Seis acusados pela tragédia de Hillsborough

  • há 7 anos
Passaram 28 anos desde a tragédia no estádio de Hillsborough, em Sheffield, mas a justiça inglesa acusou, esta quarta-feira, seis pessoas de responsabilidade criminal na morte de quase cem adeptos de futebol.

Imputado de homicídio por negligência David Duckenfield, antigo chefe de polícia responsável pela operação de segurança da meia-final da Taça da Inglaterra entre o Liverpool e o Nottingham Forest, é chamado a sentar-se no banco dos réus, mas não está só.

Norman Bettinson, que na altura ocupava o cargo de inspector-chefe da polícia de South Yorkshire, também deve ir a julgamento juntamente com Peter Metcalf, então advogado da Polícia de South Yorkshire, Graham Mackrell, ex-secretário do Sheffield Wednesday (dono do estádio), Donald Denton, ex-superintendente, e Alan Foster, ex-chefe de Departamento.

“Percebemos que algo de terrívelmente errado se passava em Hillsborough a 15 de abril de 1989. O correto seria lutar pelos entes queridos para assegurar, em nome das pessoas de Liverpool e dos adeptos que foram expostos pelos meios de comunicação social, que as coisas ficam claras”, sublinhou Barry Devonside, pai de uma das vítimas da tragédia.

No fatídico dia 15 de abril de 1989, a entrada abrupta de centenas de adeptos para o estádio levou ao esmagamento de outros, já no interior do recinto. Em 2016, tinha sido determinado que o episódio não tinha sido um mero acidente. Em abril passado, a justiça concluiu que a polícia, que inicialmente culpou adeptos embriagados, ocultou falhas graves na gestão da crise e foi responsável pelas mortes.

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