do momento que o Supremo Tribunal Federal mudou o entendimento,
05:39que antes você tinha que autorizar um desconto sindical pela associação,
05:43se você quisesse, para se beneficiar de algum serviço, se os sindicatos te beneficiassem.
05:49E depois mudou a regra do jogo, desconto de todo mundo.
05:52E quem não quer ser descontado tem que ficar aqui, na fila, em São Paulo,
05:56que a gente devia no sol, nas intempéries, para pedir, pelo amor de Deus, não desconde.
06:00Então, isso está errado.
06:01Então, vamos ter que tratar todo mundo meio parecido e também dar uma olhada
06:05como é que está essa estrutura sindical, porque essa estrutura sindical abastece a esquerda.
06:11É, mas eles gastam muito dinheiro.
06:13Você viu lá, saiu no Estadão, não sei se vocês viram aqui,
06:16é que não está aqui no nosso Leonardo, a gente tem um jornal aqui muito fraco, viu, doutor?
06:22Tem um jornal aqui fraco.
06:24Está no Estadão isso aqui, ó.
06:26O governo paga 15 milhões de reais para uma ONG de sindicato do ABC,
06:32o ABC é aqui em São Paulo, 15 milhões, 15 milho.
06:35E desconta o cara lá na China.
06:36Para retirar lixo na terra Yanomami, em Roraima.
06:41Então, quer dizer, tem um sindicato, 15 milha, grana nossa.
06:47Aí não entende a carreta, furacão, a turma fala, meu Deus.
06:5115 milha para a turma daqui e para Roraima.
06:54Fica 5 mil quilômetros tirar, limpar o lixo da terra Yanomami lá em Roraima.
07:00Com o dinheiro do...
07:00Com o dinheiro do contribuinte.
07:02Então, o negócio é muito complicado, né, Rosângel?
07:07E vocês também não resolvem muita coisa lá para nós, né?
07:10A gente tenta resolver todas as coisas, né?
07:12Nós ficamos aqui desesperados, né?
07:14Vocês também não estão resolvendo muito.
07:16Toda semana eu vou para o Brasília tentar salvar esse país, mas vamos lá.
07:19O que está no nosso alcance, né?
07:21Acionar a PGR.
07:22A PGR é muito alinhada com o cenário do governo.
07:28O que está no nosso alcance?
07:29Apresentar pedido de reclamação, informação, ir para a imprensa.
07:34Isso tudo a gente faz também.
07:35Está no nosso alcance.
07:37Judicializar?
07:37Está no nosso alcance.
07:38Apresentar pedido para o nosso poder de controle, né?
07:43Perante o Tribunal de Contas?
07:44Também está no nosso alcance.
07:46Agora, é o ato do Executivo que a gente tem que trabalhar dessas maneiras legais e administrativas
07:51para a gente chamar atenção para o órgão de controle suspender aquilo, né?
07:58Também está errado, no meu ponto de vista, gastar muito dinheiro com a propaganda.
08:04Que não está surtindo nem efeito.
08:06Porque nem com a...
08:07Sabe?
08:08Despejando grana bilionária com propaganda, o governo não sai da sua estagnação.
08:14É um governo que não entrega.
08:15Sim, exatamente.
08:16É um governo que não entrega.
08:17Ele não entregou na saúde, ele não entregou na educação, ele não entregou na segurança pública.
08:22Semana passada o ministro Lewandowski estava lá falando de segurança pública.
08:26Ele pega um projeto de lei que já existe e quer constitucionalizar.
08:30Ou seja, dá uma maquiada assim para dizer, olha, é o plano do governo Lula.
08:35Ele quer unificar todas as polícias e as corporações não foram ouvidas.
08:39Então a pergunta que tem que fazer, caro eleitor, o que esse governo entregou?
08:44Nada.
08:44Mas é aquela história.
08:46É a picanha que não veio e ele está tentando vender picanha até agora.
08:49É a promessa.
08:50É tudo a promessa para frente.
08:52Agora, por exemplo, como é que ela chama, ela que foi com a Haddad lá, a Tebbit.
08:57Tebbit.
08:58Pô, a Tebbit falou claramente que 2027 vai quebrar.
09:02Colapsar as contas, vai colapsar o Brasil.
09:05Vai continuar esse esquema assim?
09:07Vamos deixar.
09:08Tem mais um ano e meio.
09:09Tem mais um ano e meio.
09:10É bastante tempo.
