França: Manuel Valls e Benoit Hamon batem-se na corrida presidencial

  • há 7 anos
A três dias da segunda volta das primárias da esquerda francesa queimam-se os últimos cartuchos.

Os dois candidatos, escolhidos para lutar por um lugar nas presidenciais gaulesas defenderam as suas propostas, e posições, na noite de quinta-feira, no último debate televisivo.

Manuel Valls e Benoit Hamon condenam, ambos, o escândalo que envolve a mulher de François Fillon, mas não estão de acordo no que diz respeito às questões económicas do país:

“De facto, a despesa pública é já elevada, assumimos um determinado número de despesas porque é preciso proteger, tomar conta e educar as pessoas, mas há um problema de credibilidade. Não se trata apenas de fazer sonhar trata-se também de se ser credível. Nós somos credíveis quando governamos”, afirmou Valls.

“Eu precisei que não queria aumentar os impostos, porquê? Porque assumo que é preciso acabar com o dogma dos três por cento de défice público e, de acordo com as recomendações dos economistas, hoje, acabar, rapidamente, com a austeridade”, respondeu Hamon.

Questionados sobre a atual situação, e as relações entre a Europa, os EUA e a Rússia, os candidatos concordam que a situação é cada vez mais preocupante, mas em relação ao que fazer discordam:

“A Europa também não pode ser ingénua. Não podemos deixar-nos ser apanhados de surpresa por uma aliança, hipotética, mas que hoje nos inquieta, entre o Presidente americano e o Presidente russo. É preciso que se realize uma conferência sobre as questões da Defesa, França será líder nessas matérias”, garantiu Valls.

“Temos um novo elemento de instabilidade. Já tínhamos um que era Vladimir Putin, temos agora um segundo com Donald Trump, que põe em causa o acordo essencial alcançado na COP21, e que fala em hostilidade no que diz respeito à construção Europeia. A que é que ele nos convida? Para mim, a cerrar fileiras na Europa”, frisou Hamon.

A segunda volta das primárias da esquerda francesa estão agendadas para este domingo. Hamon, o candidato mais à esquerda do PS, venceu o primeiro “round”. É pouco provável que Manuel Valls consiga dar a volta ao resultado.

Recomendado