Eleições em Hong Kong dão vitória a Carrie Lam

  • há 7 anos
Em Hong Kong, as eleições deram a vitória a Carrie Lam, tida como a favorita do governo de Pequim. Foram as primeiras desde a Revolta dos Guarda-Chuvas, que clamava, precisamente, por sufrágio universal.

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Lam ganhou 777 votos, mais que os 600 de que precisava, contra 365 angariados pelo rival John Tsang, tido como do regime mas mais moderado e ainda 21 votos que o mais progressista juiz jubilado Kwok-hing conseguiu.

O comité eleitoral, constituído por 1194 membros, conta apenas com um quarto deste número vindo do campo democrata.

Hong Kong fez a transição do governo britânico para o chinês em 1997, mas sob o princípio “1 país, 2 sistemas”, pelo menos até 2047. Muito antes do tempo previsto, a interferência de Pequim é contestada pelos movimentos pro-democráticos.

Nathan Law, legislador pro-democracia declara: “A eleição de hoje desta Chefe de Governo é, na verdade, uma seleção. O governo de Pequim tem a palavra final sobre quem vai governar sob indicação de Pequim. É por isso que votei em branco: enquanto continuar este sistema fechado, esta seleção, não se deve legitimar o sistema.”

O chefe de governo cessante, Leung Chun-ying em funções até julho, é uma figura detestada e apontada no meio político como a marioneta de Pequim.

A contestação à imposição das políticas de Pequim em Hong Kong está a gerar um novo radicalismo, maioritariamente nas camadas jovens.

A defesa da independência de Hong-Kong em relação à China tem vindo a ser pedida em crescendo, principalmente pelos mais novos, que se identificam com Hong Kong e não com Pequim de modo muito mais forte do que os pais.
Principalmente depois das vozes populares não terem sido escutadas aquando da Revolta dos Guarda-Chuva, não há reformas políticas e a ingerência de Pequim se torna cada vez mais sentida.

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