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  • 22/05/2025
Após os depoimentos no Supremo Tribunal Federal (STF), José Maria Trindade comenta a estratégia de Mauro Cid e afirma que o tenente-coronel quer limpar sua honra. Para Trindade, a narrativa de que ele teria “dado uma facada nas costas” de colegas militares não corresponde à realidade apresentada nos depoimentos. As declarações fazem parte das investigações sobre os atos de 8 de Janeiro.

Assista à íntegra em:
https://youtube.com/live/17X2V1i0OFI

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Transcrição
00:00Zé Maria Trindade, como é que você avalia essa linha do tempo que foi construída aqui pelos nossos amigos
00:05e que de alguma forma mistura integrantes de ambos os governos?
00:11O general Arruda, ele é uma figura muito importante nesse processo
00:15e demonstrou uma grande força de defesa das instituições, forças armadas, todas elas.
00:22Ele tem sim informações do que aconteceu nos bastidores e nas negociações.
00:28Mas é que existe um preceito muito forte entre os militares que é a autodefesa.
00:34Isso ficou claro no depoimento dele e ficou muito claro também no posicionamento e no depoimento do tenente-coronel Cid.
00:42O Iperno tem razão, um grande profissional, o tenente-coronel Cid, para ser 01 num curso qualquer, qualquer curso de forças armadas.
00:52Para você ser 01, olha, você tem que ser muito bom, porque a disputa é muito grande.
01:00E tinha um caminho todo pavimentado para ser general, como pai dele.
01:06E o general Arruda é, inclusive, amigo do pai do Cid, que também é general.
01:13Então, ali há uma família muito forte, uma família militar, e eles devotam a vida para exatamente essa carreira.
01:24Uma carreira diferenciada, uma carreira que exige total e obstinado emprego do seu tempo e da sua família por isso aí.
01:34Toda família dirigida, mulher, filhos e tal, é preciso ter realmente uma ficha muito limpa.
01:40E esse era o caminho do Cid.
01:42Fiquei sabendo também que o tenente-coronel Cid, ele quer agora limpar a sua honra,
01:49porque ficou a impressão de que ele deu facadas nas costas de antigos colegas.
01:55Isso não é verdade.
01:57Ele foi jogado nesse turbilhão.
02:00Ocupar o cargo que o tenente-coronel Cid ocupou, ajudante de ordens da presidência da República, não é fácil.
02:09Foi escolhido a dedo um grande profissional e desempenhou tão bem essa função que ele ficou insubstituível lá.
02:16Então, eram três ajudantes de ordens sobre o comando dele.
02:22Mas o presidente, então o presidente Jair Bolsonaro, só procurava o Cid e ele era a ligação.
02:29E logo ele virou alvo.
02:30Para se ter uma ideia, ainda é presidente da República.
02:33Jair Bolsonaro me disse, numa reunião no Palácio do Planalto,
02:37olha, eu acho que quebraram o meu telefone.
02:40Mas, presidente, como?
02:41Quebraram o sigilo do telefone do Cid.
02:46Eu falo com o Cid o dia inteiro.
02:48Falo com o Cid de madrugada.
02:49Tudo que eu tenho que resolver.
02:51Então, assim, se eles estão de posse de informações dos telefonemas do Cid,
02:56sabem tudo que eu faço.
02:58Inclusive, em questão de segurança nacional, me disse o presidente.
03:01E aí, o Cid desenvolveu esse processo profissional.
03:04Ele é muito intenso em tudo o que faz.
03:07Não foi diferente como ajudante de ordens do presidente, do então presidente da República.
03:12Então, ele saiu chamuscato exatamente porque toda a cúpula do governo passado
03:16está sendo agora processada, perseguida.
03:20Esta é a realidade.
03:21Toda a cúpula.
03:22Quem foi cúpula no governo do Jair Bolsonaro está hoje no Banco dos Elves.

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