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  • 12/05/2025
O convidado desta segunda (12) é ninguém mais, ninguém menos do que Marco Antonio Aldei… Bairr… Villa falou tudo sobre as suas expectativas para as eleições presidenciais de 2026, detalhando o atual cenário político do Brasil e a polarização na população do país, além de repercutir o seu retorno para a Jovem Pan e até a contratação de Carlo Ancelotti para a seleção. É tanto assunto que é melhor o historiador falar rápido para dar tempo. Assista à entrevista na íntegra!

Assista ao Pânico na íntegra:
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#JovemPan
#Pânico

Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00Aí está, no programa de hoje, ele que está de volta para a nossa casinha.
00:07Porque a melhor coisa que fazer contra o extremismo é jogar um livro de história.
00:11E a segunda coisa é leia.
00:15Ó historiador, comentarista e escritor, dono de uma bela retórica.
00:23Inacreditável nível da mediocridade desse sujeito.
00:25Palmas para o professor Marco Antônio Vila!
00:34Fala professor, está aí o professor Vila de volta aqui, a Jovem Pan.
00:39Primeira coisa que eu quero saber do senhor é a pergunta que estávamos fazendo agora para a voz rouca do povo.
00:46Eu acho excelente, ótimo que fez o antielote.
00:50Você achou bom o antielote?
00:52Não podia ser brasileiro, porque realmente o nível do sexo no Brasil são horrorosos.
00:57Eu acompanho a Premier League, especialmente.
01:00Aqui se joga um outro esporte, não o futebol.
01:02O campeonato brasileiro é um horror, a gente dorme.
01:04Basta ver o clássico de ontem, um horror.
01:06E o duro que passa Barcelona e Real Madrid de manhã.
01:09Sim.
01:09E vai ser proibido, porque a gente fica mal acostumado.
01:12A gente assiste aquilo, depois vai ver Palmeiras e São Paulo.
01:14É verdade.
01:15De futebol society, porque é showbol.
01:17Sim.
01:17É showbol, porque lá não é grama, né?
01:19É showbol.
01:20E é outro esporte também, não é futebol.
01:21Então, o antielote foi campeão em cinco ligas.
01:26É um cara que tem experiência muito boa.
01:29E os entrevistados saíram-se muito bem, viu?
01:32Lembrou que ele sempre gostou de trabalhar com jogadores brasileiros.
01:36O que nem sempre é verdade no caso da Europa.
01:38Tem muitos que passaram situações complicadas.
01:41O próprio Rivaldo, em certo momento, no Barcelona.
01:43Agora o Rafinha, em certo momento, também no mesmo Barcelona.
01:46Então, é um cara que conhece muito futebol, é hábil.
01:50E nós precisamos urgentemente, porque a seleção é um horror.
01:53Nós não temos dois laterais.
01:54Faltam a gente também, né?
01:55Faltam o jogador.
01:56Mas a seleção no papel não é ruim, né?
01:58O time...
01:59São craques, né?
02:00O time no papel não é ruim.
02:01É ruim, os ruins.
02:02Você achou ruim?
02:03Não tem...
02:04Mas lateral não tem mais.
02:06Isso é verdade.
02:07Não, lateral ninguém mais quer ser lateral.
02:09É.
02:09É.
02:09Nós tivemos, puxa, bem os últimos grandes foram o Cafu e o Roberto Carlos.
02:13Só nós não temos dois laterais.
02:15Zagueiros, é meio assim, né?
02:19E alguns já são veteranos, tal.
02:22Goleiro nós temos...
02:23Isso.
02:23Está sobrando.
02:24Meio campo, um grande meio campista, não temos.
02:27Agora temos bons atacantes.
02:28Que não resolvem também, né?
02:30É.
02:30Aqui, né?
02:31Resolvem lá.
02:32Você viu que o Rafinha jogou agora contra o Real Madrid, nesse 4x3?
02:35É uma coisa incrível, né?
02:36O próprio Vini Júnior, né?
02:37Então, Vini Júnior também.
02:39É estranho.
02:39É o que o Felipão, em certo momento, em 2002, na Bacia das Almas, que o Brasil se classificou
02:45para a Copa, na Bacia das Almas, conseguiu articular, montar um time para a Copa, que foi
02:50uma coisa fantástica a seleção em 2002.
02:53Eu acho que falta isso.
02:54Pode ser, com o Antio Lótico, a experiência que ele tem, consiga colocar no local.
02:57Porque o Rafinha joga pra caramba.
02:58Não é possível chegar no Brasil e não jogar.
03:00O Vini, idem, né?
03:01O Rodrigo, que veio até do Santos.
03:04O Rodrigo, né?
03:06Agora, falta alguma coisa dessa articulação.
03:09Vamos ver, né?
03:10Também as outras seleções, quer dizer, não é que são iguais.
03:13São superiores da Argentina e superiores do Brasil, né?
03:16Se a gente dar uma olhada na seleção da Argentina e ver o nosso...
03:19E essa é a história que você lembrou do primeiro técnico nunca ter treinado.
03:22O Feola.
03:23O Feola, mais ou menos.
03:25Porque o Feola treinou o Boca Juniors.
03:27O Boca Juniors, vamos lembrar, né?
03:29Treinou o Boca.
03:29Aqui tem essa lenda, até da foto dele dormindo.
03:33Tem uma lenda na Copa das Nações, em 64, no Paquembu, Brasil-Argentina.
03:37Ele começou a pegar no sono.
03:39E aí acordou, falou, como é que tá?
03:41Vamos fazer substituição.
03:42Falaram, não, tá 3x0 pra Argentina.
03:44Inclusive, a Argentina ganhou 3x0.
03:45Três gols do Artime, que depois jogou no Palmeiras.
03:48Agora, também você tinha um elenco de jogadores fantástico.
03:52Porque ninguém jogava fora.
03:53Sim.
03:53Em 62, quem saiu foi o Amarildo, né?
03:56Isso.
03:57O Amarildo foi pra Itália.
03:59Foi, jogou no Milan, junto com o Mazola.
04:00Que ganhou a Copa no Chile, né?
04:04Ganhou.
04:04Ele foi fundamental.
