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  • 17/05/2025
Série completa disponível em: https://keepo.io/serieagrandefamilia

Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00O que é o chuveiro?
00:30O que é o chuveiro?
01:00O que é o chuveiro?
01:02O que é o chuveiro?
01:04Olhar a vizinha de calcinha...
01:06Cheirar a roupa dele pra ver se não tem perfume de mulher?
01:12Já?
01:16É, eu não lavei o cabelo.
01:18Onde você vai?
01:19Eu vou tomar banho também.
01:20Não, toma depois.
01:21E por quê?
01:22Porque eu acabei de tomar tudo molhado aí dentro.
01:23Espera a água evaporar.
01:24Vani, besteira, né?
01:25Não, não, não. Espera 10 minutos, Rui.
01:26Mas por quê, Vani?
01:27Porque eu tenho trauma com o banheiro molhado.
01:28O namorado meu escorregou, caiu, quebrou a cabeça...
01:30Vani já me explicou isso, foi você que empurrou ele.
01:32Não, mas se o banheiro não tivesse morado teria sido um empurrão normal.
01:35Você não vai entrar em dedo, Rui!
01:36Vani, o quê que é?
01:37Tô proibido de entrar no banheiro da minha porta?
01:38Está.
01:39Hein?
01:40Está.
01:41Você fez cocô, é isso?
01:44Claro que não.
01:45Não, Vani, é normal.
01:46Todo mundo faz, cara.
01:47É todo mundo, menos eu.
01:48Você abriu a janela?
01:49Abre a janela que passa.
01:50Pra quê?
01:51É o cheiro.
01:52Não tem cheiro nenhum pra sair?
01:53Você riscou um fósforo.
01:54Que fósforo, Rui?
01:55Tá importante, eu respiro pela boca.
01:56Não, você não vai entrar.
01:57Ô, Vani.
02:01Ô, Vani, nós já somos noivos.
02:02Quanto tempo mais você vai negar que tem intestino?
02:04Eu não sei do que você está falando.
02:11Ser completamente sozinha na vida tem suas vantagens.
02:15Você pode...
02:20arrotar quando quiser.
02:22Secar a calcinha no abajur.
02:25Chorar sem motivo.
02:30E a mentir descaradamente.
02:38Alô?
02:39Vani.
02:40Oi.
02:43Sou eu, Nara.
02:45Eu vou ter que furar com vocês aqui.
02:48Eu tomei um remédio pra dor de cabeça, assim, normal.
02:52Tive um efeito colateral.
02:55Sei.
02:58Horrível.
02:59Uma coisa horrorosa.
03:00Me deu tontura.
03:02Difteria.
03:04Quase epilepsia.
03:06Uma coisa louca.
03:08Fiquei muito mal.
03:09Não vai dar.
03:10Não, Clara.
03:11É bem melhor do que ser estrangulada.
03:14Estrangulada?
03:15Sabia não?
03:16Se você ficar em casa, corre o risco de ser estrangulada.
03:19Por quem?
03:20Por mim, Nara.
03:21A última vez que saiu eu, o Rui e o amigo dele, nós passamos a noite inteira falando do Rubinho Barrichello.
03:27Nara, o Rubinho Barrichello.
03:31Deixa eu ver aqui.
03:32Olha, a prova de que a mulher é maluca mesmo é que elas quase nunca lavam o cabelo, mas compram um shampoo novo toda semana.
03:40Quem era?
03:41Era a Nara.
03:42Queria inventar uma desculpa pra não vir com a gente.
03:44Mas é ruim de neguinho me enrolar, hein?
03:45É, neguinho não te enrola mesmo.
03:46É, neguinho não te enrola mesmo.
03:47Não me enrola não, meu amor.
03:48Escuta, meu cabelo tá bom, Rui?
03:51Macio, sedoso, brilho natural.
03:53Você acha?
03:54Ai, obrigada.
03:56O...
04:00O...
04:01Vani.
