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  • 14/05/2025
Vítima recebeu atendimento médico e registrou um boletim de ocorrência. A polícia investiga o caso para identificar e prender os responsáveis.
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Transcrição
00:00Olha só meu povo, se não bastasse ser assaltada, uma trabalhadora ainda foi agredida em um ponto de ônibus.
00:07Coloca pra mim aí na tela cheia, vai vendo comigo.
00:10A dupla chega de moto, a trabalhadora tá no ponto de ônibus, vai vendo ali, vai vendo ali, ó que doideira.
00:17Ih, fugiram, fugiram, ó lá.
00:20Tão vendo os suspeitos ali, ó lá.
00:23O suspeito passa de moto, você vê que ele dá uma bisoiada, a pessoa fica ali escondidinha.
00:29Aí o cachorrinho sempre tem um caramelo no caminho, né?
00:32Olha lá, o caramelo tá só olhando.
00:34Os caras de moto vão dar meia-vorta, vão dar meia-vorta e de repente eles vão aparecer de novo na outra rua.
00:41Vai vendo os caras rodeando e procurando uma vítima.
00:44O caramelo tá de testemunha, o caramelo tá de testemunha, vai vendo as vítimas ali.
00:49Gente, e essa situação estranha aconteceu aqui no estado do Espírito Santo.
00:57Acontece que outras pessoas acabaram avisando, né, os trabalhadores que estavam no ponto de ônibus.
01:04E aí a turma decide se esconder.
01:06Todo mundo foi pro escurinho, foi pro escurinho, foram pra trás da cerca pra não se tornarem vítimas dos criminosos.
01:13As imagens não mostram, mas é ali, é ali que eles assaltam os trabalhadores e ainda dão coronhada na mulher, tá?
01:25Ó, deixa eu agradecer aqui a nossa Vanusa Santana.
01:28Nossa Vanusa Santana foi quem conseguiu essas imagens pra gente em primeira mão.
01:34Você tá vendo primeiro aqui no nosso TN1 e a gente vai trazer informações agora ao vivo.
01:42Ô, Vanusa, conta pra gente onde foi que aconteceu, qual cidade, qual região, qual bairro que aconteceu essa doideira que a gente tá vendo ali.
01:50Trabalhador tendo que se esconder no meio da moita pra não ser assaltado, né, minha amiga?
01:54Olha, ô Camargal, foi no bairro Vila Graúna, em Cariacica, foi na última segunda-feira, por volta de 4, 4h40 da manhã.
02:06Esse pessoal que aparece aí são trabalhadores que aguardavam o coletivo.
02:10Pelo menos cinco pessoas estavam nesse ponto, duas dessas pessoas já tinham sido assaltadas
02:16e outras correram pra poder se proteger quando viram que a turma que tava na frente tava sendo assaltada.
02:24E olha só a humilhação.
02:26Teve gente que correu e se escondeu atrás de uma árvore, Camargão, atrás de uma árvore.
02:32Uma outra mulher, segundo a vítima, que tem 44 anos, se escondeu e pediu abrigo embaixo do lençol de uma moradora em situação de rua.
02:42Imagina a cena, a mulher tá no ponto de ônibus, os caras chegam de moto.
02:48E aí todo mundo começa a correr pra tudo quanto é lado porque percebe que vai ser assaltado.
02:53Essa mulher, ela não vê pra onde vai e aí o morador em situação de rua, que tava ali, pelo menos uns dois,
03:00eles percebem, levantam o lençol pra que a mulher pudesse se esconder e ela não ser assaltada.
03:07Realmente eles não percebem que ela corre e se esconde embaixo desse lençol de um morador em situação de rua e não é assaltada.
03:15Mas infelizmente, essa vítima que nós conversamos hoje não teve a mesma sorte, se é que a gente pode dizer sorte,
03:23ter que correr quatro horas da manhã e se esconder embaixo de um lençol.
03:27E aí ela corre pra dentro de um campo de futebol que fica muito próximo ali ao ponto de ônibus.
03:33Eles acabam alcançando essa mulher, ela acaba entrando numa luta corporal com o bandido.
03:40E infelizmente, nessa resistência toda, ele acaba usando a arma pra dar uma coronhada na boca dessa mulher,
03:49que ficou bastante machucada, teve que ser hospitalizada.
03:53Tomou ponto, pelo menos seis pontos na boca.
03:55Ela tá extremamente assustada, disse que ela precisa trabalhar, ela é uma porteira de 44 anos e disse que precisa trabalhar.
04:05E não tem jeito, ela falou que tem três dias que ela não trabalha, hoje ela passou aqui pelo Instituto Médico Legal pra fazer exame de corpo de delito.
04:13Está extremamente assustada.
04:14Vamos ouvir agora o que ela disse, conversou com a nossa equipe de reportagem na manhã de hoje.
04:19Eu saio sempre cedo pra ir trabalhar e quando eu estava no ponto de ônibus,
04:26veio dois miliantes e assaltaram duas pessoas que estavam comigo, perto de mim.
04:31E eu achei que eles tinham ido embora.
04:34E aí nisso eu corri pro meio do campo.
04:35Quando eu olhei, eles estavam vindo atrás de mim.
04:38Uma pessoa se escondeu atrás da árvore e a outra se escondeu debaixo do lençol que a menina tampou ela.
04:44Mas o lençol era de quem?
04:46É de um morador de rua, que estavam lá e ficaram assim, tipo assim, sem ação, o que vai fazer agora?
04:53Ele desceu da moto e veio até a minha pé de capacete pedindo a bolsa.