04:04Ele e o Garrincha.
04:05Ele foi o possesso, como diz o Nelson Rodrigues, né?
04:08E o Garrincha ganhou.
04:10O Garrincha, se é possível alguém que ganhou uma Copa, é bom lembrar, 86 o Maradona
04:15e em 62 o Garrincha.
04:17O Garrincha fez, fez gol de falta.
04:18E o nosso Santos, professor?
04:20Isso dá vontade de chorar, né?
04:22Será que todo o Neymar vai chorar de novo?
04:24Não, o Neymar.
04:25O Neymar na segunda?
04:25Não, o Neymar foi bom.
04:27Tem que pensar o que é possível, né?
04:28Olha, o Neymar trouxe patrocinadores, trouxe dinheiro, visibilidade.
04:33O pessoal colocava o jogo do Santos na TV, que muitas vezes não estava.
04:36Sim, não estava.
04:37Ninguém lembrava mais do Santos.
04:38Ninguém queria colocar o Santos em horário.
04:39Então, tem esse.
04:40Agora, achar que a culpa da crise do Santos é do Neymar é um exagero, né?
04:45Agora, que ele tem alguns problemas conhecidos, né?
04:47De pouca dedicação ao futebol e não é de hoje.
04:52Isso nós sabemos.
04:52Mas não é culpa dele, é crise do Santos.
04:54Isso é uma crise de organização e contratações ruins, técnicos inadequados.
05:00Você vem de uma situação em 19º, você contrata alguém que nunca foi técnico.
05:04Com todo o respeito, ele pode ser o Clebio Xavier, um cara excelente.
05:07Mas não agora, né?
05:08Nesse momento, ele não precisava de uma pessoa como ele.
05:11O elenco é ruim, né?
05:12Nós não temos hoje um bom goleiro que vai ser bem, vai ser bem.
05:15Já vai embora.
05:17Infelizmente.
05:18E o resto, outro dia tinha três laterais direito no banco e na lateral direito o Luizão,
05:24que não é lateral.
05:25É incrível.
05:26E a comentarista, eu estava vendo o jogo, eu dizia assim, ele está tendo uma boa atuação.
05:29Estava nada, estava um horror.
05:31Ele chutava coco verde.
05:32Sabe que é duro chutar coco verde, né?
05:34Sim, sim.
05:34Você percebia que ele não tinha intimidade.
05:37O que aconteceu, o gol saiu no erro dele, que estava supostamente jogando bem.
05:41Então, nós temos...
05:42E nós não revelamos mais ninguém, né?
05:44Falta dinheiro.
05:45Quem faz isso hoje em São Paulo, especialmente, é o Palmeiras.
05:48Porque custa muito caro.
05:49Olha o Reginaldo.
05:50Olha o Reginaldo Palmeiras.
05:52O professor foi recontratado na Jovem Pan.
05:55Chique.
05:56Você sabe que tem uma parte da audiência aqui que odeia você.
06:00Não tem problema, a vida é assim.
06:02Mas você sabe que você está dando uma puta de uma audiência.
06:05Então, é algo que a gente não consegue entender, não é?
06:10O cara xinga, mas ele assiste.
06:11Porque eles estão assistindo com uma audiência altíssima, mas estão...
06:17Eles estão bravos.
06:18Eu acredito que sejam os bolsonaristas raiz.
06:21Sim, sim, sim.
06:21É essa turma que está brava com o senhor, professor?
06:24Pode ser, mas como diria o Nelson Nede, tudo passa, tudo passará, né?
06:27Sim, sim.
06:28O filósofo Nelson Nede.
06:29Então, eu acho que isso passa.
06:31Se é que muitas vezes a gente vive um clima tão tenso no país, em que a pessoa encontra
06:36antes da pessoa falar, né?
06:38Você já discorda, né?
06:39Aquela história, não ouvi, não gostei.
06:40Pô, mas você nem ouviu, caramba.
06:42Então, eu acho que é um momento que nós estamos vendo que está melhorando.
06:46Eu creio que a partir do ano que vem as coisas estejam melhor no país.
06:49Mas tem isso, sim.
06:50Mas isso passa.
06:52Você crê que vai estar melhor o ano que vem?
06:54Porque a gente em 2026 é logo ali, a gente está falando de uma disputa política, né?
06:59É, mas de um lado, o Bolsonaro não poderá ser candidato, nós sabemos, em hipótese
07:04nenhuma, pode ser que o Lula não seja candidato.
07:06Se você conversa com gente que acompanha a política, ele corre o risco de perder a eleição.
07:14Depende de quem for o candidato contrário.
07:15Eu acho que ele não perde.
07:16Só perde para o Bolsonaro.
07:18Eu acho que existe outra, por exemplo, a questão...
07:20Quais são os nomes fortes?
07:20O nome forte, o outro é o Tarcísio, né?
07:23É ele.
07:23É ele.
07:24Agora, se ele perder, ele pode encerrar a carreira dele, que foi de êxito, ninguém
07:28pode negar, né?
07:29Como nunca na história do Brasil, nunca alguém ganhou cinco eleições.
07:33Ele ganhou três dele e as duas da Dilma, que foi ele.
07:35O Lula, isso.
07:36Isso é ilegal.
07:37Então, mas o Lula com a máquina...
07:40A máquina favorece muito.
07:41É muito difícil você perder a reeleição.
07:43É muito difícil.
07:44Agora, ele pode perder se a situação econômica ficar um pouco mais difícil do que está.
07:48Por outro lado, a questão vai depender muito também da situação.
07:54Depende de quem é o candidato opositor a ele, né?
07:57E depende do que ocorrer no país, né?
08:00E, em 2027, a situação econômica vai estar muito difícil.
08:04Isso.
08:05Porque o negócio da LIDO...
08:06É curioso.
08:06O Brasil discuta as coisas mais inúteis.
08:08É a Nicole...
08:11Que ora é Nicolas, depois põe a peruca, o outro fala outra bobagem, o outro quer jornada seis por um.
08:16Você imagina, o país tem uma situação terrível, vai ter jornada...
08:19Quer cortar e tal.
08:21A LIDO foi enviada à Lei de Diretrizes Orçamentárias.
