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  • 26/05/2025
A renomada psiquiatra Mara Faget, ex-diretora do Instituto Pinel, é acusada por ex-pacientes de usar sua influência emocional para aplicar golpes financeiros. As vítimas relatam ter emprestado grandes quantias de dinheiro à médica, que nunca foram devolvidas. O terapeuta e psiquiatra, Eduardo Perin, participou do Morning Show e falou sobre o assunto.

Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/N9qnUbc844c

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Transcrição
00:00Um caso daqueles bem absurdos, meu caro Mano Ferreira, Jess Peixoto, a Ninha Beatriz Riz de volta aqui com a gente,
00:05que eu quero expor aqui e realmente propor que a gente discuta.
00:10No caso aqui, a personagem central que eu me refiro, pessoal, prestem atenção,
00:13é uma psiquiatra renomada, ex-diretora do Instituto Pinel do Rio de Janeiro,
00:19conhecida por receber os principais manicômios ali do estado do Rio de Janeiro,
00:24ela que é acusada de usar a confiança dos seus pacientes para aplicar golpes financeiros.
00:29Sim, ela que teve o registro cassado pelo CRM, Conselho Regional de Medicina,
00:34mas continuou atendendo como psicanalista.
00:38Jess Peixoto, tem mais detalhes?
00:39Então, esse caso, ele é um caso bem assustador e segundo as testemunhas, as partes,
00:46até mesmo um caso que levanta por que no final do dia esta terapeuta,
00:52essa psiquiatra, ela estava pedindo esses valores.
00:55E o que é relatado por quem passou por isso?
00:57Teve até um caso que teve um acordo na justiça de 90 mil reais que ainda não foi pago,
01:02não foi sanado.
01:04E foi este caso que levou até que o registro dela na questão da psiquiatria fosse cassado.
01:10Mas, pasme, André, ela segue atendendo como psicanalista.
01:13Então, ela segue fazendo esses atendimentos.
01:16E foi uma dessas pacientes que foi atrás e descobriu toda essa situação.
01:20Mas, o que acontece?
01:22Ela usava o momento da terapia, que é um momento ali de muita,
01:25da consulta de muita vulnerabilidade,
01:28para falar sobre problemas dela, da família, da vida.
01:32E, com isso, ela sensibilizava alguns pacientes, segundo relatos,
01:36a fazerem esses empréstimos, a terem essas dívidas.
01:40E é o caso dessa outra paciente,
01:42que chegou ali no montante de cerca de 92 mil reais,
01:45e que ela foi até a justiça para cobrar esse valor.
01:49A Mara, no caso, ela reconheceu essa dívida,
01:52mas, segundo as alertas, ainda não houve esse pagamento.
01:56É um caso muito estranho, porque imagine só,
01:58você está no seu momento máximo de confiança, de vulnerabilidade,
02:01vendo uma pessoa que você constrói uma relação
02:04e, de repente, essa relação é instrumentalizada.
02:07Por isso, a Mara está respondendo aí a estelionato.
02:10É isso aí.
02:11E é exatamente, justamente sobre esse tema aqui,
02:13esse caso específico e o que ele pode representar mais amplamente, pessoal,
02:17que a gente vai ter uma baita de uma conversa aqui
02:18com quem entende do assunto, tem conhecimento de causa,
02:20vai poder nos informar aqui
02:22e realmente fazer a gente poder pisar aqui com segurança
02:24e entender o que pode estar em jogo.
02:26E é ninguém mais, ninguém menos que o psiquiatra e terapeuta
02:29cognitivo-comportamental, que é o doutor Eduardo Perim,
02:32se juntando a nós aqui na bancada do Morning Show.
02:34Tudo bem, doutor? Prazer em vê-lo.
02:37Só pedir o microfone bem pertinho aí
02:38para a gente poder te ouvir da forma mais precisa.
02:40Olha só, como é que faz, então, para a gente, na medida do possível,
02:43nesse mar de humilhação, de vulnerabilidade
02:46das pessoas cada vez mais reféns aqui,
02:48desses celulares e nessa espiral permanente aí
02:52de insegurança mesmo consigo mesmo,
02:54aí o pessoal fica vulnerável e vira um terreno fértil
02:57para esses golpistas pintarem e bordarem, né?
