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  • 22/05/2025
Objetos e lembranças ajudam mães a lidar com a perda e a preservar a memória do filho.
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Transcrição
00:00Um gesto de sensibilidade em meio a um momento de profunda dor, é o que a gente vai falar agora.
00:06Uma equipe do Hospital Universitário em Vitória cria caixas de memórias para as mães que perderam o bebê na gestação ou durante o parto.
00:17Que lindo, né? Dentro dessas caixinhas, vocês estão vendo aí, lembranças do bebê que ajudam a confortar a família.
00:24Vamos ver na reportagem de Luciano Rosetti e Bruno Passos.
00:30Uma caixa que guarda memórias. Tudo aquilo que era do bebê é colocado aqui.
00:36O paninho, as marcas dos pés, das mãos. Cada item é uma lembrança afetiva.
00:42Então, Vivian, tudo que vai nessa caixa são lembrancinhas da criança que se foi, não é isso?
00:48E aí a mãe escolhe, né? Quando acontece a perda, a psicóloga vai conversar e pergunta pra mãe quais itens que ela quer que acompanhe a caixa.
00:58Às vezes a mãe não quer a marca do pé, não quer o print da placenta. Ela que decide.
01:03E se for possível também, a gente coloca o peso do neném dentro do urso, né?
01:08As mães falam pra mim, depois que eu já conversei, que quando encosta o urso com peso,
01:13ela tem a mesma sensação que ela teve de quando ela sentiu o peso do neném em cima dela depois que aconteceu o óbito.
01:19E ela fala assim, nossa, quando eu senti o peso, é como se eu fechasse o olho e sentisse ele de novo ali comigo,
01:24mesmo sabendo que não é ele.
01:25O projeto começou dois anos atrás no Hospital das Clínicas em Vitória,
01:30apenas com papel tipo diploma, com chaveiro em um envelope.
01:35Em outubro de 2023, as caixas começaram a ser feitas.
01:39Até agora, mais de 20 mães receberam esse presente.
01:44O hospital atende mulheres em gestações de alto risco.
01:47Nem sempre o parto é bem sucedido.
01:49Às vezes, o bebezinho acaba morrendo.
01:52E na busca pra aliviar a dor dos pais, a caixa foi criada pra levar as lembranças da curta vida do filho.
01:59A gente via uma deficiência na hora de estabelecer a conexão com essa mãe que perdeu o bebê.
02:06A gente sentia que precisava fazer mais.
02:09Essa mãe, ela materializa esse bebê.
02:11Só ela viveu esse bebê.
02:14Ela, o pai, o restante da família não sentiu esse bebê.
02:17Então, é a forma dela poder abrir a caixa, falar assim, ó, meu bebê existiu, meu bebê foi honrado.
02:24Eu perdi um bebê, sim, mas eu tive todo um atendimento, uma assistência humanizada.
02:29Muitas mães, elas fazem tatuagem desse print de placenta, do print do pezinho, da mãozinha do bebê,
02:38que a gente também coloca, tanto na caixa de recordação, como de bebê vivo também.
02:44A iniciativa é totalmente voluntária e mantida por 24 profissionais do Hospital das Clínicas.
02:50São médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e assistente social.
02:55Cada um contribui um pouquinho.
02:57A gente tenta dar um pouquinho de si pra cada paciente pra poder tornar essa experiência um pouco menos dolorosa.
03:05Nós ficamos, com certeza, marcados por esse momento, porque não é uma notícia fácil de se entregar.
03:12E a gente tenta manter a nossa compostura, tenta manter a nossa empatia pra poder mostrar a elas que nós estamos ali, caso necessário.
03:22Segundo a Organização Mundial de Saúde, essa assistência, ela precisa ser diferenciada.
03:28Então, foi a partir desse contexto que toda a equipe, que já é uma equipe presente no hospital,
03:36que já executa uma assistência humanizada, independente da perda gestacional ou não,
03:42começamos a ter um olhar diferenciado pra essa paciente, no sentido de acolhimento.
03:49Todos que nós conseguimos ter contato, todos falaram que, assim, a caixa tá lá no guarda-roupa,
03:54sempre que a saudade bate mais forte, ela vai e recorre a caixa, olha a marquinha do pé.
04:05Que gesto lindo e sensível, né? Dessa equipe. Parabéns aí pela iniciativa.
04:11Pessoal, vamos...
04:12Saúra...
04:12Que gesto lindo e sensível.
04:15Saúra...
04:15Saúra...
04:17Saúra...
04:30Saúra...
04:32Saúra...
04:32Saúra...
04:34Saúra...
04:36Saúra...

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