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  • 24/05/2025
Transcrição
00:00E o Brasil não é uma potência espacial, mas tem tecnologias relevantes e parcerias que fazem a diferença em vários setores,
00:10desde comunicação a monitoramento do desmatamento ilegal.
00:16Em nosso site você encontra uma reportagem com tudo sobre esse assunto.
00:20Você pode conferir no QR Code que aparece na sua tela.
00:24E para o Olhar Digital News, preparamos um resumo. Vamos ver.
00:30Quando a gente pensa em tecnologia espacial, nomes como Estados Unidos, Rússia e China logo vem à mente.
00:42Esses países são conhecidos pelos avanços na exploração do espaço, missões tripuladas e constelações de satélites que orbitam a Terra.
00:50Mas e o Brasil? Será que o nosso país também tem presença no setor?
00:55A resposta curta é sim. O Brasil possui satélites em órbita e não apenas isso, como também mantém parcerias estratégicas,
01:04desenvolve tecnologia própria e participa de iniciativas internacionais.
01:08O programa brasileiro começou oficialmente em 1961 com a criação do Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais,
01:17que era o embrião do que viria a ser o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE.
01:24Ao longo das décadas, lançamos diversos satélites, alguns desenvolvidos por aqui, outros em parceria com países como a China.
01:32Atualmente existem dezenas de equipamentos ativos com participação brasileira.
01:37Entre os principais, vamos destacar três.
01:40O Amazônia 1 é o primeiro totalmente desenvolvido, projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
01:48O satélite foi lançado em 28 de fevereiro de 2021, a bordo de um foguete indiano PSLV C-51.
01:57O Amazônia 1 é voltado principalmente para monitorar a região amazônica e o desmatamento ilegal.
02:04Outro grande ativo na atuação espacial brasileira é a série CBERS.
02:10Essa cooperação nacional com a China teve início nos anos de 1980 e já gerou vários lançamentos bem-sucedidos.
02:19A missão do CBERS é fornecer imagens para monitoramento de uso e cobertura do solo,
02:26gestão de bacias hidrográficas, agricultura e desenvolvimento urbano.
02:30Por fim, vamos destacar o satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas, ou SGDC, lançado em 2017.
02:42Ele tem duas funções principais.
02:44Primeiro, ampliar o acesso à internet banda larga em áreas remotas do Brasil, especialmente na região norte.
02:51E segundo, garantir comunicações seguras para as forças armadas e o governo federal,
02:56protegendo informações sensíveis contra possíveis ataques cibernéticos ou espionagem.
03:02Satélites geoestacionários ficam em uma órbita específica sobre a Terra,
03:07acompanhando o movimento de rotação do planeta, permitindo a observação contínua de uma região.
03:13O desafio agora é aumentar os investimentos e fomentar uma indústria nacional que transforme o conhecimento acumulado
03:21em resultados ainda mais impactantes para o Brasil e para o planeta.
03:26O Olhar Digital conversou com José Antônio Aravecchia,
03:30que é coordenador-geral da Coordenação Geral de Ciências da Terra do INPE.
03:35Ele nos explicou quais devem ser os próximos passos no setor.
03:39Entre eles está o satélite geoestacionário CBERS-5, que está previsto para ser lançado em 2030.
03:48O INPE se insere nesse ambiente através do acesso a informações do espaço.
03:57O INPE desenvolve satélites de observação da Terra e, possivelmente,
04:03um dos próximos satélites vai ser um satélite meteorológico geoestacionário,
04:10que vai ser muito bom para a nossa soberania nacional em termos de observação da Terra,
04:18observação da atmosfera, para monitoramento de gases de efeito estufa,
04:25para monitoramento de eventos severos.
04:27Enfim, é todo esse ambiente onde o INPE desenvolve atividades essenciais para a sociedade.
04:38Segundo explica José Antônio Aravecchia, o ambiente para observar a Terra,
04:43para dados ambientais e do clima, é organizado de forma aberta.
04:48A Organização Meteorológica Mundial tem uma rede de comunicação de dados
04:52e, dentro dessa rede, são compartilhados dados de satélite,
04:56de redes de superfície, aeronaves, navios e boias.
05:01Apesar dessa cooperação, é fundamental que o Brasil tenha uma independência.
05:07Para o país, é muito importante ter soberania nessa questão de observação,
05:13porque você vê um contexto geopolítico,
05:17em que você tem, às vezes, certas incertezas de compartilhamento de informações,
05:24alterações das políticas de alguns países podem dar impacto mundial até.
05:32Então, é muito importante para o Brasil ser independente,
05:37mesmo compartilhando as informações,
05:40ter a independência da observação do próprio território.
05:44Por isso que um satélite geoestacionário meteorológico ambiental para o Brasil
05:51é de tão grande importância.

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