02:59Ainda mais quando se trata de saúde mental.
03:01Como é que faz para o pessoal criar esse faro aguçado
03:05ante esses golpistas?
03:06É, eu acho que é isso que foi falado, né?
03:12Ela criava uma atmosfera de muita confiança
03:15e o paciente acabava cedendo, emprestando dinheiro e etc.
03:22Acho que...
03:22Sim, fica à vontade.
03:24Eu acho que é uma situação muito complicada
03:27porque ela estava num papel de abusadora, né?
03:32De abusar de uma pessoa que está numa situação vulnerável,
03:36de estar numa situação, né, buscando ajuda ali, né?
03:40Então, é bem complicado, né?
03:43É, agora, o que a gente quer propor aqui também
03:46é como é que faz para o pessoal que está vulnerável
03:48desenvolver os anticorpos, ou pelo menos ali o radar
03:51para detectar quando realmente pode ter uma golpista
03:54de altíssima periculosidade ali engajando com você.
03:57Não é isso, Aninha?
03:58É, André, sabe o que eu acho?
04:00A gente tem tanto acesso à informação hoje em dia,
04:03mas muitas vezes, quando a gente vai buscar um serviço,
04:06em especial relacionado à saúde,
04:08talvez pela própria vulnerabilidade da situação,
04:11as pessoas acabam não se aprofundando
04:13na pesquisa do currículo daquele profissional
04:15que vai atendê-la.
04:16Eu acho que, talvez respondendo a pergunta
04:19no lugar do doutor Eduardo, me perdoe,
04:20mas o primeiro passo, com certeza,
04:23é a gente buscar informações a respeito
04:25da qualificação daquela pessoa.
04:27E isso tem sido muito comum, inclusive,
04:29nesses procedimentos estéticos,
04:31que muitas vezes são aplicados por pessoas
04:32que não são médicos, às vezes,
04:34não têm a titulação necessária
04:36para fazer a aplicação de um determinado procedimento.
04:38E aí, eu acho que tem uma outra questão,
04:40que é a seguinte,
04:40embora você tenha uma relação de extrema confiança
04:42com o seu psiquiatra, com o seu psicólogo,
04:44a verdade é que é uma relação profissional.
04:47Não é uma relação de confiança
04:50a ponto de alguém te pedir dinheiro emprestado.
04:53Isso eu acho que é muito essencial,
04:55porque você cria um afeto pela pessoa,
04:58você cria confiança naquela pessoa
04:59que está te atendendo,
05:00mas você nunca pode esquecer
05:02que aquilo é uma relação de trabalho
05:05para aquele que está te atendendo.
05:07É profissional.
05:08E, como tal, não deveria envolver dinheiro
05:11que não fosse dos honorários daquela pessoa.
05:13É por aí, doutor?
05:14Doutor Perinho, com a palavra.
05:15Com certeza, né?
05:17Assim, o psiquiatra, o psicanalista que está atendendo,
05:21nunca poderia estar nesse papel
05:23de quem está pedindo um dinheiro, né?
05:26E, sim, eu acho que o paciente tem que buscar
05:29todos os...
05:30o currículo de quem está atendendo,
05:33tem que buscar indicações de pessoas
05:36que já passaram com aquele profissional, né?
05:39Então, para se resguardar, né?
05:41Agora, tem certos tipos de pessoas
05:44que acabam sendo mais vulneráveis também
05:47a esses golpes, né?
05:49Então, pessoas que, eventualmente,
05:52que são idosas,
05:53que não têm uma conexão com a tecnologia
05:56muito grande, né?
05:59Ou pessoas que estão numa situação
06:01de doença psiquiátrica importante também, né?
06:06Doutor, quando alguém está numa relação terapêutica
06:11e acredita que o profissional está abusando
06:16da função dele, está saindo da conduta profissional,
06:21qual é a recomendação?
06:22Como que o paciente pode se portar?
06:25Tem alguma instituição para ele recorrer?
06:28Tem algum tipo de protocolo, procedimento
06:31que ele pode adotar?
06:32Olha, a primeira coisa é buscar o conselho de classe, né?
06:36Então, se for um médico, né?
06:38O CFM, se for um psicólogo, o CFP, né?
