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  • 21/05/2025
A joalheria Dimi Joias está sob investigação da polícia por suspeita de comercializar alianças roubadas. Segundo as apurações, os anéis eram roubados nas ruas por uma quadrilha liderada pela “Mainha do Crime” e depois vendidos por Rony Gonçalves a diversas joalherias, incluindo a Dimi Joias, conhecida por parcerias com funkeiros e vídeos de ostentação.

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Transcrição
00:00Já dando pontapé inicial, proponho que a gente fale aqui da gangue das alianças
00:04que a gente tem exposto semana após semana e todos os métodos e táticas que eles vêm usando
00:09pra tocar o terror e tentar subtrair alianças, bens personalíssimos, preciosíssimos
00:15com alta carga de memória afetiva e valor simbólico
00:18que realmente tem ali um retorno imediato e um valor altíssimo.
00:22Só que no estado de São Paulo, pessoal, tem rendido traumas atrás de traumas
00:26até mordida no dedo das vítimas, sim.
00:30Agora, o que as investigações em curso vêm revelando sobre esse enorme esquema
00:33e o que ela descobriu é que depois de roubadas, essas alianças estão sendo derretidas
00:39e transformadas em joias de ostentação, sendo comercializadas por uma joalheria famosa
00:45pelos funkeiros, sim.
00:48Ninguém melhor que Mano Ferreira pra, na forma mais ponderada possível, pé no chão,
00:53tentar trazer os detalhes sem que a gente possa já aqui se indignar por completo.
00:57É isso mesmo, Marinho.
00:58Segundo as investigações da polícia, o crime começava com a maninha do crime.
01:03Nós já falamos sobre essa personagem outras vezes.
01:07Ela também estava conectada com o assalto do ciclista.
01:12Do latrocínio.
01:13Do latrocínio, exatamente.
01:14Do ciclista no Parque do Povo.
01:16Vitor Medrado, né?
01:17Vitor Medrado, a maninha do crime agenciava diversos assaltantes para fazer parte do esquema.
01:25Não apenas de celulares, como foi o caso daquele latrocínio,
01:31mas também essas quadrilhas de assalto às joias.
01:35E aí, basicamente, as joias passavam pra um dos grandes articuladores
01:40do comércio de ouro e negócio com joalherias.
01:43Em especial, a Dimi Joias, que é justamente essa empresa que estamos falando.
01:49Muito conhecida por produzir joias para funkeiros que mostram,
01:55na sua estética da ostentação, ficam exibindo os itens de luxo.
02:01Claro, a empresa nega as acusações, mas a Polícia Civil, inclusive, já pediu
02:08que o CNPJ, dessa e de outras empresas envolvidas no esquema,
02:13seja suspenso por envolvimento nesse tipo de falcatrua.
02:18Então, basicamente, a gente vê aí como a profissionalização desses esquemas
02:24atua usando empresas, desvirtuando empresas, usando CNPJs falsos,
02:31pra fazer todo o sistema que sai desde o ovo
02:35até a transformação do item, a receptação, pra depois a venda.
02:41É, sinceramente, pessoal, beira o inacreditável.
02:44Eu sei que essa é a reação que provavelmente vocês estão tendo aí do outro lado.
02:47Agora, Aninha, chega a ser simbólico, né?
02:50A gente fala tanto da inversão de valores que vem acontecendo
02:52em todas as instâncias, todas as esferas da sociedade brasileira,
02:55só que chega a ser simbólico e doloroso perceber
02:58que talvez o símbolo maior do amor eterno
03:01é sendo transformado aí num símbolo da vaidade efêmera,
03:05da ostentação dessa gente, de funkeiros,
03:08que, na melhor das hipóteses, é conivente com essas organizações criminosas.
03:12André, eu acho que você toca aí num ponto de extrema importância,
03:16que chega a ser muito ilustrativo, simbólico, como você disse,
03:20o fato de que a aliança, que é talvez o bem material mais afetivo
03:28que uma pessoa pode ter, né?
03:30Se torne um símbolo de ostentação.
03:34E aí a gente fala tanto sobre essas questões que o funk em especial trazem,
03:39e veja, não tenho nenhum tipo de preconceito contra o funk,
03:43mas normalmente ele é associado a essa ostentação extrema,
03:47e não deixa de ser uma forma de mostrar que não existe a valoração
03:52do símbolo, do afeto, é apenas uma ilustração daquilo que é mais,
04:01daquilo que é mais pesado, mais ouro.
04:04E aí tem uma outra questão, né, André,
04:06que acho que a gente pode usar nesse caso das joias,
04:08mas a gente pode usar em muitos outros exemplos de coisas que a gente discute aqui.
04:12Quando a gente vai a uma joalheria e a gente percebe
04:17que o valor é muito diferente do praticado em outras joalherias,
04:22a gente tem que desconfiar da procedência daquele material.