08:24E aí foi falado lá uma passagem dizendo o seguinte.
08:27Em 2027, não vai ter o dinheiro necessário para os gastos obrigatórios de saúde e educação.
08:31Como se fosse algo absolutamente natural.
08:33Quer dizer, você vai começar o próximo presidente.
08:36O primeiro ano, o primeiro dia de trabalho, e não há dinheiro sequer para a saúde e educação.
08:41E o custeio?
08:42E os investimentos?
08:43Pode ser que aí quem foi eleito, e aí o Lula vai ter que pegar a bomba que, em parte, foi construída por ele, mas não só.
08:50A história é mais complexa.
08:52E aí pode ser que ele pense duas vezes se vai ser ou não candidato à reeleição.
08:55Agora, eu acho que hoje, se fosse dizer se ele quer ou não...
08:58Claro, o poder seduz.
08:59Ele quer ser candidato até o final da vida.
09:03Mas está em aberto a sucessão presidencial de 26.
09:06Ninguém pode dizer que ou ele está reeleito ou um opositor possa vencer.
09:10Professor, as pautas que a gente tem para o ano que vem.
09:15Como é que o senhor, vendo a parte da história, o que o PT vai poder falar que, assim,
09:22pô, isso aqui eu fiz.
09:24Porque a gente vê, a economia não está bem, os alimentos estão caros, tem a segurança também do país.
09:30Qual que é a pauta que o partido vai se ancorar para falar, olha, isso aqui confia em mim.
09:37Olha, eu acho que, por exemplo, a questão da segurança é bom lembrar que não é responsabilidade do governo federal,
09:42mas dos governos estaduais e municipais, né?
09:45Então, por exemplo, se há problema em São Paulo, o problema, a questão não envolve o presidente da república,
09:49mas sim o governo estadual.
09:51E a Jovem Pan está mostrando isso e, realmente, nós fizemos um problema de segurança tenebroso.
09:55Aqui na cidade de São Paulo e na Cretábia, não adianta pôr as viaturas na Avenida Paulista,
09:59quatro viaturas por quarteirão, eu não entendi na minha vida, como você põe quatro, põe uma.
10:03E aí você vai na Alemanha da Santos, não tem nenhuma, na São Carlos do Piau, não tem nenhuma.
10:07É isso aí.
10:08É para responder a Jovem Pan, dizer assim, não, está cheio na Avenida Paulista,
10:12porque no Capão Redondo não tem nenhuma.
10:14Então, a questão toda, eu acho que tem esse problema.
10:18A economia não vai tão mal, cresceu 3,2 e 3,5, mais que a média mundial em 23 e 24.
10:23Agora, 25 e 26, que é esse segundo bienno do governo,
10:27aí a situação pode ser mais complicada.
10:29E produzir um 2027 é difícil.
10:32Agora, o PT vai insistir nos programas sociais, que já estão desgastados,
10:36Bolsa Família e tal, isso já é considerado algo do indivíduo, não mais de algum governo.
10:42Vai ter de renovar o discurso.
10:43Não tem novas lideranças, tem dificuldade, mas não é só o PT,
10:46mas principalmente o PT não renoveu as lideranças, não renovou o discurso.
10:50Vai depender muito do que eu... A política é igual ao futebol, né?
10:54Ocorre coisas que você não espera, né?
10:56É verdade.
10:56Em 1995, Flamengo e Fluminense.
11:00O Romário foi artilheiro do campeonato carioca,
11:03e o Renato Garros faz um gol de barriga e ganha de 3 a 2, né?
11:08Ninguém imaginava.
11:08Sim, sim.
11:09Então, a turma não imaginava que o Flamengo...
11:11Que ficou na história, né?
11:12E com o ataque dos sonhos, hein?
11:13É bom lembrar que era um ataque fantástico do Flamengo e Edmundo,
11:17e o Sávio e o Romário é como centroavante.
11:20Então, no caso nosso aqui, eu acho que o cenário está assim.
11:23A economia está indo razoavelmente bem.
11:26Mas e a inflação?
11:27Mas aí tem...
11:28Supermercado caro?
11:30Cafézinho, Vila.
11:30Inflação de preços.
11:32Eu adoro café.
11:33É demais até o tal.
11:34Isso é verdade, hein?
11:35Inflação dos alimentos.
11:37Isso desgasta o governo.
11:39Picanha, creme.
11:40A picanha.
11:41Taxa de juros alta.
11:42A taxa de juros que inibe.
11:44É incrível.
11:44Você conversa com todo mundo, né?
11:46Desde o empresário até o sujeito que pensa em comprar qualquer bem de consumo durável.
11:52Quer dizer, você...
11:52Com essa taxa de juros não dá.
11:55É a terceira do mundo.
11:55Você tem a Turquia, a Rússia, o Brasil, né?
11:58Entre as maiores taxas de juros.
11:59Esse é um problema.
12:00E pega diretamente no indivíduo.
12:02Então, o curioso que nós estamos vivendo um fenômeno é o seguinte.
12:05O cara pode estar empregado, e é verdade, porque a taxa de desemprego é baixa.
12:08Mas os salários são baixos.
12:10Também porque a produtividade é baixa.
12:12E a qualificação da força de trabalho é muito baixa no Brasil.
12:15Mas, apesar de ele estar empregado, ele sabe que aquilo entra em inflação de alimentos no seu cotidiano.
12:21E também, se ele quer comprar um bem da linha branca, ele pensa duas vezes porque ele não tem condições de pagar.
12:26Então, é curioso.
12:28É uma situação diferente que a gente está vendo.
12:29Agora, a inflação realmente preocupa bastante.
12:32Então, são novas questões que aparecem na política e não são aquelas tradicionais.
12:37Quero desemprego lá nas alturas.
12:39Ou uma inflação.
12:40Nós chegamos a ter inflação anual de quatro dias.
12:42Mas tem um agravante, né, professor?
12:44A gente sabe que todos os governos, no último ano, querem aumentar a popularidade e gastam mais.
12:51Isso é praxe.
12:52Praxe, é verdade.
12:52É praxe.
12:53É verdade.