04:02Ei, fala, Rui.
04:03Rui, fala.
04:04Tá pensando um negócio aqui que eu queria falar pra você.
04:06Que?
04:07É que...
04:08Fala, Rui.
04:09Tô curiosa agora.
04:10Não, deixa pra lá, não é nada.
04:11Como deixar pra lá?
04:12Fala aí.
04:13Não é bobagem, é bobagem que eu tava passando.
04:14Que bobagem? Fala aí.
04:15Não, não é nada.
04:16Não tem a menor importância.
04:17Ah, não acredito que você vai fazer isso comigo.
04:18Vou ficar grelado agora com você.
04:19Não é segredo, não.
04:20Era uma coisa boba.
04:21Eu tava pensando que eu ia falar com você.
04:22Guta, Rui.
04:23Não, não é nada demais, Rui.
04:24O que que é, Rui?
04:25Não precisa ficar assim também, é bobagem.
04:26Não precisa ficar assim também, é bobagem.
04:27Tô de mal então.
04:28Fala, Rui, vai.
04:29Não, não tem problema.
04:31É que eu...
04:32É...
04:33Tô com mau hálito, é isso?
04:34Não, você tá ótimo.
04:35Não, não é você não, Vani.
04:36É a Nara.
04:37A Nara tem mau hálito?
04:38Não sei, ela tem?
04:39Como é que você sabe?
04:40Não, não falei que ela tem.
04:41Não, não tô dizendo que ela tem.
04:42Você que disse que ela tem.
04:43Deixa eu falar, a Nara, ela é deprimida.
04:44Ah, meu...
04:45Sua amiga é deprimida.
04:52Ela tem problemas, são problemas que ela tem.
04:54Ah, problemas, tá?
04:55A gente tá num papo bem alegre, vem ela falando da fome, não sei de onde.
04:57Ah, sim, não dá.
04:58Mas a fome, não sei...
04:59Eu falei, deu um toque pra ela, vai parar.
05:00Falei, ó, não dá mais, sabe?
05:01Vim com a Etiópia, somalha.
05:02É, vou parar com essa.
05:03A gente tá aqui, bem, classe média.
05:04É, por favor.
05:05Por favor.
05:06Falei por favor.
05:07Mas assim ela é deprimida, né?
05:08É, um pouco.
05:09Coitadinha, coitadinha com aquela cara, né?
05:10É.
05:11De cadelinha chuaua.
05:15Ele não é gordo, é?
05:16Depende do que você chama de gordo.
05:18Eu chamo de gordo ao contrário de magro, Rui.
05:20Ele não é gordo nem magro, não.
05:22Ele não é normal.
05:23Ivaninha?
05:24Não, mas eu não conheço.
05:25Pô, como não conhece?
05:26Pô, não conhece.
05:27Ah, não conhece?
05:28Diz que o cara é super inteligente, não conhece o cara?
05:30Rui que falou.
05:31Não, fala isso não.
05:32Falei que o cara era CDF.
05:33CDF?
05:34Eu tava pensando como chato.
05:35Não, não é chato não.
05:36É, ele era chato aí.
05:37Ai, não.
05:38Era chato.
05:39Mas isso foi na oitava série.
05:40Tá vendo?
05:41Rui não vê o cara há 25 anos.
05:42É, pô, as pessoas mudam.
05:43É, vamos torcer agora.
05:45Não é?
05:46Ai, maninha.
05:47Pô.
05:48Você acha que ia te botar numa roubada?
05:50Acho.
05:54Mas aí eu percebi a jogada do advogado deles.
05:57Rui, ele queria que eu pensasse que ele ia usar a Lei 2764 do Código Penal.
06:03Quando, na verdade, meu Deus, ele ia usar outra.
06:06Ele ia usar o 27 parágrafo da Lei de Patentes com a jurisprudência do caso Pacheco
06:10versus Louças Azulejos Santa Margarina.
