IPCA-15 fica em 0,43% em abril de 2025 com alta de alimentos | LINHA DE FRENTE - Vídeo Dailymotion

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A média da inflação medida pelo IPCA-15 fechou abril em 0,43%, puxada pelo preço dos alimentos e de gastos com saúde. Os dados do IBGE mostram que, em março, o indicador havia ficado em 0,64%. Este foi o segundo mês seguido de desaceleração após o pico de 1,23% em fevereiro. No acumulado de 12 meses, o índice segue em alta. Em abril, somou 5,49%, contra os 5,26% registrados no mês anterior.  Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews  Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok:  https://www.tiktok.com/@jovempannews  Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan  #LinhaDeFrente

Transcript

00:00De repente, deixando um pouquinho a pauta da polarização política de lado,

00:05que funciona como um biombo pra gente não ver a problema da economia,

00:08vamos falar um pouquinho do que dói no teu bolso.

00:11A média da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor, o IPCA, 15,

00:19fechou o mês de abril em 0,43%.

00:23Ah, precisa ver por quê. Pera aí.

00:26Ah, sim, puxada pelo preço dos alimentos.

00:28E de gastos com a saúde.

00:32Os dados do IBGE mostram que, em março, o indicador havia ficado em 0,64%.

00:41Este foi o segundo mês seguido de desaceleração após o pico de 1,23% em fevereiro.

00:51No acumulado de 12 meses, o índice segue em alta.

00:54Em abril, somou 5,49% contra 5,26% registrados no mês anterior.

01:04Rodolfo Maris.

01:06Problema de inflação.

01:09É que, pra controlar a inflação, a receita é provocar recessão.

01:13E recessão se provoca com o aumento da taxa de juros.

01:16Isso é mais velho que andar pra frente.

01:18Como faremos para controlar a inflação sem parar com a gastação?

01:25Sobre essa fórmula mágica, você nos avisa também, Capês, por favor.

01:28Mas existe um modo simples da gente pensar na inflação.

01:32É só você ir na gôndola do seu supermercado e começar a pesquisar sobre os preços.

01:36E quando a gente vê essa taxação, índice 0,49,

01:39é uma maneira mais simples de você tentar fazer uma conta,

01:43é você fazer isso vezes 12 e comparar com o ano passado.

01:47Então, se você pegar aí 0,43 vezes 12, vai dar 5,16.

01:50Não é o jeito mais correto de você aplicar e falar sobre o índice,

01:54porque ele sobe e desce.

01:56Depende muito da variação de várias coisas aqui, né?

01:58Existem várias vertentes que colocam ele pra cima ou pra baixo.

02:02Mas saber se os alimentos vão diminuir, se o preço e a inflação vai diminuir

02:07é o sonho de todo cidadão brasileiro.

02:10Nós temos um governo, Capês, que gosta muito de gastar,

02:14que teve aqui o seu orçamento do ano de 2025

02:18sendo colocado nos últimos 15 dias, faz 15 dias que foi aprovado.

02:23É isso, Mônica Rosenberg?

02:2520 de março.

02:2620 de março? Então já tem um pouco mais de um mês.

02:28Quase um mês.

02:29Ou seja, e daqui a pouquinho nós vamos ter o orçamento de 2026 já.

02:34Nós tivemos aqui um projeto que é o Pé de Meia,

02:38que foi aprovado 6,3 bilhões sem que o orçamento fosse aprovado.

02:43Ou seja, o Brasil parece um barco que está à deriva,

02:47que não se sabe pra onde o soprar está indo.

02:49Nós não sabemos de fato quando isso vai melhorar, Capês.

02:52Mas, como o povo brasileiro é um povo de fé,

02:56nós esperamos que isso acabe logo.

02:58Bom, eu ia dar a palavra ao Paulo Loyola agora para a réplica,

03:01mas a Mônica Rosenberg pediu a palavra

03:04e ela é filha do grande economista Luiz Paulo Rosenberg.

