Donald Trump: "Nenhum ditador, nenhum regime deve subestimar a América"

  • há 7 anos
O presidente dos Estados Unidos chegou à Ásia com um discurso motivacional para as tropas americanas estacionadas no Japão e um aviso com destinatário omisso mas bem identificável.

Na base aérea de Yokota, nos arredores de Tóquio, Donald Trump não mencionou a Coreia do Norte, mas recorreu ao passado seletivo de triunfos militares americanos para apelar ao patriotismo num momento de tensão latente com Pyonyang.

Just gave a speech to the great men and women at Yokota Air Base in Tokyo, Japan. Leaving to see Prime Minister Abe. pic.twitter.com/6LRAgojvDB— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de novembro de 2017

“Ninguém — nenhum ditador, nenhum regime nem nenhuma nação — deve subestimar jamais que os americanos resolvem (problemas). No passado, de vez em quando, houve quem subestimasse a América. Não foi agradável para eles, pois não? Não foi agradável”, afirmou o chefe da Casa Branca perante uma efusiva plateia de militares americanos.

O presidente norte-americano iniciou no Japão uma digressão por cinco países da Ásia, na qual tem previstos vários encontros bilaterais. O primeiro aconteceu já este domingo com o primeiro-ministro nipónico Shinzo Abe.

トランプ大統領の来日を、心より歓迎します!今から、さっそくハンバーガーでビジネスランチです。realDonaldTrump pic.twitter.com/9RiaibqNLO— 安倍晋三 (AbeShinzo) 5 de novembro de 2017

Trump e Abe partilharam um almoço de hambúrgueres e um jogo de golfe no clube Kasumigaseki, local que irá receber os Jogos Olímpicos de 2020 e onde até há pouco era proibida a entrada de mulheres. À mesma hora, curiosamente, as primeiras damas, Melania Trump e Akie Abe, visitavam uma butique de pérolas no exclusivo bairro de Ginza, em Tóquio.

Playing golf with Prime Minister Abe and Hideki Matsuyama, two wonderful people! pic.twitter.com/vYLULe0o2K— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de novembro de 2017

Wonderful visit w Mrs. Abe today! Enjoyed conversation over tea & the cultural presentation on the history of pearls. #FLOTUSinAsia pic.twitter.com/g7Oax90SbN— Melania Trump (@FLOTUS) 5 de novembro de 2017

Pelo meio desta digressão de 12 dias, está ainda em estudo um possível reencontro de Donald Trump com o homólogo russo Vladimir Putin, numa altura em que nos Estados Unidos se adensa uma investigação à alegada interferência russa para prejudicar a democrata Hillary Clinton nas últimas eleições presidenciais americanas.

O comércio transpacífico e a tensão com a Coreia do Norte, admitiu Donald Trump aos jornalistas ainda a bordo do Air Force One antes de aterrar no Japão, deverão dominar as conversas oficiais da mais longa digressão pela Ásia de um presidente americano desde George H. W. Bush em janeiro de 1992, numa digressão de 10 dias por 16 fusos horários marcada por um momento infeliz quando o então chefe da Casa Branca vomitou as calças do à altura primeiro-ministro nipónico Kiichi Miyazawa.

O caso mereceu até uma rábula no célebre programa televisivo “Saturday Night Live” (ver vídeo em baixo).

A digressão de Donald Trump segue agora para a Coreia do Sul. O presidente americano irá visitar ainda a China, o Vietname e, por fim, as Filipinas.

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