A tensa relação entre a administração Donald Trump e a Universidade de Harvard ganhou novos capítulos nesta sexta-feira. Um dia depois da Casa Branca ter revogado a autoridade da instituição de ensino de matricular estudantes estrangeiros, Harvard entrou com um processo contra o governo e uma juíza bloqueou temporariamente a medida adotada pelo Executivo federal.
00:00Uma juíza americana bloqueou temporariamente nesta sexta-feira a decisão do governo Donald Trump de impedir a Universidade de Harvard de matricular e aceitar estudantes estrangeiros, ao considerar a medida inconstitucional.
00:15Na véspera, a secretária de Segurança Nacional, Christine Owen, revogou a autoridade da prestigiosa instituição de ensino de matricular estudantes estrangeiros.
00:24Mais cedo, Harvard já havia entrado com um processo contra o governo por conta da medida adotada pela Casa Branca.
00:30Trump está furioso com a universidade, que produziu 162 ganhadores do prêmio Nobel, pela recusa da instituição em se submeter à supervisão federal em termos de admissões e contratações.
00:41O governo já ameaçou revisar 9 bilhões de dólares em financiamento federal para a universidade, congelou uma primeira parcela de 2,2 bilhões em doações e 60 milhões em contratos governamentais, além de deportar um pesquisador da Faculdade de Medicina.
00:58A secretária de Segurança Interna disse na quinta-feira que o governo responsabiliza Harvard por fomentar a violência, o antissemitismo e se alinhar com o Partido Comunista Chinês em seu campus.
01:10Pequim rejeitou as alegações.
01:12A cooperação educacional China-Estados Unidos é mutuamente benéfica. A China tem se oposto consistentemente à politização da cooperação educacional.
01:21Esta ação só prejudicará a imagem e a posição internacional dos Estados Unidos.
01:26A perda de estudantes estrangeiros, mais de um quarto de seu corpo discente, pode custar caro para a Harvard, que cobra dezenas de milhares de dólares por ano em mensalidades.
01:37De acordo com a universidade, os estudantes chineses representam mais de 20% de suas matrículas internacionais.