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  • 19/05/2025
Maya Simor Pereira, de apenas um ano de idade, foi encontrada morta em cima da cama pela mãe.
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Transcrição
00:00Veja aqui comigo na tela do nosso TN, essa linda criança, essa linda bebezinha,
00:08vítima de uma crueldade e de uma crueldade cometida pelo próprio pai.
00:14Dá pra acreditar?
00:16Essa linda menininha aqui é a Maia.
00:19A Maia tem apenas um aninho de vida, tinha um aninho de vida.
00:24Era constantemente agredida pelo homem, pelo próprio pai e as marcas sempre ficavam pelo corpo dessa criança.
00:36E ninguém fez nada, meu Deus do céu.
00:39E ninguém denunciou essa atrocidade pra ninguém diante das marcas que ficavam no corpo dessa criança, desse bebê.
00:48Mas no final de semana, a violência foi ainda mais grave.
00:53E a bebê morreu.
00:55Essa linda criança, a Maia, de um aninho morreu com sinais de espancamento e de violência.
01:04E aí, vai ficar por isso mesmo?
01:06Ninguém sabia, ninguém percebia que essa linda criança que vocês estão vendo aí na tela,
01:13ela era agredida por alguém?
01:16Ela era agredida pelo próprio pai?
01:19E tá em cana agora, né, Suzy?
01:21Parece que ele se entregou à justiça, se entregou à polícia e vai ver o sol nascer quadrado.
01:28Ou não, hein?
01:29Boa tarde mais uma vez, delegada.
01:33Boa tarde, Douglas.
01:34Sim.
01:34Ele tinha, na madrugada de domingo, depois de toda essa situação, né, de descobrir que a filha tinha morrido,
01:41e não apenas que a polícia estava na casa dele porque houve uma denúncia de maus tratos,
01:46ele mandou um vídeo pra esposa dele de que estava na frente da delegacia regional lá de Cariacica.
01:53E por volta das sete horas da manhã, quando todos ainda lamentavam o que tinha acontecido,
01:59quando todos ainda prestavam depoimento na polícia e estavam liberando o corpo da pequena maia,
02:05ele estava se entregando na delegacia regional de Cariacica,
02:09dizendo textualmente que era ele o responsável pela morte da menina, da própria filha.
02:16E as agressões que ela vinha sofrendo, Douglas, tinha um único motivo.
02:21Aquelas brincadeiras que são feitas entre homens quando uma criança nasce um pouquinho diferente da família,
02:27que um começa a brincar com o outro, dizendo, ah, aquela não é sua filha, ela é muito branquinha.
02:32Ah, ela não é sua filha, é filha de fulano.
02:34Pois bem, ele morava nessa época lá em Meia Légua, em Santa Leopoldina,
02:38e começou a ouvir essas brincadeiras e a acreditar nelas.
02:42A partir do sétimo mês de vida dessa menina, de acordo com a própria mãe,
02:47a garota passou a ser maltratada pelo próprio pai, que não acreditava que ela era filha dele.
02:54Inclusive, aos sete meses, ele quebrou o braço dela nessa violência que praticou de maus tratos quanto à criança.
03:01E isso só vinha piorando até que sábado passado ele acabou por ser tão violento com a criança que ela morreu.
03:08Mas eu conversei com a família, com todos os envolvidos praticamente.
03:12A irmã dele, eu conversei com a esposa, que estava na casa um dia,
03:16e você vai ver como foi esse momento antes da morte da criança,
03:20e também com o avô da menina.
03:23Mas vou deixar que esses detalhes possam ser explicados na reportagem que eu fiz,
03:28e a gente acompanha a partir de agora.
03:30A criança foi encontrada morta pela própria mãe de 19 anos na tarde de sábado.
03:35A mulher, que está grávida de nove meses do segundo filho, conta que viu a filha Maia, de um ano,
03:40viva pela última vez com o pai, pouco depois de meio-dia e meio de sábado,
03:45horário em que o pai levou a bebê para o quarto e teria proibido a mãe de entrar no local.
03:52Ele pegou, foi, trocou ela de fralda, deu uma madeira e botou ela para dormir.
03:56Nisso eu vi que ela estava respirando.
03:58Isso aí era de manhã, eram umas oito horas.
04:01Nisso, depois do almoço, foi meio-dia, ele pegou, levou ela na cozinha.
04:08Ela me viu, começou a chorar.
04:11Isso ele pegou, levou ela para o quarto e bateu nela.
04:13A mãe contou ainda que só foi ver a filha por volta de cinco horas da tarde, quase quatro horas depois,
04:21quando o marido saiu de casa para buscar uma ferramenta.
04:24Quando entrou no quarto, viu que Maia estava morta.
04:28Quando eu fui ver, ela já estava dura, sem vida.
04:31Primeiro pensamento para a morte do bebê foi engasgo.
04:34Chegou no quarto, colocamos ela em posição de manobra, desengasgo,
04:39mas aí já percebemos que ela estava dura, gelada e esverdeada.
04:44Então, ali já percebemos que ela estava em óbito.
04:48Mas no corpo da criança, os socorristas do SAMU constataram sinais de violência.
04:53Mordida no braço, lesões no nariz e no pescoço, o que viria a reforçar uma morte não natural.
05:00Depois da morte da bebê, a crueldade que ela vinha sofrendo veio à tona e pelos relatos da própria mãe.
05:08Ela contou para a gente que a bebê vinha sofrendo maus tratos desde os sete meses de idade,
05:14quando teve o braço quebrado pela violência praticada pelo próprio pai.
05:19E que toda vez que chorava, acabava apanhando também.
