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NotíciasTranscrição
00:00Mariana Aydar, abrindo o Festival Curitiba 2025 e olha, em grande estilo, um nome feminino, trazendo um forró.
00:06Mariana, você transita muito bem por todos os ritmos, inclusive o forró que é o seu.
00:11Como que você entende? Porque o Curitiba mesmo, ele tem essa proposta de unir as pessoas, unir os estilos.
00:17Qual que é pra você o poder da música mesmo, como ponte mesmo, né? Igual a gente tá vendo aqui hoje.
00:22A música pra mim sempre teve um lugar muito espiritual, sabe?
00:25Onde eu acho que a gente pode trazer, é muito poderosa.
00:28E se a gente se conecta com essa deusa, música, com esse espírito, eu acho que ele passa por todos.
00:35Por quem faz e por quem recebe.
00:37E eu acho que tem essa responsabilidade de abrir um festival, de trazer mesmo essa energia do amor, da paz, do respeito.
00:46E foi muito lindo ver todo mundo caindo nessa energia, com o forró, com a alegria. Nossa, foi demais.
00:53Era isso que eu queria que você comentasse, né? Qual a importância mesmo de você ver o forró inserido nisso, né?
00:57Porque a gente vê muito o sertanejo. Mas o forró é até mais nosso do que o sertanejo, né?
01:02Como que é pra você isso mesmo? Arrepia ver isso, né?
01:05Arrepia demais, porque o forró, onde a gente chega, ele acontece isso, sabe?
01:10Ele arrebata as pessoas, né? Todo mundo tem uma lembrança afetiva com o forró.
01:15Mas é louco, né? Porque o forró pé de serra, assim, porque tem vários tipos de forró também, né?
01:21Mas o pé de serra, ele não tá em tantos festivais, em tantas premiações, na televisão, né?
01:27Então, quando você vê um festival desse tamanho, sabe? Dando espaço pra esse...
01:33Um dos grandes pilares da nossa música brasileira é o forró pé de serra.
01:36Que foi, né? Vindo de Gonzaga, de Dominguinhos.
01:42Então, eu tô muito feliz de representar esse espaço aqui nesse festival tão lindo.
01:47Com tantas pessoas, assim, que eu admiro.
01:50Última pergunta que eu quero que você pense agora. Até anotei aqui pra não esquecer.
01:54O que que te instiga a escrever hoje, Mariana?
01:57O Brasil, as mulheres ou o silêncio?
02:00É... Olha, boa essa pergunta, né?
02:05Eu tenho escrito muito pouco, assim, ultimamente, inclusive.
02:08Até uma instiga, assim, pra...
02:11Mas eu acho que tudo sai de um silêncio, sabe?
02:14Eu acho que as coisas, elas saem de um lugar que é...
02:17Até a minha música, quando eu falo de escrever, né?
02:20Eu não escrevo pra ninguém, nem pra fazer música.
02:23E nem pra preencher o branco dessa página linda.
02:25Eu me entendo escrevendo e vejo tudo sem vaidade.
02:29E eu me entendo escrevendo.
02:30Então, eu acho que aquela folha em branco, que é o silêncio,
02:33ela tá lá pra você colocar as palavras que depois você vai ler
02:37e você mesmo vai entender o que tá acontecendo com você.
02:39Eu acho que a escrita, a necessidade de escrever,
02:43ela regula muito, né?
02:45As pessoas, muita gente.
02:47Então, primeiro, eu escrevo mais...
02:48Sem ser pra fazer música mesmo, sabe?
02:50Pra colocar pra fora, pra me entender.
02:53E aí, de lá, desse silêncio, podem sair coisas bonitas ou não também, né?
02:57Bom, então, pra encerrar, o microfone agora é teu,
03:00pra deixar um recado pra galera de Curitiba.
03:02Dá aí o seu momento, fala pro pessoal da Banda B também e encerra a matéria.
03:07Curitiba, eu amo vir pra cá.
03:09Eu acho uma cidade linda, um público super respeitoso, antenado.
03:13Então, eu quero mandar um beijo pra todos vocês.
03:16Quero sempre voltar pra cá.
03:18Um beijo, Banda B.
03:20E até a volta.
03:23De novo, eu encontrei que se empurram pra gente,
03:26mas se usar a mente, a gente estranha.
03:28A mulher que pega todo mundo, o que ela é?
03:32Viva!
03:33Se engana na reflexão, que responde a questão, ela se de primeira.
03:37A menina que soa o cantão, sem dar satisfação, pra ninguém é solteira.
03:41Vamos desmistificar, o que anda na porta do povo.
03:46Vamos desmistificar, o que anda na porta do povo.
03:50Se você não tem dor, é o que eu vou dizer.
03:53O que eu vou dizer?