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  • 16/04/2025
Após a saída de Gleisi Hoffmann para ocupar o cargo de ministra de Relações Institucionais, deixando a presidência do PT vaga, Rui Falcão lançou nesta terça (15) sua candidatura ao cargo. O deputado disse que é preciso combater o avanço da direita no Brasil. Dora Kramer e Nelson Kobayashi avaliam.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=1Xwlk4AiNDs

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Transcrição
00:00Com a saída da ministra Gleisi Hoffmann do comando do PT, o partido vai fazer a próxima eleição agora em julho.
00:08Em meio ao racha, para definir o próximo presidente do Partido dos Trabalhadores, o deputado Rui Falcão lançou a candidatura.
00:15Em um evento, ao lado de inúmeras lideranças do partido, o deputado federal destacou o papel do PT na democracia brasileira. Acompanhe.
00:22Qualquer tentativa de esmorecer ou enfraquecer essa polarização inescapável, ainda mais de forma unilateral, desarmaria perigosamente o governo Lula e o PT.
00:39A vitória sobre o bolsonarismo e seus cúmplices somente será possível se a esquerda reforçar sua identidade programática.
00:55Maiores serão as dificuldades se o governo Lula e o PT não demonstrarem claramente que seu programa é superação desse sistema.
01:05Pela via da radicalização democrática, do desenvolvimento acelerado e sustentável, da soberania nacional, da justiça social.
01:16Bom, Dora Kramer, aí a fala de Rui Falcão, deputado, e ele não é o candidato do presidente Lula.
01:24De qualquer forma, qual é a relevância dessa eleição nesse momento para o governo?
01:28Olha, é bastante relevante. Seria interessante que, para o governo, que o Edinho Silva, que é o preferido do presidente Lula, pudesse presidir o PT.
01:40Porque ele é uma pessoa, além de ser uma pessoa que faz autocrítica, ele, ao contrário de boa parte do PT, ele tem essa visão de que é preciso fazer revisões de posicionamentos a fim de se adaptar a novas realidades.
01:57Mas a gente já vê o discurso do Rui Falcão, que já foi presidente do PT e conseguiu, do mesmo jeito, contra a corrente majoritária, que é Construindo Novo Brasil, a CNB,
02:09ele conseguiu reunir a esquerda e se elegeu presidente do PT.
02:13Você vê que ele tem um discurso bastante radical, dizendo que a polarização é o instrumento de luta do PT, numa condição em que o governo não está com essa bola toda, não está fortalecido.
02:29Agora, isso pode ganhar tração, não é? Ele pode vir a ter apoios e, até agora, o presidente Lula, embora tenha como favorito o Edinho Silva, não entrou em campo de peito aberto para fazer uma campanha com o Edinho Silva.
02:47Eu tenho a impressão que ele está aguardando que a eleição é só em julho, o PT está com uma direção provisória, a presidência provisória do senador Humberto Costa e, enfim,
03:01ou o presidente Lula entra ou, então, é possível que, de repente, haja a possibilidade da esquerda do PT ganhar essa eleição.
03:11É, e, como é, são cinco, né, os candidatos, pelo menos até agora e, como a Dora falou, o presidente Lula deveria entrar de cabeça nessa eleição, talvez um pouco mais para frente?
03:22É, eu acho que se for entrar não é o momento, ele tem que entrar quando for para ser determinante a sua participação e todo mundo já sabe, ele não precisa, nesse momento, ir para a campanha,
03:33porque todo mundo já sabe que o candidato dele é o Edinho Silva e que tem um perfil um tanto quanto diferente do perfil do Rui Falcão,
03:40que são os dois principais, né, nessas candidaturas. O Rui é expressamente representante de uma candidatura polarizante, um pouco mais extremada e um pouco mais firme
03:50e isso traz um pouco dessa, até do nome ali, né, do PT da base, um pouco mais raiz, só que, por outro lado, a gente tem aquele que é da confiança, da indicação do presidente Lula
04:00e a gente vai ver essas duas questões aí disputando esta presidência.
04:05Neste momento em que o presidente Lula está presidente da República e que precisa, principalmente para o ano que vem, acessar alguns votos um pouco mais moderados,
04:14parece que para o PT seria mais interessante ter o Edinho Silva na presidência, porque se o presidente tiver um partido um pouco mais radical,
04:25perde a possibilidade, às vezes, de se comunicar, de dialogar com aqueles que decidem as eleições, que são aqueles que estão um pouco mais ao centro.
04:33Dois perfis muito diferentes, dois quadros importantes, relevantes, com história do Partido dos Trabalhadores, mas que poderiam, cada um com o seu perfil, ter gestões muito diferentes uma da outra.

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