06:13Vocês perceberam a ironia?
06:15Percebendo.
06:16Percebendo.
06:17Eu não tô aborrecendo vocês com a minha conversa, não.
06:19Não, não.
06:20Fique à vontade.
06:21Porque as pessoas, meu Deus, acham que...
06:23As pessoas acham que meu trabalho é chato.
06:24Não, imagina.
06:25Você não está me aborrecendo.
06:26Você está esmagando lentamente o meu saco como um torniquete.
06:29Ai, meu Deus, ele tem aquela saliva no cano da boca
06:32que a pessoa não percebe que tem.
06:34Também ninguém tem coragem de avisar.
06:36Eu queria encolhendo, encolhendo, até ficar do tamanho de um ácaro
06:39e eu me suicidava pulando a cadeira.
06:41É verdade, meu Deus, ele estava burlando outra.
06:44É uma ironia só.
06:45O Rubinho Barrichello, hein?
06:47Nossa, é só uma corrida.
06:48Inclusive, eu sou fã do Rubinho.
06:50Eu sou fã do Rubinho.
06:51Eu sou fã do Rubinho, Rui.
06:53Inclusive, eu tenho toda a coleção dele.
06:54Acompanho o Rubinho de longa data.
06:56Eu posso aqui falar de todas as corridas retrospectivamente
06:59que o Rubinho já participou.
07:00Isso não é necessidade, né?
07:01Mas, Rui, por favor.
07:02Não, eu gosto também.
07:03Ah, eu gosto...
07:04Não, não.
07:05Posso contar?
07:06O Rubinho correu pela primeira vez quando tinha oito anos de idade.
07:09Esse cara é chato.
07:11Fez curso de chato.
07:12Cacau, Manara.
07:13Não, não.
07:14O cara é assim, gosminha no canto da boca, na gelo.
07:15É só não olhar.
07:16Não dá pra não olhar.
07:17Ah, medo.
07:18Você marca um ponto fixo na testa dele e fica olhando.
07:19E o perdigoto?
07:20Que perdigoto?
07:21Que perdigoto?
07:22Ah, não.
07:23Tem perdigoto?
07:24Ah, não.
07:25Tem perdigoto?
07:26Ah, não.
07:27Tem perdigoto?
07:28Ah, não.
07:29Tem perdigoto?
07:30Ele falou...
07:31Ferrari!
07:32O Ferrari dele!
07:33Um perdigoto vem no meu olho e o outro no teu copo!
07:37Eita!
07:38Ai, que nojo!
07:40É nojento!
07:41Ele é muito nojento!
07:42É!
07:43Quanto tempo!
07:45Quanto tempo, Rui!
07:47Muito tempo mesmo!
07:48Você tem visto o Jorginho?
07:49Tem visto quem?
07:50Ah, do Reginaldo, você lembra?
07:51Claro, claro.
07:52O Reginaldo.
07:53O Louro.
07:54Que Louro, cara!
07:55É pelo preto, magriceira!
07:56Eu, você e o Reginaldo da Turminha do Barulho!
07:58Tá lembrado dele?
07:59Não, não tô lembrado, não.
08:00Caramba, tu não lembra de nada, hein?
08:01Não lembro!
08:02A professora!
08:03A professora!
08:04A professora!
08:05Aquela...
08:06Não é o nome dela?
08:07É...
08:08A professora!
08:09A professora!
08:10Aquela...
08:11É o nome dela!
08:12É...
08:13A Doniara!
08:14Quem?
08:15Viu como tudo na vida tem um jeito?
08:18Ó!
08:19Agora ninguém mais olha a gosma!
08:30O inspetor José!
08:32O inspetor José, você lembra?
08:33Josué!
08:34Quem esqueceu o inspetor Josué?
08:35O negão!
08:36O negão!
08:37Não, não!
08:38O baixinho, o albino, pô!
08:39Eu não lembro!
08:41O meu querido!
08:42Ai!
08:43Desfarça!
