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  • 8/28/2023
Maria, uma mãe solo que vive na periferia de São Paulo, volta para casa à noite e não encontra seu filho adolescente | dG1fS0w0WlFNU3NXb3M
Transcript
00:00 Toda produzida, ó.
00:02 Doidinha pra arrumar o véio, né?
00:04 Respeite o seu demônio.
00:06 Juízo.
00:10 Tá? Te amo, viu?
00:12 Até pra chegar, viu?
00:14 Tchau.
00:16 Valdo!
00:28 Vocês não viram o Valdo por aí, não?
00:30 Não vi, não. Não vi, não.
00:32 Faz quanto tempo que ele desapareceu?
00:34 Ele não dormia em casa essa noite.
00:36 Volta pra casa, descansa.
00:38 Daqui a pouco ele aparece.
00:40 Aqui consta que ele não veio nem ontem,
00:46 nem antes de ontem,
00:48 e ele tem umas faltas preocupantes.
00:50 O que você está fazendo?
00:56 Eu estou fazendo o que eu sou capaz de fazer.
00:58 Tá sabendo alguma coisa de Valdo?
01:10 Já fui na polícia.
01:12 Eu não quero polícia aqui, não.
01:14 Quem são?
01:18 Nossos filhos desaparecidos na ditadura militar.
01:20 E a senhora nunca mais encontrou seu filho?
01:22 Nunca mais.
01:24 E como eu, muitas mais.
01:26 Seu filho não estava na escola.
01:28 Boa coisa ele não devia estar fazendo.
01:30 Filha da puta!
01:32 O que você falou lá na delegacia?
01:34 Falei o que eu sei.
01:36 E o que você sabe?
01:38 Tem gente aqui que sabe o que aconteceu.
01:40 Nós mães, quando perdemos nossos filhos,
01:42 nós perdemos a metade do nosso corpo.
01:44 E o que sobrou é pra luta.
01:48 Não tem outro caminho.
01:50 O estado que atua hoje é o mesmo de ontem.
01:52 Onde as antígonas terão que ainda enfrentar os criondes.
01:54 Não quer ainda enfrentar os Kremond
01:56 [SILÊNCIO]

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