Cultos online atraem multidões no pós-pandemia, mas gera polêmica entre pastores

  • há 2 anos
Apenas na Inglaterra, mais de 3,7 milhões de pessoas visualizaram cultos online nas primeiras restrições às reuniões estabelecidas em 2020 por conta da pandemia de Covid-19.

Segundo uma reportagem da Igreja da Inglaterra, acredita-se que os números dos serviços online sejam apenas a ponta do iceberg. A resposta das igrejas à pandemia desencadeou uma grande mudança na maneira como os cristãos cultuam.

No Brasil não foi diferente, a internet também se tornou a melhor alternativa para conectar igrejas e o público.

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Uma pesquisa realizada pelo Invisible College com igrejas brasileiras mostrou que duas a cada três igrejas possuem uma equipe de mídia atualmente. O objetivo é implantar serviços tecnológicos como a transmissão de cultos online.

As restrições presenciais acabaram, mas o público desenvolveu um novo hábito. A mudança, no entanto, acompanha o crescimento gradual de pessoas que frequentam cada vez menos os cultos presenciais.

Segundo uma pesquisa do State of the Bible 2022, realizada pela Sociedade Bíblia dos EUA, os jovens cristãos que se consideram comprometidos frequentam a igreja menos de uma vez por mês. Entre os cristãos da geração Z, millennial e a geração X, no entanto, menos de um terço se descreve como cristão praticante. O  indicador inclui pelo menos a frequência mensal da igreja.

Quanto mais novo o membro, menos vezes ele vai ao culto presencial. O mesmo estudo mostra ainda que a característica de não frequentar a igreja, pessoalmente ou online, foi predominante entre os Millennials da Geração Z (26 a 41 anos) e a Geração X (42 a 57 anos).

Por mais moderno que possa parecer, há, entretanto, muitos pastores que condenam que apenas acompanham os cultos pela internet, sem se envolver presencialmente com a comunidade.

O pastor e teólogo da Grace Community Church John MacArthur, afirma que adorações feitas online não contam como Igreja genuína.

“A igreja no Zoom não é igreja. Não é igreja. É assistir TV. Não há nada sobre isso que cumpra a definição bíblica de se unir, estimulando uns aos outros a amar e fazer boas obras, se unindo”, disse ele durante seu podcast “Grace To You”.

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