08:44Finge que tá bêbada!
08:45Voltamos!
08:46Nossa, tá um breu aqui nesse piano bar, né?
08:49Que escuro!
08:50Engraçado!
08:51Vocês tão diferentes!
08:52Diferentes?
08:53Diferentes como?
08:54Ah, esse cabelo aí no olho...
08:55Essa franja aí!
08:56A franja?
08:57É que a gente descobriu lá no banheiro, não foi?
08:58Que o franjão voltou à moda!
08:59Ah, o franjão!
09:00Franjão!
09:01Hum!
09:02Ah, o janjão!
09:03O que é janjão?
09:04Janjão é o...
09:05Uma vez babaca, babaca até morrer!
09:12Você é doida demais!
09:19Você é doida demais!
09:20Você é doida demais!
09:21E você é doida demais!
09:22Doida, muito doida!
09:23Você é doida demais!
09:24Você é doida demais!
09:25E você é doida demais!
09:26E você é doida demais!
09:27E você é doida demais!
09:28E você é doida demais!
09:29E você é doida demais!
09:30E você é doida demais!
09:31E você é doida demais!
09:32E você é doida demais!
09:33E você é doida demais!
09:34E você é doida demais!
09:35E você é doida demais!
09:36E você é doida demais!
09:37E você é doida demais!
09:38E você é doida demais!
09:39E você é doida demais!
09:40E você é doida demais!
09:41E você é doida demais!
09:44E você é doida demais!
09:45E você é doida demais!
09:46E você é doida demais!
09:47E você é doida demais!
09:48E você é doida demais!
09:49E você é doida demais!
09:50Bom, aqui não rola nada, né?
10:03Não tem assunto, falta realmente assunto.
10:06Eu posso contar uma coisa muito engraçada,
10:07uma história que aconteceu comigo,
10:09e mesmo que as pessoas não achem muita graça,
10:11vão dar umas risadinhas.
10:14Mas aí eu conto um detalhe realmente espiritoso,
10:16uma história chatíssima que o Rui contou.
10:18E as risadas aumentam, entendeu?
10:20Eu posso fazer um pouquinho mais engraçadas,
10:23como eu empatizo bem, as pessoas riem mais.
10:29Aí eu desvio desse assunto superficial
10:33e conto uma história semelhante que aconteceu com um amigo meu,
10:37mas que teve um final trágico.
10:39Realmente baixou, né, o astral?
10:44Encontrar um amigo que você não vê há muito tempo
10:46é igual a fazer xixi em banheiro público, sabe?
10:48O que parece ser uma coisa natural, uma coisa espontânea,
10:51acaba sendo uma coisa super artificial.
10:53Por exemplo, tem uma pessoa na sua frente,
10:55você não pode ficar em cima.
10:56Tem que tomar uma medida regular,
10:58tipo assim, caixa eletrônico, entende?
11:00O pessoal vai embora,
11:01você já, mas não chega muito perto do mictório, não.
11:03Aí bota uma distância, assim, de dois palmos,
11:05porque parece que você está escondendo alguma coisa.
11:08Você vai...
11:09Não pode fazer aquele barulho, assim,
11:12de alívio, não.
11:13Confessar que você está manuseando alguma coisa,
11:15quer dizer, indecência, não é?
11:17Na hora da saída, dá uma balançada, assim,
11:19discreta, discreta e rápida, assim, ó.
11:22Pronto.
11:24Até alguém na sua frente, você lava as mãos.
11:26Tudo bem?
11:27Hein?
11:28Tudo bem.
11:28Como é que você está?
11:29Tudo jóia?
11:31Tem.
11:32Engraçado essa coisa de mictório, né, rapaz?
11:35É, engraçado.
11:36Eu estava pensando nisso agora.
11:37Estou pensando nisso.
11:39Maravilha, né?
11:39É, maravilha mesmo.
11:40As coisas mais naturais ficam artificiais, né?
