Baixe o Aplicativo com todos os vídeos: Iphone: http://tinyurl.com/o8xkepr Android: http://tinyurl.com/ktz7g3p Baixe meu CD de graça: http://www.fabiobrazza.com/ Se inscreva no meu canal: http://tinyurl.com/k58py96 Curta: https://www.facebook.com/FabioBrazza Instagram: @fabiobrazza Twitter:https://twitter.com/fabiobrazza
A Dívida Brasileira (Poesia) - Fabio Brazza
Desde que o Brasil é colônia Vivemos uma Aristocracia Sociedade de hierarquia cheia de frescura e cerimônia Ao negro a escravatura O branco o Senhor de Engenho Esse era o vil desenho Da formação de uma cultura Na moldura deste retrato Surgiu a mistura é fato O crioulo o mulato o pardo, todos carregando o fardo de um passado hostil foi-se o capitão do mato que aplicava o maltrato, mas o racismo persistiu e ainda hoje ele é latente de maneira tão veemente só que um pouco mais sutil Cada carta em seu baralho cada macaco em seu galho o povo assim se dividiu numa hierarquia social num Apartheid cultural que tem o nome de Brasil Mais de 5 séculos passados Muito pouco foi mudado A desigualdade ávida É ainda muito vívida Infelizmente no Brasil Nascer Branco é dádiva Nascer Pardo é dúvida E nascer Negro é dívida... A ideia de um país miscigenado Aonde o preconceito não é notado É uma ideia romântica Mas a verdade nua e crua É que o racismo continua Até mesmo na semântica A coisa tá preta! A ovelha negra! Qual é a cor do luto e da escravidão? O branco em contrapartida, Não caga na entrada nem saída é a cor da paz e da purificação O Pardo é o fruto desta mistura Antes designado como raça impura Mas durante o movimento modernista Ela passou a ser vista Como símbolo maior da nossa cultura, A representação de uma raça híbrida... Mas ainda hoje infelizmente Nascer Branco é dádiva Nascer Pardo é dúvida E nascer Negro é dívida... Dívida de um passado sem qualquer reparação Nem que ganhasse na lotérica, Pra compensar tanta humilhação Das senzalas para as zonas periféricas O ultimo país da América a abolir a escravidão! E agora quem vai pagar essa dívida Brasil? História que o livro de história omitiu Ou você não viu o tanto de navio Que cruzou os mares trazendo milhares Para trabalharem em nosso plantio Amarrados pelos pés Dentro de um convés No balanço das marés Era tanto revés que ficavam 4 a cada dez Senhores cruéis, Capitães e coronéis, Pelas minas, canas e colheitas de cafés Lucro para os Reis por alguns contos de Réis! O antro do mal, o cancro moral do branco cruel O branco é igual? Só se for no papel 4 séculos de escravatura Não vão sumir na assinatura da Princesa Isabel São mais de 500 anos de ônus Dos que causaram danos por julgarem-se donos note ao redor ainda existem tronos quem são os empregados e quem são os patronos? Os colonizados e os colonos? Numa relação servil numa hierarquia social dum Apartheid cultural Que tem o nome de Brasil...
Neto do poeta concreto Ronaldo Azeredo e sobrinho neto de Augusto de campos, Fabio Brazza aprendeu a beber da arte desde muito cedo. Cursou Ciências Socias pela PUC e se formou em Comunicação pela Wingate University, na Carolina do Norte, onde ganhou bolsa de estudos para integrar o time de futebol. Mas entre os estudos e a bola encontrou suas verdadeiras paixões: a música e a poesia.
Fabio Brazza faz hip-hop popular brasileiro. Samba e rap numa fusão perfeita com as melhores letras do rap nacional da atualidade, crítica social, ritmo e poesia enchendo os olhos e o coração. Mas é no palco que Brazza se agiganta com uma performance de deixar veteranos do gênero boquiabertos! Improviso e freestyle impecáveis que levou o site americano Wondering Sound a coloca-lo na lista dos 10 artistas que estão reinventando a música brasileira.