12:53E o que a gente deve, pelo menos, eu não sou analista político, mas o que eu espero como economia é, ano que vem, vão injetar dinheiro o máximo que der pra aumentar a popularidade.
13:06E vem uma ressaca em 2027.
13:10Você acha que vão conseguir segurar os deputados, os senadores?
13:17Bem, os deputados e senadores hoje estão tão satisfeitos com as emendas parlamentares que eles não estão nem aí.
13:23Por sinal, essa semana o Congresso não trabalha.
13:25Eu não sei porquê.
13:26Nós estamos trabalhando.
13:27O Congresso resolveu não trabalhar.
13:28E aumentaram o número de deputados.
13:29Mas isso aí não vai acabar, né?
13:32É, aí que é o problema.
13:33Nós somos o país das corporações, né?
13:35Os interesses corporativos são tão fortes no Brasil, nos três poderes, que é quase impossível alguém conseguir enfrentar e derrubar os interesses corporativos.
13:44Isso tudo, isso ocorre nos três poderes.
13:46Agora, nunca no Congresso Nacional os parlamentares tiveram tanto poder como agora.
13:50Eles sequestraram um quarto do orçamento.
13:53É um sequestro.
13:53Por que adianta a vontade popular escolher o presidente X ou Y?
13:57Quando ele não consegue governar, porque o orçamento é sequestrado pelo parlamento.
14:02E emendas que você não consegue rastrear.
14:04Aí eu falo assim, não, emenda pica.
14:06Isso aí é um absurdo.
14:07Você manda o dinheiro e você não sabe onde aquele dinheiro foi aplicado e como foi aplicado.
14:12Assim não dá.
14:12Agora, precisa bater de frente com o parlamento.
14:15Quem tem coragem?
14:15Ninguém tem.
14:16Aí é que é a questão.
14:18É cumprir a Constituição.
14:19Você pode pedir uma rede de rádio e TV e falar, olha, estou mandando, tem o meu projeto esse,
14:23fui eleito com 60 milhões de votos a valer no segundo turno.
14:27E não consigo governar.
14:29Não é que é um golpe de Estado, pressionar, querer impedir que o Legislativo trabalhe, nada disso.
14:34Mas qualquer presidente eleito em 26, nessa estrutura que está, não consegue governar.
14:39Qualquer um deles.
14:40Mas você não acha que isso aí, para o parlamentar, é uma delícia.
14:44Porque você tem uma verba e você vai destinar essa verba para o seu curral eleitoral.
14:49Antigamente tinha isso, mas não nesses valores fabulosos.
14:52Sim.
14:53Cada um tem 50 milhões por ano, é isso, né?
14:56Sim, mas já é muito dinheiro.
14:58Mas é muita...
14:59E tem alguns que tem até um pouco mais, que as emendas não estão registradas no seu nome.
15:03Mas na comissão em que ele está.
15:05Então é uma fortuna.
15:06Virou a casa da mãe Joana.
15:07Então não há conta.
15:08O que adianta você fazer um orçamento, que é o Ministério do Prolejamento que faz isso,
15:12quando tem essas emendas bilionárias?
15:14E a emenda serve para quê?
15:16Já para preparar a sua reeleição daqui a quatro anos.
15:18Porque ele tem o prefeito, claro que ele vota, e depois, daqui a quatro anos, tem que mudar o sistema.
15:24Agora, não é nada fácil, porque foi aumentando cada vez mais esse poder antirepublicano do parlamento,
15:31com a questão dos recursos públicos.
15:33Já a parte de investimento do orçamento é muito baixa, porque grande parte é para pagar os juros da dívida, etc.
15:40E isso parte é sequestrado pelo parlamento.
15:44E aí você olha os parlamentares, o nível de debate é muito baixo.
15:48Quando você olha a Câmara dos Deputados e olha o Senado, e eles todos querem lacrar nas suas redes.
15:54O objetivo central é isso.
15:56Não é falar para o outro parlamentar buscando convencê-lo.
15:59Não, é criar um assunto que na sua rede, na sua bolha, vai repercutir.
16:03Isso independente se é de direita, de centro ou de esquerda.
16:06Mas é o que funciona hoje, não é, professor?
16:09Eu vou fazer um break rapidinho.
16:10Professor Vila.
16:11Muito bom, hein?
16:12Professor Vila vai fazer dois programas aqui.
16:15Chegou com tudo.
16:16A audiência.
16:18A audiência muito...
16:21Deixa eu ver aqui.
16:22Mas está dando audiência.
16:23Muita audiência e reclamando.
16:27Está falando, nossa, que cara imbecil.
16:29Tá.
16:30Puxa, entendeu?
16:31Olha como ele escreveu imbecil.
16:32Imbecil com H.
16:33É imbecil.
16:33É imbecil.
16:35Obrigado.
16:36É imbecil com E.
16:37Não é um lugar.
16:38É imbecil.
16:39Estou assistindo para ver qual o motivo da Jovem Pan ter contra Marcílio.
16:43Contratado este indivíduo.
16:45Olha.
16:46Por que não recontrataram a Ana Paula?
16:50Você vê como é que é o amor da torcida.
16:54Está vendo só aqui, olha só.
16:57Mas a audiência crescendo assustadoramente.
17:00Está todo mundo assistindo.
17:01Está todo mundo assistindo.
17:02todo mundo querendo saber como é que vai ser o programa do Professor Vila.
17:06Eu também quero saber.
17:06Daqui a pouquinho nós vamos falar, porque agora eu tenho um break do Reginaldo.
17:09Vai lá, Reginaldinho.
17:10Mas tudo passa.
17:12Tudo passa.
17:15Não sou médico.
17:16Não sou médico.
17:17Tudo passa.
17:18Caragulha.
17:18Muito bem.
17:19Perguntas para o Professor Vila.
17:20Pois não.
17:21Professor, você falava nos seus comentários sempre que era inacreditável.
17:25Claro.
17:26E o INSS não é inacreditável?
17:29Vai respingar no governo atual?
17:30Vai.
17:31Vai.
17:31Já está respingando, né?
17:33De um lado, o argumento que vinha a parte do governo Bolsonaro é verdade, mas cresceu
17:37de forma exponencial no governo Lula.