11:44Fazer xixi na frente de estranho, de desconhecido.
11:47É, sim.
11:48É muito engraçado.
11:50Você, por exemplo,
11:51faz questão que o barulho do jato seja bem alto
11:53para as pessoas verem que você está realmente fazendo xixi
11:56e não alguma manipulação indecente.
11:59É, gente.
12:00Não, não, não, não.
12:01Os anjos eram para...
12:01Não, não, não.
12:02Pode ter uma sujeirinha, uma sujeirinha no mictório.
12:05Você, com uma bolinha de naftalina, um cabelinho,
12:08você fica mirando com o jato para mexer ele de lugar, assim.
12:11É como se fosse uma brincadeira.
12:12Um joguinho.
12:13Um joguinho.
12:13Joguinho de mictório.
12:14De botão, né?
12:15De botão é muito bom.
12:16Não, não faça isso, não.
12:18Eu não acho isso uma coisa muito normal, não.
12:19Pode falar bem.
12:20Eu não acho isso normal.
12:22Não acho?
12:23Normal?
12:23Mas isso é um divertimento.
12:25É uma coisinha que a gente inventa à toa.
12:27Não, é divertida.
12:28É divertida, mas não é numa...
12:30Não faço sempre.
12:31Não é sempre, não.
12:32É só quando tem uma coisinha lá e eu estou de bom humor,
12:34aí eu faço, eu brinco.
12:35Eu vou passar uma coisa para você.
12:36Fala.
12:36Você acha divertido?
12:37É divertido um joguinho de mictório?
12:39A gente está limpando mictório.
12:40Não, peraí, não é divertido.
12:41Eu vou falar, posso falar uma coisa para você, meu amigo?
12:43Sinceramente.
12:43Eu acho que você poderia procurar a ajuda de um profissional.
12:46Mas todo mundo faz.
12:47Você é um psiquiatra.
12:48Você acha?
12:49Mas fica aí, pode ficar à vontade, tá bom?
12:52Cada maluco nesse mundo.
12:55Eu já te avisei, eu não sei dançar música lenta direito.
13:04Ah, relaxa, vai.
13:06Ninguém dança música lenta para dançar.
13:07É uma troca de calor humano.
13:10Acontece que eu não quero trocar calor humano.
13:12Eu estou satisfeita com o meu.
13:13Você fica com o seu e tudo que eu tenho dou para você.
13:18Eu já tenho bastante calor humano.
13:20Dá para mim, dá para mim, dá para mim.
13:21Tá.
13:22Ah, Rui, antigamente a gente dançava, vai.
13:25É, Rui, mas antigamente tinha sentido a gente dançar, né?
13:28A gente era namorado, só transava a fim de semana.
13:31Agora a gente é noiva.
13:32Ué, não entendi.
13:33É, dançar música lenta é para as pessoas que querem transar, mas não pode.
13:36A gente transa a hora que a gente quiser, vai dançar para aqui.
13:39Nossa, você é tão troglondita, Rui.
13:41Olha, eu não quero ser grossa, mas acontece que o calor humano aqui de baixo é demais.
13:47Escuta, eu posso dançar com ele?
13:49O prazer é todo meu.
13:51Mas o que é isso?
13:54O que é isso?
13:56Isso o quê?
13:56Esse jeito, você se esfregando assim, desse jeito em mim?
13:59É assim que eu danço.
14:01Ah, é?
14:03O que você fez, pô?
14:04É assim que eu danço.
14:06Se a Vani acha que vai me deixar com ciúmes, ela está muito enganada.
14:09Ela só vai me obrigar a passar uma cantada nessa amiga aí chata dela.
14:13E aí, está gostando?
14:15Do Mário?
14:16Não, do Mário não, da noite, sei lá, de tudo, de mim.
14:20O que é isso, Rui?
14:20Te conheço há cinco anos.
14:22É, mas eu não conheço o verdadeiro Rui, né?
14:24Ah, não?
