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  • 3/29/2025
A plural portrait of the women that inhabit Portugal | dG1fQVFZVm00clY3dEE
Transcript
00:00Eu, quando fiz o meu quinto ano, quis ir para a regente agrícola.
00:05E o meu pai disse-me, filha, não é um trabalho para uma menina.
00:10É espantoso a quantidade de mulheres que fizeram coisas importantes,
00:14que colaboraram.
00:16Elas nem conhecidas são, nem se sabe que elas por lá passaram.
00:20Gostar em todo o lado e levar o mundo às costas,
00:24mas nunca estar presente na narrativa quando estamos sobre esse mundo
00:28e nas formas como valorizamos o mundo é o centro da desigualdade de género.
00:34Acho que o mundo não está feito para toda a gente e acho que devia estar.
00:38Os homens não queriam que as mulheres fizessem os bonecos extremos,
00:41mas há um documento muito importante é como as mulheres que fizeram os bonecos
00:45foram sempre um bocado, se calhar, revolucionárias.
00:48Eu acho que tenho uma mente um bocado revolucionária porque não tenho medo.
00:53Faço o rape como eu quero e digo o que eu quero.
00:58E nós termos um estatuto de vítimas não quer dizer que a gente seja vítima do estatuto.
01:02A gente pode ter um estatuto de vítimas e nunca ser vítima de nada.
01:05Eu não sou vítima de coisa nenhuma.
01:07Quando eu entrei na universidade ainda não sabiam que eu era de etnia cigana.
01:12E a pergunta que surgiu lá no fundo foi, mas as minhas ciganas podem estudar?
01:17E depois no meu dia-a-dia às vezes há pessoas que param a sua vida para me perguntar,
01:22mas você é rapariga, é rapaz? E o que eu digo é o que é que você prefere.
01:27Não vamos inventar a roda porque já foi inventada, mas vamos usá-la de uma maneira diferente.
01:35Acho que o feminismo é mais uma coisa que se faz do que uma coisa que se é.
01:38Eu sou feliz na pesca. Eu sou.
01:41A igualdade. Esta igualdade é uma igualdade da diferença também.
01:46O meu maior sonho é deixar em... sonhar.

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