04:59Puxou minha bolsa e eu puxava pra lá e ele puxava pra cá, por fim ele me dá, me dá e eu não, não, não.
05:05Aí ele foi e me deu a coronhada.
05:07Foi na hora que eu vi que desceu muito sangue e eu soltei a mochila e ele foi embora.
05:12Levamos pertence, celular, cartão de crédito, levou tudo.
05:17Tudo, tudo, tudo que tava lá.
05:19Eu só fiquei com o cartão de passagem na mão porque eu tinha tirado pra poder entrar no ônibus.
05:23Passado o susto, né?
05:25Que sentimento agora vem atual, né?
05:27Que você tem agora?
05:29Ah, é...
05:31A gente...
05:32Igual eu saí agora pela primeira vez sozinha.
05:34Meu marido não tá deixando eu sair sozinha.
05:36Fica assim, dá um mal-estar, dá uma sensação ruim.
05:42Eu vou ter que voltar a sair 4 horas da manhã de novo pra trabalhar, né?
05:45Porque a vida vai continuar.
05:47Não vai poder parar, né?
05:50Falou tudo, Vanusa.
05:52Essa vítima falou tudo.
05:55Mostra o rosto dela pra mim aí, por gentileza.
05:57Olha como ficou o rosto dessa trabalhadora.
06:00Dessa mãe de família, dessa mulher que é mãe, que é esposa, que batalha todos os dias,
06:06acorda de madrugada.
06:08Divide tela com a imagem do circuito aí, Leandrinho.
06:11Quero ver se você é bom mesmo.
06:12Olha só a situação.
06:15Inacreditável isso, tá?
06:17Inacreditável isso.
06:19Trabalhador que acorda de madrugada pra poder trampar,
06:23na sacanagem tendo que se esconder atrás de árvore
06:26e ainda apanhando de pilantra.
06:28Lá em Vila Graúna, em Cariacica.
06:31Bicho, é inacreditável isso.
06:33Alô, meu povo de Cariacica, hein?
06:35A gente tá aqui do lado do povão de Cariacica.
06:38Principalmente do lado de quem acorda de madrugada pra poder trabalhar
06:41e depende do transporte coletivo.
06:44Depende de ir de madrugada pra um ponto de ônibus
06:46pra poder ir sustentar a sua família.
06:50Olha como ficou o rosto dessa mulher toda machucada.
06:53Assim ela, outras pessoas também ficaram com as marcas da violência
06:57no corpo e na memória.
06:59E como ela disse, Vanusa, vai ter que seguir a vida.
07:02Vai ter que seguir a vida.
07:04Hoje, amanhã e depois, ela vai ter que voltar a acordar de madrugada
07:08pra dar conta das responsabilidades dela, né?
07:10Exatamente, Camargão.
07:16A sensação que eu tive é que ela tá meio...
07:21A palavra até me foge agora, mas assim...
07:25Além de triste, assustada, ela não sabe pra onde correr.
07:29Porque ela precisa trabalhar, né?
07:31Pra sobreviver.
07:33Ela é porteira, trabalha há muitos anos, segundo ela.
07:36E ela tem que continuar.
07:39Mas ela tá com medo.
07:40Porque quatro horas é o horário que ela precisa sair de casa.
07:44Porque senão ela não chega seis no trabalho.
07:46Você imagina a situação dela e de outras pessoas.
07:49Porque, além dela, outras pessoas também foram assaltadas nesse dia.
07:53Que foi a última segunda-feira.
07:55Então, assim, ela comentou comigo também que nesse horário
07:58seria interessante ter uma circulação de viaturas ali, né?
08:02Nessa rua, que é a rua Laurindo Pereira do Nascimento.
08:06Ali no bairro Vila Graúna.
08:08Então, assim, se algum policial estiver vendo agora,
08:11vamos dar uma força pra esse pessoal que tá indo trabalhar.
08:14É importante o trabalhador sair de casa, né?
08:17Não é mesmo, Camargão?
08:18Com segurança.
08:19Claro, com certeza.
08:20Não tem jeito.
08:21Ela tem que ir pro ponto de ônibus.
08:23Ela tem que trabalhar.
08:24E assim como ela, qualquer...
08:26Várias outras pessoas que estão assistindo a gente agora.
08:29Olha, são mais de 600 mil pessoas diariamente, mensalmente.
08:34Se não me falha a memória.
08:36Todo, todo santo dia.
08:37É gente pra dedéu.
08:39É que depende do transporte coletivo pra poder trabalhar.
08:43Gente que tá exposta à violência.
08:45Como essa moça que a gente tá vendo ali.
08:47Vila Graúna, em Cariacica.
08:49A gente vai trazer daqui a pouco mais informações com a Vanusa.
08:52Porque isso é revoltante.
08:54É revoltante a gente ver a dona de casa, a mãe de família, a esposa, a mulher.
08:58Olha, porque a mulher capixaba é uma mulher que é batalhadora pra caramba.
09:03Faz aí pra defender a família com unhas e dentes pra poder trabalhar.
09:07E olha, essa mulher é agredida por criminosos, assaltando de moto durante a madrugada.
09:12Ah, vá te catar, ô seu vagabundo.
09:15Respeita o trabalhador que tá no ponto de ônibus.
09:17E teve gente que conseguiu fugir.
09:19É exclusivo do TN.
09:21Você só vê essa realidade aqui na TV Tribuna.
09:23No seu canal 7.1.
09:26É a TV Tribuna há 40 anos mostrando a realidade do nosso Estado.
09:32Há 40 anos junto com você.
09:34Obrigado, Vanusa.
09:35Daqui a pouquinho você volta com mais detalhes pra gente dessa história, tá bom?

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