14:24Não.
14:25Ah, então me mostra o verdadeiro Rui.
14:27Está aqui no meu bolso, quer procurar?
14:29Está me fazendo uma proposta indecente, Rui.
14:31Não sei, o que você acha?
14:33Eu acho que não, porque eu sou amiga da Vani.
14:37Se ela soubesse que o babaca do noivo dela me fez uma proposta indecente, ela não ia gostar.
14:41Olha, é porque ela não ia acreditar, porque ela sabe que eu tenho muito bom gosto, né, meu irmão?
14:44Ah, eu não conheço.
14:45É isso aí.
14:47É para rindo de que, ó, isso aqui, ó, sapato é importado, tá?
14:51Está rindo de que, ó, de peraí.
14:54Ai, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa.
15:00Vocês conhecem, vocês conhecem, eu tento distensionar o ambiente contando uma piada bem suja sobre português, sobre papagaio, sobre bicho.
15:08Ai, eu faço um comentário aqui só para zucrinar sobre o efeito danoso do álcool na vida de certas pessoas.
15:14E eu vi sua cara, você é comigo?
15:16Eu fico cínica, não.
15:17Ah, eu tento acalmar o ambiente, né, com bom senso.
15:21Está sorrindo por quê, eu deprimei?
15:22Eu ironizo o fato de uma deprimida estar sorrindo, né?
15:25Ah, eu pego pesada.
15:26Ah, eu pego as estribeiras.
15:27Ela é maluca, hein?
15:28Ela está me chamando de maluca, cara?
15:30Ah, eu digo, você quer ir embora?
15:31Agora.
15:32Então vai sim, ó, sou curto e grosso.
15:34É, eu concordo plenamente.
15:35É, eu dou umas risadinhas aqui no final.
15:37E corta para os comerciais.
15:38Isso é normal, viu?
16:02Quando a mulher resolve chorar, não adianta ficar em volta perguntando o que ela tem, dizer que não tem motivo, não.
16:09Deixa chorar.
16:10Chorar faz bem, ela afoga as mágoas dela.
16:14Porque mágoa vem disso, né?
16:15De má água.
16:16Então a pessoa chorando, ela se livra da má água.
16:20E eu vou que está ótimo aí, correndo, de bem com a vida dela.
16:24O quê?
16:28Esquece o que eu disse, viu?
16:30Nara!
16:31Nara!
16:32Nara!
16:33Não!
16:34Nara!
16:34Eu não posso sair, Nara, morrer no mar é péssimo!
16:37Quem disse?
16:38Todo mundo sabe, a pessoa que morre no mar, ela se afoga devagar.
16:42Você quer ter uma morte lenta?
16:44Não, eu quero ter uma morte rápida!
16:47Então, meu Deus, se joga na frente de um ônibus!
16:50Ah, não pensa!
16:51Ah, meu Deus, ele baba hoje.
17:00Mulheres vão, mulheres vêm, e os amigos ficam pra sempre, Ruzão.
17:06Outra coisa que fica pra sempre é cheiro de vômito em carro, sabia?
17:08Ah, Ruzão, Ruzão, Ruzão.
17:11Pô, Ruzão, isso que é amigo, você está preocupado com o meu bem-estar.
17:15Ah, mas eu estou preocupado com o carro fedido, ele pede valor de revenda.
17:18Ah, você nunca me viu vomitar?
17:19Ah, é, mas também nunca vi você misturar o uísque com o caipirinha.
17:23É, eu misturei o uísque com o caipirinha?
17:26Ué, não misturou?
17:26Não, peraí, não, peraí, não é porque...
17:31Não, ah, rapaz, não, peraí, rapaz.
17:35Não, que... Ah, mas que isso?
17:41Não adianta lavar.
17:43Esse cheiro agora pertence a esse carro.
17:47Está impregnado.
17:49Isso é pior do que CC de mil manobristas.
17:53Ninguém gosta de mim.