03:10E claro que ela fica o tempo todo consultando o pai dela.

03:15Ora, não seja egoísta.

03:17Divide conosco o que só o Luiz Paulo está vendo.

03:21É, consultando não.

03:22Inclusive, todo dia no café da manhã, ele fala,

03:25ele está vivendo isso muito intensamente.

03:28E ele tinha uma aposta, inclusive, que eu falei aqui,

03:30no Linha de Frente, de que os juros iam começar a cair

03:32depois da próxima reunião.

03:34E aí vem esse indicador.

03:36Gente, esse indicador é um indicador de queda.

03:38É um indicador de que o IPCA 15 deste mês

03:41foi abaixo do anterior.

03:43Para quem não entende, o 15 significa de 15 dias,

03:46no 15º dia do mês.

03:47Então, tem um IPCA do 0 ao 31 e tem um do 15 ao 15 do mês seguinte.

03:52Esse índice está menor.

03:54Ah, é um ótimo sinal, quer dizer que a inflação acabou?

03:57Não, mas é que a tendência é de queda.

03:59A tendência começa a ser de queda da inflação,

04:02que ainda não é queda dos preços,

04:04porque enquanto a inflação significa que o preço está subindo.

04:08Porém, o Banco Central já está dizendo

04:11que vai fazer só mais um aumento de juros,

04:14porque isso estava combinado.

04:15Vamos lembrar que estavam combinados mais os dois aumentos

04:17e que no próximo já não vai haver aumento.

04:21E os juros futuros já estão caindo.

04:24Então, é um sinal positivo.

04:26Agora, temos que lembrar, alimentos, gôndolas de supermercado,

04:31não é o único fator de cálculo do IPCA.

04:34Não é o único fator de cálculo da inflação.

04:36Então, realmente, tem muita coisa que entra nesse cálculo

04:39que está puxando o índice para baixo,

04:40apesar de a inflação e o preço dos alimentos continuam subindo.

04:46Então, no nosso bolso, continua doendo muito.

04:48É uma coisa muito maluca de você dizer

04:50os índices e os indicadores são positivos

04:53e quando você vai no supermercado,

04:55a gente tem vontade de chorar.

04:57Mônica, só para aproveitar aqui, Maria de Carli.

05:00Claro.

05:00Bolsa ou fica mais em renda fixa, por enquanto?

05:03Tem que pagar meu pai para saber.

05:05Essa é a...

05:05Eu estava aqui pensando nisso.

05:08Maria de Carli.

05:09Olha, eu acho que o que a Mônica tocou é interessante,

05:11porque eu vejo...

05:11Eu até falei disso em programas anteriores.

05:15Isso aconteceu até nos Estados Unidos,

05:17nas eleições de 2024.

05:18A gente via uma economia que estava...

05:20Não havia uma crise econômica, o PIB não decrescia

05:24e a inflação estava relativamente controlada.

05:26Isso até houve uma discussão lá no FED,

05:29baixa ou não baixa a taxa de juros,

05:31sobe ou não sobe a taxa de juros.

05:32E por conta do efeito tardio, principalmente da Covid

05:36e toda a crise que ocorreu da Covid,

05:39os preços dos alimentos nos Estados Unidos

05:42continuavam altos, apesar da economia já estar estabilizada.

05:46E eu vejo que isso vai tender a se repetir aqui no Brasil.

05:49Não vejo esses preços caindo no curto prazo para 2026.

05:52Então o governo vai ter que erguer a manga

05:57para conseguir se manter no poder.

05:59Então vai fazer empréstimo, vai criar empréstimos criativos,

06:03vai fazer uma série de pataquadas econômicas

06:05para justamente conseguir fazer com que o brasileiro

06:07consiga arcar com os custos que está tendo

06:10no preço dos insumos básicos

06:12e como isso impacta no efeito dominó em toda a economia.

06:15Porque não é só os alimentos que vão crescer,

06:17vão crescer o preço de outras coisas.

