Global Conversation: Especial eleições norte-americanas com Alexander Stubb, Pascal Lamy e Ken Loach

  • há 8 anos
Perspectiva Geopolítica

Alexander Stubb

Primeiro-ministro da Finlândia 2014-2015
Foi também Ministro das Finanças e dos Negócios Estrangeiros
Escreveu vários livros sobre a União Europeia

Atleta de triatlo

Euronews – Isabelle Kumar: A luta é feroz nas eleições norte-americanas, mas quer seja Hillary Clinton ou Donald Trump na Casa Branca – o resultado terá, inevitavelmente, implicações globais. Quais as consequências destas eleições para a Europa; que é um aliado histórico muito próximo dos Estados Unidos? É isso que vamos discutir nesta edição especial de Global Conversation, com os nossos três ilustres convidados. Para uma perspetiva geopolítica: Alexander Stubb, o ex-primeiro-ministro da Finlândia; para nos dar uma perspetiva económica: Pascal Lamy, antigo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio e para responder às questões culturais: o famoso realizador de cinema e comentador social Ken Loach.

Na Finlândia, está o deputado Alexander Stubb. Muito obrigada por estar connosco em Global Conversation. Numa perspetiva europeia sobre as eleições norte-americanas: quais deveriam ser as prioridades relativamente à política externa, por parte do próximo presidente dos Estados Unidos?

Alexander Stubb: Bem, em duas palavras: uma seria “compromisso” e a outra “internacional”. É muito importante para nós europeus ver que os Estados Unidos estão comprometidos – quer seja na Europa, no Médio Oriente, na Ásia, na África ou em qualquer outro local. Precisamos de aliados próximos. É preciso que os Estados Unidos e a União Europeia estejam “ombro a ombro”.

Euronews – Isabelle Kumar: Como caracterizaria uma potencial presidência de Donald Trump ou de Hillary Clinton?

Alexander Stubb: Bem, um estaria comprometido e o outro, provavelmente, não. Conheço Hillary Clinton pessoalmente. Era ministro dos Negócios Estrangeiros na altura em que ela era Secretária de Estado. Estou muito impressionado com conhecimento dela sobre política externa e também com o seu nível de envolvimento. Ela, provavelmente, vai estar mais comprometida do que o presidente Obama. Não conheço Donald Trump, mas pelo que ouvi dizer – fala-se sobre a construção de muros, de medidas protecionistas, de medidas nacionalistas, da retirada das tropas americanas… Então, numa perspetiva europeia – e para ser honesto – seguir a sua filosofia seria sinónimo de problemas.

Euronews – Isabelle Kumar: Não falaram muito, ou mesmo nada, sobre a Europa nos debates Presidenciais… Como acha que será a relação com a Europa, porque suponho que estamos a fazer conjeturas…?

Alexander Stubb: Se Hillary Clinton for eleita presidente dos Estados Unidos iremos ver um país muito mais envolvido. O país não sairá da NATO, provavelmente não vai começar a retirar as tropas. Vai encarar a Europa como sendo um aliado próximo e um parceiro, por exemplo: nas negociações no Médio Oriente, ou mesmo na guerra na Síria e na luta contra a terrorismo. Se Donald Trump for escolhido vai ser um choque para tod

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