17:54Mas claro que gosta de você.
17:57Quem?
18:00Todos os seus amigos.
18:01Vania, você é minha única amiga.
18:03Minha única amiga me põe pra sair com o babaca de um cara que tem gosma de cuspe na boca.
18:08E o babaca que tem gosma de cuspe na boca me desprezou.
18:10Ah, vai, ninguém gosta de mim, não.
18:12Sua família gosta muito de você.
18:14Meu pai morreu, minha mãe foi embora.
18:17Minha irmã não fala comigo.
18:18Seus colegas de trabalho não gostam de você?
18:20Não fui demitida.
18:22Seus vizinhos?
18:23Eles me odeiam só porque eu escuto engenheiros do Havaí Alto.
18:27Bom.
18:28Calma, calma.
18:29Vamos pensar aqui que deve ter alguém que gosta muito de você.
18:32Só pensar.
18:33Ninguém gosta de mim, não.
18:35Já sei.
18:35O Rui.
18:37O Rui gosta muito de você.
18:41É, vai.
18:42Não.
18:43O Rui gosta.
18:44É, eu e o Rui.
18:45Nós gostamos muito de você.
18:47É, o Rui, o Rui até me fez uma proposta indecente.
18:53O Rui fez uma proposta indecente pra mim a meia hora lá no bar.
18:57Nossa, vagabunda.
19:00Eu te odeio, eu te odeio.
19:02Eu sou a minha, vagabunda.
19:04Eu sou sua amiga.
19:05Olha, perda total.
19:07Vou ter que me desfazer desse carro.
19:09Nessas horas é que eu dou valor à Vânia.
19:11Sempre vomitava pra fora da janela.
19:13Rui, Rui, Rui, Rui, Rui, olha só que eu encontrei, Rui.
19:18Rui, meu amigão, o Reginaldo.
19:21Tá lembrado dele, não?
19:22Não.
19:23Uma grisela, cabelo preto.
19:25Uma grisela, cabelo preto.
19:26E agora é como, Erika?
19:27Quanto tempo, cara?
19:29Quanto tempo, Rui?
19:31Nós podíamos nos ver mais, hein?
19:33Como nós quem?
19:35Rui, eu, você, o Mário, Jorginho Caor.
19:37Jorginho Caor!
19:39Ah, sei lá, sei lá, sei lá.
19:41Vamos marcar uma hora, vamos marcar uma hora.
19:43Vamos organizar uma pelar?
19:44Quem pelar?
19:46O Rui mora aqui pertinho.
19:48Vamos pra casa dele.
19:50Eu caso não vou em casa, minha casa tá inabitável.
19:52Esquece minha casa.
19:53Deixa minha casa, esquece minha casa.
19:54Eu também vivo na rua, eu praticamente moro na rua.
19:58É engraçado, é...
19:59Eu tenho que ir embora daqui, eu não posso...
20:00Você tá ótimo, Rui.
20:01Você também tá muito bem.
20:02Tá um espetáculo, Rui.
20:04Não mudou nada.
20:05É, você também, eu...
20:06Mesma cara da quinta série.
20:07O que que tu tá fazendo, Rui?
20:09Não é por aí, não é por aí.
20:11Abraça, abraça, abraça.
20:13Não é por aí, você tá me prejudicando.
20:14Abraça também, vamos lá.
20:20Mani, eu sou sua amiga.
20:24Amiga?
20:24Amiga não houve proposta indecente do noivo da amiga.
20:27Orelha, não tem pálpebras.
20:29O que que você queria que eu quiser?
20:30Que me contasse.
20:31Eu tô te contando.
20:32É, que me contasse antes.
20:35Mas antes eu tava me suicidando.
20:36Mas isso não é desculpa, não.
20:38Eu, imagina se o Rui ia fazer uma proposta indecente pra ela se ela não tivesse dado bola.
20:44Nana não, que o Rui é um homem de muita moral.
20:47Rui?