17:38Então, isso não tem jeito.
17:40Não dá para brigar com os números.
17:41Você vai pegando a curva, aí em 2023, em 2024, dispara.
17:45Agora, é inacreditável que você não tem controle algum dentro do INSS.
17:48Não é de hoje.
17:49Vamos lembrar a Georgina.
17:50Lembra lá?
17:51Lembro da Georgina.
17:51A grande Georgina.
17:53Figura impoluta e tal.
17:54Deu um golpe fabuloso.
17:55Fugiu para Costa Rica.
17:56Arrumou um casamento que achou que era possível obter a cidadania daquele país e ir lá ficar
18:02e tal.
18:03Então, nós vamos falar em fraude no INSS há décadas.
18:06Você não tem nenhum mecanismo de controle inaceitável.
18:10Agora, e é um absurdo o que fizeram com os...
18:11E muitos dos aposentados eram analfabetos.
18:14Impressionante.
18:14Exigidosos.
18:15Maldade.
18:15Maldade.
18:16Coisa de maldade.
18:17Aleijado lá.
18:18Aqueles PCDs.
18:20PCDs.
18:20Os PCDs.
18:21Os caras não sabem nem entrar na internet.
18:23Não tem nem acesso.
18:24É, o cara...
18:25Não adianta receber um lerito em outros estados, fala um contra-cheque, né?
18:28Olha e tal.
18:29E fala, pô, mas o que é isso?
18:30O cara fala, é um desconto de 30 reais.
18:33Ele fala isso, faz com um milhão?
18:34É 30 milhões por mês.
18:35Pô, você multiplica por ano, dá 360 milhões.
18:38Quer dizer, é um absurdo.
18:40Quer dizer, a maldade mesmo, a crueldade das pessoas.
18:43Agora, vamos ver se finalmente pega os caras, são condenados.
18:45Deixa eu fazer uma pergunta pra você, professor.
18:47Que você é um professor, um historiador, um cara que já tem muitos livros e tal.
18:53E a gente não consegue entender porque isso me parece ser uma maldade.
18:58Isso é uma coisa do Brasil.
18:59Isso, da onde vem isso aqui no Brasil?
19:02Essa cultura de você roubar de um aposentado, de um cara que tá numa cadeira de...
19:08Da onde vem isso, professor?
19:10Não, não, é difícil.
19:11Eu acho que, na minha leitura, é equivocado.
19:13Alguém fala, é, mas por causa da escravidão.
19:15Não, não tem nada a ver com a escravidão.
19:17Que o Brasil foi o último país do mundo ocidental a abolir escravidão em 1888.
19:21Inclusive, dia 13 de maio, era antigamente feriado até.
19:24Isso na Primeira República.
19:25Então, não podemos imputar isso.
19:27Eu acho que é mais uma questão recente, né?
19:29Se você olhar na Primeira República, que tem em 1930 casos como esse, inexiste.
19:33Até 1945, também não.
19:35Até 64, também não.
19:38Dessas proporções e dessa forma e com essa maldade e tal.
19:41Eu acho que é um fenômeno mais recente, né?
19:43As pessoas...
19:44Nós temos um outro Brasil que nós não conhecemos.
19:46Que não foi o Brasil que eu conheci quando eu estava no ginásio, quando o Santos era campeão.
19:51Faz tempo.
19:53Aquele era um outro Brasil.
19:55Acho que as pessoas também se pautavam por outros valores.
19:58Eu acho que nós temos uma crise de valores éticos, republicanos, morais, né?
20:03Então, mas de onde veio isso?
20:05Eu acho que vem da...
20:06Eu não sei, desse desejo de enriquecer rapidamente.
20:09Negar o trabalho, o esforço, né?
20:11É saber que a melhorada de vida significa estudar, trabalhar, respeitar as leis.
20:17Eu acho que chega um momento meio de desmoralização de tudo.
20:20Eu acho que tem a ver com os escândalos de corrupção não punidos, devidamente punidos.
20:24A impunidade, né?
20:25A impunidade.
20:26A impunidade.
20:27E porque eu estava falando um dia desse com uma pessoa que circula aí no mercado financeiro
20:31e conhece essa turma que lava dinheiro muitas vezes através de mecanismos estranhos aí.
20:38Ele falou assim, a pessoa não está nem aí.
20:40E eu falei, mas a pessoa não sabe que um dia vai ser pego?
20:41Porque você olha assim e fala, pô, vai dar errado.
20:43Alguém chega uma hora que vai...
20:45A pessoa não está nem aí.
20:46É porque se for pego não acaba a vida da pessoa.
20:50Ele tem uma blindagem.
20:51A gente sabe como é que funciona a blindagem no Brasil, né?
20:54A empresa quebra e o cara nunca.
20:56Nunca.
20:57Porque ele...
20:58Eu estava falando de uma dessas empresas aí que quebrou.
21:01E a pessoa falou, o que aconteceu com os dois filhos do dono?
21:03Nada.
21:03Eu falei, então nada.
21:05Passaram tudo antes porque eles sabem que vai quebrar.
21:07E antes eles passam...
21:08É, saem do CNPJ, né?
21:10E aí ele passa para a pessoa física, coloca o dinheiro lá fora.
21:13Os mecanismos são conhecidos, como é que você faz.
21:15E a vida acabou.
21:16Então falta punição e nós não temos.
21:18Então aí é uma estrutura que vai desmoralizando o sistema republicano.
21:24Porque eu perguntei dessa pessoa que era uma dessas sacanagens que estava fazendo.
21:28Falei, mas a pessoa não ficava receosa?
21:30Não, estava em festas todo dia.
21:32Abriu uísque.
21:34Tem uísque que custa 100 mil dólares.
21:35Eu não sabia.
21:36Abriu uísque de não sei das quantas.
21:37Conhaque.
21:39Conhaque.
21:41Alugava prédios e apartamentos aí para pessoas que desenvolvem a antiga atividade.
21:45A primeira atividade da humanidade.
21:47Que são melhor.
21:48É, ali, tal, tal, tal.
21:50Aí você fala assim, putz, chega uma hora que a casa cai, né?
21:53Mas aí ele consegue se salvar.
