Israel ignora ONU e anuncia expansão dos colonatos na Palestina

  • há 7 anos
Israel continua a desafiar a resolução aprovada em dezembro pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e esta terça-feira anunciou a construção de mais 3000 casas em colonatos na Cisjordânia.

“O ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, decidiram autorizar a construção de 3.000 novas unidades de habitação em Judeia e Samaria”, disse o Ministério da Defesa, em comunicado, usando as expressões adotadas por Israel para a Cisjordânia, um território palestiniano que ocupa desde 1967.

סיכמתי עם שר הביטחון על בנייה נוספת של למעלה מ-3,000 יחידות דיור חדשות ביהודה ושומרון— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) 31 de janeiro de 2017


Coincidindo com a evacuação coerciva do colonato de Amona, decretada pelo tribunal, este foi o quarto anúncio do género em menos de duas semanas e aumenta para mais de 6000 novas casas a serem construídas nos territórios ocupados da Palestina.

Depois do esfriar das relações nos últimos meses da Administração Obama, Israel e Estados Unidos reaproximaram-se com a chegada de Donald Trump à Casa Branca.

Com o apoio declarado do novo Presidente norte-americano, o Governo de Benjamin Netanyahu parece determinado a ignorar a resolução da ONU aprovada em dezembro pelo Conselho de Segurança.

Desde 20 de janeiro, dia em que Trump tomou posse, Israel ja deu luz verde à construção de 566 unidades habitacionais em três colonatos de Jerusalém Oriental e anunciou a construção de 2.502 casas na Cisjordânia.

Na passada quinta-feira, o município de Jerusalém deu autorização final a 153 novas frações que estavam suspensas por pressão da Administração de Barack Obama.

Ban Ki-moon statement following on adoption by #SecurityCouncil of resolution 2334 https://t.co/RpjoRFMRxj— UN Spokesperson (@UN_Spokesperson) 23 de dezembro de 2016


A 23 de dezembro, beneficiando de uma inédita abstenção norte-americana em propostas referentes à política israelita, os 15 membros do Conselho de Segurança aprovaram, com 14 votos a favor, a resolução 2334 (2016) em que reafirmaram a ilegitimidade dos colonatos israelitas no território da Palestina, descreveram esses asentamentos como “violação flagrante à luz da lei internacional” e reiteraram a exigência de que Israel terminasse “imediata e completamente todas as atividades de colonatos nos territórios ocupados palestinianos.”

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