06:18A gente já está vendo os combustíveis.

06:19E a gente sabe que alimentos e combustíveis

06:21são calcanhar de Aquiles de cada governo.

06:23Então vejo, sim, um efeito tardio

06:26de controle econômico, que a Mônica mencionou,

06:29mas ainda vamos sofrer muito com isso

06:30e vai impactar, sim, em 2026.

06:32Veremos, eu aposto que a gente vai ver

06:34um efeito Biden à lá tropicana

06:36em 2026 aqui no Brasil.

06:38Muito bem.

06:39Se vier o efeito Biden,

06:41prepare-se para dormir bastante tempo.

06:42Meu querido Paulo Loiola,

06:46você, acima de tudo,

06:48é um profissional da área de marketing política,

06:52aliás, da melhor qualidade.

06:55O Datafolha, no dia 30 de setembro de 2024,

06:59a dois dias da eleição do primeiro turno,

07:02dava 15 pontos de vantagem do presidente Lula

07:05sobre Bolsonaro.

07:07O Paraná Pesquisas, na mesma data,

07:09dava seis pontos de diferença.

07:11Dois dias depois, a diferença foi

07:14de cinco pontos entre Lula e Bolsonaro.

07:17O Paraná Pesquisas lança agora uma campanha.

07:19No início de abril, o Datafolha dava

07:21Lula vence em todos os cenários.

07:23E agora o Paraná Pesquisas,

07:25que tem acertado, dá, mais recentemente,

07:28bem mais nova, dá que o Bolsonaro,

07:31a Michele Bolsonaro e até mesmo o Tarciso

07:33ganhariam do Lula.

07:34Claro que está pegando um cenário,

07:37um momento do cenário.

07:38Como você vê a repercussão

07:40da pauta econômica no humor do eleitor,

07:44se é isso ou não que está afetando,

07:46e com as perspectivas,

07:49você vê a possibilidade de uma recuperação

07:50de imagem a médio prazo?

07:54Bem, Capês,

07:55o que a gente está vendo nessas pesquisas,

07:57como você mesmo já falou e eu reforço,

07:59é um retrato do momento.

08:00A gente vai precisar entender

08:02como é que esse cenário vai estar em 2026

08:06e também todo o comportamento dos atores até lá,

08:10quem vai estar no páreo, o discurso, os argumentos

08:13e todo o jogo político, as parcerias,

08:16quem vai ser vice,

08:17quem vai estar em cada local,

08:19quem vai priorizar Senado ou Câmara ou Presidência.

08:23E isso vai da estratégia de cada partido.

08:25Esse jogo está extremamente aberto ainda,

08:28por enquanto.

08:30Sem nenhuma dúvida,

08:32esse ponto é um ponto que pesa

08:34na avaliação do eleitor,

08:37mas tem outros pontos

08:39que, na verdade, também pesam, né, Capês?

08:41O que a gente vem vendo

08:42em relação ao comportamento do eleitor

08:46nesses últimos anos

08:47é que tem uma mudança

08:49socioeconômica e política

08:52muito relevante.

08:53Primeiro, já não há,

08:56como havia em anos anteriores,

08:57quem mostrou isso foi muito bem

08:59a pesquisa da Quest,

09:00já não há um medo do eleitor

09:03de perder acesso a benefícios governamentais

09:06no caso de troca de governo.

09:08Isso pesa muito para o PT.

09:11Também, hoje,

09:13tem um tipo de comportamento

09:15extremamente influenciado

09:17por um pensamento mais liberal,

09:20onde, quando as coisas vão mal,

09:22as pessoas associam muito ao governo.

09:24Quando as coisas vão bem,

09:25as pessoas associam muito

09:27a uma individualidade,

09:29a um mérito próprio.

09:31Então, as pessoas estão

09:32extremamente desgastadas,

09:33não há uma esperança de longo prazo.

09:36Não tem um momento

09:38onde você avalia, de fato,

09:41a qualidade da gestão pública.