21:55E essa é a questão.
21:56Esse que é o problema.
21:57A chance de ser pego não é das maiores.
21:59E quando é pego ainda compensa.
22:00Compensa.
22:01Você vê que grandes escândalos foram descobertos.
22:03E as pessoas saíram mais ricas do que entraram.
22:06Então quer dizer, o crime compensou.
22:08Mas eu queria te perguntar o seguinte.
22:09Eu acompanho muito a sua carreira.
22:11Inclusive a época do Jaiminho, que eu acho que todo mundo...
22:15Até hoje, até hoje.
22:16Você foi um grande crítico do Jaiminho e do PT.
22:20No governo Bolsonaro você também fez duras críticas.
22:24E agora, olhando para trás, com o Lula e olhando para trás.
22:28Você acha que quem fez um melhor ou menos pior para o país?
22:34É o atual governo Lula ou o Bolsonaro?
22:36Porque eu acho que a gente...
22:40Você tem críticas aos dois, eu sei.
22:41Mas assim, numa balança, como que você enxerga?
22:44Olha, eu acho...
22:46Não existe isso na história.
22:48Mas se em 2002 o resultado da eleição tivesse sido diferente no segundo turno, nós seríamos um outro país.
22:55Mas o Brasil assim não quis.
22:57Ao invés de optar pelo melhor presidente que não tivemos, que seria o José Serra, optou pelo Lula.
23:02E deu no que deu.
23:03E eu não estou exagerando, basta você puxar e ver o que o José Serra fez na política brasileira.
23:09Desde a constituinte.
23:11Lembrar o que foi feito no Ministério da Saúde, questões revolucionárias.
23:15O Brasil quebrou as patentes internacionais.
23:18Foi na Índia, discutiu lá o tratamento da AIDS, os genéricos, tudo aquilo.
23:23A questão do fumo, que era um problema mundial que foi copiado tudo do Brasil.
23:28Era aquele momento histórico.
23:29Mas o Brasil optou, em certos momentos, ele quer a mudança.
23:32E havia um desgaste do governo Fernando Henrique muito grande.
23:35Especialmente nos dois últimos anos do segundo governo.
23:38O Brasil cresceu no próximo a zero.
23:41E seguiu aquele caminho.
23:43Mas o Fernando Henrique entregou de bandeira.
23:45O final do mandato foi ruim.
23:48O segundo mandato, especialmente os últimos anos.
23:51É que teve três crises internacionais também no período.
23:54Ele não, nesse sentido, não foi muito...
23:5697, né?
23:57É, teve quebradeira, começa a quebradeira no sudeste asiático.
24:01O problema na Rússia.
24:03Agora, eu acho que teve isso que acabou dificultando.
24:06Agora, o governo, os dois primeiros governos, o Lula.
24:09Interessante que o Lula 2, todo mundo achava que estava uma maravilha.
24:12Eu era um dos poucos que criticava o governo Lula.
24:14Eu escrevi um livro que teve muitas, chamado A Década Perdida.
24:1710 Anos do PT no Poder.
24:19Teve muitas edições.
24:20Teve lá umas 18 edições e tal.
24:22E eu dizia, eu achava que eu estava delirando.
24:25Porque eu dizia que tinha problemas, os pessoas diziam que era ótimo.
24:28Quando cresceu 7,5% em 2010, que tinha a Bolsa Miami.
24:31É bom lembrar que a...
24:33A Bolsa Miami.
24:35A Bolsa Miami.
24:36A Bolsa Miami, os aeroportos lotados.
24:38A classe média achava uma maravilha.
24:40Dólar.
24:40Se endividando.
24:42E endividando, porque você estimulou o crédito para a saída.
24:45Porque em 2009 foi zero o crescimento.
24:47Zero, 0,2.
24:48Pegou a crise internacional do subprime.
24:50Pegou a crise do último trimestre de 2008.
24:52Então, aí estava todo mundo satisfeito.
24:53Tanto que falaram para mim, pô, você está...
24:56Reclamando.
24:56Você tem uma problema pessoal?
24:58Não.
24:58Eu falei, não é questão pessoal.
25:00Não tem nada a ver isso.
25:01Mas, e aí veio o governo Dilma.
25:03E o primeiro governo Dilma, você já tem uma queda do crescimento econômico.
25:06Até chegar em 2014 a zero.
25:08E aí o pior bienio da história econômica é 2015, 2016.
25:12Que aí foi uma tragédia dos diabos.
25:14E aí veio o momento do impeachment.
25:16Pode ser, eu acho que um dos erros que no momento do impeachment, eu imaginava, e não aconteceu isso,
25:22que fosse criar aqueles movimentos independentes, como o MBL, como o Vem Pra Rua, etc.
25:27Que aquelas manifestações do paulista foram chamadas por esses movimentos, não por partidos políticos.
25:32Eu imaginei que daí sairia uma novidade política, uma coisa diferente para 2018.
25:38Não aconteceu nada disso.
25:39Eu estava sonhando, eu esperava que isso pudesse ser criado.
25:42Por quê?
25:43Não se construiu condições concretas para partidos políticos.
25:46E aí 2018 veio a eleição do Bolsonaro, que não só, mas tem a ver com o atentado de juízes de fora do 6 de setembro.
25:54Mas não só isso, havia um cansaço em relação ao sistema tradicional.
25:57Aí tivemos a pandemia também, que foi terrível para o mundo e para o Brasil.
26:01Então eu acho que, na verdade, nós estamos à procura, se nós saímos dessa polarização,
26:06isso eu estou dizendo é uma obviedade para mim, que existe, e despolitizada entre Lula e Bolsonaro,
26:12seria a grande coisa do país.
26:14Nós temos de sair, nós temos de ter momentos de concordância.
26:17Se você 100% se discorda de mim, eu discordo 100% de você, é impossível ter político.
26:22A política só é possível quando eu concordar com 20% do que você está dizendo,
26:26e você concordar com os 15% que eu estou dizendo.
26:29Aí dá para dialogar, porque não é possível.
26:31Mas e essa censura sutil que tem agora?
26:34Então, você não...
26:35Porque esse é que é o grande problema.
