Presidente do governo regional da Catalunha promete aplicar resultado do referendo

  • há 7 anos
A cinco dias de uma possível declaração unilateral de independência, o presidente da Generalitat da Catalunha, Carles Puigdemont, disse estar dececionado com o Rei. Segundo Puigdement, o chefe de Estado espanhol rejeitou o papel de mediador.

Carles Puigdemont prometeu que iria aplicar os resultados do referendo do passado domingo relativo à independência da Catalunha, considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Constitucional espanhol e rejeitado pelo presidente do Governo central, Mariano Rajoy.

O presidente da Catalunha fez o seu discurso em catalão e em castelhano.

Dirigiu-se diretamente a Felipe VI, dando parte da sua frustração relativamente ao discurso do chefe de Estado espanhol de terça-feira.

“As pessoas esperavam de si um apelo ao diálogo e à concórdia”, disse o presidente catalão.

“O Rei ignora deliberadamente milhões de catalães que não pensam como o Governo”, continou.

O presidente da Generalitat disse ainda que o povo da Catalunha tinha dado provas de um grande civismo e que iria manter-se unido, acontecesse o que acontecesse e apesar do que definiu como “pressão do Governo” (central).

*Possível declaração unilateral de independência na próxima semana”

Esta quarta-feira, foi dada a conhecer as intenções das forças a favor da independência, atualmente maioria no Parlament da Catalunha, como Junts pel Sí e CUP.

Ambos partidos pediram a presença do presidente regional no hemiciclo na segunda-feira, de forma a que sejam apresentados, de forma oficial, os resultados do referendo.

A intenção, segundo o diário catalão La Vanguardia, seria fazer com que arranquem os mecanismos que deverão culminar com o processo da independência da região autónoma da Catalunha.

Um porta-voz da Generalitat disse, esta quarta-feira, que todos os passos do processo que deverá levar à independência estão já decididos.

Uma vez assegurada a contagem dos votos de forma oficial, esta será apresentada no parlamento regional e será a Câmara a proclamar a independência da Catalunha.

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