06:42Então, o conselho de classe desse profissional
06:45é responsável por avaliar o serviço
06:51que ele está prestando, né?
06:53É, me parece, assim, um caso claro
06:55de sociopatia aqui, né?
06:57Apagou qualquer senso ali de empatia ao próximo.
07:01Mas, enfim, a gente vai seguir explorando aqui
07:02todos os detalhes.
07:04Eu tenho uma notinha aqui que a nossa
07:05Dias Peixoto vai poder nos trazer agora.
07:07Vamos lá.
07:07Vale avisar aqui em nota o advogado da Mara
07:11afirmou que as acusações são levianas
07:13e que carecem de qualquer respaldo
07:14fático ou jurídico.
07:16E que ela jamais atuou como médica
07:18sem ter registro
07:18e que não tem qualquer condenação judicial
07:21por estelionato.
07:22E, de fato, ela ainda está respondendo
07:24a este processo.
07:25E até um detalhe surpreendente nessa história
07:27é que ela veio a público
07:29por conta de uma paciente
07:30que ia ao consultório,
07:32foi pesquisar,
07:33descobriu alguns detalhes
07:35e começou a fazer um trabalho
07:36de conclusão de curso
07:38jornalístico
07:39baseado naquele caso.
07:41E isso virou ali,
07:42veio a público da maneira
07:43como a gente está tratando aqui.
07:45Então, existe até um ponto
07:46de trabalho de conclusão de curso.
07:48E parabéns para a Lauren,
07:50que foi a profissional
07:50que fez todo esse trabalho.
07:52E, doutor, eu tenho uma pergunta
07:53em relação aos tipos de relação
07:55que, muitas vezes,
07:56você vai desenvolvendo
07:58na confiança.
07:59A paciente,
08:00um lá,
08:01que foram os 90 mil,
08:03ela disse que
08:04ela tinha uma compulsão
08:05por compras.
08:06O que eu imagino
08:06que tem alguns detalhes
08:08que talvez levem
08:09a tirar a conclusão
08:10de que essa paciente
08:11seria,
08:12talvez tivesse
08:13uma tendência maior
08:14a doar isso.
08:15Como que
08:16a paciente em si
08:18poderia ter,
08:19mais do que percebido
08:20que está sendo abusada,
08:22mas como que a grade
08:23de suporte dela,
08:24talvez, marido,
08:25esposo, familiares,
08:26poderiam engajar com isso,
08:28sabe, notando,
08:29pô, está confiando demais.
08:31Tem isso ou essa confiança,
08:32ela precisa ser irrestrita
08:33no profissional
08:33que está fazendo acompanhamento?
08:35Essa confiança precisa
08:36acontecer,
08:37mas ela nunca pode ser irrestrita,
08:39né?
08:39A gente nunca pode confiar
08:41irrestritamente.
08:43Então,
08:44eu acho que a primeira,
08:45o primeiro indício
08:46é o pedido de dinheiro,
08:48né?
08:48Assim,
08:48eu acho que esse é o primeiro indício
08:50de que essa relação
08:52se contaminou
08:53de uma forma
08:54que já não é mais
08:55uma relação terapêutica.
08:56É uma relação
08:57que talvez
08:57seja de ajuda pessoal,
09:00né?
09:00E não um trabalho terapêutico.
09:02Então,
09:03começa por aí.
09:04E, claro,
09:04as pessoas que estão em volta,
09:06né?
09:06Tentam,
09:07muitas vezes,
09:08alertar a pessoa
09:10que está passando
09:11pelo golpe,
09:12mas,
09:12muitas vezes,
09:12a pessoa está tão envolvida,
09:14né?
09:14No caso aí,
09:15com a psiquiatra,
09:17que ela não consegue enxergar,
09:18né?
09:18a situação do jeito que está.
09:20Então,
09:20muitas vezes,
09:21as pessoas em volta
09:22acabam ficando impotentes, né?
09:24E o senhor já viu casos
09:25ao contrário?
09:26Então,
09:26situações em que o envolvimento
09:28tenha sido do próprio agente,
09:30do psiquiatra,
09:31do psicanalista,
09:32em relação a ajudar
09:33e até ter um envolvimento
09:34emocional ali
09:35com o paciente?