05:24Tudo isso porque o homem desconfiava que a filha, que era mais branquinha que ele, poderia não ser filha dele.
05:32Porque ele achava que na mente dele, que botava na mente dele, ela não era filha dele.
05:38Então ele maltratava a criança?
05:40Ele batia nela.
05:42Ele falava, falou umas duas, três vezes, que a criança não era dele.
05:48Aí eu até falei, rapaz, o pai é quem cria.
05:53Só que a criança aparece muito com ela, e vocês dois.
05:56Era só mais clarinha.
05:57O crime aconteceu nesta casa onde o casal morava, junto com o avô paterno, de 41 anos, há cerca de dois meses.
06:05Ele não estava em casa na hora, mas foi avisado pela Nora.
06:09Ela falou bem sim que a criança tinha passado mal.
06:15Aí quando ela foi olhar realmente mesmo, balançar a criança, a criança estava gelada.
06:19E naquilo que eu vi que ela falou aquilo, foi o que é, acho que a criança faleceu.
06:25Aí eu peguei e falei, meu Deus, e agora?
06:27Os policiais da DHPP ficaram bastante tempo indagando a família.
06:32Mas segundo os vizinhos, a cada tentativa de explicar o que houve, os policiais ficavam com mais dúvida ainda sobre os relatos que ouviam.
06:40Tanto que o avô e a mãe foram levados para a delegacia para se explicarem.
06:45Mas é o comportamento do pai que tem deixado os moradores da rua surpresos.
06:49De acordo com a irmã, ele teria voltado a Porto de Cariacica no próprio sábado.
06:55Mas ao ver a polícia, desapareceu.
06:58Comecei a mandar mensagem para ele.
07:00Perguntei por que ele fez essa crueldade, essa monstruosidade com a neném.
07:03E ele falou bem assim que ele não sabia que a neném tinha ido a óbito.
07:08Tanto o pai dele, como a mãe da criança e os investigadores tentaram contato, mas sem sucesso.
07:15Porém, a mãe conta que na madrugada de domingo ele mandou esse vídeo, gravado perto da delegacia de Campo Grande, prometendo se entregar.
07:23O corpo da bebê foi levado para o DNL para se definir a verdadeira causa da morte.
07:28A mãe e o avô foram liberados pelo delegado de plantão da Delegacia Regional de Cariacica, que não encontrou elementos naquele momento sobre o envolvimento dos dois na morte do bebê.
07:40Eu perguntei a ele, você não está triste por isso que você fez com a sua filha?
07:45Ele falou, não, eu estou com vontade de me matar.
07:48Eu falei, se matar você não vai adiantar nada, não vai resolver nada.
07:51Por que você fez essa crueldade?
07:53Olha, eu não consigo entender, tá, Suzy?
07:56Eu não consigo entender como é que alguém tem a coragem de fazer uma maldade dessa, né?
08:03Uma maldade dessa com uma bebezinha tão inocente, tão inocente que independente se fosse filha dele ou não, né?
08:12Não merecia ter passado por isso que essa criancinha passou.
08:16Era constantemente agredida pelo pai, né, bicho?
08:21É inacreditável.
08:22Olha, eu tenho pouco mais de 20 anos de profissão cobrindo notícias policiais, mas quando mexe com criança é um negócio de doido.
08:30A Suzy é ainda mais experiente do que eu, tem muito mais experiência do que eu.
08:36Não entra na minha cabeça, Suzy, como é que alguém tem a coragem de fazer uma atrocidade dessa, né, amiga?
08:42Pois é, Douglas, e diz que esse rapaz era uma pessoa boa, tranquila, mas quando se tratava desse assunto, da masculinidade, da paternidade dessa criança,
08:55por conta dessas brincadeiras que ele acabou acreditando, ele se transformava.
08:59E o pior de tudo é que eu perguntei à mãe, você deixava por quê? Por que que você não defendia a sua filha?
09:07Aí ela, ah, porque eu tinha medo dele.
09:09Eu perguntei, afinal, ela é ou não é filha desse rapaz, do Tiago?
09:13Ela falou, sim, ela é filha dele.
09:16Mas a única pessoa que não acreditava, Douglas, era ele.
09:19Enfim, ele acabou descontando toda essa raiva na criança e acabou do jeito que vocês viram aí.
09:26A menina acabou morrendo por conta de maus tratos durante o momento em que ele amamentava ela.
09:33Nós estamos esperando o laudo do BML para poder nos dizer, de fato, como foi, qual foi a causa da morte.
09:40Esganadura, engasgado, porque contaram uma história lá para mim,
09:44de que ele teria jogado, como é que eu te digo, espremido aí a mamadeira toda dentro da garganta da menina
09:52e tampado o nariz e também o pescoço.
09:55É uma informação que eu recebi lá no local, Douglas, mas a gente ainda tem que poder apurar,
10:01tem que saber do resultado do laudo para poder ter certeza de que a menina morreu assim, né, asfixiada.
10:09Mas é uma história que o pessoal lá do redor, logo que o fato aconteceu, os vizinhos,
10:15acabaram me contando que a menina teria morrido desse modo.
10:19Mas vamos esperar o laudo, o resultado do laudo ser divulgado,
10:22para ter certeza do jeito que essa criancinha, a Maia, de um ano, morreu.
10:28Douglas.
10:29Ai, ai, olha que Deus abençoe essa família e que, olha, que esse cara seja preso,
10:34que ele pague por essa atrocidade que ele fez,
10:37porque criança nenhuma, ser humano nenhum merece passar o que essa lindeza que a gente está vendo aqui passou.
10:44Obrigado, Suzy. Já já eu sei que você vai voltar para trazer novidades, tá?

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