26:37A gente tem uma censura hoje, é uma censurazinha, ela é bem sutil.
26:42É, é, é.
26:42Porque antigamente, e você é da época, que o importante era discutir qualquer...
26:48Era debater qualquer assunto.
26:49Exato.
26:50Porque a gente acreditava que no debate a gente ia encontrar a melhor solução.
26:54Claro.
26:54Era nas ideias.
26:55E o convencimento.
26:56Era isso.
26:57Hoje em dia, uma parte não pode debater mais.
27:00É, hoje não há debate.
27:02E o processo de destruição da democracia e do debate, ele chegou até o interior das famílias,
27:07como nunca na história.
27:08É no emprego, é na família, é na escola.
27:11É um negócio inacreditável.
27:12O número de exemplos familiares que você pode dar aqui no grupo do WhatsApp da família
27:16e ninguém mais consegue dialogar.
27:18Esse que nós perdemos a capacidade do diálogo.
27:21A Câmara dos Deputados e o Senado mostra isso, especialmente a Câmara.
27:24Então, nós vamos buscar voltar a ter a capacidade do diálogo.
27:27Porque o Brasil não vai sair da crise, não vai voltar a ter um crescimento sustentável
27:31e enfrentar os grandes problemas nacionais, se não bater de frente nisso.
27:34Veja, no domingo, de 15 anos a 64, um terço da população é analfabeto funcional.
27:41O que é analfabeto funcional?
27:43Ele não sabe as quatro operações e não consegue ler um texto e conseguir escrever.
27:48O outro, um terço, sabe mais ou menos as quatro operações e alguma coisa de entendimento.
27:54Sobra um terço da população, portanto, que tem condições de votar, de qualificar a força de trabalho.
28:02Agora eu pergunto, e esse senhor ou essa senhora, essa pessoa, como é que ela vota?
28:07Como é que ela trabalha?
28:08Como é que você vai qualificar a sua força de trabalho?
28:10Como é que nós vamos melhorar a produtividade?
28:12Então, não adianta ficar falando, brincar dessas discussões de gênero
28:16ou falar, vamos diminuir a jornada de trabalho no Brasil.
28:20Isso é um absurdo.
28:22A jornada de trabalho aqui são 44 horas semanais pela Constituição.
28:26Isso é uma coisa que não se coloca no atual estágio econômico no Brasil.
28:29Eu gostaria de diminuir para 38, adoraria, mas não dá, né?
28:34Nós precisamos primeiro investir em educação, ciência e tecnologia.
28:37E no caso da educação, sai essa notícia e esses dados e ninguém fala nada.
28:40É como se fosse um dado da natureza.
28:43Uma explosão, uma erupção vulcânica, um tsunami.
28:46Caramba, isso foi produzido por nós, pela elite política, por todos.
28:50Nós somos culpados por isso.
28:51Olha só, eu quero fazer uma pergunta aqui.
28:54Olha aí, irmão Donaro.
28:56Faz tempo que eu não converso com o distinto professor Vila.
29:00E o sentimento que eu e vários que estão acompanhando este programa
29:05atendem da sua pessoa.
29:06Sim.
29:07É no tocante aí o seu apoio à esquerda.
29:11Você sempre foi um crítico ferrenho, usava adjetivos pesados que não podemos repetir
29:18nesse programa ao atual presidente, tá certo?
29:22E você disse que se eu ganhasse a eleição, que seria o fim do Brasil.
29:28Entreguei aí, você sabe muito bem, depois de oito anos aí das contas no vermelho,
29:33tivemos superávit e hoje estamos devendo até a cueca.
29:36Você continua afirmando que se eu continuasse no poder, junto com o Paulo Guedes e outros
29:43mais que levantaram o Brasil.
29:45O Brasil ia para o fim mesmo ou você arrependeu aí de ter feito o L aí?
29:49Que embruchado.
29:50Olha, nós tivemos uma boa conversa aqui na Jovem Pan em maio de 2017.
29:5540 minutos clássico isso aí.
29:57Foi um clássico aí.
29:58É, foi ótimo tal.
29:59Foi de improviso, não foi nada de sério.
30:01Ele chegou aí e tal, tava o Gustavo Bebiano.
30:03Aí, e foi ótimo, que ficamos conversando, batendo papo.
30:07Ele achou que não conhecia o futebol do Rio de Janeiro, caiu do cavalo.
30:10Ele falou do Apolinho.
30:11Você é o Apolinho?
30:12Eu falei, eu conheço o Apolinho, técnico do Flamengo, em 95, cronista esportivo.
30:17Sabia mais do Apolinho do que ele.
30:19Então, a coisa toda é que nós temos discordância de visão de mundo diferente, né?
30:24É muito diferente, assim como com o Lula.
30:26Porque nós caímos numa armadilha, se você critica o Lula, é a favor do Bolsonaro.
30:30Se critica o Bolsonaro, é a favor do Lula.
30:32Eu só defendo a república.
30:34É outra coisa.
30:35Que os dois nem sabem direito o que é, no que consiste a república.
30:38Então, é a república, os valores republicanos.
30:41Eu acho que os dois não sabem.
30:42Mas eu quero, Zanel, arrepender eu ter feito o L pro lado do cavalo.
30:46Leandrinho, você não pode, não precisa concordar comigo.
30:49Eu não fiz nem o B, nem o L.
30:51Eu fiz o R de república.
30:53E é por isso que nos programas, aproveitando e fazendo o gancho, que a gente pretende fazer
30:57tanto no Visão Crítica como no Só Vale a Verdade, é trazer gente que tem reflexões
31:02consistentes sobre o Brasil, um debate civilizado, discordando, mas de forma civilizada.
31:07E gente que tem algo que apresentar, de sair da lacração, daquelas, apresentar soluções
31:14fáceis a problemas super complexos, chegar assim, se apresenta o problema, o cara fala
31:17falta vontade política.
31:19Pô, se fosse só isso, hein?
31:20Estaria resolvido todos os problemas nacionais.
31:22Mas não, falta muita coisa.
31:23O país desindustrializou, os salários são baixos, a qualificação é ruim da força
31:27de trabalho, a infraestrutura deixa a desejar, etc.