04:27A gente tem que desconfiar de onde ele vem.
04:30Com relação ao ouro, inclusive, existe uma enorme preocupação
04:33da forma que ele é extraído,
04:35porque tem muitos maus tratos aos funcionários,
04:39às pessoas que estão lá extraindo.
04:41Existe toda uma preocupação e uma valoração adicional.
04:45Quando a gente está falando de uma joia que chega no mercado
04:49num valor muito abaixo,
04:52claramente tem algo errado.
04:54E aí se você, graças a Deus,
04:56agora tem a oportunidade de comprar,
05:00compre num lugar em que a procedência é garantida.
05:03Agora, esse ponto da linha é divertido,
05:06porque o receptador, a defesa dele é...
05:08Não, eu não sabia qual era a origem do ouro que eu estava comprando.
05:13Eu só estava comprando, estava bom o preço.
05:16Não, mas...
05:16Agora, pelo amor de Deus,
05:18os volumes são indecentes, né, o Henrique Crignan?
05:21Até porque a gente está falando aqui de quatro anos,
05:24quatro anos de uma entidade,
05:26de uma empresa que não tinha...
05:27Uma empresa de fachada fraudulenta na essência,
05:30mas que não tinha menor porte para poder estar movimentando
05:32e tendo uma receita de 90 milhões de reais.
05:3590 milhões de reais.
05:36E isso derretendo o ouro das alianças,
05:38vendendo, obviamente, sem nota fiscal.
05:41Passaram aí, enfim, fora do radar,
05:43sem serem detectados por quatro anos.
05:46Agora que a casa caiu.
05:47Agora, experimenta você, do outro lado, meu amigo e minha amiga,
05:49atrasar um dia sequer na declaração do seu imposto de renda.
05:52É capaz até daquele japonês da federal bater na tua porta.
05:55Então, a inversão dos valores segue piorando dia após dia.
05:59Não é isso, Henrique?
06:00Exato.
06:00E a gente está vendo ainda mais...
06:03Na verdade, é o começo, né?
06:05A gente vai puxar esse fio e vai ter muito mais coisa vindo.
06:08Então, quem que imaginou que assalto de aliança,
06:12que já é uma trend aí na cidade de São Paulo
06:14e outras grandes cidades também,
06:16chegaria talvez a esse público, né?
06:20Justamente aí nesse meio.
06:21E a gente está vendo várias outras coisas nesse sentido,
06:24que é a questão das bets.
06:27A gente está vendo também a questão desse derretimento de joias roubadas
06:32para fazer colares e coisas do tipo,
06:36voltando para um determinado setor da sociedade que é bem suspeito.
06:41Então, a gente tem que começar a pensar também
06:43que tipo de conteúdo que nós estamos consumindo.
06:45Porque essa cultura de ostentação, que é uma cultura, né?
06:48E que não é restrita ao funk.
06:50Vamos deixar claro também.
06:51Mas essa cultura de ostentação dos influencers e de várias outras coisas
06:56vendem um sonho, uma realidade que não é possível.
06:59A não ser que você esteja disposto a cometer crimes,
07:03a usar coisas de outras pessoas que foram roubadas.
07:06E aí você passar por cima de vários outros valores.
07:09Aí sim, talvez você consiga fazer bastante dinheiro bem rápido
07:11e mostrar para todo mundo.
07:13Até um dinheiro que você talvez nem tenha.
07:14Aninha.
07:14André, sabe o que assusta muito?
07:16E você tocou nesse ponto e eu fiquei pensando sobre isso.
07:19A gente está falando de 90 milhões de reais em 4 anos.
07:23E nós estamos falando de joias.
07:25Ou seja, a gente está falando de um bem.
07:27Tem que ter uma origem para eles conseguirem faturar.
07:30Não estou falando, por exemplo, de um serviço como a advocacia.
07:33Que você trabalha com o seu pensamento, com a sua cabeça.
07:35Você não tem um insumo.
07:36Perfeito.
07:37Quando você fala de joias, você tem um insumo.
07:40Poxa, demoramos.
07:41Tem que vir de algum lugar.
07:42Exato, tem que vir de algum lugar.
07:43Demoramos 4 anos para chegar à conclusão
07:48de que isso vinha de algum lugar ilegal.
07:50Quão preocupante é o fato de que a gente demora 4 anos
07:54para visualizar algo errado
07:57num faturamento de 90 milhões de reais.
07:59E se você atrasasse a declaração do seu imposto de renda?
08:02Minha cara é minha.
08:02Rapidinho.
08:03E se você atrasasse a declaração do imposto?
08:05Imagina se fossem vários CNPJs.
08:075 milhões em cada um.
08:09Mais 10 anos para alguém achar algo errado ali?
08:12É isso aí.
