DIARIO DE UM DEPRESSIVO (PARTE I)

  • há 7 anos
Ficar pensando onde toda esta angustia começou ainda é o pensamento que mais permeia as incertezas da minha vida. Volto ao tempo da juventude, e em todas as coisas que fiz tanto boas quanto ruins e coloco-as numa balança, e parece mentira, mas o lado das coisas ruins pesa mais que as boas. Isso me assusta e me faz entender o de eu me sentir tão sozinho tendo tantos aos meu lado e ao mesmo tempo distantes. Embora tendo filhos, sinto como se não tivesse, pois nem me ver eles veem. Acho que toda esta coisa chamada solidão que sinto agora é castigo de Deus, pois acredito que até mesmo na balança Dele fui achado em falta, e como retribuição por todo mal que causei seja lá a quem, estou tendo tudo de volta pra mim.

As veze pra não ficar culpando a Deus e aumentar minha carga de melancolia, penso que se eu arrumasse uma mulher e a amasse de verdade e a tivesse comigo o tempo todo, tudo isso acabaria num segundo. Mas chego a conclusão que não é bem assim, quando alguma das antigas me liga, e eu saio um pouquinho somente para minhas necessidades e depois quando acaba, não vejo a hora que ela vá embora e até mesmo da vontade de mandar que vá. Assim já fiz várias vezes. Ainda tenho meu apetite para mulheres e não vejo se quer em pensamento mudando de lado, mas no fim de todo ato quero voltar a ficar sozinho.

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