31:30Mas temos coisas boas também.
31:32O grande aumento do agronegócio, que foi uma coisa fantástica.
31:35Nós temos uma parte de ciência e tecnologia no país que precisa ser explorada.
31:39As novas energias que o Brasil tem explorado, as energias limpas, que nós temos muita coisa
31:44boa.
31:45A grande questão é, eu estava até falando um pouco antes, lembrar que o Proalco é uma
31:49invenção nacional, quem inventou o etanol é o Brasil, pô, em 1975 e ninguém sabe,
31:54né?
31:54Então, é mostrar também isso, mostrar que nós temos um grande dinamismo e você fala
31:59com pessoas de mais idade, mais ou menos na minha idade, já entrado em anos para ser
32:04mais educado.
32:05E os caras falam, pô, lembra aquele Brasil que a gente sabia que o filho, o nosso filho
32:11viveria melhor e nós estamos vivendo melhor que o pai?
32:14Exatamente.
32:15Era isso aí.
32:16Sempre foi assim.
32:17Sempre foi assim.
32:18Quer dizer...
32:18Agora a gente não sabe.
32:20Não sabe.
32:20Mas na Argentina até teve uma série da Netflix muito boa, que era um imigrante espanhol que
32:26foi para a Argentina, saiu da Guerra Civil Espanhola nos anos 30 e lá construiu uma vida
32:30de êxito na Argentina.
32:32Aí o filho estudou, teve uma excelente formação e tal, mas aí pegou quando o meu argentino começou
32:37a tropeçar e o que aconteceu com o filho voltou para trabalhar na Espanha.
32:40Quer dizer, é inacreditável.
32:42Isso acontece com brasileiros, né?
32:43Indo para Portugal, especialmente, né?
32:46E não só, mas depois, no caso da América Latina, no continente americano dos Estados
32:51Unidos e assim por diante.
32:53Então isso, nós perdemos essa capacidade do futuro ser melhor que o presente, que é
32:57melhor que o passado.
32:58Eu acho que o grande desafio é como nós vamos encontrar o bom caminho, né?
33:03Por isso que a gente quer discutir isso, discutir ideias, propostas que são executivas.
33:07Experiências no campo da educação, o Ceará tem experiências muito boas.
33:11O Piauí, no Partido Sino Público, tem experiências muito boas.
33:14Outro dia eu vim no Mato Grosso, uma senhora numa pequena cidade, que é alta floresta,
33:18salvo engano, ela disse que tem um método lá que em quatro meses você consegue fazer
33:22alfabetização.
33:23Eu falei, pô, mas isso é fantástico.
33:24Precisamos pegar essa senhora e trazer, levar nos outros lugares.
33:27Agora falta entusiasmo.
33:28Os ministros não entusiasmam o país, o presidente não entusiasmam, os governadores não
33:33entusiasmam.
33:34Não, é ruim.
33:34Precisamos de um Juscelino Kubitschek.
33:35Governo é ruim, hein, Vila?
33:37Vamos ser honestos.
33:38Governo é ruim.
33:39Mas se a gente tem o Juscelino Kubitschek, aí nós mudamos um cara que tem experiência,
33:45foi prefeito de Belo Horizonte, governador, o cara que construiu uma cidade em três anos
33:49e meio que não havia uma cabana.
33:51Quer dizer, abriu o Brasil pro capital estrangeiro, é bom lembrar, né, a chegada das montadoras,
33:56tudo tem a ver com o Juscelino Kubitschek.
33:58Então o que falta é gente que gosta do Brasil, entusiasmo, estude, menos lacração,
34:03mais disposição, e trabalhar, né?
34:05Porque o que o pessoal não trabalha também não dá, né?
34:08Tá com saudade de Paulo Guedes aí, né?
34:09É que eles querem o 4 por 3.
34:12É, o pessoal não trabalhou.
34:13O Congresso não trabalha.
34:15Aí tem viagens internacionais que você faz um avião da alegria, que é de...
34:19Carreta furacão.
34:21É, que é absolutamente desnecessário, vai levar pessoas que nem sabem onde elas estão
34:25e que representam aqueles lugares.
34:26O pessoal foi agora pra Rússia, eles nem sabem o que é Rússia, nem sabem no mapa.
34:30Se você pode dar o planisfério, é, identificar, pô, é, não sabe.
34:33E pau de ação não sabe fazer.
34:35Bem, você falou do SES, me lembro do ministro da Educação que falava, é, que ele gostava
34:39muito do CAFTA.
34:40CAFTA, como diz o Babaganuch, né?
34:42Ele não sabia que era o CAFCA, né?
34:45Até eu falei, o recente, até, era paulista, inclusive.
34:49Ele sucedeu um colombiano que não sabia falar português e ele também não sabia escrever.
34:53Ele tem um problema com os dois S e o CECIDILHO, né?
34:55Ele não sabia escrever, virou menos Educação e achava que o CAFTA, o Babaganuch, era o
35:00escritores tchecos.
35:01Então, tudo bem, nós vamos fazer o quê?
35:03Esse é o Brasil, né?
35:04Mas nós vamos melhorar.
35:05Boa, professor.
35:07O professor Vila tá de volta aqui, a Jovem Pan, vai fazer dois programas.
35:12Dois.
35:12Vão tá trabalhar.
35:13Às dez da noite, é isso?
35:15Às dez da noite, às dez da noite.
35:16Vai ser na terça e na quinta, é isso?
35:17Terça, quarta e quinta, o Visão Crítica e sexta o Só Vale a Verdade.
35:22Todas às dez da noite.
35:23Olha, professor, eu espero que você volte aqui.
35:25Eu queria falar com você, professor.
35:27O professor manja muito de geopolítica também.
35:29Queria conversar sobre a Argentina, tá?
35:31Claro.
35:31Quando tiver uma folguinha lá na agenda, vamos bater um papo aqui.
35:35Vamos fazer um papo aqui.
35:37Seja bem-vindo, professor.
35:38Muito obrigado mesmo.
35:39Amanhã estreia, às dez da noite, professor Vila, aqui na Jovem Pan.
35:44Obrigado, professor.
35:45Obrigado, professor.

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