09:43Tem uma série de bons programas do governo

09:46que não estão sendo levados

09:47em consideração pela população,

09:49porque a gente tem uma nova dinâmica

09:51de disputa narrativa

09:52que depende não só

09:54da comunicação do governo,

09:56das mídias do Lula e tudo mais,

09:58mas de todo o ecossistema

09:59que estaria a favor deste governo.

10:02Então, todos esses elementos

10:03precisam ser levados em conta.

10:05Muito bem, muito bem colocado.

10:06Agora, Mônica Rosenberg,

10:09você vê no Brasil hoje,

10:10muita gente vê um Brasil

10:12polarizado,

10:15dividido,

10:17altamente politizado,

10:19onde o enfoque objetivo

10:23e imparcial dos problemas

10:25cede espaço para a narrativa,

10:28seja de que lado for.

10:30E isso tem sido uma visão

10:32que afeta o judiciário,

10:34o legislativo

10:34e o executivo.

10:37Até que ponto

10:38esse tipo de situação

10:40impede que o Brasil esteja unido

10:43para enfrentar

10:44problemas que são

10:46verdadeiramente estruturais,

10:48como é o crescimento

10:49do crime organizado

10:51no país,

10:52a criminalidade

10:54violenta

10:55e o cenário

10:57internacional

10:58caminhando

10:59por uma hostilidade

11:00com o nacionalismo

11:02de cada país,

11:04suplantando

11:05uma visão globalista

11:06de cooperação mútua.

11:08Como é que o brasileiro

11:09vê isso

11:10no momento em que parece

11:12que o governo

11:12não tem um projeto econômico

11:14contínuo

11:15e estruturado?

11:16Pois é, Capês,

11:18não só o Brasil

11:18não está unido,

11:19mas estamos enfrentando

11:20uma criminalidade unida.

11:21Porque quem assiste

11:22a Jovem Pan

11:23lembra que Comando Vermelho

11:24e PCC

11:25fizeram um manifesto

11:27de união

11:27para fortalecer

11:29seus movimentos.

11:30Então,

11:30não só nós não estamos unidos,

11:32mas nós não estamos discutindo

11:34tecnicamente

11:34os assuntos importantes.

11:36A discussão

11:37fica justamente

11:38absolutamente ideológica

11:39e soluções

11:40que poderiam acontecer

11:41não acontecem.

11:43Agora,

11:43eu queria esclarecer

11:44duas coisas.

11:44primeiro,

11:45a Maria me perguntou aqui,

11:46ah,

11:46você está dizendo

11:46que a Selic vai cair?

11:48Não é que a Selic

11:48vai cair,

11:49tá, gente?

11:49Ela vai parar

11:50de subir

11:51depois do próximo aumento

11:52e isso já é uma grande coisa,

11:54que ela pare de subir.

11:56E a segunda questão

11:57é que foi muito linda

11:58a fala do Loyola aqui

11:59sobre tudo

12:00que o governo

12:01Lula está fazendo

12:02de maravilhoso

12:02e realmente

12:03podia estar muito pior.

12:05É importante lembrar

12:06que nós temos

12:07um ministro da Economia

12:07que está sempre

12:08na imprensa

12:09falando de meta fiscal

12:11de déficit zero.

12:12isso é maravilhoso,

12:14isso é absolutamente

12:14liberal e inesperado

12:16para um governo

12:17populista de esquerda.

12:19Então,

12:19há sim

12:20algumas coisas

12:21que eles conseguem

12:22não atrapalhar muito

12:23e nós devemos

12:25entender

12:25e valorizar

12:26essas coisas.

12:27Deveria estar melhor?

12:28Deveria estar todo mundo

12:29comendo picanha

12:30e tomando cafezinho?

12:31Foi a promessa de campanha,

12:33mas estamos muito longe disso.

12:34e vamos lá.

12:36E vamos lá.

12:37E vamos lá.

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