09:11Vai continuar assim, deputada?
09:14Veja, hoje eu vi até uma entrevista do presidente Hugo Mota, dizendo do compromisso de restaurar,
09:22da preocupação que se tem com as contas públicas do país.
09:26O que que aconteceu?
09:26O governo colocou no lixo o arcabouço fiscal.
09:30Tratou-se tanto do arcabouço fiscal, deixar regas claras e rígidas para o limite de gastos.
09:35Ele não cumpriu isso.
09:36E ele tangencia, teve pedalada.
09:38Daí da nossa parte, o que a gente faz?
09:40A gente apresenta o pedido, cola as assinaturas rapidinho, apresenta o pedido de CPI, até de impeachment, desculpe, não foi de CPI.
09:48Foi de impeachment e está na mesa do presidente Hugo Mota.
09:51Mas o arcabouço, quando você tinha o teto de gastos, se você estourava, ele era passível de impeachment.
10:02Agora, não é pelo arcabouço em si.
10:05É mais complicado.
10:07A impressão que eu tenho, deputado, é que muitas vezes, com essas emendas parlamentares, esse orçamento secreto, consegue passar qualquer coisa.
10:19Porque o governo faz o que faz com o apoio da Câmara do Senado.
10:26Não dá para também tirar e falar, só o governo é ruim e está todo mundo contra.
10:31Não estou falando da senhora especificamente, mas, de certa forma, eles têm a máquina na mão.
10:37Eles têm a máquina na mão.
10:39É da maioria.
10:39E que bom você falar das emendas, porque o discurso do governo, eu sou a favor, 100%, se diga aqui, da transparência.
10:47De todas as emendas.
10:49O governo, sob o argumento de melhor transparência, ele quer o quê?
10:53Ele quer o controle do orçamento na mão dele.
10:55Ele quer muito dinheiro.
10:56É muito dinheiro.
10:57Eu, Rosângela, eu só faço uso das emendas impositivas.
11:02Aquela que todo mundo recebe igual.
11:04O que é?
11:04É, porque...
11:05Já é determinada antes de começar o jogo.
11:08É determinada antes de começar o jogo.
11:08Qual a diferença da impositiva e dessa da outra?
11:11A outra, você...
11:13Você tem que negociar...
11:14Não é que negocia, você faz uns acordos para...
11:17Vamos votar nessa linha.
11:17É tipo um mensalão.
11:19É um mensalão.
11:20Não, eu não posso dizer isso.
11:21Porque se você vai passar...
11:21Um mensalão legalizado.
11:23Legalizado.
11:24Isso.
11:24Ah, tá lá.
11:25Tem a regra do jogo, os colegas usam, né?
11:27E eu acho, sinceramente, que essas emendas...
11:30O dia que acabar a reeleição e emenda, eu acho que vai ser um ganho para o país.
11:35Porque as emendas, elas retroalimentam, assim, um sistema.
11:39Por exemplo, tem hospitais que precisam muito das emendas.
11:43É triste de ver a saúde sucateada.
11:46Os hospitais vão lá, pedem emenda parlamentar, para orçamento, para custeio.
11:50Aí, a gente, claro, direciona essas emendas.
11:54Eu direciono 100% para a saúde.
11:56Esse ano eu direcionei 100% para a saúde.
11:58São as casas e filantrópicos aqui de São Paulo.
12:00Então, a entidade da saúde, ela também fica refém.
12:06Se o parlamentar dela não é eleito no ano seguinte, o que vai acontecer?
12:09Vai ficar sem verba do custeio?
12:11Então, é muito sério isso.
12:13É que é difícil também o parlamentar abrir mão disso aí, porque ele vai lá e...
12:17Eu abro.
12:18Mas é o poder dele.
12:19Eu abro.
12:20Não, não, eu digo o seguinte...
12:21E tem muitos colegas que eu te...
12:22Não quero constranger ninguém, mas tem muitos colegas que abrem.
12:25Então, se é para trabalhar pelo todo, pelo país...
12:27Então, acaba com as emendas.
12:29Acaba com as emendas, acaba com a reeleição.
12:31Cada um vai lá, mostra o que tem que fazer.
12:33Talvez esse dia nunca chegue, deputada.
12:35Mas nunca.
12:35Não tem nada caminhando.
12:37É, sempre que não tem nada caminhando nesse sentido.
12:39Eu duvido.
12:40E também seria uma medida muito impopular com os colegas.