09:37Ah,
09:37é comum a gente
09:38se emocionar
09:39com as histórias
09:41que a gente ouve,
09:42é comum a gente
09:43empatizar
09:44com o sofrimento
09:45do paciente,
09:46é comum a gente
09:46querer ajudá-lo,
09:48a gente...
09:49Isso é uma coisa natural
09:51e eu acho que é esperada,
09:53né?
09:53O problema é
09:54quando você
09:54inverte isso
09:56a seu favor,
09:57né?
09:59Aninha,
09:59por favor.
09:59Eu acho que tem
10:00uma questão também,
10:01né?
10:01Que, às vezes,
10:02nas produções de cinema,
10:04etc.,
10:04a gente vê uma romantização
10:05da relação, às vezes,
10:07de um profissional
10:08da área médica,
10:09em especial,
10:10com aquele paciente
10:10que está tendo
10:11uma história de amor,
10:13mas não é o usual,
10:15né, doutora?
10:15Eu nem sei se existe
10:16alguma proibição
10:17dos conselhos de classe
10:19a respeito de,
10:20por exemplo,
10:20você manter um relacionamento
10:21amoroso com o paciente,
10:23porque muitas vezes
10:24as pessoas acabam
10:25se envolvendo exatamente
10:26por esse aspecto,
10:28né?
10:28De se apaixonar,
10:29de se encantar ali
10:30com aquela pessoa
10:31que está te dando
10:32um suporte
10:32num momento de dificuldade,
10:34mas eu imagino
10:35que devam ter regras
10:36bem claras
10:37com relação a isso.
10:38Não, com certeza, né?
10:40Você ter um envolvimento
10:42com um paciente
10:43é algo eticamente
10:44condenável, né?
10:47Então, tanto do ponto
10:48de vista médico
10:49quanto do psicológico, né?
10:52Então, tanto o Conselho
10:54Federal de Medicina
10:55quanto o de psicologia
10:56condenam esse tipo
10:58de envolvimento, né?
10:59Com o paciente.
11:00Isso não é ético, né?
11:01Mas é relativamente comum
11:02que o paciente
11:03se apaixone
11:04pelo psicólogo, né?
11:06Isso acontece
11:07com alguma frequência,
11:09mas o psicólogo
11:10ou o terapeuta,
11:11ele vai precisar
11:12manejar essa situação
11:14de uma outra maneira
11:15que não, né?
11:16indo às vias de fato, né?
11:19Exatamente.
11:20Exatamente.
11:22Agora, em tudo se confirmando,
11:23claro, a Jess trouxe aqui
11:24o direito ao contraditório,
11:26ampla defesa,
11:27mais do que justo.
11:27Bom jornalismo
11:28preconiza isso.
11:30Agora, realmente,
11:31se tudo realmente
11:32caminhar pela direção
11:33que está indo,
11:33sinceramente,
11:34cassação de registro
11:35e indenização das vítimas
11:36é o mínimo.
11:36Teve um acordo judicial
11:37em relação à dívida.
11:39Então, assim,
11:40a dívida em si,
11:41ela existe.
11:41Houve um reconhecimento
11:42ainda que tácito, né?
11:44Um ponto complexo
11:45nesse caso
11:46é que ela está
11:46com o CRM suspenso,
11:48então ela não pode
11:49atuar como psiquiatra,
11:50mas ela atuou
11:51como psicanalista,
11:52que aí é uma
11:53outra profissão
11:55que acaba tendo
11:56uma regulação
11:57bem diferente
11:57e muito mais flexível.
11:59O fato é que pessoas
12:00vulneráveis foram manipuladas
12:01de forma vil,
12:02baixa, rasteira,
12:03isso merece aqui
12:04ser exposto.
12:04Agora, os detalhes
12:05que a justiça se encarregue
12:07de, seja a justiça
12:08formal legal
12:09ou a justiça divina,
12:11doutor Eduardo Perim,
12:12ele que é terapeuta
12:13cognitivo, comportamental,
12:14psiquiatra,
12:15agregou muito aqui
12:16nessa missão árdua
12:17aqui de tentar entender
12:18o que pode passar
12:18na cabeça de uma pessoa dessas.
12:20Obrigado.
12:20Muito obrigado pelo convite.
12:21Volte sempre aqui.

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