Prisão efetiva para antigo presidente da Federação de Futebol da Guatemala

  • há 7 anos
Já é conhecida a sentença do primeiro arguido do escândalo de corrupção que envolve a FIFA. O antigo presidente da Federação de Futebol da Guatemala, Héctor Trujillo, foi condenado a oito meses de prisão efetiva.

O antigo dirigente desportivo foi condenado por um tribunal de Nova Iorque, depois de em junho ter admitido que recebeu milhares de dólares em subornos de uma empresa interessada em contratos de “marketing” desportivo.

O megaprocesso de corrupção veio a público 2015, ano em que o ex magistrado foi detido. Acabou, no entanto, por libertado depois de pagar uma fiança de cerca de quatro milhões de euros.

“Penso que estamos todos desapontados. Esperávamos que não fosse condenado a uma pena de prisão efetiva e que fosse enviado para a Guatemala. De qualquer forma, a sentença está longe daquilo que foi pedido pelo Governo e do que era possível fazer tendo em conta as atuais linhas de orientação. Por isso, estamos satisfeitos” refere Florian Miede, advogado de defesa.

A acusação pedia uma pena entre os 33 e os 41 meses de prisão.

O megaprocesso de corrupção que envolve a FIFA veio a público 2015, a dias da reeleição de Joseph Blatter como presidente do organismo máximo do futebol mundial, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.

No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, que foram marcadas para 26 de fevereiro de 2016.

Em 25 de setembro, o Ministério Público suíço instaurou um processo criminal a Blatter, que foi interrogado na qualidade de arguido, por suspeita de gestão danosa, apropriação indevida de fundos e abuso de confiança.

De seguida, em 08 de outubro, Blatter, o franceses Jérôme Valcke, na altura secretário-geral da FIFA, e Michel Platini, que ocupava a presidência da UEFA, foram suspensos provisoriamente por 90 dias pelo Comité de Ética da FIFA, por implicação no escândalo de corrupção que atingiu a instituição.

Na base das suspensões estão os inquéritos que decorrem no próprio órgão da FIFA, ainda que vários outros responsáveis do organismo mundial estejam também a ser investigados pelas autoridades suíças e norte-americanas.

Recomendado