20:48Fania, olha, não é nada disso que você está pensando.
20:51É o Mário, o Reginaldo, loucura.
20:54Nós não afrontamos muito na época de escola, não é não, Mário?
20:58Não, afrontamos, Rui.
20:59Acha que não tá?
20:59Rui, meu amigo.
21:11É tudo culpa sua, viu?
21:13É, e você, ô babaca que tem gosma de cuspe na boca, hein, nojento?
21:32Quem é essa de pato de cabra?
21:40Ai.
21:41Que espantável.
21:43Vania.
21:44Hã?
21:45Que erro?
21:45Eu estou aqui, meu amor.
21:47Você me promete uma coisa.
21:48O que?
21:49Se eu morrer, você vira sapatão?
21:51Eu não.
21:52Porra, o que que custa, Vania?
21:53Eu?
21:53Pra que que eu vou virar sapatão agora?
21:55Eu não quero que você renuncie aos prazeres da carne, mas eu não quero ver você pegar na carne masculina.
21:59Ah, vou pegar na carne masculina mesmo, meu filho.
22:03Tanta sapatona gostosinha por aí.
22:05Ah, não, eu nem pensar.
22:07Porra, você nunca experimentou?
22:08Eu não preciso quebrar o meu nariz pra saber que eu não gosto.
22:10Vania, mulher é bom.
22:12Ah, mulher é bom.
22:12É por mim.
22:13Não, meu filho, só de pensar eu tenho agonia aqui.
22:15Você tem preconceito seu, tem esse teu, se tu ia adorar.
22:18Eu ia adorar nada.
22:19Não, não, eu já falei que eu não.
22:21Lembra de brócolis?
22:23Eu não gostava de brócolis até que eu experimentei.
22:25É totalmente diferente.
22:27Ah, não é não, senhora?
22:27Ah, brócolis, mulher, agora pra você é a mesma coisa.
22:30É, não.
22:30Ah, agora que eu não vou experimentar mulher mesmo, meu filho.
22:33Vou puxar teu pé de noite.
22:34Pode puxar, vai encontrar uma chuleta bem masculina debaixo do lençol.
22:39Porra, custa, te deu o último pedido de moribu.
22:41Já disse que não, mas que coisa.
22:43Muita caçapa, pouco taco, mulher com mulher.
22:46Não vou morrer, não, tá sabendo?
22:48É, não morre, que eu não tô nem ligando, ó.
22:50É, tá ligando, sim, eu sei que você tá ligando.
22:52Mas você ia dar uma sapata bem interessante.
22:54Você acha que ia ser sapata homem ou sapata mulher?
22:56Você é mais machinha, né?
22:57O que é isso, amor?
22:58Fania, eu vou te falar uma coisa que eu não vou te falar.
22:59O que é que eu vou te falar agora?
23:00Você é uma mulher frontal.
23:02Você é uma mulher sem curvas.
23:03Eu tô ficando ofendida, amor.
23:04Não, amor, eu adoro você assim.
23:06Ah, não, sapata homem é muito triste aquilo.
23:08Não, eu tento falar, amor, não é ser uma sapata...
23:09Por que você não vira gay?
23:10Não, esteticamente não é isso.
23:12Ah, ia ser lindo.
23:13Não, eu não, aquele viadão, aquela vizinha, né?
23:15É um viadão grande com a galhada, hein?
23:17No carnaval, na frente de snack, com os pendores.
23:21Ei, Vani, mas não tira o fogo não, estamos falando de você.
23:23Então eu vou falar de mim.
23:24O meu projeto de vida é virar sapata aos 60 anos.
23:27Não, aos 60, vai ter graças a Deus.
23:27Porque aí nenhum homem mais quer, fica com aquelas mulheres sobrando, não tem mais sexo.
23:31Eu queria ver, eu tenho duas colegas lá do escritório.
23:35Eu quero ver, eu tenho duas colegas lá do escritório.

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