08:12Pelo visto é o cupido trocando as flechas dele por facas que estão aí decepando dedos
08:18e roubando aí o que é o símbolo maior do amor eterno, que são as alianças.
08:22O nível da maldade é inacreditável.
08:24E para para pensar.
08:25Agora com essa manchete, com essa notícia sendo trazida aqui para qualquer um que possa
08:29estar nos escutando ou nos assistindo nesse momento, que foi vítima desse crime há pouco
08:34tempo atrás, mano, imagina o gosto amarro que eles devem estar tendo agora só de pensar
08:39que a aliança deles pode fazer parte agora de uma corrente sendo ostentada no peito de
08:43um funkeiro conivente com essas facções e esse esquema horroroso, né?
08:50É assim, é indignante para dizer o mínimo, né?
08:52É terrível, é realmente um negócio assim que precisa nos fazer levar a conversa para
08:59como aumentar a eficiência do Estado brasileiro em punir criminoso e em criar um ambiente
09:09para que a pessoa honesta seja recompensada.
09:12Porque enquanto a gente não for capaz como país de punir o erro e premiar o acerto, nós
09:19não seremos um país decente.
09:22E como a gente está demonstrando nesse caso, isso passa também por você ter mecanismos
09:28de fiscalização dentro do funcionamento do mercado formal de uma forma muito mais eficiente.
09:37Ou seja, como que uma empresa pode passar quatro anos dessa forma, atuando desse jeito,
09:44sem que isso dispare uma alerta, um alarme nas autoridades, nas formas como nós investigamos.
09:52A gente tem tanta burocracia no Brasil e a gente não consegue fazer o básico, que é
10:00punir o criminoso e premiar o honesto.
10:04Isso mostra como a gente precisa mudar completamente a lógica da relação entre o Estado e a iniciativa
10:11privada.
10:11Porque o essencial, que é punir o crime, a gente não consegue observar, detectar que
10:19empresa está sendo, na verdade, um lugar de fraudes, a gente não consegue fazer isso.
10:25Enquanto isso, a montanha de burocracia atrapalha o empreendedor honesto.
10:30É, pessoal, quando falaram por aí sobre a aliança do crime, eu confesso que eu não
10:35esperava que seria essa que a gente está adiante nesse exato momento.
10:38Mas, de qualquer modo, está posto aí e fica aquela pergunta, né?
10:41E os funkeiros que estão postos aí, será que eles são cúmplices ou vítimas desse
10:45sistema que glamouriza o ilícito?
10:48Será que, enfim, eles são de fato coniventes com o crime organizado?
10:51Será que eles sabem a origem de tudo isso?
10:52Aqui é uma pergunta que resta sem resposta, enfim, cabal, definitiva, que tem que dar
10:59esse benefício da dúvida.
11:00Mas o fato é que a dor de todos aqueles que tiveram suas alianças subtraídas e roubadas
11:05e só de imaginar que pode estar ali fundida, mesclada, dentro de uma corrente ostentada
11:10no peito de um funkeiro, é o fim da picada, né?
11:12Bom, Aninho, rápido comentário, a gente segue a gente.
11:15Por favor.
11:15Eu acho que, eu acho assim, eu não acho que as pessoas realmente saibam, olha, você
11:19está comprando um colar que foi derretido, um monte de aliança que foi roubada.
11:23Não é isso.
11:24Mas eu também acho que ninguém se preocupa em saber de onde veio.
11:27A premissa, ela está invertida.
11:29Ah, eu não sei que foi roubado, mas eu também não sei de onde veio.
11:32E aí você dá o benefício da dúvida como se isso te isentasse completamente de responsabilidade.
11:37E nesse aspecto, eu acho que também tem que haver uma modificação de pensamento,
11:42de forma de agir, porque você tem que saber de onde vem.
11:46Mas isso é muito difícil.
11:47É muito.
11:48Tem estudos de economia comportamental que perguntam ao consumidor,
11:52você se importa com a origem do produto que você está comprando?
11:56No vácuo, todo mundo diz, eu me importo.
11:58Mas você faz a pesquisa com os mesmos consumidores, logo após saírem do supermercado e pergunta,
12:05qual foi o critério que você levou em conta para escolher esse produto?
12:09E aí, sempre é qualidade e preço.
12:12É custo-benefício.
12:13Meio que a mesma lógica de pessoas que compram peça de celular,
12:16que com certeza é roubado, porque é muito mais barato no centro da cidade,
12:21e sabe que aquilo é produto de roubo, imagina, mas ainda assim compra.
12:25É, mas no caso da joia, ainda tem, poxa, é o ouro, certificado, nota fiscal.
12:31Se você não recebe nada disso, não é possível que não te ligue um alerta mínimo
12:34de que tem algo fora do lugar.
12:35Liga, mas o preço mais baixo importa mais para as pessoas na prática.
12:39Agora vamos falar...

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